Ensina-me escrita por apenasmika


Capítulo 8
Bem-vinda


Notas iniciais do capítulo

E ai gente! Tudo susa? de boas? E tal? Enfim mais um capítulo, acho que ainda não falei aqui, mas essa história se passa no Brasil e tal, vou explicar isso por que mais para frente ou daqui a pouco vai ter coisas relacionada a isso e tal. Então boa leitura *-*



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Pouco depois de vinte minutos de caminhada, eles chegaram ao local, Alice não sabia que naquele momento sua boca estava semiaberta e os olhos meio arregalados enquanto encarava o condomínio fechado, aquilo era enorme, Alice já havia passado por ali várias vezes de ônibus, mas vendo de perto parecia diferente, aquele prédio cinza sempre lhe chamou a atenção, aquele mini jardim do lado de fora e as lindas lanternas iluminando-o, a cabine do porteiro com vidro blindado, a entrada também blindada, tudo parecia incrível demais para ela e quase sem perceber parou a alguns passos dos degraus do lado de fora.

– Isso é... – Comentou embasbacada com o lugar. Hiro de canto de olho observou os olhos castanhos brilharem de admiração com o condomínio. – Isso é... Uau!

– O que foi? – Perguntou o rapaz rispidamente, mas ela não respondeu, o viu subir os degraus e chegar a cabine do porteiro, logo a porta se abriu. Ele esperou a moça que já se apressava atrás dele, olhou para o homem na cabine que a analisou por um momento e assentiu.

Os empregados do prédio sabiam que eram estrangeiros por isso não falavam muitas palavras, ou quando falavam, era sempre acompanhado com mimica.

– Boa noite – A moça cumprimentou o porteiro que sorriu, então passou.

Atravessaram o pequeno corredor no térreo e pararam em frente o elevador, Alice viu quando Hiro meio que de esguelha olhou para as escadas ao lado do elevador, quase um segundo depois observou-a, então a garota deixou o semblante sério, a porta a sua frente se abriu, Alice entrou e ficou-o esperando, estranhou que o rapaz nem sequer chegou a ser mover, a porta fez menção de se fechar, ele colocou a mão impendido e então entrou, empurrou a garota para o lado enquanto pedia para ela sair da frente e apertou o número dez no painel, o elevador fez um barulho e começou a subir.

A garota viu-o suspirar ao seu lado , então aos poucos ir para o canto da cabine e encostar nas paredes como se ali, estivesse seguro de tudo, pelo silêncio era possível ouvir o barulho do compartimento sendo puxado para cima, Alice notou o asiático bater os pés apressadamente sobre o chão como se estivesse com pressa de ir para algum lugar, viu-o olhar para cima e parecer está desapontado pelo andar está um pouco longe, desceu os olhos e notou que Alice estava o observando pelo reflexo na porta do elevador.

– Perdeu alguma coisa em mim? – Perguntou o rapaz com os braços cruzados sobre o peito. Alice não falou nada, apenas pela primeira que estava com ele esboçou um sorriso.

– Nada. – Ela deu um pequeno riso, tentando prender uma risada.

– Qual é a graça?

– Nenhuma. Eu estava lembrando de uma piada engraçada.

– É isso que o pessoal do seu país fala quando estão rindo de alguém? – Ele a encarou pela porta, mas seus olhos vacilaram para o painel acima que marcava os andares, a menina o seguiu. Ainda estavam no sétimo.

– Não. – Alice respondeu – é isso que o pessoal do meu país fala quando estamos rindo de uma piada. – Ela não estava mentindo, por que afinal para ela o rapaz era uma piada. Ele suspirou e o silêncio voltou a habitar, o garoto pareceu incomodado novamente, além da respiração deles o barulho do elevador parecia evidente. Hiro voltou a bater o pé. – Posso te fazer uma pergunta?

– Não. – O rapaz respondeu, caminhando para ficar em frente a porta.

– Você tem medo de elevador? – Perguntou Alice, ignorando a resposta do garoto. Hiro a encarou por um momento, a porta se abriu desconsiderou completamente a pergunta e o fato de que não iria respondê-la e como se fosse um preso saindo da forca rapidamente se retirou da cabine, pareceu por um momento que ele estava quase correndo. Ele começou a andar em frente a ela – Não vai me responder?

– Eu disse que não ia.

– Já que não vai responder acho que é por que tem medo. – A menina riu querendo o irritar, mas por algum motivo estava conseguindo. Ele ficou em silêncio, tentando ignorá-la. – Quem diria que alguém da sua idade teria medo de elevador. – Hiro não respondeu dando oportunidade para ela continuar, Alice sorria enquanto caminhavam até final do corredor, a garota esqueceu até de analisar as coisas ao seu redor enquanto tentava o irritar. – Você tem quantos anos? Dezoito? Dezenove? E mesmo assim – O rapaz parou de repente fazendo com que moça atrás dele quase chocasse com suas costas, ele virou-se com a sobrancelha erguida a analisando desafiadoramente, quase pedindo que continuasse, viu que ela não iria continuar, afinal tinha conseguido o que queria.

– Eu não tenho medo. – Esclareceu pausadamente, os olhos amendoados a fuzilava, ele já estava irritado.

Aquele era o troco por ter me feito sentir mal, Alice pensou, apenas por aquele momento permitiu-se deixa-lo furioso.

– Sério? – Os lábios da moça se curvaram timidamente, um casal saiu de um dos apartamentos e os analisou – Tudo bem. - Concordou, vendo-o voltar a caminhar a sua frente. – Você não tem medo de nada. – Falou com a voz irônica, Hiro a olhou de canto de olho e revirou os olhos em discórdia quando ela começava a caminhar ao seu lado, parou na última porta no final do corredor, tirou uma chave e abriu a porta e entrou, Alice ficou um tempo parada.

– Vai ficar aí fora? – Perguntou o rapaz vendo que a morena não se mexeu. Ela fechou a cara e adentrou ao recinto – Mãe, estou em casa. – Anunciou fechando a porta atrás de si, Alice ficou observando o apartamento, a sala era pintada de branco com uma enorme televisão e um sofá cama vermelho, tinha alguns quadros nas paredes, algumas fotos na pequena raque com alguns livros deixava tudo mais acolhedor, ela sabia que era feio olhar daquela forma a casa dos outros, porém aquele apartamento era realmente algo para se admirar. – Você tem o incrível costume de ficar analisando as coisas e continuar parada como uma tonta no mesmo lugar. – Comentou o rapaz só naquele momento notando que se encontrava ao seu lado.

– Sua casa é bonita.

– Eu sei – Falou ele começando a caminhar. – Mãe? – Não houve resposta – Naoki? – Ele foi até a cozinha, Alice viu Hiro voltar e seguir para o corredor, avistou uma criança passar correndo e passando reto, ignorando completamente o irmão que lhe cumprimentava.

– Ally! – Falou Naoki abraçando a cintura da moça que deu um pequeno sorriso.

– Olá, Naoki.

– O irmão falou que você não vinha que havia mentindo para mim. Então estava completamente sem esperanças. – Alice olhou Hiro com um olhar reprovador, o rapaz simplesmente ignorou.

– Mas eu vim. Isso prova que seu irmão não sabe de nada. – A garoto soltou com um sorriso encarando a criança.

– Bem-vindo de volta, Hiro. – Soltou a mulher de cabelos curtos que saia do corredor atrás do garoto.

– Ah, estou de volta.

– Então ela realmente veio. Pelo visto você perdeu a aposta com seu irmão. – A mulher sorriu para o filho mais velho de cara fechada que analisava o irmão arrastar a garota até o sofá para conversarem – Qual o problema, Hiro? Por que a cara feia?

– Você sabe que eu não gosto... – Ele calou-se.

– Deveria para de olhar para eles com tanta desconfiança. Você deveria ser mais aberto, ela parece ser uma boa garota.

– O problema não é ela – Informou baixinho – E sim tudo aqui, esse país, essa cultura, esse lugar é...

– Onde agora é o nosso lar. – A mulher o interrompeu, indo de encontro a garota sentada no sofá, Alice a viu se aproximar enquanto Naoki explicava algo sobre sua antiga escola animadamente. – Então você é a garota – Começou quando Alice se levantou com um pequeno sorriso, a mulher ela era magra e tinha os cabelos castanhos cortados até o início dos ombros, a pele era bonita, o rosto redondo e a garota notou e ela era uma mulher bonita e jovem para ter um filho daquela idade. – Prazer em conhecê-la, sou Hana Ishiwara.

– Prazer, eu sou Alice.

– Arice – A mulher tentou falar em português, falhando completamente – Arice... – Tentou novamente e logo desistiu - Apesar de está fazendo aulas para falar português acho que não estou melhorando. – Suspirou Hana com um sorriso sem graça.

– Está bom, mas coloque o L ao invés do R.

– Arice... Alice. – Tentou novamente e a pronuncia saiu um pouco melhor.

– Oh, consegui. – Hana bateu palmas para ela mesma e o menor sorriu. – Mudando de assunto Alice gostaria de te agradecer por ter ajudado o meu filho. Talvez meu filho mais velho idiota não tenha sido grato, mas eu serei. – O rapaz parado no corredor revirou os olhos – Muito obrigado por tudo. – Ela fez uma reverência surpreendendo a garota a sua frente, afinal era assim que os japoneses agradeciam devidamente.

– Ah, não foi nada. – Soltou, vendo a mulher voltar a sua posição normal – Não precisa agradecer. – Ela sorriu, então a porta repentinamente foi aberta, um homem com semblante sério entrou, retirando a gravata do pescoço falou um “Estou em casa” e passou reto, por um momento sequer notou a garota que estava em frente a esposa, logo após voltou quando estava na metade do corredor assimilando melhor a imagem, retornou e se colocou em frente a Alice analisando-a, ele parecia com o filho só mais velho, algumas rugas lhe saltava dos olhos pequenos, o cabelos tinha alguns fios brancos, também tinha o rosto sério o que não alegrou muito a moça.

– Então você é a garota? – Perguntou, a menina só assentiu com a cabeça, talvez fosse o seu tamanho que a estava a intimidando. – Seja bem-vinda. Espero que hoje se divirta aqui. – Ele sorriu e Alice pensou que talvez a noite não fosse tão ruim e aquela família apesar do garoto mal-educado, não era tão ruim e parecia um lugar agradável ao qual pudesse ficar por aquela noite.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? até o próximo que pelo jeito vai demorar para vir. Fui



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