Cartas Anônimas escrita por Massie


Capítulo 42
Capítulo 42 - Pai?




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Os dias se passaram rapidamente, eu e Pedro estávamos mais juntos do que nunca, mas tentávamos nos evitar quando estávamos na escola, mas claro, a troca de olhares era evidente e os beijos escondido eram simplesmente maravilhosos. Minha presença em sua casa ficou mais constante assim como a presença dele em minha casa, minha mãe adorava-o e eu nem preciso falar do amor que sua família nutria por mim. Eu já havia conhecido seus primos, seus tios e alguns melhores amigos que eu nem sabia que existia. A mãe de Pedro resolveu fazer uma festa e chamou a todos, inclusive minha mãe, Vicky, Mateus, João e Bianca também foram já que eles sabiam do nosso romance e foi mega divertido. O sinal avisando que a ultima aula havia acabado tocou, eu fiquei enrolando na sala assim como Pedro e quando todos saíram sorrimos um para o outro e ele pegou em minha mão, nos direcionou até seu carro e entramos no mesmo.

– Que saudade da minha loirinha – Depositou um selinho em meus lábios.

– Mas ficamos juntos o intervalo inteiro.

– Eu não consigo ficar longe de você um minuto se quer.

– Como meu namorado é lindo minha gente! – Segurei em seu rosto e o beijei – Vamos?

–Vamos.

Pedro deu a partida e dirigiu até minha casa, logo estacionou e me puxou para seu colo.

– Hey!

– Hey digo eu, eu quero meu beijo.

– E quem disse que o beijo é seu?

– Claro que é meu e de mim ninguém tira – Puxou meus cabelos e juntou nossos lábios sorri e aprofundei o beijo. Nossas línguas dançavam na boca um do outro e nossos gostos se misturavam tornando o sabor perfeito. Parti o beijo e o olhei.

– Preciso entrar.

– Tudo bem – Depositou um selinho em meus lábios e abriu a porta, sai de seu colo e pisei no asfalto.

– Até mais meu amor.

– Até minha linda.

Dei um ultimo selinho nele e entrei em casa e assim que fiz isso eu não acreditava no que meus olhos viam.

– Gael? O que você está fazendo aqui? – Disse ao ver meu pai sentado no sofá ao lado de minha mãe.

– Karina… Meu Deus – Ele levantou-se mais não ousou se aproximar de mim, pois viu que minha feição não era nada boa – Como você está linda.

– Você não respondeu minha pergunta – Cruzei os braços. Minha mãe levantou-se vindo até mim e passou um de seus braços em torno da minha cintura.

– Filha, seu pai disse que tem uma coisa muito importante para dizer á nós.

– Importante? Ele passou anos sem me ver, não dá nenhum telefonema sequer e do nada aparece dizendo que tem uma coisa importante? ! E por que você o deixou entrar?

– Filha me escute por favor, é só isso que eu peço,eu tenho muito o que explicar para vocês.

– Filha – Minha mãe virou-se para mim – Eu sei que seu pai errou muito conosco, mas eu gosto de ser justa com as pessoas e eu te ensinei a ser da mesma forma. Vamos ouvir o que ele tem a falar e no final vemos o que fazemos pode ser?

– Ok – Nós nos sentamos no sofá – Comece.

– Bom faz exatamente 15 anos que eu não vejo vocês, ou assim vocês pensam. Eu sempre estive perto, mesmo distante eu estive próximo de vocês. Ana eu estava lá quando você se formou na faculdade de enfermagem. Quando você comprou essa casa, seu carro e conseguiu crescer na vida. Karina eu estava lá no seu recital de balé há alguns anos atrás. Eu estava perto quando você ganhou sua primeira bicicleta e aprendeu a andar. Eu estava por perto quando você quebrou o braço. Eu estava por perto quando você conseguiu dinheiro para aquela viagem que tanto queria. Eu estava por perto no seu aniversário de 15 anos. Eu estava por perto em todos os momentos felizes da vida de vocês duas, presenciei lágrimas, sorrisos, gritos e tudo o que vocês possam imaginar.

– Como… Que… Como isso? Por que você não apareceu? Por que você não veio falar com a gente? ! – Eu perguntei com a voz um pouco embargada por estar segurando o choro.

– Eu não podia – Abaixou a cabeça – Déborah não permitia.

– Quem é essa minha gente?

– A mulher de seu pai – Minha mãe olhava para aquele homem atentamente.

– Ana, há 15 anos atrás quando eu deixei você e minha filha e realmente não foi porque eu quis, eu jamais faria isso se eu tivesse escolha. Déborah começou a me ameaçar, ela não ficou muito feliz quando eu a larguei para ficar contigo e quando Karina nasceu o inferno começou. Você sabia que ela era uma pessoa muito influente, que seu pai tinha muito dinheiro e ela seria capaz de tudo. Déborah começou a ameaçar a vida de Karina, Karina era apenas uma criança, não poderia se defender dela. Ela me dizia que faria atrocidades com Karina, se ela a deixasse viva, Karina ia ser submetida a coisas horríveis e com você ela faria o mesmo. Eu fiquei desesperado porque eu realmente sabia que ela cumpriria com tudo que disse, então para mantê-las bem eu tive que partir, tive que inventar coisas para que discutíssemos e colocava culpa inexistente em cima de você. Então eu me casei com Déborah, ela disse que só assim deixaria vocês em paz. Acredite eu fiz de tudo para mantê-las bem e mesmo estando infeliz eu sabia que o que eu estava fazendo era o certo porque eu via que vocês viviam bem e felizes.

Eu não continha as lágrimas, meu pai renunciou mesmo a sua felicidade para preservar a minha e de minha mãe? Olhai para a incrível mulher que estava em meu lado e seus olhos também estavam lacrimejados, mas ela não chorava.

– E agora? Por que você resolveu contar tudo isso? – Perguntei já que o silêncio prevalecia por ali.

– Deborah morreu há um mês em um acidente e eu não vi mais impedimentos para vim até vocês.

– E seu filho?

– Ele não é meu filho, é de outro homem.

Toda a raiva que eu sentia por meu pai fôra embora. Claro que eu acreditava naquilo tudo que ele disse, não havia como eu não acreditar. Minha mãe me dizia que ela sempre viveu bem com meu pai e quando ele mudou isso realmente aconteceu de uma hora para outra.

– Você realmente fez tudo isso pela gente pai? – Ele sorriu.

– Claro minha filha, eu amo vocês e se algo acontecesse eu não sei o que seria de mim – Fui até ele e o abracei o mais forte que pude – você não tem noção de quantas vezes eu sonhei com esse abraço… É perfeito.

– Você que é perfeito pai – Ficamos abraçados por algum tempo, minha mãe só nos observava com um sorriso no rosto, a final ela o havia perdoado desde o momento que ele a deixou. Minha mãe não era e ainda não é o tipo de mulher que impõe sua felicidade em ninguém e para ela a frase tudo que é seu volta era permanente a prova viva era aquilo, meu pai havia acabado de voltar para ela.

– A propósito filha. Eu faço muito gosto desse seu namoro com o Pedro Ramos, ele é uma boa pessoa.

– Como você…

– Eu estava por perto – Sorri.


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