Um Sonho Realizado - 5º ano escrita por Miss Evans


Capítulo 19
Capitulo 19




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No dia seguinte, logo que acordamos a atmosfera no castelo era meio tensa, pois era o primeiro jogo de quadribol da temporada: Grifinória vs. Sonserina.

Assim que eu entrei no Salão Principal, eu tava tão nervosa pelo fato de ser o meu primeiro jogo, que eu nem tinha me tocado que eu não tinha uma vassoura para jogar; estava sentada na mesa, tentando comer (mais o nervosismo não deixou), quando uma coruja totalmente preta, veio voando em cima da nossa mesa, com um embrulho enorme, e assim que ela me localizou, ela soltou o embrulho em minha mão, eu que estava junto com o pessoal do time, mais a Ann e a Milla, abri o embrulho lá mesmo, no que eu abri, eu vi uma Firebolt, igual a do Harry, e vi que tinha um bilhete junto, que dizia:

"Kath, fiquei sabendo através de Snape, que você entrou no time de quadribol da Sonserina e não tinha uma vassoura para jogar. Por que você não me contou? Enfim, eu comprei a mesma vassoura que eu dei para o Harry, quando ele estava no terceiro ano, para não ficar desigual, já que vocês jogam na mesma posição!

Beijos, e boa sorte...

Sirius

PS.: Cuidado com os balaços e com a Umbridge; Harry me disse o que ela faz, e não deixe de levar a varinha, nunca se sabe o que poderá acontecer. Boa sorte, Sirius."

Quando eu acabei de ler, eu estava sorrindo e já não estava mais preocupada com o jogo; porém não podia deixar de sentir aquele friozinho na barriga e não podia de deixar de olhar para Snape (afinal de contas, querendo ou não, foi ele que disse ao Sirius sobre eu ter passado e sobre a minha vassoura... não sei como, mais falou), porém ele não estava na mesa dos professores.

Quando eu estava indo para o campo, com Peter e os outros, encontrei Snape vindo em sentido contrário ao nosso.

– O senhor não vai assistir ao jogo professor?! - eu perguntei meio curiosa, pois afinal de contas, ele SEMPRE assistia aos jogos, segundo a Rowling.

– Não Evans. Tenho coisas mais importantes para fazer, do que assistir um joguinho de quadribol. - ele falou me olhando friamente sem parar de andar, seguindo para as masmorras.

Assim que ele passou, eu baixei a cabeça num típico: "Beleza! Valeu pelo apoio professor!"

– Relaxa Kath, ele vai aparecer, ele gosta de quadribol, principalmente quando é contra a Grifinória! - Flint falou dando um tapinha no meu ombro e me levando para fora.

O dia estava lindo, azul, sem nuvens, sol, mas nada que pudesse atrapalhar a visão; estava perfeito!

Chegamos nos vestiários e ouvimos mais uma vez as táticas de jogo de Marcus, assim que a gente estava prestes a sair, eu que estava do lado de Peter, ele perguntou me olhando meio curioso:

– Preocupada com o jogo ou com o Snape ter falado que não ía ver?

– Os dois! - eu respondi, bem na hora que era para a gente entrar em campo. (salva pelo gongo!)

Quando eu subi na vassoura e comecei a voar, todos os meus problemas desapareceram e eu não podia ver nada, nem ninguém, só quando eu parava, então, para eu não ver se Snape estava ou não vendo o jogo, eu ficava sempre me movimentando no campo, muitas vezes atrapalhando as meninas da Grifinória...

– Pow Evans, não atrapalha! - Angelina gritou uma vez comigo, quando eu fiz ela perder a goles, para Cass.

– Ah, foi mal! - eu falei rindo da cara dela.

Angelina não era do tipo de artilheira que deixava a goles ser roubada do nada, ela até podia ser muito calma, mas quando se tratava de quadribol, aquela moça simpática, calma e pacata, virava o verdadeiro capeta! (hehehehe) Ela era pior que o Flint, quando dava os ataques histéricos nele.

Depois de ter levado essa dura dela, eu fiquei ali, voando mais alto que eles, só para não ter a tentação de olhar para a área "vip" das arquibancadas e poder me desanimar com o que eu poderia ver. Bem, estava eu lá voando tranquilamente, vendo se eu via o pomo, quando de repente, do nada, eu vejo um balaço vindo na minha direção do alto (não sei como, mais ele tava em cima de mim), então, assim que eu o vi ali, vindo em minha direção, saí em disparada, para perto dos batedores do meu time: Clark e Mike ou então de Fred e Jorge (que querendo ou não eram meus amigos), então, assim que eu estava indo, eu avistei a bolinha dourada voando ali perto, então, eu pensei: "Dane-se o balaço, eu vou acabar com esse jogo!" e fui atrás do pomo; assim que eu fui atrás do pomo, Harry percebeu que eu tinha visto ele, e então, começou a me seguir; pensei que Harry, por ser meu primo, não iria pegar MUITO pesado comigo, mas me enganei, assim que ele deu o primeiro "esbarrão" intencional em mim.

– Bela vassoura. - ele disse quando ele emparelhou comigo.

– Brigada! Presente do Sirius! - eu falei, indo pra cima dele também, já que ele não iria pegar leve, porque eu pegaria?

E ficamos naquilo, e o maldito do balaço atrás da gente, eu já estava achando que era coisa de alguém, fazer aquele balaço me perseguir, então eu estava rezando para que o pomo fosse para perto de algum batedor, e como num passe de mágica, ele foi para perto de Fred.

– Tira ele de trás de mim, Fred! - eu gritei, quando eu passei por ele.

– Pode deixar, Kath! Saindooo... - Fred gritou e quando eu vi, o balaço tinha mudado o curso.

– Valeu! - eu gritei quase do outro lado do campo.

O pomo depois desse "pedido", nos levou para cima, onde quase ninguém podia nos ver, uma vez lá em cima, só eu e Harry, Harry falou, meio que querendo me derrubar da vassoura:

– Escuta aqui garota, o padrinho é meu ouviu?

– Han? - eu perguntei sem entender. - Você tá legal, Harry?! - eu olhei pra ele, sem deixar de prestar atenção no pomo.

Os olhos dele, estavam estranhos, não eram aqueles olhos verdes iguais aos da tia Lílian... eram de um azul meio cor de vidro... estranhos... ele parecia muito do mal...

Assim que eu dei um empurrão nele com força (tamanha a força eu machuquei meu ombro...), ele além de ficar para trás, ele voltou ao normal, pois ele "estralou" o pescoço, e eu ali, quase encostando no pomo, daí do nada, ele desce e eu atrás, e Harry atrás de mim, normal.

Quando eu achei que ía bater em Cass no meio do campo, eu consegui pegar o pomo e desviei de tal maneira dela, que eu fiquei de costas para o chão e voando... (só eu consigo essas proezas...) assim que eu estava à uma altura considerável "segura", eu soltei a Firebolt, que caiu logo em seguida, e eu fui deslizando pelo campo de costas, com o pomo na mão. Assim que eu parei, dessa minha... aterrissagem quase perfeita, Madame Hooch foi sobrevoar onde eu estava, para ver se eu tinha pego o pomo, e assim que eu levantei a mão, com ele nela, ela apitou:

– Sonserina venceu! - ela gritou para todo mundo.

O jogo estava equilibrado e o placar mostrava:

Grifinória 20 x Sonserina 20

Após Madame Hooch declarar vitória para a Sonserina, o placar ficou:

Grifinória 30 x Sonserina 180

Quando ela anunciou a vitória da Sonserina, foi como se... sei lá houvesse uma explosão nas arquibancadas, e todos estavam gritando: "Evans... Evans... Evans..."

Assim que eu levantei, Harry veio caminhando em minha direção, eu fiquei meio em choque, pois ele poderia estar com aquele olhar maléfico de antes, então eu cruzei os braços de forma que era só eu esticar os dedos, e pegar a varinha.

– Relaxa, eu tô legal! - Harry falou, ao perceber a minha estratégia.

– Tem certeza? - eu perguntei, ainda de braços cruzados, mas rindo.

– Sim! Passou, aliás... eu nem sei o que me deu de fazer e falar aquilo... Me desculpe Kath! - ele disse, olhando pro chão.

– Tudo bem... deve ser a pressão de abrir a temporada! - eu falei, colocando a mão em seu ombro e sorrindo.

Não deu mais para a gente ficar conversando, pois o pessoal do time da Grifinória estava entrando para os vestiários e o meu time, estava vindo pra cima de mim, gritando e pulando, Flint (por incrível que possa parecer), era o mais animado ali.

– Ah, nós ganhamooos... - ele gritou, me abraçando e me levantando.

– É... parece que sim! - eu falei pra ele, assim que ele me colocou de volta no chão, rindo e comemorando como todos ali.

– Parabéns, Kath! Você se saiu muito bem! - Peter falou, me abraçando e me dando um beijinho.

– Uuuuuuuuuuuuuuuuh.... - todos fizeram, ao verem a gente ali... eu tinha me esquecido que ninguém sabia...

Bem, depois daquilo... todos ficaram sabendo, menos (graças a Merlim) a Umbridge... pelo menos ela não sabia do beijo, se não, a gente tava lascado.

Bom, fomos para os vestiários, rindo, pulando, comemorando... alegres, assim como todos os times que ganham ficam. Enquanto estávamos entrando no nosso, o pessoal da Grifinória estava saindo, todos me parabenizaram (afinal, querendo ou não, foi um belo jogo, para uma... "trouxa"), Harry, Rony, Gina, Fred e Jorge que estavam saindo por último me seguraram e falaram:

– Hei Kath, belo jogo! - Fred disse, assim que o meu pessoal saiu.

– Ah, valeu Fred! - eu disse rindo, animada.

– É, realmente um BELO jogo! - Jorge frisou bem a palavra belo. - Achei que aquele balaço iria te matar! - ele comentou rindo.

– Não vai ser um simples balaço que vai me derrubar da vassoura, Jorge! - eu respondi rindo e piscando.

– É... tenho que admitir Kath, você jogou muito bem! - Gina falou, meio séria.

– Obrigada, Gina! Você também jogou bem, pelo seu primeiro jogo! - eu respondi, sorrindo.

– Hei prima! Parabéns pelo jogo e pela vassoura! - Harry falou, meio sem graça.

– Valeu, você também joga bem! - eu falei olhando pra ele com uma cara do tipo: "você quase me derrubou da vassoura, sua anta!" - E quanto à vassoura... é... ela é linda... igual a do meu primo! - eu disse, rindo e piscando.

Depois desse papo animado, eu entrei no vestiário, eles ainda estavam lá, assim que eu entrei, houve uma salva de palmas para mim, com direito a assobios e tudo o mais... Estava me sentindo "A" apanhadora. (hehehehehehe...)

Assim que voltamos para o castelo, todos da Sonserina (incluindo Draco e seus amiguinhos), vieram me cumprimentar e parabenizar pela excelente partida, e por eu ter pego o pomo, assim que entramos na Sala Comunal, a sala estava cheia de bandeiras da casa, e todos os quadros nas paredes, estavam comemorando junto. Pelo o que eu pude perceber, tinha: cerveja amanteigada, doces, salgados e um bolo com as cores da Sonserina e com a serpente desenhada em cima. Foi uma festa-de-arromba, daquelas que acaba só na madrugada e mesmo assim, tendo um pessoalzinho que ainda fica até mais tarde...

Eu fui dormir, junto com meus amigos, afinal, estava cançada, e tive pouco tempo para dormir a noite passada, então eu fui pra cama.

Chegando lá no quarto, como todos ainda estavam lá fora (mesmo Cass e Ann, que falaram que iriam um pouco mais tarde), estava um silêncio, tão bom, que do jeito que eu caí na cama, eu fiquei...

"Estava no campo de quadribol, com o pomo de ouro na minha mão direita, e com todos a minha volta comemorando, quando ouço alguém me chamar, quando eu vejo quem esta me chamando, vou ao seu encontro; é Harry, meu primo... quando eu estava chegando perto dele, ele saca a varinha dele e com aquele mesmo olhar maléfico, ele joga a Maldição da Morte em mim..."

Acordei assustada, sentando na cama ofegante, com Cass e Ann me olhando...

– Calma Kath, você anda muito tensa! - Cass falou, rindo.

– É... falei pra você não fazer barulho, Cassy! - Ann falou, atirando alguma coisa na amiga, que estava do outro lado da minha cama.

– Hei, tudo bem... eu só tive um sonho! - eu falei, agarrando a coisa que Ann tinha atacado em Cass, que eu pude ver, que era uma meia.

– Ah, tá... sonho? Beleza! - Ann disse me olhando com um olhar interrogador como Minerva fazia, quando não acreditava muito nos alunos.

– Tá... um pesadelo! Mais é por causa da pressão do jogo, das provas... - eu falei me deitando de novo, de cara fechada para Ann, por ela ter me feito confessar, que eu tive um pesadelo e não um sonho.

Enquanto eu estava deitada, tentando pegar no sono, eu ouvi a Cass e a Ann rindo, e logo em seguida, se deitando também.

No dia seguinte foi tudo bem, sendo que as provas dos N.O.M.'s estavam chegando, e a Umbridge estava começando a pegar no nosso pé, querendo saber, onde aprendíamos tudo o que ela perguntava.

As aulas da AD estavam indo SUPER bem, já estávamos aprendendo a estuporar alguém! Essa aula, prometia ser engraçada, pois assim que Harry demonstrou com o Nigel (irmão do Colin), tanto o Harry que recebeu o feitiço, quanto o Nigel que lançou o feitiço, foram para trás, eu pensei que Nigel iria entrar dentro da lareira da sala precisa, quando ele foi indo para trás, mas por sorte, ele não virou churrasco... (hehehe)

Os pares que eu me lembro foram: Luna e Gina, Rony e Hermione, Peter e Eu, Cass e Ann, Flint e Milla, Stew (por vontade própria) ficou com o Neville, Boot e Corner, Rogério Davies e Antonio Goldstein, Padma e Parvati, Cho e Marieta Edgecomb, Zacharias Smith e Ernesto McMillan, Ana Abbott e Susana Bones, Justino e Dino, Fred e Jorge (é óbvio), Angelina e Cátia, Alícia e Lino e Lilá com Colin, pois Nigel como era o mais novo, "ficou" com o Harry.

Eu na primeira, fui estuporada por Peter, mas na segunda em diante, ele não teve mais chances... aquela aula foi bem divertida! Menos para o Neville eu acho, que ainda tava tentando desarmar Stewart, ao mesmo tempo que ele conseguiu dominar bem o "Estupefaça", quando todos estavam concentrados o bastante nos feitiços em que tinham mais dificuldades, Neville conseguiu finalmente desarmar Stew, que ficou todo feliz junto com Neville, o que Stew abraçou, brincou e zoou com o Neville, não tinha comentários, foi bem legal... e o mais legal ainda, é que todos foram lá, para parabenizar Neville. Ali dentro, eramos como uma grande e alegre família!

Como depois daquela aula, a gente só ia se encontrar de novo depois das férias de Natal, ao final da aula,como Harry, Rony, Hermione e Eu, eramos os fundadores da AD, ficamos na frente de todos (eu por mais encheção do que por outra coisa), e Harry disse:

– Bem, obrigada por todos vocês terem vindo, e... depois dessa aula, como a gente só vai se ver depois do Natal, eu gostaria de desejar à todos vocês um Feliz Natal e boas férias!

E com isso, todos batemos palmas para ele, assim que a gente estava saindo eu vi que ele estava indo na direção da Cho, que estava parada enfrente ao espelho, onde estavam a foto do Cedrico e a foto da antiga Ordem da Fênix; assim que eu vi ele indo em direção à ela, eu procurei Gina o mais rápido que eu pude e levei ela pra fora, conversando, mais sem deixar ela ver o Harry com a Cho, e Peter me ajudou, pois ele ficou bem atrás da gente, bloqueando a visão de Gina.

Como a gente só ia entrar de férias, no final de semana seguinte, a gente teve mais um dia de aulas, e no último dia, teve aula de poções... porém, ao contrário do que eu esperava, Snape não falou nada, aliás, nem se dirigiu a mim, e quando ele fazia perguntas, ele ignorava a minha mão levantada e respondia ele mesmo, não ligando, nem para mim, nem para Jhon e muito menos para Mione. É claro que eu achei normal ele ignorar todo mundo, porém, ele ignorar um aluno da Sonserina? Ele não perderia a chance de dar pontos para a sua própria casa...

Enfim, o último dia de aula se foi, e com ele, vieram as férias e a neve, eu que nunca tinha visto a neve antes, achei aquilo maravilhoso, e agitei uma guerrinha de bolas de neve, com o pessoal, antes de irmos para casa... estava indo super bem a guerra, até que: eu acerto uma bola de neve bem no braço do Snape e Peter nas costas da Minerva.

Snape assim que viu minha cara, viu que era eu, e não disse nada, só me fulminou com os olhos e saiu andando meio apressado mas Minerva não deixou barato, descontou cinco pontos da Sonserina por isso...

Assim que Lupin, Tonks e Kingsley chegaram a Hogwarts, a gente foi para a sede da Ordem, onde passaríamos o Natal... Não que eu não estivesse feliz, mas... eu sentia falta da minha mãe... pois eu SEMPRE passava o Natal com ela, e aquele seria um Natal de muitos que eu não passaria mais com ela... e isso acabava me deixando super triste... mas nada que a convivência de quase um mês com os gêmeos não resolvesse parte do problema... (hehehe)

Estávamos um dia desses na Ordem, quando de repente, lá dos quartos, onde estávamos jogando Snap Explosivo e Xadrez de Bruxo, ouvimos a maior gritaria:

"MESTIÇOS IMUNDOS, TRAIDORES DO PRÓPRIO SANGUE, ESCÓRIA... COMO OUSAM A ENTRAR NA MUI ANTIGA E NOBRE CASA DOS BLACK..."

– Ah, não liga não, é a mãe do Sirius, gritando lá em baixo! - Rony respondeu na maior naturalidade, em resposta a cara espantada de Harry, continuando a jogar como se não houvesse nenhum barulho.

– Como é que é? A MÃE do Sirius? - Harry perguntou boquiaberto.

– É... essa é a casa dos pais dele! - Hermione respondeu, também naturalmente.

Harry ficou ali com cara de bobo, atordoado com a recente descoberta.

– Você sabia disso, Kath? - ele me perguntou, olhando pra mim.

– Não! Fiquei sabendo agora! - eu respondi, continuando a brincar com Félix, mas olhando para ele.

– E você não ficou... chocada ao saber? - ele me perguntou, meio sem graça.

– Ah... só um pouquinho... afinal eu ouvi ela gritando "a mui antiga e nobre casa dos Black..." então... - eu menti na maior cara de pau.

Bem, depois disso, foi até que normal.

No dia de Natal, o Sr. Weasley voltou do Hospital, meio machucado é verdade, mas bem menos do que ele estava, quando a gente foi ver ele no hospital. Assim que ele chegou, era o almoço de Natal, então, tava todo mundo reunido na mesa da cozinha: Sirius (na ponta), Eu (virada de costas para a porta, mas ao lado de Sirius), Harry do outro lado na minha frente, Lupin ao meu lado, Rony ao lado de Harry, Tonks ao lado de Lupin, Mione ao lado de Rony, Gina ao lado da Tonks, Fred ao lado de Mione, Jorge estava na sua frente ao lado de Gina, Kin ao lado de Fred, Moody tinha um lugar ao lado de Jorge (pois Moody sempre ficava de pé... pelo menos quando eu via ele lá, ele ficava o tempo todo de pé), a Sra. Weasley estava próxima ao Sr. Weasley que sentou na outra ponta da mesa, com a cadeira de rodas do hospital.

Antes de servirem a comida, o Sr. Weasley disse, erguendo o cálice de vinho e fazendo um brinde:

– Aos jovens que sem os quais eu não estaria aqui hoje: Harry, Kath!

– Harry... Kath...! - todos levantaram os seus próprios cálices e brindaram ao mesmo tempo.

Eu olhei para Harry na minha frente e nós dois, sorrimos, porém morrendo de vergonha.

– Vá com calma Fred, as batatas não irão sair andando! - a Sra. Weasley rosnou na outra ponta da mesa para Fred, que avançava nas batatas assim que dava.

Após o almoço, estávamos todos completamente: satisfeitos e cansados, eu pelo menos me levantei da mesa com sono (pois tinha sido a segunda noite que eu não dormia bem...), e assim que eu ia saindo da cozinha, algo me deteve falando:

– Aonde você pensa que vai, Evans? - assim que eu me virei, encontrei um Moody de pé, e olhando meio feio pra mim.

– Dormir um pouco, professor, essa e a outra noite eu não dormi direito! - eu respondi, olhando pra ele.

– Vai dormir uma ova... você vai é ficar aqui com a gente, temos reunião da Ordem agora! - ele falou pra mim, num tom meio ameaçador. - Dumbledore, Snape, Dawlish e Mundongo já estão vindo para cá! - ele falou, quando viu a minha cara do tipo: "sério? mais que merda!" - Ninguém mandou você querer fazer parte da Ordem, menina! - ele completou num tom que punha um ponto final na questão.

Eu estava ali, esperando Dumbledore e os outros chegarem, porém nem vi quando eles chegaram, pois no momento de tédio, eu deitei sobre os braços, que estava apoiados na mesa e dormi... sinceramente, eu tava num soninho tão bom... que eu quis matar quem foi o infeliz que me acordou com um cutucão nas costelas. Assim que eu acordei, com aquela cara de sono... (imaginem só a cena, que linda: Dumbledore, Dawlish e Snape, me vendo com aquela cara de zumbi) eu só ouço:

– Que bom que a senhorita resolveu prestar atenção no que estamos dizendo! - era Dumbledore... ele não falava bravo, nem nada... ele falava num tom meio que divertido, como se ele estivesse achando graça de alguma coisa.

Assim que eu "despertei", eu vi que eles estavam falando de novas táticas de proteção à profecia, na sala do Departamento de Mistérios (ou seja, o corredor com o qual eu sonhava... apesar de eu ser fã e ter lido cada livro umas duas vezes, eu tinha me esquecido de onde eu conhecia aquele corredor... mesmo porque, as emoções eram tantas... hehehehe), e que Sirius tinha saído da cozinha, junto com Lupin ou sei lá, pelo menos era o que parecia, pois nenhum dos dois estavam lá.

– Mas Alvo, você acha prudente deixar a guarda tão baixa assim? - Moody perguntou à Dumbledore, quando este disse que eles iriam fazer por turnos a vigia.

– Bem, se é prudente ou não, eu não sei... mas que talvez vá funcionar... - ele respondeu vagamente, olhando meio preocupado para mim, que estava quase dormindo de novo.

Começou uma leve discussão entre Moody e Tonks sobre esse plano de Dumbledore, eu só sei que no comecinho dela, eu que estava apoiada com a cabeça na minha mão, dormi de novo... (para vocês terem uma noção do quanto eu daria para estar dormindo na minha cama, quente e macia...).

– Acorda Evans! - Snape disse, me batendo com um exemplar do Profeta Diário na minha cabeça, me acordando num susto que até Kingsley que estava ao meu lado, prestando atenção à discução se assustou.

No que eu senti aquele jornal me acertando, eu acordei num salto que eu quase caio da cadeira.

– Calma, foi só o Snape! - Kin disse pra mim, quando eu tentei olhar o que me acertou e de onde tinha surgido aquilo.

Assim que eu olhei para Snape, pondo a mão onde ele tinha batido, Sirius voltou dizendo:

– Molly teve um probleminha com o bicho-papão no quarto ao lado do quarto de Bicuço... o que eu perdi?

– Nada que você possa nos ajudar, Black! - Snape respondeu secamente, voltando a sua atenção para Dumbledore, que agora estava lendo o Profeta Diário que tinha me acordado.

Sirius não falou nada, pelo menos, não verbalmente...

– O que diz o jornal, Prof° Dumbledore? - eu perguntei, interessada no que o jornal dizia.

– Nada que seja da sua conta Evans. - Snape respondeu, me olhando com cara feia.

– Olha aqui Seb... - Sirius ia responder, mas se calou, assim que eu fiz sinal para que ele deixasse que eu respondesse.

– Bom, eu acho que possa ser sim, uma vez que eu faço parte da Ordem, e além do mais... eu perguntei ao Prof° Dumbledore, e não ao senhor, Prof° Snape! - eu disse secamente, encarando ele nos olhos.

Assim que Snape ia retrucar, Dumbledore me passou o jornal, onde a manchete principal era:

"POTTER EM UM COMPLÔ?"

"Será que o famoso Harry Potter estaria envolvido em um complô político para que Alvo Dumbledore, diretor da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts pudesse ficar no lugar do nosso Ministro Cornélio Fudge e assumir o controle do mundo bruxo?"

– Isso é ridículo! - eu falei, jogando o jornal de volta para Tonks. - Esse homem está cada dia mais louco e perigoso! - eu completei, olhando para Dumbledore.

– Você tem alguma sugestão que possa nos ajudar, Katherine? - Dumbledore perguntou, olhando pra mim.

– Lamento muito senhor... nada! - eu falei. Não era de um todo mentira... afinal, eu não tinha ideia nenhuma.

– Tudo bem então... Pode ir descansar, sei que seus últimos dois dias foram exaustivos! - ele falou pra mim, num tom bondoso com um sorriso e uma piscadinha.

– Muuuuito obrigada, senhor! - eu falei, levantando que nem um foguete da cadeira. - Até mais para todos! - eu falei, e nisso fui saindo da cozinha.

Quando estava chegando perto da porta (pra variar um pouquinho só...), eu escutei Snape resmungando:

– O que vai adiantar ter ela na Ordem, Alvo. Se nem em uma reunião ela consegue ficar?

Não me aguentei, e tive que voltar, e assim que eu enfiei a cara dentro da cozinha, eu disse:

– Sabe Prof° Snape... vai adiantar muita coisa eu fazer parte da Ordem, pois eu sei de coisas que nem o senhor, que é o mestre em poções, ousaria em pensar que existisse. E eu não fico nessa reunião aqui, por que não foi o senhor que em dois dias seguidos teve pesadelos que pareciam ser reais e também porque não foi o senhor que jogou quadribol e quase morreu por um balaço!

No momento em que Snape me encarou, lívido de raiva, eu sabia o que ia acontecer... e não deu outra: ele veio como um foguete pra cima de mim, e eu, mais que depressa, saí correndo dali, e eu pude ver, que Sirius se colocou na frente de Snape, para que ele não me seguisse. (acho que tinha deixado alguém bem nervoso... hehehehe)

Assim que eu cheguei no pé da escada, eu olhei para a porta da cozinha, e vi Snape me encarando louco de raiva, e Sirius bloqueando a sua passagem.

– Vai logo para o quarto Katherine! - Sirius falou meio zangado e feliz comigo.

Subi sem ele mandar duas vezes... mas ao mesmo tempo que feliz, por ter deixado Snape furioso, triste, pois eu não sabia o porque ele estava evitando falar comigo e quando falava era só num tom MUITO sério... (beleza, eu sabia que era o jeito dele, mas sei lá... a cada dia que passava ele ficava mais furioso comigo, eu dando ou não motivo pra ele ficar assim...). Chegando no quarto, eu passei direto por todos, e me joguei na cama, e lá eu fiquei, até as quatro da manhã, que foi a hora que eu não conseguia mais ficar na cama, pois já tinha dormido o suficiente; então, não aguentando mais, eu me troquei e fui para a cozinha tomar um copo d'água, chegando lá, eu vi que eles tinham deixado o jornal em cima da mesa. Peguei o copo d'água e sentei no banco (pois como a mesa era mto comprida, só tinha cadeira quem sentava nas pontas), e puxei o jornal pra ler. O jornal dizia muita abobrinha, falava que Dumbledore estava querendo o cargo de Fudge, e falava que ele e Harry estariam num complô para que Dumbledore subisse ao poder... (coisas de um velho, completamente gagá...).

– Perdeu o sono, Katherine? - Dumbledore disse, na outra ponta da mesa, "saindo" do escuro.

– Prof° Dumbledore, eu... só... - eu falei no susto. - É que eu perdi o sono e vim aqui, tomar um copo d'água! - eu respondi quando me recuperei do susto.

– Entendo, para quem perdeu até o jantar... você não está com fome? - ele perguntou, me encarando por cima de seus óculos.

Até aquele momento, eu não tinha me dado conta que eu tinha perdido o jantar, e não tinha sentido também, que estava com fome.

– Sim, um pouco. - eu falei, olhando para o jornal, que também estava interessante.

– Bem, vamos até alguma lanchonete que esteja aberta e daí você come alguma coisa e me diz o que está te preocupando tá? - Dumbledore falou, se levantando da cadeira.

– Mais e os outros senhor? Não vão ficar preocupados? - eu perguntei, olhando pra cima, como se alguém pudesse ouvir.

– Não se preocupe, eu os avisarei assim que Molly estiver acordada, e a gente voltará antes que todos estejam devidamente acordados. - ele me disse, dando uma piscadinha.

– Então tá bom! Vamos! - eu disse, pegando o meu casaco que estava na cadeira e o jornal, que estava na mesa.


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