O garoto sem nome escrita por Gessikk


Capítulo 9
Carta 9


Notas iniciais do capítulo

Lindos e lindas, como vocês estão? Eu estou especialmente animada hoje!
Faltei a escola e por isso consegui acabar essa carta, então podem agradecer a minha mãe por eu ter postado Haha
E bem, sei que muitos de vocês não devem dar muita atenção para as músicas das cartas, mas queria fazer um pedido, que nesse capítulo em especial e no último, que será o epílogo, vocês escutem a música e vejam a tradução, pois acho que essa letra transmiti grande parte da essência dessa fic!

"Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio a minha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco de saudade, beija estes versos que escrevi chorando."- Machado de Assis

LEIAM AS NOTAS INICIAIS E FINAIS!



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My Body is a Cage- Arcade Fire ( versão Peter Gabriel)

"My body is a cage

That keeps me from dancing with the one I love

But my mind holds the key

I'm standing on the stage

Of fear and self-doubtIt's a hollow play

But they'll clap anyway

(...)

Though my language is dead

Still the shapes fill my head

I'm living in an age

Whose name I don't know

Though the fear keeps me moving

Still my heart beats so slow

(...)

You're standing next to me

My mind holds the key

Set my spirit free

Set my spirit free"

Não sei se essa será a maior carta, ou a menor.

Estou sem tempo para escrever e tenho medo de que não entenda essa carta, desculpa realmente pela minha letra, hoje acordei com um tremor maior.

No entanto, tenho tanto para dizer e tão poucas palavras para expressar meus pensamentos, talvez isso seja uma caracteristica de estar prestes a morrer.

É uma sensação incômoda de ter pouco tempo para conseguir fazer tudo, falar tudo e ao mesmo tempo, um vazio tão grande que se da conta de que não tem nada para transmitir a alguém.

Daqui alguns minutos, no máximo uma hora, meu corpo vai sucumbir ao vazio que já é o meu interior. Vou me tornar um grande nada, afundarei em uma inconsciência eterna, simplesmente não vou existir.

Isso parece assustador em certo aspecto, mas confesso que só quero acabar com isso de uma vez por todas, a expectativa está me consumindo.

Hoje é sexta feira, o dia mal começou e eu não estarei aqui para o ver terminar, mas a última coisa que vocês precisam ler são as lamentações e inseguranças de quem está prestes a morrer.

Ontem, foi a última vez que vi Derek Hale.

Quando me levou para casa de Lydia, seu olhar estava tão sério, intenso, seus olhos verdes pareciam destruir minha mente. Me perguntei se no fundo, ele sabia o que estava prestes a acontecer, o que eu faria.

Nunca terei essa resposta, não tenho tempo para perguntar quais eram seus insondáveis pensamentos.

E então, parei de encarar os olhos verdes amigáveis, porém violentos e encarei outro par de olhos verdes, carinhosos e no entanto, intimidadores.

Lydia Martin é a coisa mais linda que já existiu na face da terra. E mesmo sendo impossível, eu podia jurar que ontem, ela estava ainda mais estonteante.

Eu já disse o motivo de Lydia ter ficado tão magra e com fendas enormes no cabelo? Acho que cheguei a escrever sobre isso, não é? Quando fui na casa dela depois de ter ido a boate e acordar na casa da...Meu Deus! Qual era o nome dela?

Desculpa, desculpa. Eu realmente esqueci, simplesmente não consigo lembrar o nome dela.

Preciso me acalmar, se eu me desesperar vou demorar mais para escrever e tenho que me apressar para conseguir terminar tudo antes de Lydia acordar e começar a me procurar.

Ok, fiquei por quase meia hora olhando o papel, tentando lembrar o que eu ia dizer, qual foi o motivo de Lydia ter ficado tão mal, mas eu não consigo. Não consigo lembrar.

Me perdoe, Lydia, eu queria ser capaz de escrever aqui, registrar o motivo de você ter ficado daquela forma, mas minha mente não funciona como deveria.

Quando se tem essa demência, é algo cotidiano ter apagões, simplesmente perder a memória de coisas essenciais, mas eu me lembro de ontem, Lydia, lembro mesmo.

A dona de olhos verdes estava tão linda, descalça, vestindo uma camisola curta e o rosto amassado. Ela sorriu quando me viu, abraçou Derek, se despedindo dele e agarrou meu braço.

Assim que entrei na casa conhecida, não soube o que fazer, só conseguia pensar que eu tinha me despedido definitivamente de Derek e que era meu último dia com a Martin.

"O que foi, Stiles?", foi a única coisa que Lydia me perguntou, quando me guiou com cuidado até o sofá, fazendo carinho no meu braço.

Balancei os ombros como se não fosse nada e ela suspirou, os dedos brincavam com minhas pintas.

"Derek disse que você pediu para ver Melissa e Kira", por algum motivo, a voz dela tremeu ao dizer aquilo e quando concordei com a cabeça, ela engoliu em seco.

Ficamos em silêncio por um tempo, muito tempo.

Eu estava completamente perdido em pensamentos, sem reação e ela, parecia entretida com minha pele, acariciando meu braço, cutucando meu pescoço, fazendo desenhos imaginários na minha bochecha.

Com cada mínimo toque, eu tremia e sentia meus nervosos queimarem e explodirem dentro de mim.

"Saudades", não me esforcei em tentar formar uma frase completa, apenas soltei a palavra que quebrou o silêncio.

" Eu também estava com saudades, fiquei feliz quando Derek disse que você queria dormir aqui em casa ", ela sorriu, mas pude ver claramente a preocupação em seus olhos.

Eu sabia que precisava falar, precisava ter coragem de dizer o que tinha planejado por toda noite, mas Lydia tem esse estranho poder sobre mim, ela me deixa sem palavras, sem jeito.

Fico vazio perto dela e o mais estranho dessa sensação é que quando sinto esse oco dentro de mim, fico completo, sendo preenchido pela sensação de conforto que ela transmitiu.

"Você se importa se eu o beijar? "

" O q-que? "

"Tudo bem se eu te beijar?"

Seria desnecessário dizer como fiquei com aquela pergunta.

Não consegui responder e então, Lydia me beijou.

Ela tinha o exato gosto que me lembrava, doce e a textura de seus lábios era a mesma. Queria mostra-la como tinha aprendido a beijar, que tinha mais experiência depois de ter ficado com várias desconhecidas, mas meus lábios eram limitados a poucos movimentos.

Não conseguia parar de tremer e até mesmo minha língua parecia restrita, incapaz de obedecer aos comandos de minha mente.

Algumas lágrimas escaparam de meus olhos, pois não pude evitar de lembrar de que a tinha beijado pela última vez quando Scott morreu e ali, nos beijávamos antes que eu morresse.

Lydia afastou nossas bocas quando eu comecei a arquejar, com falta de ar, tremendo por inteiro, parecendo estar prestes a convulsionar

"Desculpa, me perdoa, shhh, calma, Stiles, respira." Ela segurou meu rosto e o acariciou, secou minhas lágrimas e me olhou com cuidado "Calma, está tudo bem, foi uma ideia ruim, é que eu..."

Ela desistiu de falar e eu não tive a capacidade de perguntar o que queria dizer, então apenas neguei com a cabeça, tentando demonstrar que eu queria beija-la.

Fazia muito tempo que meu corpo não sentia nenhum tipo de prazer e eu ansiava por algum alívio físico, já que com minha doença e o fato de morar com Derek, me impedia até mesmo de me tocar em busca de alguma satisfação carnal e obviamente, não ficava com ninguém há muito tempo.

"Eu tenho medo de não ter outra chance de te beijar", era uma crueldade ver olhos tão bonitos derramando tantas lágrimas por alguém como eu " Não quero te perder, Stiles".

Como ela teve a coragem de dizer aquilo? Eu era o garoto que a ignorou, o que se fechou completamente e a abandonou, que não estava perto dela quando precisou e nem sequer conseguia lembrar o motivo daquela magreza excessiva e a queda de cabelo, coisas que ela ainda se recuperava.

Lydia, será que você não entende o quanto eu lhe faço mal? Eu só a machuco, até mesmo com minha doença eu pioro seu sofrimento, pois por algum motivo, você ainda se importa comigo.

Eu vou livra-la desse problema, vou me libertar desse corpo limitado e livrar a Derek também. Vocês não terão que continuar sofrendo por minha causa e eu não vou ter que suportar a mim mesmo.

"Eu te amo", ao menos consegui dizer aquelas palavras, da mesma forma que disse a todos ao me despedir: com sinceridade, saudoso e chorando discretamente.

Nunca fui muito de chorar, durante minha vida sempre engoli as lágrimas e disfarcei, para que ninguém percebesse meu sofrimento, mas agora, prestes a morrer, eu derramava as lágrimas que não derramei durante todos esses anos.

Chorava como um bebê abandonado, como uma criança órfã, o que de fato, sou.

Eu abracei Lydia, aquela mulher linda que conseguia estar ainda mais estonteante do que em sua adolescência e ela se acomodou em meu ombro, segurou minhas mãos e respondeu: "Eu também te amo, Stiles, muito mais do que você pode imaginar ".

Era estranho pensar que aquela era minha primeira paixão, sofri tantos anos por ela, a vendo com outros homens e depois, achei que ficaria tudo bem quando fiquei Malia, que se tornou essencial na minha vida, mas então, perdi Malia. Perdi tudo e só assim, a garota inacessível ficou comigo, quando já não tenho mais a certeza se a vejo como uma amiga ou como um amor e quando estou definhando, abandonando aos poucos a vida.

Mesmo sem saber como me sinto em relação a ela, sei que foi importante para mim desde o momento que a vi e que será até meu coração parar de bater.

Esse momento, do meu último suspiro, está se aproximando. Já até mesmo peguei a arma que meu pai escondia na última gaveta da cômoda, vou usa-la pela primeira e última vez.

E sim, estou na minha antiga casa, escrevendo no meu antigo quarto.

Meu encontro com Lydia não foi como eu esperava. Dolorido, certamente foi, mas não senti o desespero que achei que fosse ter, nem de longe foi tão agoniante como me despedir de Derek.

Foi o que jamais poderia imaginar, reconfortante. Sentia vontade de chorar por saber que nunca mais sentiria seu corpo magro encolhido contra o meu, mas ao mesmo tempo, enquanto estávamos naquela posição, eu não conseguia sentir nada além de seu calor, que me inebriava de tal forma que dopava meus sentidos.

Depois de um longo tempo em silêncio, peguei o celular de Lydia e com as mãos trêmulas, digitei: "Você não tem nojo de me beijar?"

Ela leu e arregalou os olhos para mim. Apesar disso, sabia que entendeu minha pergunta, afinal eu estava acabado, babando, trêmulo, sem fôlego, muito magro e o rosto destruído pelo cansaço, como se fosse uma representação da minha alma.

Nunca fui uma pessoa atraente, sempre fui desajeitado, sem nada de especial ou bonito, apenas um garoto apagado, mas agora, sou deplorável.

Ela não me respondeu com palavras, mas com um beijo. Seus lábios se moveram com força e lentidão, eu estremecia com a língua molhada entrando e saindo da minha boca imunda.

Novamente, não consegui mover meus lábios do jeito que deseja, mas para evitar ficar sem ar novamente, apenas permiti que ela me beijasse, deixei a boca quase inerte, movimentando uma vez ou outra minha língua moribunda.

Assim, o beijo foi mais longo.

O inacreditável aconteceu.

A dona dos olhos verdes me empurrou com muito cuidado no sofá e se colocou por cima de mim, tudo isso com muita lentidão.

"Você tem que me avisar se te machucar ou se não gostar de alguma coisa", ela disse como uma professora para uma criança e eu só movi a cabeça. " Posso fazer isso, Stiles? Você consegue? "

Meu pulmão derreteu e espalhou chamas por todo meu corpo.

Por um momento tive vontade de gritar que eu não conseguia nem sequer falar ou andar, mas era óbvio que eu queria aquilo, não importava se eu tinha condições físicas para conseguir.

Precisava de um último momento de felicidade antes de morrer.

Então, ela se despiu, expondo o corpo perfeito e logo em seguida, me expôs também.

Apesar dela já ter me visto sem roupa, quando precisou me dar um banho devido a ressaca, não consegui evitar a vergonha.

Eu sou ridículo, magro, feio e ela é tudo o que sempre sonhei.

Por algum motivo, que não consigo entender, ela me proporcionou um prazer delirante.

Lydia me tocou como eu já não conseguia fazer e aquilo era tão bom e inesperado, que chorei mais uma vez, tentando murmurar alguma palavra, mas só saíram grunhidos inexplicáveis.

A boca farta caminhou por todo meu corpo, cada centímetro da minha pele, beijando, sugando, mordendo. Depois, ela juntou nossos corpos e se movimentou, criando uma fricção boa, pegou minhas mãos trêmulas e fez com que eu a tocasse, a estimulasse e assim, tivesse aquela visão esplendorosa. Lydia Martin se contorcendo em minhas mãos.

Ela é tão linda.

Poderia descrever o seu corpo por anos seguidos e não me cansaria de falar sobre a textura de sua pele, o cheiro que emana dos cabelos ruivos. Ela é macia, quente, com curvas bem delineadas, ela é tão linda.

Se de fato existir um paraíso, não acho que eu vá para lá, mas mesmo que fosse, tenho certeza de que não encontraria nada tão lindo e esplendoroso quanto a dona dos olhos verdes.

Lydia, eu não sei mais o que dizer. Eu amo você, amo tanto que me pergunto como sou capaz de suportar esse sentimento, você é a melhor parte de mim, minha esperança, é a vida que me resta.

Depois dela ter me proporcionado aquele prazer, nós ficamos muito tempo deitados, nos encarando e não havia nada a ser dito, bastava analisarmos o rosto um do outro.

No resto do dia, nós comemos, vimos a série que ela gosta, tomamos banho, juntos, com ela me ajudando ao mesmo tempo que limpava o próprio corpo. Ficamos no seu quarto, sem nada para fazer e a dona de olhos verdes, conversou comigo, sem que eu conseguisse responder.

E claro, fizemos sexo por mais umas três vezes, quase sempre da mesma forma, comigo limitado e ela me guiando, me ajudando a manter a respiração.

Dormimos na mesma cama e sem saber, Lydia me aninhou da mesma forma que Malia fazia, me abraçando por trás, de maneira que fiquei encolhido em seus braços, acariciando suas mãos que envolviam minha barriga.

Ela teve um sonho tranquilo e eu não consegui dormir, fiquei toda a noite de olhos abertos, pensando em Malia, em Scott, Melissa, Kira, Derek, minha mãe, meu pai.

Lembrei de cada pessoa que passou pela minha vida, aqueles que morreram, que me abandonaram, que eu deixei partir, pensei em cada um deles, esforçando minha mente debilitada a lembrar de cada sorriso e cada lágrima que provoquei em seus rostos.

Pela primeira vez, não tentei fugir da dor lancinante, nem da culpa pelas mortes que causei, permiti que todos os sentimentos ruins que tentava afogar, viessem a tona. Lembrei de cada desgraça, cada escolha estúpida e cada momento de felicidade.

Relembrei da sensação de ter sido possuído, de ter me alimentado de dor e morte e da sensação maravilhosa de poder que aquilo me proporcionou. Pensei em Allison, no desespero que me corroeu por saber que fui o responsável por ela ter morrido e recordei, como depois de todo caos, encontrei conforto e proteção em Malia, que me fez eternamente feliz pelo tempo que permaneceu comigo e como tudo piorou depois de sua partida.

Cheguei a terrível conclusão de que se eu não tivesse nascido, se nunca tivesse me relacionado com as pessoas ao me redor, tudo poderia ser diferente.

Scott não teria se transformado em lobisomem se eu não tivesse o convencido a ir para a floresta procurar o cadáver de uma mulher e ele poderia ficar com a Allison sem nenhuma complicação.

Lydia continuaria na ignorância que a protegia do mundo sobrenatural, Kira não estaria sofrendo daquela maneira e Melissa não precisaria passar pela dor de perder um filho, Malia nunca teria experimentado o que é de fato viver como humana.

Talvez minha mãe ainda estivesse viva e meu pai não teria sofrido por ter um filho como eu, ele poderia ter sido feliz sem mim, mesmo se mamãe ainda morresse, ele ficaria melhor sem um filho hiperativo, verborrágico e estúpido.

Tudo poderia ter sido diferente, talvez até mesmo Derek teria encontrado maior paz e nunca tivesse se relacionado com Jennifer e nem reencontrado Kate.

Todas aquelas desgraças, de alguma forma, pareciam ter sido desencadeadas por ações minhas e agora, eu finalmente estava pagando o preço por aquilo.

Eu deveria ser forte e suportar minha punição, mas não sou. Não aguento mais nem um instante.

Por isso, Lydia, quando você acordar, eu não vou estar ao seu lado na cama.

Sai da sua casa com o céu ainda escuro e vim para cá, minha antiga casa, onde passei a maior parte da minha vida.

Sei que você não ouviu, pois estava dormindo, mas antes de sair eu beijei sua testa e disse novamente o quando a amo. Espero que nunca se esqueça disso.

Não se esqueça de mim.

De fato, essa está sendo a maior carta, não está? E bem, não tenho dúvidas de que é a pior, pois não sei o que dizer, queria ter planejado antes algum discurso emocionante que fizessem vocês choraram ao ler, mas, como já repeti milhares de vezes, eu amo muito vocês dois e acho que basta dizer isso.

Odeio a palavra suicídio, mas vai ser minha última ação desonrosa, estou prestes a morrer, a acabar com minha vida.

Não se culpem por isso e nem pensem que poderiam ter feito algo para impedir, isso foi uma decisão minha e só me mantive vivo por tanto tempo por vocês, porque como sempre, fui egoísta o suficiente para desejar desfrutar mais tempo, viver por mais tempo, ao lado das pessoas mais importantes para mim.

Tive o trabalho de escrever cada carta duas vezes, pois queria que os dois pudessem ler com minha letra, apesar dela ser uma calamidadade. Espero que ao lerem, vocês entendam, pelo menos em parte, os meus motivos.

Queria ter mais tempo para escrever mais cartas, mas infelizmente, essa será a última que irão ler e espero que dessa forma, eu consiga permanecer vivo em cada letra e principalmente, eu quero permanecer vivo dentro de vocês.

Não suporto despedidas, por isso não vou dizer um "adeus", não quero pensar que não vou vê-los mais, quero pensar que vou reencontrar minha mãe, meu pai, Scott, Allison, Érika, Boyde, Aiden e todos os outros, que morreram cedo demais.

Esse corpo no qual estou preso, me impede de dançar quando vocês dançam para me alegrar, me impedem de correr com você, Derek e de beija-la como merece, Lydia.

Esse corpo me impede de respirar, me traz humilhação e me torna completamente dependente dos outros e bem, se há algo que sempre tive, foi minha mente, minha inteligência, sempre foi o que restou de bom em mim e agora, até isso estou prestes a perder.

Não vou deixar que a doença me mate lentamente, arrancando toda minha inteligência e me transformando em louco, não vou deixar que essa maldida doença tire minha sanidade e destrua vocês, ao me verem definhar e perder o contato com a realidade.

Essa demência arrisca tirar minha humanidade, que é a última coisa pela qual estou lutando.

Por isso, eu desisto, pela doença, pela dor, por esse corpo limitado e pelas mortes que me cercam a cada instante.

Vou usar essa arma que está na minha mão para libertar meu espírito, para ganhar a liberdade, sair desse corpo, sair dessa realidade horrível em que perdi tudo o que mais presava.

Eu amo você, Lydia Martin.

Eu amo você, Derek Hale.

Por favor, nunca se esqueçam de mim.

O garoto sem nome.


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Notas finais do capítulo

LEIAM!
Olá novamente! :3
Tenho dois avisos importantes:
1. Essa foi a última carta, mas o próximo capítulo será essêncial para total compreensão da história e vai sair da visão do Stiles, que é a única que vocês tiveram contato. Realmente será o desfexo.
2. Apesar do epílogo estar em processo, posso demorar um pouco para postar, pois só vou publicar quando já tiver o link da minha próxima fic, para que vocês possam acompanhar!
Então, se tem alguém que ainda não votou em qual será a próxima fic, ainda da tempo de comentar, pois estou PENSANDO na possibilidade de postar as duas mais votadas e não somente uma!
Enfim, é isso e por favor, dêem a opinião desse capítulo, porque fiquei realmente aflita por ser a última carta...



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