Insonia escrita por Armamudi


Capítulo 16
Penumbra - Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Galera fazia séculos que não postava, quando de repente...eis que surge um novo capítulo!!!!
Espero que gostem, e prometo não ficar longe muito tempo daqui ok!!!
Boa leitura a todos!!! Ah e não esqueçam de deixar um review ein!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/61341/chapter/16

Daniel dormiu profundamente toda a noite, e dessa vez não teve pesadelos assombrando seus sonhos. Acordou e viu que o relógio marcava 9 horas da manhã. Sexta-feira. Precisava ir ao trabalho pra assinar alguns papéis e também para nomear Roberto como o chefe do setor de Desing Gráfico enquanto estava de férias. Levantou-se rapidamente, tomou um banho, e vestindo uma calça jeans e uma camisa simples, desceu as escadas, indo em direção à sala. Escutou a voz de Ana, a empregada, ecoar estridente e fina na cozinha.

 

Entrando na cozinha, viu Ana cantar distraída uma musica que tocava no rádio, e Lester estava deitado com a barriga para cima na porta, tomando um sol em seu pêlo negro.

 

- Bom dia Ana?

- Bom dia senhor Daniel! O que o senhor faz por aqui?

- Eu estou de férias Ana. Mas não se assuste, eu só vim aqui pegar uma fruta e estou de saída.

Foi em direção à fruteira, e pegando uma maçã, virou-se para ela e perguntou: - E onde está Cíntia?

 - Ah, a dona Cíntia foi levar os meninos na escola, e depois disse que ia na casa da mãe dela. Mas falou que voltava antes do almoço.

- Tudo bem- e dando as costas para Ana e indo em direção à sala disse: - Avise a ela que eu volto pro almoço tudo bem? Bom dia.

- Ta bom senhor Daniel. Bom dia para o senhor! E Ana voltou sua atenção para as panelas em cima do fogão.

 

Entrando no carro, sentiu aquela sensação de que algo ou alguém o vigiava, e teve ,medo de novamente aquela coisa aparecer e lhe provocar. Pediu em silêncio proteção divina, fez uma oração, e ligou o carro. De sua casa à empresa levaria mais de meia hora.

 

Cíntia estava na casa de sua mãe Lourdes, e ela contava eufórica para a matriarca sobre o que acontecera nos últimos dois dias em sua casa. Das brigas de Lucas e Daniel, ao surto psíquico de Jhonatan, até o convite de Lucas para eles verem a apresentação da banda dele no sábado. Lourdes conhecia a vida difícil que Cíntia tinha com o marido e os filhos, mas ela escolhera aquele caminho para si. Desde quando sua filha chegara em casa dizendo que Daniel havia lhe proposto casamento, ela nutriu uma repulsa pelo genro. Sua única filha iria se casar com um homem que tinha como trabalho, ficar desenhando o dia todo. Um ofício de vagabundo, dizia ela. Mas, com o passar dos anos, ela inverteu esse sentimento por Daniel, principalmente quando a empresa que ele trabalha, lhe havia conferido cargo de chefia e um excelente salário.

 - O que eu posso dizer pra você minha filha, é que Deus tem seus caminhos para te levar ao lugar certo. Somos nós é que escolhemos os atalhos e sinuosidades no caminho que ele traça, pra tentarmos chegar mais rápido no fim. E no fim, pelo que parece, você encontrou paz para sua casa.

 

Os olhos de Cíntia estavam rasos de lágrimas pelas palavras proferidas pela mãe, e dando um abraço nela, olhou para o relógio pendurado na parede e viu que já marcava quase onze da manhã.

 

- Nossa mamãe, eu tenho que ir embora! Assustou-se com o horário.- Ainda tenho que pegar os meninos no colégio pra almoçarmos.

- Tudo bem querida. Vá com Deus, disse dando um sorriso para a filha.

- Fique com ele a senhora também! E pegando a bolsa, virou-se rapidamente, indo em direção à garagem. Daria tempo de pegar Jhonatan na escola e depois o Lucas. Chegaria em casa antes do almoço ser servido.

 

                                ********************************

 

Chegando na porta da Visual Graphics, Daniel saltou do carro e entrando na recepção, viu que alguns dos seus funcionários conversavam amistosamente, enquanto retornavam de seu intervalo.

- Bom dia senhor Daniel? Saudou cortês Luiz, um jovem Designer Gráfico que trabalhava na empresa há um ano.

- Bom dia Luiz. Senhores, disse fazendo um aceno para os outros que o acompanhava.

- Bom dia, disseram em uníssono.

 

Subindo pelo elevador, entrou no setor de Design Gráfico, e quase no fim do corredor, viu Roberto em pé conversando com mais dois funcionários. Caminhou em direção deles, e viu que tinham um projeto nas mãos. De certo estavam discutindo um portfólio para compor a campanha.

- Bom dia para todos?

- Bom dia senhor Daniel, responderam, exceto Roberto que como sempre o cumprimenta de modo informal.

- Roberto, eu preciso falar com você a sós em minha sala. Pode ser?

- Ah claro Daniel, disse eufórico. Senhores, se me dão licença, nos falaremos mais tarde.

- Tudo bem Roberto. E os dois rapazes voltaram para suas mesas.

 

Entraram na sala de projetos, e ela estava impecavelmente limpa e organizada. Daniel sentou-se primeiro em sua poltrona, seguido de Roberto.

 

- Bem Roberto, como você sabe, eu estou de férias, e só retorno no mês que vem pro trabalho.

- Certo Daniel.

- E como você bem sabe, esse setor é o mais importante da empresa, e por isso é impossível deixá-lo sem alguém para comandá-lo. Deu uma pausa, afim de ver o que os olhos de Roberto lhe falariam.- Por isso Roberto, eu pensei em deixar você como meu substituto enquanto estou ausente. O que acha?

 

Os olhos de Roberto se iluminaram de tal forma, que pareciam dois faróis na escuridão. Daniel percebeu imediatamente a euforia nos olhos dele. Isso seria bom para Roberto, pois ele teria que deixar uma pessoa à altura para ocupar seu cargo, pois tivera uma conversa anteriormente com os irmão Zargo, e eles queriam que ele gerenciasse uma filial em Nova York,no fim do ano. Por isso seria bom colocá-lo na linha de frente, pra ver se ele daria conta do recado.

 

- Eu fico honrado com o convite Daniel, e pode ter certeza que darei meu melhor! Seus lábios tremiam nervosamente, e os dedos das mãos abriam e fechavam freneticamente.

- Você dará seu melhor com certeza Roberto – ironizou – mas tome cuidado. Excessos pode te arremessar longe da carreira que almeja.

- Pode deixar chefe. E levantando da cadeira, estendeu a mão para um acordo de cavalheiros. Daniel fez o mesmo gesto, e selando o pacto, eles se dirigiram para fora da sala.

 Daniel rapidamente fora ao setor do Departamento Pessoal, para assinar os papéis das férias, e saiu  da empresa. Precisava ir a um lugar antes de ir para casa. Precisava expulsar um demônio que o atormentava fazia alguns anos.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Insonia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.