O que você seria capaz de deixar por uma amizade? escrita por Anaju


Capítulo 70
Você me dá permissão?


Notas iniciais do capítulo

Será que o pai de Majo dará permissão para o namoro dela com Daniel?



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Continuação:

— Mais é claro que sim, porque você não acredita? – Ele perguntou.

— Não é que eu não acredite, é que eu fiquei surpresa, pois você nunca tinha me falado isso antes.

— Eu sei, mas eu sempre senti, só estava com medo depois de tudo que houve com a Laura. – Ele falou meio envergonhado.

— Tudo bem, eu sei que tudo o que você passou não foi fácil, não vou para a França de jeito nenhum tem que haver um jeito de impedir isso.

— É, a gente tem que pensar em algo.

Nós continuamos ali conversando por horas. Quando ele me deixou em casa já eram dezenove e meia da noite, quase a hora do jantar, tomara que dê tudo certo para Majo, afinal já basta uma amiga triste.

Entrei na casa e corri para o quarto, me joguei na cama e pensei no que o Paulo me disse sobre me amar.

Valéria off

Maria Joaquina:

Terminei de me arrumar e olhei em meu relógio de mesa a hora, ele marcava dezenove e quarenta, já está quase na hora do jantar, comecei a sentir um frio na barriga, ok, agora eu estou oficialmente nervosa, e penso: e se meu pai não deixar eu namorar com o Daniel? Afinal meus pais adoram o Jorge, se ele implicar com o Dani? Respirei fundo e fui até o quarto da Vale, para ver como ela está.

— Como você está? – Eu perguntei entrando no quarto dela.

— Eu estou um pouco triste, ainda mais depois do Paulo me dizer pela primeira vez que me ama. – Ela me respondeu.

— Sério? Que fofo! Me conta, como foi isso? 

Ela me contou sobre a conversa com Paulo na sorveteria.  

— O único problema é que eu não vejo nenhuma saída para essa enrascada que eu mesma me meti. – Ela falou com uns olhos de dor.

— Eu sempre tenho ótimas ideias, tenho certeza que juntas vamos ter uma super ideia para eliminar esse problema de uma vez por todas.

— Tomara, eu vou acreditar que se não está tudo certo é porque não chegou no fim ainda.  – Vale, disse.

— Isso, eu sempre penso assim também.

— Mas mudando de assunto, você arrasou no look, hoje, hein... – Vale falou forçando um sorriso e olhando o meu vestido rosa floral em combinação com um salto médio na cor creme e alguns acessórios em rosa.

Me dá uma tristeza imensa ver a minha irmãmiga assim, tenho que ajudá-la de algum jeito, porém como?   

— Obrigada, tenho que estar perfeita para esse jantar, né?

— Parece que você conseguiu, o Daniel vai morrer quando te ver.

— Vai mesmo. – Eu disse fazendo umas poses tipo de modelo e consegui finalmente arrancar um sorriso sincero da Vale.

— Agora já vou indo para a sala, afinal faço questão de recepcionar o Dani, tem certeza que não quer vir? Hoje teremos cheesecake de morango para a sobremesa e eu sei bem que é sua sobremesa favorita.

— Eu prefiro ficar aqui mesmo, mas obrigada, é sim, guarda metade para mim. – Ela disse rindo no final.

— Pode deixar, bom jantar no quarto, então.

— Obrigada, para você também e boa sorte. – Vale falou me jogando um beijo.

Eu joguei outro beijo para ela e me retirei do quarto, chegando na sala meus pais já me aguardavam lá.

— Você está estonteante filha. – Minha mãe comentou assim que me viu.

— Obrigada, você também.

— Isso tudo é para esse menino que vem hoje aqui?  – Meu pai perguntou demostrando seus ciúmes normais de pai super preocupado.

Ele está agindo como se não conhecesse o Daniel. Pais... quem entende?

— Que isso pai, eu sempre me arrumo assim.

— Sei…. – Ele, falou.

Um pouco depois:

São dezenove e cinquenta e nove e Daniel ainda não chegou.

— Espero que ele não se atrase. – Disse meu pai.

— O Jorginho nunca se atrasava. – Comentou minha mãe.

Se eles gostam tanto assim do Jorge, porque eles não criam um fã clube para ele? Hein...

— Ele não vai se atrasar, tenho certeza. – Depois de eu dizer isso, ouvi a campainha e fui correndo abrir a porta.

— Oi, Dani. – Eu o cumprimentei assim que abri a porta e o vi ali parado com um sorriso de tirar o fôlego.

— Uau, você está... – Eu o deixei sem palavras.

— Eu estou?

— Perfeita.

— Grata, mas fecha a boca para não entrar mosca, ok? – Eu falei e nós rimos.

Daniel entrou e segurou minha mão para irmos ao encontro de meus pais e me deu um beijo rápido antes de irmos para a sala.

Maria Joaquina off

Daniel:

Eu cheguei em cima da hora na casa da Maria Joaquina, ainda bem que eu não me atrasei, chegando lá, ela que foi pessoalmente me receber na porta, ela está tipo linda, perfeita, maravilhosa, que eu até fiquei sem palavras, meio tonto e se duvidar eu esqueci até meu nome, segurei em sua mão para entrarmos na casa dela e lhe dei um beijo, nós entramos na casa e nesse momento nós acabamos de chegar na sala, a mãe de Maria Joaquina me recebeu com um sorriso, já o pai dela eu pensei que fosse me morder.

Não que eu tenha medo do pai da Maria Joaquina, entretanto ele me encarando assim dá até um receio.

— Boa noite, senhora Clara, doutor Miguel. – Eu os cumprimentei nervoso.

— Boa noite e só Clara, Daniel, afinal agora você já é da família. – Cumprimentou dona Clara.

— Mais ou menos da família e boa noite. – Falou doutor Miguel me olhando com.... ódio?

Eu me sentei ao sofá com Maria Joaquina e nós quatro continuamos a conversar.

— Eu vou pedir a permissão depois do jantar. – Eu sussurrei para Maria Joaquina durante o jantar.

— Tudo bem. – Ela sussurrou de volta.

Depois do jantar sentamos de novo para continuar a debater, o doutor Miguel parou de me encarar, parece que eu o estou ganhando, eu o entendo, ele está somente com ciúmes normais de pai, também com uma filha tão linda como a Maria Joaquina, né, quando nós eu e Majo tivermos a nossa filha, também vou ter que me preocupar muito.

— Então, Daniel como você disse mesmo que se chama a empresa de seu pai? – Perguntou o doutor Miguel.

— Se chama Zapec e é especializada em construção civil.

— Peraí, eu conheço esse nome de algum lugar. – Maria Joaquina me disse.

— Conhece, eu já tinha comentado da empresa de minha família com você.

— Sim, mas não de você falar, sinto como se outra pessoa tivesse citado esse nome.

Daniel off

Maria Joaquina:

Eu conheço esse nome de algum lugar, já sabia que o nome da empresa do pai de Daniel tem esse nome, porém agora que eu o ouvi falar esse nome mais uma vez nessa noite, me fez lembrar de uma coisa que aconteceu a alguns anos atrás, no dia da partida dos pais de Valéria.

Minha lembrança on:

Eu estou muito triste pela partida dos pais da Vale, corta o meu coração saber que ela está tão triste assim, estávamos saindo do aeroporto eu, Laura e Vale e eu resolvi perguntar algo, somente para saber mesmo.

— Então, Vale como é o nome da empresa que seu pai vai trabalhar?

Eu queria saber se a empresa que o pai dela ia trabalhar era importante...

— Zapec. – Ela respondeu.

Eu conhecia aquele nome, mas não me lembrava de onde e eu não ia me dar o trabalho de pesquisar.

Minha lembrança off

É isso, a empresa do pai do Daniel, é a mesma empresa que o pai de Valéria trabalha, seria muita coincidência ter duas empresas com o mesmo nome e além disso a empresa da família de Daniel tem uma filial na França, só pode ser a mesma e isso me deu uma super ideia.

Eu vou salvar a Vale de novo. Sou demais mesmo! Vou falar da minha ideia depois, agora eu vou me concentrar no Daniel e nos meus pais.

— Eu já me lembrei de onde eu conheço esse nome, entretanto deixa para lá.

— Ok. – Daniel disse alto.  

— Agora eu vou pedir a permissão. – Ele sussurrou para mim e eu sorri, não sei se de nervoso ou de felicidade.

Daniel levantou e finalmente pediu:

— Senhor Miguel, você me daria a honra de me dar a sua permissão para meu namoro com a sua belíssima filha, Maria Joaquina Medsen?

Maria Joaquina off

Daniel:

— Sim. – O pai da Maria Joaquina começou.

— Mas se você não cuidar direitinho da minha filha, já sabe. – E terminou.

— Tudo bem, prometo que vou cuidar dela com a minha vida. – Eu prometi.

— Obrigado, pai. – Maria Joaquina se levantou e abraçou seu pai.

— Minha filha, seja feliz. – O senhor Miguel desejou.

Daniel off

Maria Joaquina:

Nós continuamos ali mais um pouco e agora é oficial eu e o Daniel somos namorados, até que ficou tarde e aí fui levá-lo na porta.

— Vem comigo, Daniel. – Eu disse o arrastando de volta para a minha casa pela porta dos fundos.

— Mas o que...? – Ele ia perguntando...

— Você confia em mim? – Eu perguntei.

— Mas é claro que sim.

— Então venha comigo.

— Está bem.

Nós entramos na casa a passos lentos para que ninguém nos visse.

— Está aqui a solução de seu problema. – Eu disse entrando no quarto da Vale e apontando Daniel.

— Oi, Daniel. – Ela o cumprimentou. 

— Como assim, Majo? Em que ele pode me ajudar. – E perguntou a mim meio que sem entender.

— É, em que eu posso ajudar a Valéria? – Perguntou Daniel também sem entender nadinha.

— É super simples, acabei de descobrir que o seu pai trabalha em uma das filiais da empresa do pai do Daniel.

— Sério? Eu não sabia, mas como isso pode me ajudar? – Perguntou, Vale.

— Não é óbvio? O Daniel vai conversar com o pai dele e convencê-lo a transferir o seu pai para a filial de São Paulo, ou seja, onde nós moramos, você poderia fazer isso né, Dani? Por mim vai e também pela Vale.

— Com certeza, por você eu faço tudo e pelos meus amigos também, vou conversar com ele hoje mesmo e amanhã na escola conto a vocês como foi, mas porque o seu pai não ficou logo na filial de São Paulo? – Ele perguntou a Vale.

— Na época, ele me disse que não tinha vaga para a filial da nossa cidade e então ele escolheu simplesmente mudar de país. – Vale, respondeu.

— É, isso é um problema, porém vamos torcer. – Falou, Daniel.

— Vamos sim. – Vale, disse.

— Se já está tudo resolvido, melhor eu ir embora. – Falou, Daniel.

— Tudo bem, eu te levo até a porta. – Eu, disse.

— Tchau, Daniel e obrigada. – Falou, Vale.

— Tchau e de nada.

Eu e Daniel saímos do quarto da Vale e uns poucos minutos depois já estávamos de volta ao portão.

— Eu já te disse que você é o melhor namorado do mundo todo.

— Porque? Eu não fiz nada para merecer isso. – Disse, Daniel.

— Mas é claro que fez, você vai ajudar a Vale e isso demostra que você é um ótimo amigo, além disso você é muito lindo.

— Você que é linda.

Nós nos beijamos novamente e ele foi para casa.

Maria Joaquina off

Valéria:

Espero que o plano da Majo dê certo.

Valéria off


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Notas finais do capítulo

Parece que surgiu uma esperança no fim do túnel para Valéria.



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