Ensina-me escrita por apenasmika


Capítulo 14
Rebate


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus agora eu voltei e é sério, faz tempo que não apareço aqui. Mas foi por preguiça mesmo, me aposentei por um tempo, sabe como é a idade não é? hahahahha mas voltei e todas as minhas fics serão atualizadas (Deus me ouça) e provavelmente farei novas como uma SS e uma OkiKagu, quem sabe? Eu não sei;
E antes que me esqueça, os capítulos serão um do Hiro e um da Alice por que acho que assim farei vocês se aproximarem dos dois personagens.
— Mas por que não fez isso antes?
Por que pensei nisso agora. haha Então boa leitura.



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Alice respirou fundo uma, duas, três vezes fechou os olhos e lembrou-se que a mãe sempre dizia que perder a calma nunca levaria a lugar algum e ser paciente era algo a se conquistado.
— Você acha que eu não tenho vontade de gritar e matar o seu pai ás vezes, quando ele começa a discutir sem motivos algum? - Falou a mãe enquanto lavava alguns pratos, a lembrança apareceu claramente -é claro que quero xingá-lo de todos os nomes possíveis e mandá-lo calar a boca, mas sabe o que eu ganharia com isso? - Ela esperou uma resposta e a garota apenas abanou a cabeça -Nada, apenas teria estragado meu casamento por raiva passageira, ás vezes é necessário discutir, entretanto muitas vezes não, tudo o que tem que fazer é ter paciência, respirar e lembrar por que continua ali e provavelmente as coisas começarão a fazer sentindo e se não fizer apenas mande a pessoa que está te irritando se ferrar, simples assim.
Então Alice se lembrou o porquê estava ali e eles eram óbvios demais não queria preocupar os pais, queria ter um emprego- embora o mais simples possível, ela queria a independência que sempre achou que viria quando completasse dezoitos anos (mas não veio) o que tinha era apenas sentimentos de fracasso e a sensação de inutilidade que lhe caia sobre os ombros como se tais sentimentos fossem feitos para ela, Alice já estava cheia de ser um estorvo e ser alguém que nunca pode ajudar em casa, mas na verdade ser o motivo de preocupações.
Crescer...
Era o que queria e se aquele garoto pensava que poderia expulsá-la dali com piadinhas sem graça estava enganado, afinal veio muito bem preparada, foi o que pensou, enquanto o encarava com um pequeno sorriso nos lábios fazendo o rapaz a sua frente arquear a sobrancelha.
— Sim, é agora que começamos a brincar de escolinha. - Rebateu Alice cruzando os braços - E você será o garoto mal- educado que eu terei que colocar nos trilhos.
— Humf. - Ele soltou, a garota não soube dizer se era um tipo de risada ou um barulho de desdém. - Vamos ver se consegue.
— Vamos começar a aula falando sobre história. Na verdade uma que minha vó me contou no tempo em que estudava, onde os professores colocavam os alunos maus de joelhos em cima de milho como castigo. Falam que era uma boa época.
— Está pensando em fazer isso comigo?
— Claro que não. Por que primeiro eu não tenho o direito de fazer isso e segundo creio que sua mãe ou seu pai não gostariam disso.
— Vamos testar o ensino que sua vó teve? -
— Creio que seja muito conveniente para não? Afinal, eu seria demitida.
— Você será demitida. - Esclareceu Hiro com tanta convicção que Alice quase acreditou que logo Hana entraria por aquele quarto e a mandaria para casa.
— Você acha?
— Não acho. Tenho certeza.
— Vamos ver então.
— Vamos.
Aquilo era um desafio?!
Era um desafio!
Alice abriu a boca para falar uma resposta bem pensada, mas por algum motivo nada saiu parecia que o rapaz começava a ganhar, ou melhor, ao ver seu silencio Hiro já tomou uma postura de vencedor, algo que não estava acontecendo.
— Mas até que eu seja demitida, será meu aluno e eu serei a sua professora que segundo seus pais minha obrigação é te ensinar. - Ela apontou para a cadeira marrom. - Então sente-se.
— Não me de ordens, garota.
— Eu não estou como garota aqui, estou como sua professora, garoto. Então sente-se. - Hiro estreitou os olhos, a postura e por um momento Alice notou que ele estava ficando furioso.
— Está cheia de coragem hoje, ou está mostrando sua verdadeira face? - Ela riu e apenas apontou para a cadeira novamente.
Pois bem, foi o que ela pensou vendo-o trocar o peso de uma perna para outra em total desconforto, se ele queria brinca de ser o mau menino, também seria a menina má.
— Não vai sentar?
— Você realmente não quer continuar com isso não é? Está aqui há menos de dez minutos e tudo o que fizemos foi brigar.
— Nós não estamos brigando e estou pedindo apenas para sentar.
— Mandando. - Esclareceu.
— Pedindo. - Rebateu Alice rapidamente.
— Okay. - Ele começou a se mover. Alice se posicionou ao lado da escrivaninha marrom, enquanto o via se sentar estranhando por um momento.
— Então como vamos começar a brincadeira?
— Vamos começar com cumprimentos básicos. - Explicou e ignorou totalmente a pergunta sarcástica fingindo por um momento que ele estava interessado.
— Poderia me ensinar palavras mais pesadas sabe? Eu ouvi dizer que o pessoal do Brasil tem um palavreado meio feio.
— Todos os povos do mundo tem palavrões. O Brasil não foi o primeiro a aderir isso. - Alice rebateu.
— Você é uma maldita patriota não é? Vive defendendo esse pais cheio de corrupção e sujeira.
— Não sou patriota, só não quero um garoto falando de coisas que não sabe.
— E que não quer saber.
— Mas terá.
— Não fale como meus pais não - Ele parou, pois Hana deu uma leve batida na porta aberta.
— Está tudo bem aí?
— Sim, está. - Hiro falou sorrindo, Hana o olhou e sorriu também.
Alice examinou a cena com a sobrancelha erguida, uma mudança repentina de humor. Havia dois motivos para tais coisas, eles eram:
1: Hiro era bipolar.
2: Ele estava aprontando algo, fingindo cooperar com ela.
O que aquilo significava?, pensou vendo Hana mais uma vez sumindo no corredor.
Ele estava mentindo para os pais, era bom saber aquilo, pois sabia que poderia usar a seu favor.

***
E no final do dia não aconteceu nada, claramente ela não conseguiu ensinar por que tudo o que começava a dizer, Hiro resmungava ou saltava pedia coisas idiotas e sem graça com qualquer coisa e no fim do dia a aula acabou com uma discursão, mas ao sair do quarto ele apareceu na sala de bom humor e dizendo que o dia foi muito construtivo.
Só se for na arte de pequenas discursões por que ao contrário naquele dia não se aprendeu nada.
Então ela foi embora, todavia Hana insistiu que ficasse um pouco mais, mas sua cabeça doía, o espírito estava totalmente destruído e mesmo assim prometeu aparecer novamente.
Se pudesse bater nele, Alice pensou junto a um suspiro enquanto caminhava lentamente até o ponto de ónibus, como sua mãe fazia quando ainda era uma criança em um tempo onde a lei da palmada ainda não havia sido inventada, quando a pequena Alice errava qualquer palavra e ela lhe batia com o lápis com força na sua cabeça pedindo mais atenção, se fosse assim ás coisas seriam mais fáceis.
Ao chegar em casa e foi correndo para a cozinha tomar remédio, a mãe estava sentando na mesa de quatro lugares escrevendo qualquer coisa.
— Como foi o primeiro dia no emprego Alice?
— Um saco. - Respondeu sem pensar, a mãe lhe olhou de canto de olho.
— Você não precisa trabalhar se não gosta do emprego.
Entretanto precisava sim e isso não era uma coisa tão difícil de se fazer, tantas pessoas trabalhavam sem gostar do seu emprego apenas para se sustentar, então por que ela seria diferente? Não seria.
— Eu sei mãe, mas eu meio que gosto de lá. - Mentiu, mas a Rosa percebeu.
— Aquele garoto hoje te deu trabalho?
— Foi mesmo idiota de sempre. - Resmungou colocando o copo com aguá sobre a pia.
— Mas qual o nome dele? Você só se refere a ele como o idiota ou o garoto.
— Hiro, é o nome dele. O nome daquele idiota.
— Se quiser ensinar ele, Alice precisa se dá bem porquê caso contrário não dará certo para nenhum dos dois. - Aconselhou Rosa.
— Ele que não quer se dá bem comigo, eu sei que não tenho muito amigos, mas eu sou uma pessoal legal. - A mãe colocou a caneta sobre a mesa e pela primeira vez a encarou.
— Você é, mas ás vezes não é fácil de lidar. - Rosa observou os olhos da filha se arregalarem e sua boca se abrir lentamente.
—Você é minha mãe e está falando isso?!
— Por eu ser sua mãe, eu estou falando isso.
— Mas eu não faço nada eu hoje cheguei, quase de bom humor e ele começou com uma pergunta totalmente idiota e sempre quando eu tentava falar algo ele rebatia.
— E você?
— Rebatia de volta! Não vou ficar calada, porque caso contrário ele fará pior.
— Já ouviu falar da frase: Não se combate violência com violência? Então eu mudaria para : Não se combate mau comportamento com mais mau comportamento.
— Eu não me comporto mau, mãe. - Ela suspirou e olhou para o teto, tentando encontrar as palavras e não veio – Eu só- E decidiu deixar para lá, quem sabe outro dia.
Ela foi para o quarto e jogou-se na cama encarando o teto as lembranças do seu dia passou por sua cabeça e como a personalidade de Hiro mudava quando a mãe se aproximava e constou que se ela queria que o rapaz começasse a querer aprender algo tinha que descobrir o porquê de sua falsa colaboração, precisava disso se quisesse manter seu emprego ou então acabaria desistindo e o Hiro seria o vencedor.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Bye; Até a próxima, provavelmente segunda-feira ou antes quem sabe.



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