Antes mesmo de começarem a investigar eles já sabiam que iria ser um caso difícil, os que envolvem bombas são uns dos piores.

Detetive Beckett e sua equipe estavam trabalhando como suporte para o FBI e a Segurança Nacional. Eles iriam entrevistar parentes e amigos das vítimas para saber se o caso envolvia um alvo especifico ou não.

Castle estava observando a movimentação da delegacia. Todos estavam focados nessa investigação.

"Você está bem?" Beckett perguntou tirando Castle de seus pensamentos.

"Estou. É esse caso, sabe? É do tipe que te atinge. Como foi com as outras famílias?"

"Uma vítima foi o primeiro filho em sua família a ir à faculdade e a outra era mãe de dois filhos, então são perdas significativas. Ninguém parece ter sido o alvo, no entanto."

"Então suas mortes foram aleatórias. A maioria das nossas vítimas morre por um motivo. Há uma lógica por trás. Meio distorcida às vezes, mas ao menos faz algum sentido."

"Mas neste caso, as pessoas estavam no lugar errado na hora errada."

"E seus futuros e todos os seus planos, tudo foi embora em um piscar de olhos."

"Faz pensar em todas as coisas em nossas vidas que não queremos mais deixar para depois."

Beckett iria dizer algo mais, Castle esperava que ela dissesse, mas Esposito apareceu dizendo que Gates estava chamando. Deixaram o que quer que precisassem falar para depois.

Beckett e Castle foram falar com Lanie, ela poderia ter alguma coisa que ajudasse. O escritor percebe que Alexis está muito abalada e resolve levá-la para casa.

O caso realmente estava afetando a todos.

O dia seguinte passou vagarosamente, cheio de teorias, pistas e reviravoltas. Parecia que o caso estava longe de ser resolvido.

Enquanto Beckett e a equipe tentavam descobrir quem era o rapaz que havia colocado a mochila no local da explosão, Gates fez Castle reler todas as entrevistas já feitas para que ele pudesse achar algum detalhe que ajudasse no caso.

Já estava tarde e Castle continuava lendo as entrevistas. Ainda não haviam tido sorte na identificação do rapaz, então Beckett foi conversar com o escritor.

"Achou alguma coisa?" Beckett entrou na sala e perguntou à Castle.

"Nada. E vocês?"

"Também nada. Talvez só o encontremos amanhã."

"Nossa, está tarde." Castle disse olhando a hora em seu relógio. "Beckett, com quem Taylor está?"

"Ela está com meu pai, foi passar uns dias com ele." ficaram um tempo em silêncio, não sabiam ao certo o que dizer. "Você deveria ir para casa, Castle."

"Eu também acho que você deveria ir, precisa descansar um pouco."

"Eu não sei." Beckett não queria ir para casa, ficaria sozinha com seus pensamentos. Se ficasse na delegacia poderia ajudar a hora que fosse.

"Por que não vai comigo para o loft? Não ficará sozinha e podemos comer alguma coisa."

Beckett hesitou, "Ok, eu vou com você."

Castle sorriu surpreso, não pensou que Kate aceitaria, mas precisava tentar. Juntou rapidamente o que levaria para casa, não queria que Beckett desistisse de ir. A detetive pegou suas coisas e saíram.

A conversa até o loft era sobre Alexis e Taylor. Castle falando em como estava próximo a formatura da filha e que logo ela partiria para a faculdade. Kate falava sobre como sua relação com Taylor estava melhorando a cada dia. Tentavam esquecer o caso por algumas horas.

Beckett não era do tipo de pessoa que bebia se estivesse com um caso aberto, mas se permitiu saborear uma taça de vinho durante o jantar com Castle.

Não queriam ir dormir ainda, não queriam ficar longe um do outro. Foram para a sala conversar mais um pouco, sentaram no sofá extremamente próximos um do outro. E isso não incomodava Beckett, ao contrário, ela queria que a distância entre eles deixasse de existir.

Não sabiam ao certo quem deu o primeiro passo, sabiam apenas que os beijos estavam muito bons para pararem agora.

Os beijos começaram lentos, doces, relembrando o beijo que deram na delegacia. Rapidamente escalaram para sedutor e suplicante, queriam mais.

Castle levantou e Beckett fez o mesmo, Rick pegou a mão da detetive e a guiou até o quarto.

Não tinham pressa, queriam que esse momento durasse. O mundo lá fora parecia não existir, nada poderia perturbar o escritor e sua musa, o que importava agora era explorar cada pedaço de pele descoberta.

Lentamente as peças de roupas foram sendo retiradas, esquecidas em um canto qualquer do quarto.

Cada toque, cada gemido os deixavam cada vez mais enlouquecidos. Entregaram-se de corpo e alma, como nunca haviam se entregado antes.

Sem dúvidas fora a melhor noite que já tiveram.