Um Sonho Realizado - 5º ano escrita por Miss Evans


Capítulo 15
Capitulo 15




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– Como é que é? Da sua antiga escola? - eu perguntei pra ele, sem entender mais nada (não que eu estivesse entendendo muita coisa, mas aquilo ali, foi de mais para o meu intelecto!).

Peter não respondeu nada, simplesmente me olhou com um sorrisinho meio irônico e fomos andando, porém agora Peter estava meio que segurando o meu braço e não estávamos mais indo para a sala comunal da Sonserina, e sim, para o escritório do Dumbledore.

– Ah, qual é Kath! Usa um pouco a massa cinzenta que você tem aí dentro! - ele falou sarcasticamente, rindo.

– Tô tentando! Mas tenho que admitir que está complicado! - eu falei, ao mesmo tempo brava, por ele ter me chamado de burra na lata, e rindo, pois foi engraçado o tom que ele tinha falado.

– Mas não parece, sabia? - ele falou, me olhando sério.

Confesso que como essa foi a primeira vez que eu estava suficientemente perto dele, pude notar que o seu olho, agora estava meio alaranjado. Achei estranho, mas tentei me aguentar.

– Você usa lentes de contato? - mas não consegui me aguentar por muito mais tempo, então eu tive que perguntar.

Peter não falou nada, só me olhou de rabo de olho com um sorrisinho de canto que sinceramente? Me deixava fascinada (aliás, o sorrisinho dele, era muito parecido com o qual Snape dava, quando ele estava sendo irônico).

– É... tempos de convivência, acabei aprendendo a como fazer essas coisas! - ele falou, de repente, como se ele tivesse lido os meus pensamentos, me fazendo olhar com curiosidade pra ele e fazendo com que eu ficasse vermelha de vergonha, por ter sido descoberta.

– Gota de limão! - eu falei, para a gárgula que guardava a porta de entrada do escritório de Dumbledore, assim que íamos bater à porta, Dumbledore disse:

– Entrem!

Entramos, e assim que entramos eu tive uma certa surpresa, pois encontrei Snape e Umbridge, parados na frente da escrivaninha de Dumbledore, Snape como sempre com a cara fechada, porém os olhos dele estavam mostrando um certo desagrado de estar ali na presença de Umbridge, e assim que ele me viu, eu vi claramente seus olhos ônix se estreitarem, numa forma clara de: "depois eu me acerto com você!"

– Bem, professores, os senhores podem ir, agora tenho assuntos particulares com meus alunos! - Dumbledore disse se levantando, pondo um ponto final na conversa dos três.

Assim que Snape passou por mim, e que manteve um certo contato-visual, eu pude, claramente "ouvir" em minha cabeça: "Depois eu falo com você Evans, me aguarde!" e eu revidei: "Sem problemas, Prof° Snape!" e continuei encarando ele nos olhos, com o mesmo desprezo que ele olhava pra mim.

Depois que os professores saíram, Dumbledore disse nos olhando:

– Bem, imagino que você deve estar se perguntando o por que de você estar aqui, não é Srta. Evans?

– Na verdade senhor?! Não, estou me perguntando o porque do Peter ter uma Marca Negra no braço também e o porque de ele ter falado: "... o diretor da minha antiga escola!" - eu falei meio desorientada, olhando de Peter para Dumbledore.

– Então vamos lá! Sentem-se, pois creio que a conversa vai ser longa! - Dumbledore disse, apontando as duas cadeiras em frente a sua escrivaninha!

"Bom, em primeiro lugar Katherine, você se lembra quando você me mostrou a sua Marca e eu disse que tinha outros como você? Que tinham a marca, porém não eram Comensais?!"

Eu não respondi, só acenei positivamente com a cabeça.

– Então, o Sr. O'Connel é uma delas! Assim como você, ele se jogou na frente do guardião dele, que iria receber o feitiço de Lord Voldemort. - ele falou.

– Mais ele disse: o diretor da minha... - eu comecei, mais Dumbledore me interrompeu:

– O guardião dele, é o diretor da ourta escola dele! Sim, o Sr. O'Connel não estuda aqui desde o primeiro ano, ele entrou aqui, ano passado, depois de ele ter me contado algumas.... coisas! - Dumbledore continuou, ao perceber a minha cara de quem ia perguntar alguma coisa.

"Assim como você, Katherine, Peter também sabe sobre os livros e filmes da vida de Harry, porém ele não podia me contar por carta, por medo de ela ser extraviada e cair em mãos erradas! Então ele esperou pacientemente até o ano passado, que como a senhorita deve saber, aconteceu o Torneio Tribuxo, reunindo as quatro maiores escolas de bruxaria do mundo: Hogwarts, Boubaxton, Durmstrang e Salem, esta última nos Estados Unidos."

– Então você é de lá Peter? De Salem?! - eu perguntei olhando para Peter meio "chocada".

– Sim, eu sou! - Peter respondeu olhando pra mim, porém seus olhos tinham voltado a ficar verdes.

– Entendi! - eu falei honestamente. - Agora uma dúvida: se ele que é bruxo, mais que morava nos Estados Unidos, sabia dos livros e filmes; como nenhum aluno nascido trouxa, ou que mora com algum trouxa ou que é mestiço sabe disso?! - eu perguntei com um claro ponto de interrogação na minha cara.

Enquanto Dumbledore estava terminando de contar sobre o Peter, eu estava imaginando, algum tipo de feitiço ou alguma coisa do tipo.

– Bem, como a senhorita está ou estava imaginando, através de um feitiço e por meio de um "contrato" mágico! - disse Dumbledore, provavelmente deve ter lido os meus pensamentos. - No caso do contrato é assim: os pais assim que eles recebem a carta da escola, eles vão até o Ministério da Magia e aí eles assinam um contrato, que assim que é assinado "lança" um feitiço na criança que se caso chegar perto de alguma loja que vende esses livros, ela se lembrará de alguma coisa e mudará o caminho rapidamente, e com o feitiço, é a mesma coisa, só que sem a parte burocrática!

– Eu não acredito, vocês pensam em tudo! - eu falei espantada, mas de uma maneira que eu nunca tinha ficado ou falado.

– Sim, já sabíamos sobre os livros, mas achamos que não era verdade, mas achamos melhor fazer isso do mesmo jeito. - Dumbledore explicou, a minha leve cara de interrogação.

– Mas senhor, se todos os alunos que moram no mundo trouxa tem esse... feitiço nele, como a Kath pôde vê-los? - Peter perguntou sem entender.

– É que eu, Peter... - comecei a falar, mais alguém abriu a porta e me interrompeu.

Assim que a pessoa entrou na sala do Dumbledore, eu vi que era o Snape.

– Alvo, eu preciso falar com você agora! - e falando isso, ele me lançou um olhar do tipo: "cai fora!".

– Estamos conversando um assunto sério aqui, sabia disso, Prof° Snape?! - eu falei não me aguentando.

– Sério? Que pena Evans, vocês vão ter que voltar depois! - ele falou sarcasticamente se virando totalmente para me encarar.

Ficamos nisso por uns minutos, até que todos ali na sala pudessem tocar a nossa raiva e então Dumbledore falou:

– Tudo bem Katherine! Vá, depois eu chamo você e o Sr. O'Connel, para terminarmos a conversa, se necessário!

Snape ficou ali me encarando nos olhos triunfalmente, eu olhei para Dumbledore e Peter e depois para Snape, com pura raiva, me virei para sair, pegando Peter pelo braço e saindo; Peter saiu primeiro, quando eu estava prestes a fechar a porta, ouvi Snape falando preocupado.

– Bella está louca com isso Alvo, ela acabou de atacar uma família à duas quadras da casa da Granger...!

Não consegui terminar de ouvir, afinal, eu não sou igual ao Harry, então bati a porta ao sair.

No meio do caminho, percebi que esqueci meu cachecol na cadeira, no escritório do Dumbledore.

– Ai não! - falei parando e pondo a mão na cabeça.

– Que foi?! - Peter parou junto me olhando.

– Esqueci meu cachecol na cadeira na sala do Dumbledore! - eu falei olhando para trás.

– Vamos, eu pego pra você! - Peter falou vendo que eu não queria ir lá de novo, mas ao mesmo tempo passando a mão no meu ombro e me "arrastando" para o escritório do diretor de novo.

– Não! Pode deixar Peter, eu vou! Valeu! - eu falei, indo em direção à gárgula.

– Beleza! Ainda bem que você decidiu encarar ele! - Peter falou rindo. - Vai, te espero aqui! - ele completou piscando e parando na frente da gárgula.

Assim que eu cheguei, bati na porta e aguardei resposta, que veio dali dois minutos.

Logo que entrei já fui atacada.

– Você realmente não consegue não se meter na vida dos outros, não é Evans?! - Snape falou assim que me viu entrar na sala.

– Não, é que eu só vim pegar o meu cachecol que está aqui na cadeira... - eu parei, assim que eu notei que ele não estava lá. - Bem, ele estava aqui, eu juro!

Snape de repente se virou totalmente pra mim, e eu pude ver o meu cachecol em suas mãos, enroladinho, parecendo uma... bolinha.

Tanto eu, quanto ele, ficamos completamente sem graça, Snape olhando pro chão e eu olhando para a janela.

– Bom... então eu... eu... - falei indo para pegá-lo da mão dele.

Snape não disse nada, simplesmente esticou a mão, para me entregar o cachecol, assim que eu peguei, me virei para a porta.

– Não tem de que! - disse Snape irônico.

– Ah! Foi mal, esqueci que o senhor é um poço de educação ambulante! - eu respondi, ironicamente também, mais sem rir.

Snape começou a andar pra cima de mim, mas eu era: menor que ele, mais fraca e tava com o braço quebrado, então... eu fui indo pra trás, quando eu tava chegando perto da porta, Dumbledore falou:

– Já chega Severo! Katherine, vá para o seu dormitório!

Snape parou imediatamente e eu me virei para a porta, para poder finalmente sair, porém, quando eu estava fechando a porta novamente (já estava virando hábito....), ouvi Snape dizendo:

– Eu ainda esgano essa menina Alvo!

– Esgana nada Severo, ela é igual ao pai! - retrucou Dumbledore rindo.

Assim que ele falou no meu pai, eu entrei falando:

– Vocês conhecem o meu pai? Como ele é? Onde ele está?

– Pelo visto você está igualzinha ao Potter não é? Ouvindo atrás das portas! - Snape falou num misto de sarcasmo, ironia, fúria e... medo?

– A culpa não é minha se vocês resolveram falar do meu pai, antes de eu sair! - eu retruquei furiosa para Snape. - Mais o senhor conhece o meu pai, Prof° Dumbledore? - eu falei mais calma com o diretor.

– Como poderíamos se seu pai é um trouxa, Evans? - Snape disse.

– Dá pra você não se meter na conversa?! - eu falei "P" da vida olhando pro chão. - Eu estou falando com ele! - e dizendo isso, apontei pro Dumbledore, que parecia estar se divertindo com a situação, pois não tinha dito nada, até aquele momento.

– Já chega os dois! - ele falou sério, porém com um sorrisinho. - Severo, sente-se; Srta. Evans, sente-se também, por favor! - ele disse direcionando uma cadeira para cada um.

"Bem, respondendo a sua pergunta, Srta. Evans, sim, eu conheço o seu pai, mas não, não tenho foto e nem nada que eu possa lhe mostrar para a senhorita ver quem é ele!"

Ao ouvir isso, eu baixei a cabeça e levantei da cadeira, indo para a porta.

– A propósito: parabéns por ter entrado no time da Sonserina, sua mãe ficaria orgulhosa de você, Katherine! - Dumbledore disse, antes que eu pudesse sair.

– Tudo bem, obrigada senhor e... me desculpe! - e dizendo isso eu sai, batendo a porta atrás de mim.

Chegando lá embaixo, Peter estava apoiado no peitoril da janela, me esperando, chegando perto dele, coloquei minha mão no seu ombro, para mostrar que eu estava ali, assim que ele virou e me viu, ele perguntou meio preocupado:

– O que houve?

Essa foi a gota d'água (de novo), abracei ele do nada e comecei a chorar. Ao contrário de Snape, ele me abraçou também, tentando me reconfortar.

NARRAÇÃO EM 3ª PESSOA

Enquanto isso, no escritório de Dumbledore...

– Quando você pretende contar pra ela a verdade Severo?

– Quando eu achar que ela estiver forte o suficiente para aguentar! - Snape disse, olhando para a janela.

FIM DA NARRAÇÃO EM 3ª PESSOA

De volta aos corredores...

– O que houve Kath? Me fala, talvez eu possa ajudar!

– O que houve... com Snape lá dentro, o que você acha que aconteceu? - eu falei, entre soluços.

– Ele brigou com você? - Peter perguntou super espantado.

– É... e além disso, ele quase me mata! Se não fosse o Dumbledore, eu estaria, sabe Merlim aonde! - eu disse dando um sorrisinho forçado.


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