O Retorno De Um Estranho escrita por Senhorita Ruffo


Capítulo 26
Será Que Alguém Descobriu Tudo?


Notas iniciais do capítulo

"Nossa! Que demora dos infernos para atualizar um capítulo! "
Sim, eu sei. E peço desculpas.
O problema é que pelo celular o teclado trava pra caramba, e eu não sou uma pessoa que tem muita paciência pra esperar o teclado voltar em dois minutos a cada letra digitada. 😏😏😏
Mas aqui está e eu prometo que vou postar com mais frequência, porque já tenho outras duas fics em adiantamento.

Boa leitura. ..



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Aruba, Venezuela - Aeroporto

Um homem segurando uma placa com o nome de Maria a fez reconhecer de quem se tratava. Enrique Mendonça, delegado da pequena cidade onde sua irmã residia.
– Senhorita, Maria. - Saudou, apertando- lhe a mão.
– Olá, Senhor Mendonça. Quero que conheça meu noivo, Estêvão San Roman.
– Dono das empresas San Roman?
– Sim, este mesmo.
– Sua empresa é uma das melhores do México. Ouvi rumores de um suposto conjunto de empresas na VVenezuela.Prazer em conhecê-lo, Sr. San Roman.
– Eu digo o mesmo. - Mentira! Estava olhando o delegado com olho torto. Parecia que o sujeito olhava para Maria muito mais do que como colegas de trabalho. - Sim. As Empresas San Roman estão muito lucrativas, e pretendemos abrir vários polos pela América Latina.
– Execlente negócio! - exclamou o outro. - Bem, próximo da delegacia há um hotel muito bom, caso queiram se hospedar lá, já reservei um quarto.
– Muito obrigada, Enrique. Foi uma semana conturbada, não me passou pela cabeça a reserva de um hotel.
– Acompanhem- me e eu os levarei até lá.
Na viatura de polícia, ambos discutiam sobre a situação da delegacia local, enquanto Estêvão estava no banco de trás do carro, com a cara fechada. Maria o olhou pelo retrovisor e segurou um risinho.
Adorava quando o via com ciúmes.
Ao chegarem no hotel, o delegado se despediu, prometendo que viria no dia seguinte bem cedo, para começarem a conversar.
Instalados, Maria mexia no notbook enquanto Estêvão segurava o jornal diário.
– Estêvão, vou pedir o jantar para nós dois aqui no quarto. O que vai querer?
Mas Estêvão estava absorto e só lhe respondeu depois da quinta chamada.
– O que você quiser, também quero.
– Algum problema, meu amor? - ela indagou, erguendo-se da cadeira e indo em direção a ele.
– Negócios na empresa. Não se preocupe. - Disfarçou.
– Sabe o que eu pensei? Depois que eu conseguir prender o assassino, poderemos marcar a data do casamento.
"Se ainda houver casamento..." pensou Estêvão, triste.
– Claro que sim. O que você quiser.
– Tem certeza que está tudo bem, Estêvão? - ela pressionou. Sentia que algo lhe era escondido.
– Sim, Maria. Não foi nada. A propósito... - se levantando. - Vamos jantar no salão do hotel. Quero que todos os homens sintam inveja da mulher que tenho.
Trocaram alguns beijos e em seguida, saíram do quarto.
Estêvão permanecia nervoso, no entanto, tentava demonstrar calma, normalidade.
" Seja o que Deus quiser!" disse a si mesmo enquanto solicitavam o elevador.

**** Já pela manhã...

Eram seis horas quando Maria já estava tomando o café da manhã. Henrique apareceu mais cedo que o combinado, com um sorriso que saía do rosto, ao vê-la de longe.
– Bom dia, Maria. - saudou ele, alegre.
– Bom dia, Henrique. Não combinamos de nos ver lá pelas oito?
– O caso é o primeiro em anos que me interessa. - com ar galante.
– Imagino que meu noivo não possa nos acompanhar... - indagou, observando o sorriso de Enrique, diminuir.
– Este caso é sigiloso. Sei que ela era sua irmã e ele, futuro cunhado da própria, no entanto é um assunto de polícia e as investigações são privadas.
– Entendo. - ela tomou o último gole do café e, erguendo- se, avisou que deixaria um recado para Estêvão na recepção e assim, poderiam começar às investigações.

* Guadalajara.....

Elisa estava na pequena delegacia na cidadezinha onde morava. Foi uma enorme surpresa à todos os oficiais de que ela estivesse ali. Havia ganho fama pelo trágico fim de sua mãe.
– Elisa, não esperava te ver por aqui. - Disse um guarda municipal.
– Nem eu esperava estar aqui. Mas o que vim procurar aqui é uma informação.
– Bom, vou te levar ao delegado. Soube que mora na cidade do México, e pra ter vindo de muito longe, o assunto é sério.
Já acomodada na cadeira, Elisa relatou ao delegado Herrera o motivo que a havia levado ali.
– É...- disse ele, ao observar no site de desaparecidos a foto de Elisa. - É mesmo você. Me disse que não tem nenhum parente, não é mesmo?
– Sim. Eu só tinha minha mãe.
– Nesse caso, preciso contatar a polícia federal para que nos auxilie na busca pela pessoa. Quando alguém registra o desaparecimento de uma pessoa, seus dados pessoais são fichados até acharmos o procurado. Vou te encaminhar até um amigo meu que trabalha com isso.
Nesse momento o celular de Elisa tocou. Ela engoliu seco: Era Fabíola quem ligava.
Iria desligar o celular, mas do modo como Fabíola era cismada poderia desconfiar de alguma coisa.
Pediu licença ao delegado e se dirigiu à sala de esperas, onde, por fim atendeu o telefone.
– Oi, Fabíola...
– E então, como foi de viagem?
– fui bem, mas eu sei que não me ligou pra saber do meu bem-estar.
– E Estêvão? Ele está bem?
Elisa revirou os olhos. Será que Fabíola não poderia partir para outra? Carlos era tão atraente e gostava dela de verdade, ao que parecia.
– Ele...ele está bem. Ao lado de Maria, como sempre.
– Maldita mulher! Mesmo longe é capaz de me irritar. Mas me diga: sabe quando as tais investigações dela começam? Lembra-se da conversa que tivemos antes de você partir.
– Sim, Fabiola. Bom, ainda não a vi saindo do quarto. - mentiu. - Ficarei atenta e te digo o que eu ver de diferente.
– Sabia que eu poderia contar com você! Tenho que desligar, mas espero que consiga me dar informações valiosas. Cuide-se e não vá se meter em encreca. Conheço seu forte pra problemas.
– Não se preocupe. Não vou fazer nada além do que combinamos.
Interromperam a chamada.
Herrera escreveu-lhe dados em um papel para Elisa, e esta saiu da delegacia, tomando um táxi e indo ao endereço em suas mãos.
*******

Maria estava no destrito com Enrique.
Acomodados, ele lhe explicou calmamente todos os detalhes do processo.
– Meu pai era delegado antes de eu ocupar seu cargo. O acidente envolvendo sua irmã aconteceu enquanto ele dirigia este prédio, mas como já tinha uma idade considerável, abdicou do cargo e o passou pra mim. Me interessou muito, mas infelizmente eu não tinha autorização da justiça para investigar. Mas andei caçando algumas informações, coletando alguns depoimentos e descobri algo que pode ter ligação direta com o ocorrido de sua irmã.
– Do que se trata? - A ansiedade na voz de Maria era impossível de ser contiga. Mal via a hora de colocar a mão no desgraçado que a fizera sofrer.
– É melhor permanecer sentada, pode ser que não aguente a notícia.
– E então, Enrique? O que foi que você descobriu?
– Dois dias após o trágico acidente que vitimou sua irmã e seu cunhado, uma senhora de nome Socorro apareceu aqui, para registrar o desaparecimento de seu filho, Artur. - Enrique fez uma breve pausa para mostrar a ficha de Artur.
Maria avaliou a ficha cuidadosamente e depois de estudá-la, devolve-a a Enrique, pedindo para que ele proseguisse.
– Algumas testemunhas que preferiram manter o anonimato nos disseram tê-lo visto com sua irmã inúmeras vezes.
– Então o senhor acha que ele a matou?
– Não, de forma alguma.
– E então?
– São apenas suposições minhas, nada mais. Pelo que pude perceber e pelo que me foi relatado, Patrícia e Artur eram amantes.
Maria levantou da cadeira, perplexa.
– Minha irmã jamais seria capaz de trair Frederico! - respondeu, horrorizada.

***Cidade do México

Daniela entrava no escritório de seu patrão.
Sorrindo, a simpática secretária lhe entregava papéis de uma futura transação comercial.
– Obrigada, Daniela. Já pode se retirar. - disse Geraldo, consertando sua postura na cadeira.
– Geraldo, meu amor. Apareceu um almoço na casa dos meus pais e...
– Não me diga que você pensou em me levar. - respondeu ele, cortando-a
– Bom, sim. Já que estamos namorando, queria apresentá-lo para minha família.
Geraldo segurou-se para não rir, mas lembrando-se da vez em que havia pedido a Daniela que lhe fizesse uma conta no exterior, recompôs- se e com ar enfadonho, retrucou.
– Daniela, acho que é muito cedo pra nos apresentarmos à sociedade. Ainda sou motivo de chacota pública por causa do casamento que não aconteceu.
– Meus pais querem conhecer você. Será que não podia pelo menos se esforçar um pouquinho? Eu sempre faço tudo o que você quer.
– Está bem, está bem.
"É bem capaz desta mulherzinha dar com a língua nos dentes." Pensou Geraldo.
– Que bom, meu amor. - e ela correu para abraça-lo. - Será hoje às oito e meia.
Geraldo forçou um sorriso e Daniela, satisfeita, saiu.
– Almoçar com a classe baixa. A que ponto eu cheguei...- resmungou para si.

De volta à Aruba...

Estêvão resolvia alguns problemas da empresa pelo telefone, quando o serviço de quarto tocou na porta.
A abriu sem cerimónia. Era uma mulher baixinha e rechonchuda , que trazia nas mãos uma carta endereçada a Estêvão.
Estêvão achou estranho. Como alguém lhe enviaria uma carta, se não conhecia ninguém na cidade?
Ofereceu a gorjeta a senhora e fechou a porta. A carta tão pouco tinha remetente. Maria não era, já que o recado dela lhe foi entregue.
Não iria abrir, mas pensando se tratar de algo importante, o fez.
Dentro do envelope, uma supresa. Escrito com letras recortadas de jornal, uma ameaça que lhe fez paralisar: "Vilões nunca tem um final feliz."
E ao lado da folha uma foto de Geraldo dançando com Maria, onde Estêvão aparecia distante, vendo os dois, com o rosto marcado em um X.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. O próximo não demorará a sair.
Bjooos



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