– Eu não acredito que ele está aqui no hotel! - sussurro pro Oliver.

Assim que o vimos na recepição do hotel, corremos e nos escondemos no armario do zelador. Que era muito pequeno.

– Pois é! Como nós fomos tão desligados! - Oliver sussurra de volta. Ele abre uma fresta da porta. - Ah não! O zelador esta vindo! - ele fala.

– E daí? - falo. Oliver me olha com uma cara estranha.

– E daí que ele pode ser um dos capangas do Josh, e pode achar estranho duas pessoas se escondendo no armario do zelador.

– A não ser que ele pense que estamos fazendo outra coisa! - falo. Ele me olha confuso. Eu respiro fundo e o puxo, grudando sua boca na minha. Ele demora um pouco pra entender, mas depois entende o por que do gesto e corresponde o beijo ferozmente bem a tempo da porta ser aberta pelo zelador.

– Mas o que é isso?! - pergunta o zelador. - Pelo amor de Deus! Façam isso em outro lugar. - Não nos separamos, e pra ser sinsera, eu não queria faze-lo. - Parem! - ele grita e nos separamos contra gosto.

– Ai meu Deus! Me desculpe. Faz tanto tempo que não vejo o Henry. Meu marido. - falo enganando o zelador, que parece acreditar.

– Tudo bem, Senhora, só façam isso no quarto, tudo bem? - eu aceno com a cabeça e saio puxando Oliver, que por algum motivo estava no mundo da lua.

Entro no elevador, percebo que nossas mãos estão entrelaçadas, não sei por que isso me tras conforto... Não desentrelaço. Oliver ainda esta "na briza" por isso o chamo.

– Oliver! - chamo a primeira vez, ele não meche um musculo. - OLIVER! - grito e ele me encara meio desnorteado.

– Quê? - ele pergunta.

– Ta tudo bem? - perguto. - É que você esta meio no mundo da lua... - explico perante a cara de confusão dele.

– Ah! Claro! Ta tudo ótimo... - ele fala. Não acredito em uma palavra mas ignoro. - Você foi muito bem enganando o zelador!

– As vezes acho que deveria ser atriz! - brinco pra quebrar o clima estranho. Ele da um sorriso de ladi, que faria qualquer mulher ficar de joelhos.

– Pode me esplicar isso? - ele fala levantando sua mão, que esta entrelaçada com a minha.

– Pra falar a verdade... Não... - falo meio envergonhada.
Apesar do que eu achei, Oliver não desentrelaça minha mão da dele. Fico confusa, mas ignoro.

Depois que subimos pro quarto, montamos um plano pra pegar aquele filho da mãe de uma vez por todas:

Eu seria a isca, iria tentar seduzi-lo. Como ele já tinha visto meu rosto, decidimos que eu iria me disfarçar.

Oliver ia se esconder no nosso quarto, eu vou levar ele pra lá e o distrair. Quando eu der o sinal, Oliver vai bater na cabeça dele, o fazendo desmaiar, e depois o amarraremos e o interrogaremos.

[...]

Já avia acabado de arrumar meu disfarce. Estava com uma maquiagem disfarçando meu rosto, estava com uma piruca ruiva e eu com um vestido vermelho curto e com um decote V exageradamente grande, claro que com um salto 15 preto.

– Eu estou pronta! - falo pra Oliver, que estava mechendo em uns papeis. Ele me olhou, desviou o olhar e depois olhou denovo, só que agora com os olhos arregalados e a boca aberta.

– Nossa! - ele falou.

– Oque? Parece que sou eu? - pergunto desesperada. - Por que se ele me reconhecer eu estou frita, ele vai me matar e eu não vou conseguir me salvar, vou arruinar a missão e ainda te espor e... - sou interrompida.

– Felicity! - grita Oliver. - Não tem problema nenhum com a maquiagem, é que você esta muito... diferente! Só isso... - fala Oliver me acalmando.

– Tudo bem! - respiro fundo. - Eu estou indo, quando ouvir a porta, se esconda. - falo ja saindo.

– Felicity! - ele grita chamando minha atenção. - Toma cuidado. - ele fala me deixando confusa. Estaria ele se preocupando?. Balanço a cabeça e saio por fim.

Após sair do quarto, vou até o elevador. Me dirijo ao bar, onde sento em um banco e olho tudo ao meu redor. Localizo Josh sentado em uma mesa.

Peço um drink e jogo meu cabelo de lado, com a esperança de atrair o olhar dele, vejo de canto de olho que da certo. Ele levanta e vem até o banco do meu lado, se senta e pede um drink.

– O que uma gracinha como você faz sosinha em um bar? - ele pergunta. Por um acaso todo homem conhece essa cantada?

– Afogando minhas magoas. - falo me fazendo de sensivel. - Meu namorado me traiu hoje. Bem na minha frente, e nem mesmo tentou disfarçar. - ele me olha.

– Então ele é um grande babaca! - ele fala sorrindo de lado.

– Você acha? - pergunto "inocente".

– Com certeza! - ele fala.

– É dificíl achar homens bons assim como você! - eu falo. - Quer saber? Você quer fazer uma loucura? - pergunto fingindo animação. Ele balança a cabeça afirmando. - Vamos pro meu quarto transar loucamente até esquecermos nossos nomes? Eu preciso estravagar essa raiva.

– Tem certesa? - eu apenas pego a mão dele e o puxo pro elevador. O espremo na parede e o beijo. Por dentro estou quase vomitando, mas tenho que manter as aparencias. As mãos dele espremem cada parte do meu corpo. Minha vontade é de chutar o saco dele. Quando chegamos ao quarto, meu ziper está semi aberto e a camisa dele no chão, e eu não estou mais aguentando isso.

– Você vai me levar a loucura? - pergunto falçamente sexy. Ele sorri. Mal sabe ele que esse é o sinal pro Oliver dar uma marretada na cabelça dele.

– Com certesa! - ele fala e Oliver bate na cabeça dele com força, o fazendo cair no chão.

– Ainda bem que acabou! - falo depois que ele já esta amarrado. Eu já estou sem aquela maquiagem e a piruca ruiva.

– Como você conseguiu atrair ele pra cá? - pergunta Oliver aparentemente curioso.

– Digamos que sei que homens como ele tem queda por mulheres que foram traidas - falo e ele sorri de lado. Ele tem mesmo que parar de fazer isso... Não estou no meu melhor estado.

Vou até meu quarto e começo a tirar meu vestido, tento descer on ziper mas eu não o alcaço. "Droga, vou ter que pedir ajuda pro Oliver!" penso enquanto tomo coragem pra sair do quarto

– É... Oliver... - abro a porta, chamando sua atenção. - Você pode me ajudar com o ziper? - peço meio constrangida.

– Cla... Claro! - ele fala meio desconcertado e levantando do sofá desajeitado com os papeis que estava analizando. Chega perto de mim e eu me viro. A tenção do lugar triplica quando ele começa a abaixar o ziper do vestido. Ele vai abaixando e abaixando, devagar, mutuamente com o clima, que vai ficando cada vez mais estranho.

Quando ele para de abaixar bem em cima da minha bunda, me viro e sussuro um obrigada. Tento com todas as minhas forças não olhar nos seus olhos, só que o tom verde deles são como um imã e eu acabo olhando. Começo a olhar seus olhos e sua boca intercaladamente, até que ele se inclina, me beijando ferozmente. Me espreme na parede ao lado da porta e eu coloco minhas pernas em volta da cintura dele. Oque eu estou fazendo mesmo?

Continuamos nos beijando, até que em um surto de consiencia, me separo dele murmurando um "desculpa" e fechando a porta. Nem me preoculpo em olhar em seus olhos, talvez que se eu o fizesse, não conseguiria ir embora. Me encosto na porta e desço até o chão escorada na mesma.

– Isso não pode estar acontecendo. - falo pra mim mesma. - Não! Não! Não! - repito varias vezes com a tentativa falha de esquecer. - Por que eu fiz isso? - me questiono. - Que lindo Felicity! Tudo que você precisava agora era beijar o babaca do seu parceiro. E ainda gostar! - falo pra mim mesma, agora andando de um lado pro outro dentro do quarto. - Para de falar sosinha! Ta parecendo uma doida! - falo e então percebo que acabei de fazer o que falei pra não fazer. - Aaah! - grito e me jogo na cama, fico lá olhando pro nada, até que sono me alcança.