Kidnapper escrita por Kate Odair Di Angelo


Capítulo 1
Kidnapper


Notas iniciais do capítulo

Oie! Uma one pra vcs galerinha da record (eu pra eu mesma: Que merda de apelido foi esse)
p.s: Nao fiquem bravos com o end!



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Era uma noite escura na cidade de Manhatan, o céu estava coberto de nuvens, o que o fazia parecer algo como um algodão encharcado com estrelas e trovoes. Começou a chover, no seu início a chuva estava fraca mas aos poucos ela foi tomando forma e ficando cada vez mais forte e espessa. Decidi apressar o passo, comecei a andar cada vez mais rápido até que eu vi uma padaria, já fechada, mas que o toldo continuava aberto. Fui para lá e me assentei no degrau da escada. Depois de um tempo percebi que a chuva já estava passando então decidi ir embora, quando fui me levantar senti um pano em minha boca e um par de mãos me levando a inconsciência.

***********************************

Acordei em uma sala escura e suja, não sabia quanto tempo havia se passado desde que eu havia estado em coma. Podiam ser minutos, horas ou até dias! Varri o local com os olhos procurando algo que me ajudasse a escapar, e eles pousaram em um par de olhos negros como ônix que me fitavam em completo sofrimento. O garoto tinha os seus cabelos da mesma cor que seus olhos e eles estavam cobertos de poeira, pela sua face pálida descia sangue desde o começo da sua testa até a sua magra clavícula.

Eu sabia quem ele era. Ele era a última pessoa que eu poderia encontrar aqui. Eu estava olhando para o meu melhor amigo de infância. Eu estava olhando para Nico di Ângelo. Quando ele percebeu que eu havia acordado me deu um sorriso de canto, ele com certeza estava ali há muito mais tempo que eu e parecia muito abatido.

-Parece que o destino nos fez ter o mesmo sequestrador Lia. Ele disse com sua voz originalmente rouca mais agora com uma fraqueza que deixava ela como um murmúrio.

Sequestrador. Eu ainda não havia caído na real de que havia sido sequestrada, para mim aquilo era um sonho louco no qual acordar era o meu maior desejo. Para quem eles iam ligar? Para o meu pai? Ele não ia nem atender. Para minha madrasta? Era capaz dela pagar para me matarem isso sim. Estava quase suspeitando dela quando ouvi passos no corredor. E ouvi uma voz também, era uma voz masculina que falava raivosamente ao telefone, Nico continuava ao meu lado e eu percebi que a única coisa que o prendia o chão era uma corrente no pé esquerdo, só nesse momento eu percebi que era a única coisa que me prendia também. Tentei me levantar, mas percebi que estava fraca demais para isso, senti uma tontura que não podia ser da fraqueza ou da fome. Foi ai que eu percebi que havia sido dopada. Consegui me arrastar até o lado do nico e finalmente pude ver como ele havia mudado. Seu cabelo estava mais longo, ele estava bem mais alto e, obviamente ele estava mais velho. Parecia muito mais maduro do que éramos aos doze anos de idade. Institivamente minha cabeça encostou no ombro dele e ele segurou a minha mão e proferiu as seguintes palavras:

-Eu te amo.

Sabe aquele momento que você não faz ideia do que fazer? Eu não tive esse momento, eu apenas me inclinei para frente e senti os lábios dele nos meus. Os lábios dele eram frios e tinham um gosto metálico de sangue, mas os meus não estavam diferentes dos dele. O beijo chegou a ser tão rápido e calmo, que talvez não tenha passado de um simples selinho. Porque afinal, estávamos a beira da morte, morrendo de fome e sem forças nem para ao menos nos levantarmos imagine para dar um beijo de cinema! Ouvimos os passos se aproximando e a maçaneta girando ruidosamente, institivamente nos separamos e eu tentei ir para o mais longe possível dele. Um homem alto e de porte atlético entrou no quarto, não podia ver o seu rosto pois ele estava coberto com uma máscara preta. Ele se aproximou lentamente de nico, e suas mãos foram para o pescoço dele, eu sufoquei um grito.

O homem começou a sufoca-lo, pude ver nos seus olhos que ele já não podia respirar, tive medo que o homem o matasse naquele momento mas ele simplesmente o soltou. Enquanto Nico tentava puxar de volta o ar para os pulmões o sujeito se aproximou dele com uma seringa na mão. Nico sempre foi mais rápido de perceber as coisas do que eu, e naquela hora ele sabia que ia morrer. Suas mãos foram em direção a sua coxa e ele me mandou uma mensagem por código Morse. Eu a mandei de volta. Mandei de volta a única mensagem em código Morse que eu sabia. A única que nico havia me ensinado. Mandei de volta o “eu te amo” que ele havia me mandado. Quando o homem se aproximou de nico com a seringa eu senti lagrimas rolando pela minha bochecha. Ele retirou a máscara. E eu o reconheci.

Luke Castellan. Meu ex namorado. O que havia me traído com uma líder de torcida. E depois tentou me estuprar. Isso mesmo! O que lhe rendeu uma cicatriz deixada por mim que percorria desde sua sobrancelha esquerda ate a ponta do seu lábio. Seus cabelos cor de areia agora estavam parecendo palha. Os dois anos de prisão pareciam ter tido o devido efeito nele. A seringa perfurou a pele do pescoço do nico e nele foi injetado o soro. Soltei um grito abafado ao ver aqueles olhos negros perderem o brilho e virarem vidrados como os de boneca. Há esse ponto eu já estava traumatiza por ver a única pessoa que eu havia verdadeiramente amado a minha vida inteira morto.

Luke se aproximou de mim mas não sem antes chutar o corpo desfalecido do nico para fora do caminho. Então ele se ajoelhou perto de mim e disse, com aquela voz rouca e, agora eu pude perceber quão maquiavélica ela era, as seguintes palavras:

-Thalia, Thalia, cá estamos nos outra vez, eu te disse que ia sair daquela prisão imunda um dia somente para poder fazer você e o seu amiguinho-ele apontou para o cadáver do nico enquanto dizia isso- sofrerem.

Ele deu uma risada que fez um calafrio percorrer todo o meu corpo. Aquelas orbitas azuis que um dia me inspiraram confiança agora me fazia tremer de medo e terror. Então ele sacou um canivete do bolso. Eu o reconheci. Era o mesmo canivete com qual eu lhe fizera a cicatriz.

-Bem, primeiro acho que devemos ficar quites. E ele passou o canivete fazendo uma linha em minha face. Cada segundo daquela lamina passando no meu rosto era de pura tortura.

Enfim ele pegou uma seringa, igual àquela que ele havia usado para matar o nico. Então seria o fim. Essa seria minha morte, e por algum motivo eu não estava mais com medo. Tudo o que eu mais amava já tinha me deixado. Minha mãe e o meu irmão mais velho em um acidente de carro. Meu único amor de verdade pelas mãos do meu futuro assassino. Nada mais importava. Senti a seringa perfurando o meu pescoço e o liquido circulando pelo meu corpo. Já não sentia mais os meus braços nem as minhas pernas, rapidamente todo deixou de fazer sentido e eu deixei a morte me abraçar do mesmo modo que ela abraçou o meu amado. Calma e gradativamente. Do mesmo modo que alguém cai no sono.


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Notas finais do capítulo

Exagerei? Mals ai pela estoria toda depressive mais espero que tenham gostado!
*Comentem!!!
Kisses
Kate



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