Um Sonho Realizado - 5º ano escrita por Miss Evans


Capítulo 29
Capítulo 29




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No que eu entrei, respirando fundo, pois eu achei que Dumbledore ia me passar o maior sermão, ele disse, sentado em sua cadeira, atrás de sua escrivaninha:

– Acalme-se, Katherine, eu quero lhe explicar algumas coisas, não te passar um sermão... mesmo porque... sobre o que eu poderia passar um sermão em você? - e ficou me encarando com aqueles seus olhinhos azuis penetrantes.

Eu entrei e sentei na cadeira que ele indicou em frente a sua escrivaninha. No que eu me sentei ele disse:

– Bem... primeiro, eu queria lhe dizer que eu sinto muito pelo o que aconteceu com o Sirius ontem a noite... eu sei o que você está sentindo... acredite!

– É... eu sei... - eu falei, baixando a cabeça e olhando para os meus pés.

– Como assim, você sabe? - ele perguntou curioso.

Eu olhei pra ele e disse com um sorrisinho no canto dos lábios:

– Ah... eu sei...

– Huuuun... entendo... os livros! - ele falou dando um sorrisinho também. - É bom vê-la sorrindo, Katherine... tanto Sirius quanto Susan, não iriam querer ver você chorando por uma coisa que você não podia fazer... - ele disse, acenando positivamente com a cabeça, assim que eu confirmei que foram os livros que contaram dando um sorrisinho, menos forçado.

No que ele falou sobre Sirius e sobre a mamãe, eu fiquei meio balançada, mas sei lá... acho que eu já tinha chorado tanto, que eu não conseguia mais chorar... pelo menos não na frente dos outros e também não naquela hora... mas eu confesso que eu fiquei muito triste...

– Katherine... eu não te chamei aqui só pra isso... eu te chamei aqui, porque tenho que te perguntar e te contar mais algumas coisas... - Dumbledore disse me encarando por cima dos oculozinhos de meia-lua.

– Contar? O quê? - eu perguntei meio intrigada.

Dumbledore meio que respirou profundamente, como se escolhesse as palavras certas para começar a me contar... então depois disso ele disse:

– Katherine, eu não sei se você já ouviu falar na história de uma família que foi amaldiçoada por um integrante que foi morto por ela...

– Não... mas... como é essa história?! - eu perguntei interessada.

– Bem... é assim: a maldição que esse integrante do clã Nomatt, cujo foi morto por traição pela própria família, jogou na família, foi que: a cada cem gerações, nasceria um vampiro... na época, ninguém acreditou, mas quando nasceu um garotinho, esse garotinho era um vampiro, e eles tiveram que sacrificá-lo, então desde então... a cada cem anos que nasce alguém desse clã... por mais distante que seja, vira um vampiro. - Dumbledore disse, me estudando cautelosamente.

Assim que ele acabou de contar a história, eu meio que já fazia ideia do que estaria por vir... mas achei impossível, mesmo porque eu sempre achei fascinante as histórias de vampiros, então eu perguntei:

– Mais e o que essa história tem haver comigo?

– Desde que eu te conheci e que eu conversei com a sua mãe, eu temi essa pergunta, mas já está na hora de você saber, mesmo porque... precisamos de você e não é só o Harry ou o Prof° Snape, é Hogwarts inteira... - ele disse, se levantando e indo atrás de mim... pondo suas mãos em meus ombros. - Katherine, você faz parte do clã dos Nomatt, você faz parte da última centésima geração... - ele disse, meio que se afastando de mim, para poder ver a minha reação.

– Eu sou o quê?! - eu perguntei me levantando e me virando para encarar Dumbledore de frente. - Eu não posso ser uma vampira... minha mãe não era! - eu disse, meio que entrando em pânico.

– Katherine, sua mãe não era da centésima geração... por isso ela não era uma vampira. - Dumbledore falou calmamente.

– Mas mesmo assim, eu não posso ser uma vampira... vampiros não podem sair à luz do sol... e eu saio... quando eu morava no Brasil, eu até ia na praia! - eu argumentei meio desesperada.

– Katherine, você como herda os genes por que já é da centésima geração, você pode sair à luz solar e não se queimar, você pode dormir, você pode não sentir atração por sangue humano, você pode comer comida normal, só que você nunca se bronzeia, você sempre fica branco-pálido. - ele disse, me encarando quase sem piscar.

– Mas... - eu disse, mas sem saber o que falar... eram tantas perguntas...

– Você nunca sentiu uma raiva incondicionalmente forte vindo de dentro de você, fazendo com que você queira bater em alguém, seja lá quem for? Você nunca ficou com a visão meio sensível após sair sem aviso nenhum para o claro? Você nunca percebeu que você ouve coisas que ninguém mais ouve e que além disso, você se incomoda com os menores barulhos? - Dumbledore perguntou levantando uma de suas sobrancelhas.

Eu não respondi nada, simplesmente fiquei analisando as informações que eu tinha acabado de ouvir, e fui juntando as peças: a raiva extrema, quando Bellatriz matou Sirius, o silvo, os dentes à mostra pro Comensal, a minha agressividade na luta, a minha audição sensível por qualquer coisa, minha visão sensível à claridade súbita, minha pele branca que nem leite...

– Foi o que eu pensei. - Dumbledore concluiu, voltando a se sentar na sua escrivaninha.

Eu fiquei ali, olhando pra ele com cara de tacho, e completamente confusa.

– E agora? Eu vou ter que sair daqui? - foi a única coisa que eu consegui falar quando minha voz voltou.

– Não... mesmo porque eu já disse que você é muito especial para Hogwarts... você irá ficar as duas primeiras semanas de suas férias com um grande amigo meu na França, que sabe sobre esses "assuntos" de vampiros adolescentes e que também pertence ao clã dos Nomatt... e depois disso você voltará para Londres... - ele disse, mais eu o interrompi dizendo:

– E aonde eu vou ficar? Se eu não tenho mais família?

– Você ficará com a única "família" que lhe resta, você querendo ou não: os Malfoy. Na casa dos Malfoy. - ele disse, ao ver meu olhar indignado e meio assutado. - Sua mãe, era grande amiga de Lúcio quando eles estudavam aqui em Hogwarts... E seu pai também.... Tanto que Lúcio e Narcisa são seus padrinhos... - ele se apressou quando viu meu olhar incrédulo.

– Nossa... Grande amigo.... - eu bufei inconformada. - Padrinhos? Er... Você ta me tirando... Né? - eu falei chocada com a informação, como se eu tivesse levado um soco no estômago.

– Katherine... Eu descobri, através de legilimência, que Lúcio não matou Susan por vontade própria... Ele foi enfeitiçado com a Maldição Imperius... - Dumbledore falou me olhando atentamente nos olhos.

Eu não tive reação, apenas fiquei pensando em tudo que eu tinha feito e falado para ele e Draco... Eu estaria morta lá na mansão...

– Isso não vai dar certo, Prof° Dumbledore... - eu disse na maior sinceridade.

– Ora e porque não? Eu sei que você e o Sr. Wood são grandes amigos... e não vejo nada de errado, uma vez que vocês são quase "primos". - e com isso ele me deu uma piscadinha.

No que eu ia saindo da sala, pensando seriamente em arranjar um jeito de me desculpar com Draco e com Narcisa... eu ouço ele dizendo:

– Srta. Evans, eu estava arrumando umas coisas aqui no meu escritório, quando eu achei isso e achei que a senhorita iria gostar de tê-lo com você! - e dizendo isso, ele me entregou um livro de capa preta, grosso, como se fosse um diário, mas na capa estava escrito com letras pratas:

Slytherine Halls

Hogwarts a história.

Por:

Susan Evans

e

Gregório Lestrange

Quando eu li o nome da minha mãe ali na capa, meus olhos brilharam, e foi por causa de lágrimas que encheram meus olhos e que rolaram por meu rosto, que me fizeram baixar a cabeça, para Dumbledore não ver... mas foi tarde de mais, pois ele disse:

– Não se preocupe, Katherine, eu sei exatamente o que você está sentindo, e você não deve se envergonhar de chorar por causa disso!

Eu sabia que eu não iria conseguir responder nada, então eu olhei pra ele, acenei um "sim" com a cabeça e saí da sala dele.

Chegando no corredor, eu encostei no parapeito da primeira janela que tinha ali perto e chorei... chorei até a hora que alguém às minhas costas disse:

– O que você tem, Evans?

Quando eu virei, vi que era o Jhon, e ele não estava com a cara de sempre: alegre, descontraída, com um sorriso no rosto... ele tava frio, com um semblante sério, triste, então ele disse, vendo que eu não responderia:

– Não fique assim Evans... eu detesto ver você triste...

No que ele falou isso, eu olhei pra ele, com a cara toda vermelha, de tanto chorar, então sem aviso nenhum, eu lhe dei um tapa no rosto e saí andando pelo corredor deserto.

– Imbecil! - eu resmungava comigo mesmo enquanto andava rápido pelos corredores, até que eu esbarrei em alguém.

– Kath? Estava te procurando... Como você está minha linda? - era Peter sorrindo meio preocupado.

No que eu o vi, o abracei e lá fiquei, sem fazer nada... Só aproveitando o momento.

– Espero que esteja tudo bem com você Srta. Evans. - era Dumbledore atrás da gente, nos olhando meio preocupado.

– Professor, eu só... - gaguejei sem formar uma frase decente, então eu me calei e ele disse:

– Bom... foi bom eu ter te encontrado... pois eu esqueci de te dizer uma coisa... Eu recomendo você ler esse livro, quando você estiver em sua casa... no restante de suas férias... pois ele tem o mesmo "efeito" do diário de Tom Riddle... como você deve se lembrar. - ele falou me olhando, um tanto quanto sério.

– Sim senhor... mas... porque eu não posso ler enquanto eu estiver na casa de seu amigo? - eu perguntei, franzindo o cenho e olhando meio sem entender pra ele.

– Pois enquanto você estiver na França, você estará "estudando", se "concentrando" para ter controle sobre a sua transformação, senhorita. Sr. O'Conell. - ele disse com um olhar um tanto quanto sério, e com isso, ele voltou para o seu escritório, me deixando ali, com cara de tacho e Peter com cara de quem não entendeu nada.

Eu voltei para o dormitório junto com Peter ainda pensando em tudo o que tinha acontecido naqueles minutos: a descoberta de eu ser uma vampira e o que Dumbledore disse sobre o diário de minha mãe... Aliás... de tudo ali que me deixava mais curiosa, era o fato de eu ir para a França e "estudar" com alguém que sabia o que era ser um vampiro...

– Kath... O que Dumbledore quis dizer com "a sua transformação?" - Peter perguntou quando entramos na Sala Comunal deserta.

– Aaahn... é complicado Peter... Posso primeiro eu entender e depois eu te falo? - eu perguntei sorrindo ainda meio tristonha.

– Claro minha linda! - ele falou sorrindo, me abraçando e me dando um beijinho na testa.

E com isso eu fui direto para o dormitório, chegando lá, Eleanor Sullivan estava na frente de um espelho enorme, que por infelicidade a minha, estava de frente com a porta, assim que eu abri a porta, ela olhou meio assustada para trás dizendo:

– Nossa... você me assustou, Kath!

– Por quê? - eu perguntei já sabendo a resposta... pois eu estava vendo a mesma no espelho.

– Eu só vi a porta abrindo... aliás... eu tô te vendo super fraca no espelho... o que você tem? - ela respondeu, virando de frente pra mim com um certo medo.

Eu não respondi nada... simplesmente saí da frente do espelho (antes que mais alguém pudesse ver... quer dizer não me ver), e depois sentando na minha cama eu disse:

– Você vai ter que ser forte e prometer guardar segredo até o último dia de sua vida, Ell... você promete isso? - eu fiquei olhando pra ela séria.

– Mais é claro que sim, Kath... o que foi? - ela disse, saindo da frente do espelho e se sentando na cama ao lado da minha.

– Bem... eu acabei de descobrir que eu sou uma vampira. - eu disse de uma vez.

– Você é uma o quê? - ela perguntou chocada com a informação.

– Uma vampira... mas calma... eu não vou morder nem você e nem ninguém... pelo menos não agora! - eu brinquei rindo e piscando pra ela. - Mesmo porque, eu não sei fazer isso... isso só "aparece" quando eu fico muito nervosa... - eu completei.

– Caramba Kath! Isso é legal! - ela disse, sorrindo.

– Legal? - eu disse olhando pra ela levantando uma de minhas sobrancelhas. - Como assim legal? Você ouviu o que eu falei? Eu sou uma vampira! - eu repeti a informação... como se ela por um acaso não tivesse ouvido direito.

– Eu ouvi... mas mesmo assim é legal ser imortal e sobre-humana! - ela disse, indo se sentar ao meu lado dizendo: - Posso ver umas coisas?

– Pode, mas... - mas eu não consegui falar, porque ela já foi abrindo a minha boca e já foi falando:

– Que da hora... seus caninos são mais pontudos do que o normal... mas eles não são tão grandes...E seus olhos são lindos... eles não são vermelhos, são azuis... diferentes! E sua pele... bem... além de ser branca que nem a neve, ela é gelada que nem gelo... - ela disse, pegando a minha mão e colocando entre as dela. - Mas como você é uma vampira? Você foi mordida por um cara bonitão?! - ela perguntou toda animada.

– Não... - eu respondi rindo. - É uma maldição que minha família carrega por gerações... a cada cem gerações, nasce um vampiro... ou uma vampira! - eu disse indicando a mim mesma com as duas mãos... numa tentativa meio sem noção do Voldemort "apresentando" a si mesmo no cemitério no quarto ano.

Assim que eu fiz o gesto, Ell caiu na gargalhada e disse:

– Então você faz parte do clã dos Nomatt!?

– Sim... mas... como você sabe sobre esse clã?! - eu perguntei sem entender e espantada.

– Ah... é que eu gosto de histórias de vampiros e desse tipo... então eu fiquei sabendo sobre esse clã, que além de serem bruxos, alguns são: bruxos e vampiros! - ela respondeu toda empolgada e risonha.

– Legal! - eu falei, rindo e olhando para o livro em minhas mãos.

– E que livro é esse? - ela perguntou, olhando também.

– Ah, é um livro-diário que Dumbledore deu pra mim... foi escrito pela minha mãe e por mais um garoto. - eu respondi mostrando a capa pra ela.

– Que legal... abre e lê, ora essas... - ela disse meio que tentando roubar o livro de mim, para a gente ler.

– Não, tá maluca?! - eu falei, puxando o livro de volta pra mim. - Dumbledore me proibiu de abrir esse treco aqui na escola... - eu falei, quando ela fez uma cara do tipo: "maluca porquê?"

– Sério? E porquê? - ela falou, parando intrigada.

– Sei lá... mas como são ordens diretíssimas de Dumbledore... é melhor eu obedecer né? - eu disse guardando o livro na minha mochila, junto com o álbum de Sirius. - Cadê o resto da turma? - eu perguntei, depois de guardar o livro.

– Não sei... devem estar por aí! - ela respondeu, se levantando e indo para a frente do espelho de novo.

– E o que você tanto olha nessa coisa aí? - eu falei, indo ao lado dela de novo e vendo que meu reflexo estava um pouco mais forte do que antes.

– Iraaaaado! - ela disse, ao ver o meu reflexo.

– Cala a boca e responde a minha pergunta! - eu falei, dando um pedala de leve em sua cabeça, fazendo ela rir e logo depois eu rir.

– Ah... isso? É o vestido que minha mãe mandou pra mim lá do Canadá, quando ela foi... o que você achou? - ela perguntou, se virando de frente pra mim.

– Huuuuuuuuuuuuuuuun... - eu disse, analisando o vestido, de cima em baixo. - Bonito! - eu concluí.

– Nossa... que bonito mais... feio! - ela disse rindo.

– Ah... é que esse tipo de vestido não faz muito o meu estilo... eu gosto do tipo mais antigo... mais medieval... e menos colorido! - eu completei fazendo uma careta, quando eu disse sobre as cores.

Caímos na gargalhada, quando ela tentou me dar um pedala e quase caiu, pois ela tinha pisado na barra do vestido, florido.

– É eu também prefiro mas.... Fazer o que.... Presente.... - Ela disse sorrindo.

Depois disso eu fui para os jardins... estava um solzinho gostoso, anunciando a chegada do verão, mas a brisa ainda estava gelada, então todos ali estavam com moletons e agasalhos.

Caminhando pela orla do Lago Negro, eu vejo Lupus, sentado na beirada dele, sozinho (como sempre). Então eu resolvo ir até lá, pra ter uma conversa descente com ele, pelo menos uma vez na vida.

– E aí Lupus, tudo bem? - eu falei chegando perto de onde ele estava.

– Ah, Evans, é você! - ele falou, olhando por cima do ombro e voltando a contemplar a superfície calma do lago. - O que você quer aqui?

– Eu queria saber se você tá bem... você tá sempre sozinho... aconteceu alguma coisa? - eu disse, me sentando ao seu lado.

– Eu tô bem, obrigado pela preocupação. - ele respondeu, sem desviar os olhos do lago.

– Estranho, não parece! - eu insisti, encarando ele, foi quando eu percebi que seu pescoço estava arranhado... exatamente no mesmo lugar que eu tinha arranhado o Comensal de olhos amarelos.

Ao ver o arranhão, eu fiquei estática, sem saber o que falar, então ele percebeu e disse:

– Obrigado pelo presente, pena que eu não dei nada pra você também se lembrar de mim.

Eu fiquei completamente sem reação, eu só consegui fechar a boca e olhar para o lago, tentando assimilar o que eu estava vendo com o que tinha acontecido na noite passada.

Depois de chegar a uma conclusão de que eu não entenderia sem perguntar, eu falei:

– Era você então?

– Nãããão... era minha sombra! - ele respondeu debochadamente, me olhando fazendo uma careta.

Eu não me contive e comecei a rir... e ele me vendo rir, riu junto... depois de rirmos, eu falei:

– Caramba... eu não sabia que você era um Comensal da Morte e muito menos um...

– Lobisomem? - ele completou a frase por mim, me encarando, com aqueles olhos profundamente amarelos e penetrantes.

– É... - eu disse, voltando a olhar para o lago.

– Posso dizer o mesmo de você! - ele disse, ainda me encarando.

Eu não falei nada, só olhei pra ele com uma cara do tipo: "o mesmo de mim o que, eu não sou lobisomem!"

– Uma vampira... eu jamais iria adivinhar, se eu não tivesse lutado com você! - ele disse ao olhar a minha expressão.

– Ficou tão na cara assim? - eu falei meio preocupada.

– Mais ou menos... seus olhos estavam bem vermelhos e seus caninos estavam... um pouco maiores do que o normal! - ele disse me analisando.

– Eeeeeita... e você acha que mais alguém percebeu? - eu perguntei, meio preocupada.

– Acho que não... porque você só ficava assim, quando você olhava pra mim e estava lutando comigo. - ele disse, dando um sorrisinho.

– E porque só com você? - eu perguntei.

– Ai meu Deus Evans... você não sabe? - ele perguntou revirando os olhos e fazendo uma cara do tipo: "de onde você veio, garota?"

– Saber o quê? - eu perguntei sem saber de mais nada.

Ele deu um suspiro e depois disso ele disse:

– Vampiros e lobisomens são inimigos a séculos... por isso que você se "transformou" quando a gente tava brigando! - ele disse.

Eu parei por um momento, para analisar a informação... mas fui interrompida por alguém me chamando meio desesperado.

– KATH... VEM LOGO, É O PETER!

Quando eu olhei pra trás, eu vi Ann correndo e parando uns metros antes de chegar na gente. No que eu ouvi o nome de Peter, eu levantei da pedra e disse já um pouco longe de Lupus:

– A gente se fala depois, Lupus... eu tenho que ir! - e dizendo isso eu saí correndo de lá.

Quando eu cheguei perto de Ann, ele disse e saiu correndo:

– Eles estão perto do campo de quadribol, vem logo!

Saímos correndo feito duas loucas, esbarrando em todo mundo que estivesse na nossa frente... eu ainda tentava desviar... mas outras eu simplesmente falava... ou melhor gritava:

– SAI DA FRENTE!

Chegamos lá mais cansadas do que o imaginável... quando eu vi, Jhon estava meio que tentando bater em Flint, então além de eu chegar morrendo, eu ainda tive que separar os dois, indo é lógico para o lado de Flint, porque não tinha ninguém segurando ele e por que estava com raiva de Wood... e olha que eles não estavam sozinhos... estavam lá: Boot, Miguel, Roger (os três segurando Wood), Stew, Milla, Cass, Ann e Ell (nenhum segurando Flint, que estava indo bater em Wood).

– ALGUÉM SEGURA ELE, CARAMBA! - Boot gritou... eles já não estavam mais dando conta de segurar Wood e tinham medo de Flint, porque este estava indo pra cima de Wood.

Então, já que ninguém se mexeu, quem teve que ir lá? Eu... que já estava morrendo, morri mais um pouco, pois afinal de contar, Flint era: mais alto e mais forte que eu... então eu fiz um baita sacrifício para detê-lo, então eu usei a massa cinzenta dentro da cabeça e peguei a varinha (soltando Flint) e disse:

Impedimenta! - e Flint congelou ali mesmo onde ele estava.

Todos ficaram me olhando surpresos.

– Você tá maluca? Deixa ele acabar com o Wood... ele é um Comensal da Morte! - Stew disse pegando a própria varinha do bolso.

– Se você tentar fazer alguma coisa, eu juro que você vai ficar igual a ele! - eu disse apontando a minha varinha pra ele. - E tem mais uma coisa... isso aqui é uma escola e não um ringue de luta! - eu falei, depois de ver a cara de espanto de Stew.

Assim que eu fiz e falei isso, eu virei as costas e saí, sem olhar pra trás... eu sabia que eles iriam fazer besteira, mas eu não estava afim de confusões... mesmo porque, a minha situação era crítica, quando eu ficava muito nervosa...

Bem... até o fim do dia, eu vi que o que eu tinha pensado sobre eles fazerem besteira estava completamente certo, depois que eu saí, eles desfizeram o meu feitiço em Flint e Wood (que foi "solto" pelos meninos), começaram a brigar, e num determinado momento, Wood colocou Flint no aro mais alto do campo de quadribol e foi embora, deixando ele lá, até a hora que Snape chegou e desceu Flint de lá e perguntou o que houve, dando uma advertência monstruosa em Wood (bem feito... idiota!).

No dia seguinte, sairia os resultados dos NOM's... e eu e todos estavam ansiosos para saber qual foram as nossas notas, então como a gente não tinha mais aulas, ficamos vagando pelo castelo (ou melhor dizendo: pelos jardins e afins). Já que não tínhamos mais aulas, eu acordei tarde, umas nove horas, e fui tomar café na cozinha, pois eu cheguei no Salão Principal e as mesas já estavam arrumadas, chegando lá, eu encontro Harry, Rony e Mione sentados na mesa, conversando com Dobby, assim que eu entrei, Rony disse:

– Também perdeu a hora do café? - e riu.

– É... ontem foi um dia muito movimentado pra mim. - eu disse rindo e me sentando ao lado de Harry.

Era a primeira vez que nos encontrávamos, após a morte de Sirius.

– E aí Harry... como você tá? - eu perguntei, pondo a mão em cima da dele, que estava sobre a mesa.

– Como você acha que eu estou? - ele disse me olhando.

– Imagino! Eu também! - eu disse, tirando a minha mão de cima da dele... pois eu tinha lembrado do que Ell tinha falado e porque ele olhou para a minha mão pensando sobre a mesma coisa.

Tomamos o nosso café em silêncio, depois que saímos da cozinha, Rony disse:

– Hei... estou convidando todos vocês para irem passar as férias de verão na minha casa, ou pelo menos o final dela, vocês topam?!

– Ah, por mim beleza... imagino que os Dursley não irão se importar! - Harry disse dando um sorrisinho.

– Eu vou ver com os meus pais e te dou uma resposta assim que eles me falarem! - respondeu Hermione olhando pros dois e sorrindo.

– E você Kath? Vem?! - Rony perguntou me encarando.

– Bem... eu não sei... eu vou ter que falar com o Dumbledore! - eu respondi, olhando pro chão, torcendo para que não houvessem mais perguntas.

Mas como eu sabia e já imaginava, houveram mais perguntas.

– E o que Dumbledore tem haver com isso? - Rony perguntou me olhando sem entender nada.

– Bem... ele tem tudo haver... porque eu vou ficar na casa dos Malfoy... - eu disse, baixando de novo a cabeça e olhando para os meus pés.

– Você vai ficar aonde??? - Harry perguntou quase gritando.

– Na casa dos Malfoy... porque querendo ou não, eles são a única família que me resta! - eu disse olhando pra eles com uma cara do tipo: "não me façam mais perguntas!"

– Mas e eu? E os Dursley? - Harry perguntou chocado ainda com a informação.

– Não sei Harry... são ordens diretas de Dumbledore... se entenda com ele! - eu disse e fui saindo... não estava afim de responder mais perguntas cujas respostas eu também não sabia ao certo.

Então saindo do castelo a primeira pessoa que eu encontro entrando é??? Ele mesmo: Snape (meio que já tava demorando pra eu encontrar com ele), então a primeira coisa que ele disse foi:

– Avisa o seu amiguinho que ele tá suspenso da detenção comigo hoje a noite, Evans. - e dizendo isso ele saiu andando.

Eu fiquei ali parada, processando a informação, então depois de devidamente arquivada, eu saí para os jardins (na verdade, para me sentar na beira do lago e ficar meditando sobretudo o que tinha acontecido e sobre o que estava acontecendo comigo), chegando na metade do caminho, eu encontro Wood, Boot e Miguel indo para o campo, jogar um pouco de quadribol, então, lembrando do que Snape disse, eu me encaminhei até eles e disse:

– Wood... o Snape falou que a sua detenção de hoje foi cancelada!

– Ah, valeu Kath! - ele disse sem muito entusiasmo e continuou o seu trajeto normal, sem fazer ou falar mais nada.

De tarde, a gente descobriu os resultados dos NOM's, Snape entregou pra gente quando estava todos reunidos na Sala Comunal.

Assim que eu recebi o meu, eu dei um "pulo" de alegria e fui me sentar junto com o resto da minha turma, assim que eu sentei, Peter perguntou:

– E aí? Como você foi? Quais foram as suas notas?

– Eu acho que eu fui muito bem... recebi um O de Ótimo em quase todas as matérias: Poções, DCAT, Feitiços, Transfigurações, Herbologia e Runas Antigas; um E de Excede Expectativas em: Adivinhação e Astronomia; e um A de Aceitável em: Trato das Criaturas Mágicas e História da Magia. - eu respondi animada. - E vocês? - eu perguntei olhando para Peter, Ell, Cass e Ann... afinal Flint, Milla e Stew já tinham passado por isso e com exceção de Flint e Stew, Milla ainda estava no sexto ano.

Todos tiveram E em Feitiços, DCAT e Transfigurações, e A no resto das matérias, com exceção de História da Magia, Trato das Criaturas Mágicas, Adivinhação e Astronomia que eles tiraram um P de Péssimo.

Flint e Stew tiveram as mesmas notas que Peter, Ell, Cass e Ann, só que ao invés de P nas quatro últimas, eles tiveram A... então eles estavam satisfeitos consigo mesmo.

O jantar foi tranqüilo... todos estava comentando suas notas, antes de servirem o baquete, eu me sentei um pouco na mesa da Grifinória e perguntei como Harry, Rony e Mione tinham se saído... como eu suspeitava, Mione teve as mesmas notas que eu, Harry e Rony tiveram a mesma nota que Peter, Ell, Cass e Ann, só que em Poções, os dois tiraram Aceitável... e Snape tinha dito que não admitiria alunos com A em sua sala ano que vem, então eles estavam felizes por um lado... pois eles não teriam que aturar Snape de novo, porém Harry não estava muito satisfeito, pois para ele ser um Auror, ele tinha que ter pelo menos um E em poções.

Depois da mesa da Grifinória, a minha próxima parada foi a da Corvinal... chegando lá, Wood, (que se intrometeu na conversa entre eu e os meninos), Boot e Miguel Corner, tiraram exatamente a mesma nota do que os outros, exceto em poções que todos tiraram um E...

– Por um triz, a gente se livra dele! - Boot comentou.

– Não sei porque vocês reclamam... entre Snape e o Binns, eu sou mil vezes mais o Snape! - eu disse, fechando a cara para Boot.

– Ah, claro... você é da casa dele... sua opinião não conta, Kath! - ele me respondeu rindo, e os outros dois também começaram a rir.

Como eles já iam servir o baquete, eu fuzilei Boot com os olhos e saí, mas assim que eu saí, eu pude perceber que este levou um belo tapa na cabeça de Wood, e ele falou alguma coisa, junto com o tapa.

Voltando para a mesa da Sonserina, começamos a comer em silêncio... num determinado momento do banquete, Peter colocou sua mão em cima da minha, mas eu tirei a minha de cima da mesa e pousando-a no meu colo... fiz isso por dois motivos: primeiro porque ela devia estar gelada e segundo porque Peter ainda não sabia sobre minha identidade secreta... Então, antes que ele descobrisse sozinho, eu iria contar para ele.

– Que foi? - ele perguntou vendo minha reação à dele.

– Nada... Só que... Depois eu te explico melhor! Ok? - eu disse sorrindo e dando um beijinho em seu rosto.

– Ok! - ele respondeu sorrindo.

Voltamos para a sala comunal extremamente exaustos, então fomos direto para os dormitórios, assim que eu deitei na cama, Félix pulou em cima de mim e se aninhou ao meu lado, me encarando.

– Que foi? Tá me olhando com essa cara porque? Vai me dizer que você não gosta de mim?! - eu falei, encarando ele nos olhos.

– Tá falando com o gato, Kath? Sua situação tá pior do que eu pensei! - Ell tirou uma da minha cara do outro lado do dormitório.

– Cala a boca e dorme, Eleanor! - eu falei, fechando a cortina da minha cama, deixando uma abertura perto da janela.

Depois de fechadas, eu voltei a olhar para Félix, como se esperasse por uma resposta, que obviamente não veio.

O sono foi tranqüilo... voltei a sonhar com o sítio e a piscina... minha mãe e o mesmo homem, que não deu pra ver o rosto dele (de novo...) estavam juntos e eu e Peter também....


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