O Retorno De Um Estranho escrita por Senhorita Ruffo


Capítulo 23
Lembranças Que Não Se Apagam


Notas iniciais do capítulo

Como sou desprovida de sorte, tinha digitado o capitulo inteiro no bloco de notas do meu celular, mas aí devido a um momento de burrice, acabei apertando em "cortar" ao invés de "copiar" e apaguei tudo.
Tive que fazer esse as pressas, por isso se tiver algum erro de escrita eu peço desculpas!
Acompanha a música "Alejate de Mi" da Banda Camila.

Desejo-lhes uma boa leitura...



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Capítulo anterior: – Vamos embora, Estevão. - advertiu Maria.

Do modo como Estevão estava alterado era capaz de matar a Geraldo, e como policial, Maria deveria encontrar a maneira mais viável para contornar a situação.
– Não volte a tocar um dedo nela! - disse Estevão em tom ameaçador.
– Pobre Maria... - repetiu Geraldo, sorrindo de novo.
– O que você quer dizer com isso? - perguntou Maria, intrigada.
– Eu jamais menti pra você sobre quem eu sou...
– Vamos, Maria. Deixe-o sozinho, ele não merece sua atenção.
– Me explique o que isso significa. - Se tinha uma coisa que caracterizava Maria era a curiosidade.

– Nunca te passou pela cabeça...se Estevão é, de verdade, o que parece ser?

O que está insinuando? - Perguntou Estevão, receoso. Será que ele havia descoberto alguma coisa?

– Eu? Nada. Não estou insinuando nada. - tossindo. - Digamos que seja...um aviso.

Estevão já avançava para o corpo debilitado no chão, mas uma pequena mão o deteve.

– Vamos para casa, Estevão. Amanhã agiremos com mais calma.

Seguiram até o carro de Estevão. Maria pegou seu celular emprestado e ligou para Barreto, pedindo que, se pudesse, viesse por seu automóvel.

– Mas ele precisaria das chaves. - disse Estevão após o término da chamada.

– Tenho chaves-reserva num cofre lá do gabinete. Ele sabe onde fica. Melhor irmos para casa.

Chegaram ao apartamento de Maria, exautos.

Tomaram banho individualmente e depois reuniram-se na cama.

– Não está com fome, Estevão? Se quiser lhe preparo algo.

– Não, não há necessidade.

– Sobre o que Geraldo falava, Estevão? - quis saber.

–Não sei do que você está falando. - Dando uma de desentendido.

– Sobre eu não te conhecer direito, não saber quem é você.

– Não dê ouvidos à ele...- mudando o assunto. - Se sente melhor?

– Sim...um pouco. O que mais me afetou foi vê-lo fora de controle. Ele sabia que estávamos na cabana, inclusive esteve lá no dia do casamento.

– Sério? Então deve ter sido isso. Quando desci para a cozinha naquele dia para fazer um lanche, a porta principal estava escancarada. Pensei que tinha sido você.

– Apenas a deixei entreaberta.

– Então foi ele mesmo...

– E agora, o que faremos?

– Tentamos agir civilizadamente com ele e deu no que deu... Avisei a você que não era para se encontrar com ele, não sozinha.

– Acho que você nunca teve remorso na vida. Pois eu tive e aliás, tenho. - disse, ficando de costas para Estevão.

Não havia alguém tom mais remorso do que Estevão , mas ele não quis levantar assunto por isso. Envolveu-a nos braços e lhe desejou boa noite com um beijo casto na testa.

– Amanhã falaremos melhor sobre tudo. Agora, descanse.

Maria beijou a mão de Estevão e ajeitou-se na cama procurando uma posição confortável. Não demorou muito para que pegasse no sono.

*******

Alba não estava muito satisfeita com o almoço que teria que organizar. Na noite passada, havia tido uma conversa com Carlos e ele acabou por convencê-la de fazer uma pequena ceia para oficializar o compromisso com Fabiola.

Tentava se comunicar com Estevão mas ele não atendia. Obviamente estava ao lado de Maria, sabe-se lá fazendo o quê.

Desceu até a sala de estar, onde se reuniu com Carmen, sua amiga há anos. Acomodaram-se e começaram a falar sobre Geraldo.

– Estou muito preocupada por ele. Não nos procura mais e o pai está muito enfermo. - lamentou-se Carmen.

– Ele vai se recuperar em breve, verá!

– Os médicos disseram que não há nada para ser feito. Ele está desenganado.

Carmen não chorou. Não era dessas, mas demonstrava que sofria com a situação em que estava. Alba não sabia como confortá-la, até porque se Geraldo estava distante, Estêvão indiretamente, estava envolvido. - Não quero que Evandro parta sem falar com Geraldo. Meu marido possui um génio difícil mas sempre amou nossos filhos à sua maneira.

– Difícil o que está se passando. Desejo-lhe forças.

– Vim aqui não só para te ver, como também para buscar auxílio.

– O que quer que eu faça? A ajudarei no que for preciso.

– Não quero que faça nada, mas sim seu sobrinho, Estêvão.

Alba se assustou. Como dizer à Estêvão que converssasse com Geraldo depois do que fizera? - Estêvão está nas empresas San Roman à esta hora. - Rogando à Virgem para que ela desistisse dessa ideia.

– Sim, eu sei. Não tenho coragem de pedir a ele pessoalmente que me ajude, por isso queria que você fosse minha intermediária.

– Falarei com ele. Não se preocupe. - Disse, não sabendo se era o certo a ser feito.

– Geraldo está evitando a família. Pelo que eu soube enquanto falava com Daniela, sua secretária, ele está hospedado em sua casa e devido à ordens, não passa a ligação para Geraldo. Evandro queria vê-lo porque teme que não viverá muito, mas não pode sair de seu repouso de acordo com o diagnóstico médico. Tentei falar com ele na empresa mas sempre não está.

Estêvão sabe de algo? Poderia me ajudar?

– Ele também não tem falado com Estêvão. - justificou, ocultando o porquê. - Mas a culpa do distanciamento de Geraldo é de Maria, não?

– Meu filho era louco por ela. Claro que o abandono no altar em pleno casamento nos machuca, e não tiro a responsabilidade da frieza de Geraldo, de suas costas. No entanto é preciso reforçar que o que ele sentia por ela era obsessão. E ao que tudo indica, ainda a ama.

– Não a viu depois do incidente no casamento?

– Não a vi...e não pretendo vê-la. Todos os Salgado precisam borrar oque aconteceu e seguir em frente. Mas enquanto ainda é recente o ocorrido, precisamos agir premeditando cada passo. Farei o possível para recuperar ao meu filho, mas enquanto ele continua indiferente, conto com a ajuda de seu sobrinho. Ele é o melhor amigo de Geraldo e poderá trazê-lo de volta.

– Sim, conto com isso, também . - disse Alba, sem graça, sentindo no seu íntimo que isso não seria possível.

********

A manhã transcorreu normalmente para Maria, exceto pelo fato da presença de Vivian em seu gabinete.

– O que faz aqui?

– Boa tarde também, Maria. Lindo dia, não?

– Tirando o céu escuro e a ameaça de chuva, sim. O dia está lindo.

– Anda muito ocupada?

– Expedindo um pedido aos mes superiores. Mas deseja algo? - tirando os olhos do papel que riscava, focando o olhar de suspense da amiga. - Tá, bom. O que quer dizer? Seu semblante me diz que algo muito bom aconteceu..

– Um vestido maravilhoso numa vitrine aqui pertinho.

– E você vem até aqui me falar sobre um vestido que viu?

– Claro! Queria que fosse comprar comigo, acho que você também gostará. - Havia uma alegria diferente na voz de Vivian, mas Maria não percebeu.

– Não posso sair por agora. Há normas a serem respeitadas, só posso sair depois das dez.

– Melhor! Perderemos a noção do tempo lá na loja.

Maria riu.

– Hoje não dá. Vou jantar com Estevão.

– Amizade acima dos homens, Maria.

– Hoje não, Vivian. Por favor...

– Está bem. Não te importuno mais. - fazendo bico.

E saiu, procurando o celular na bolsa e dicando o número de alguém.

Maria suspirou, imaginando que seria uma noite longa.

Com a caneta girando na mão, pensou se deveria ligar para Estevão. Mas ao mesmo tempo, não queria parecer sufocante.

Felizmente, não teve que se decidir entre ligar ou não, porque Estevão lhe chamava pelo celular.

– Boa tarde, meu amor. Como está o trabalho?

– Bem... - tentando conter a alegria ao ouvir a voz dele. - Muito bem. E o seu?

– Aí está o problema: Apareceu um imprevisto e tenho que viajar para a cidade vizinha.

Uma voz de mulher é escutada pelo outro lado da linha, chamando a Estevão.

– Quem é essa mulher no telefone? - Perguntou, sem perceber que aplicava uma força desnecessária para segurar a caneta.

– Ninguém em especial. - disfarçou. - Amanhã a gente se fala.

E desligou.

Maria estreitou os olhos, com raiva. Porque ele não havia dito quem era a fulana? Teve vontade de quebrar o porta-retrato com a foto de sua irmã, mas controlou-se.

Apossando-se do celular, ligou para a sua amiga.

– Vivian? Seu convite para compras ainda está de pé?

*********

Carlos saiu da empresa e foi direto para a casa da namorada.

Como tinha a cópia da chave, entrou sorrateiro, mas não encontrou ninguém.

Tirou os sapatos, o paletó e se sentou no sofá, procurando algum programa na televisão.

Ouviu o som de algo caindo no chão e vinha do quarto de Fabiola.

Aproximou-se da porta e girou a maçaneta, mas estava fechada.

Malicioso, despiu-se da calça e cueca, vestindo apenas uma gravata.

Elisa, ao abrir a porta, o encontrou desnudo e ele, sem graça, tentava se cobrir.

– O que fazia no quarto de Fabiola?

– O banheiro principal está com problemas no registro de água quente.

Elisa retirou a toalha da cabeça e jogou pra ele, que se cobriu rapidamente e saiu, sem ao menos agradecer.

Elisa foi se trocar no quarto, gargalhando.

Já na cozinha, resolveu preparar brigadeiro de panela.

– Ei! Vai querer brigadeiro? - gritou para Carlos, que assistia uma partida de "lucha-libre" na tentativa de esquecer o incidente.

– Não! - respondeu, com vergonha.

Com medo de Elisa dar nos dentes e delatá-lo para Fabiola, Carlos segue para a cozinha, mas um grito o faz correr.

No chão, Elisa contorcia-se de dor, rodeada de escombros de um banquinho de plástico.

– Quer ajuda?

– Não, eu estou bem. Ai!

– Seu pé está inchado, deve ter torcido.

– Isso é culpa de Fabiola. Ela coloca o chocolate longe da borda do armário e eu não alcanço.

– Não vou deixar que fique sozinha aqui sentindo dor. - Abaixou-se e a ergueu, e num movimento inesperado quase se beijaram.

– Vou levá-la a uma clínica de fraturas.

Saíram do apartamento e encaminharam-se a um táxi estacionado do outro lado da rua.

Se Carlos não estivesse pensando numa boa desculpa para apresentar a Fabiola, poderia ter notado em seu braços, dois olhos claros que, pela primeira vez, notavam em sua beleza...

********

Como o combinado, Maria saía da delegacia acompanhada por Vivian. Começava a chover e se abrigaram embaixo de uma árvore.

– Não me disse que passaria a noite com Estevão?

– Não quero falar sobre isso. - cerrando os punhos. - Onde fica a loja?

– Na outra rua. Vamos a pé.

– Não trouxemos guarda-chuvas. Vamos retornar ao destrito e lá nos abrigamos.

– De jeito nenhum! Quero o vestido pra hoje!

Passado um minuto, Vivian observava o relógio, impaciente.

Levantou o olhar para a rua à frente e percebeu um homem e uma mulher, parados.

– Maria, Maria! Olha lá pra frente!

Maria seguiu o olhar de Vivian e notou que uma mulher, com um semblante assustado, passava uma pequena bolsa ao homem. Maria viu quando o sujeito, de costas para ela, saiu disfarçadamente e entrava num beco.

– Vou pegar meu revólver! - disse Maria, que já ia correndo mas Vivian a segurou.

– Não tem tempo para pegar revólver. Corra atrás do sujeito , já!

Sem mais, Maria aumentou a velocidade de seus passos e entrou no beco. O sujeito estava parado, mas ao ouvir os gritos de "pare" vindos de Maria, deu um salto e recomeçou a correr, fugindo.

Mas Maria, como conhecia àquele lugar como a palma de sua mão, tomou atalho e conseguiu alcançá-lo numa viela, agarrando-o por trás e fazendo-o cair. A bolsinha pequena que ele segurava caiu no chão, e um objeto aparentemente de metal rolou pelo chão, fazendo ruído. Hipnotizada, avançou para o objeto em questão e o segurou, analisando. Era um anel de compromisso.

Virou abruptamente e viu a Estêvão em pé, sorrindo descontraído e olhando para ela com doçura.

🎶Alejate de mi y hazlo pronto antes de que te mienta.
Tu cielo se hace gris , yo ya camino bajo la tormenta.
Alejate de mi, escapa ve que ya no debo verte.
Entiende que aunque pida que te vayas, no quiero perderte. 🎶

Ele se aproximou dela, o cabelo bagunçado caindo na testa. Dispôs do anel encrustado de pequenos cristais e colocou no dedo de Maria, que derramava lágrimas de felicidade.

– Te assustei, não foi? - indagou Estêvão, sorrindo.

– Sim... um pouco. - respondeu, trémula.

– Pedi à Vivian que te trouxesse para fora da delegacia. Queria que seu pedido fosse...diferente. - retrucou, com um olhar travesso. - Ah, já ia me esquecendo...- Ajoelhou-se à frente de Maria e segurou sua mão, firme.

– Agora sim...casa comigo?

🎶La luz ya, no alcanza.....
No quieras caminar sobre el dolor descalza.......
Un Angel te cuida.......
Y puso en mi boca la verdad para mostrarme la salida.... 🎶

– Claro que sim! - disse entre lágrimas, puxando-o para um beijo apaixonado, perdendo- se nos lábios doces e exigentes de Estêvão.

>>> Já abrigados no apartamento de Maria...

Estêvão iria tomar banho no banheiro principal, mas ouviu algo que lhe chamou atenção: Maria cantava no chuveiro!

Tentando conter os risos, pois ela desafinava muito, Estêvão aproximou-se do cômodo e encontrou a porta sem a chave.

Ela não tinha o costume de cerrar o banheiro, mesmo porque havia passado anos sozinha.

Sorrateiro, Estêvão entrou no banheiro e engoliu seco ao ver a bela mulher banhando-se.

A água escorria sobre as curvas definidas, caindo sobre o colo macio e sobre os contornos das pernas, que escondiam sua intimidade.

Ela não o via. Estava de lado e lavava os cabelos negros. Tamanho era seu charme e sensualidade ao fazê-lo, que Estêvão estava tirando a roupa para se juntar a ela em meio a agua quente.

Desnudo, caminhou até o boxe e o abriu.

Maria havia virado para desligar o registro de água quando sentiu que alguém a acariciava por trás.

Estêvão murmurava-lhe palavras eróticas e Maria sentia-se ainda mais molhada, mesmo com a água que caía sobre eles.

Virou a cabeça para o lado e abandonou-se, deixando que Estevão se responsabilidade por seu corpo.

🎶Y alejate de mi amor....
Yo se que aun estas a tiempo....
No soy quien en verdad parezco....
y perdon no soy quien crees yo no cai del cielo 🎶

Lentamente, suas mãos subiram para dois seios pequenos. Maria podia senti-los doloridos sobre a mão forte de seu amado.

Estêvão deslizou os dedos pelo vale dos seios, ora agarrava um mamilo, ora apertava e assim se seguia a tortura de Maria.

Ciente de que ela estava entregue ao momento, Estêvão pousou uma mão atrevida na intimidade de Maria, onde acariciava o clitóris dela e o sentia cada vez mais melado, fruto do prazer que sentia.

Ela gemia. Era a cobaia, o experimento e adorava sê-lo assim.

Estêvão abruptamente a virou e focou seu olhar no de Maria. Observando o rosto de sua - talvez - futura esposa, sentiu um aperto no coração pelo que fazia, mas ao olhar pra boca dela, tudo parou de fazer sentido e assim como Maria, entregou-se ao momento, esquecendo-se dos erros e se dedicando a beijar aquela boca, tão sua, que por frações de segundos chegou a sentir-se alguém abençoado. Talvez o fosse, mas sabia que sua bênção seria tomada de si e que só lhe sobraria o pecado, tão obscuro quanto o passado e tão vazio quanto o futuro. (Entenderam o que eu quis dizer? kkkkk)

Sua língua explorava a boca dela rapidamente, tão forte, que ao se separarem para recuperarem fôlego, Maria sentiu seus lábios inchados.

– Te amo! - disse ele antes de segurar a cabeça dela entre as mãos e enfiar a língua em sua boca outra vez, enroscasdo-a na dela, deixando-a louca.

Ela tentou se apoiar numa parede, mas Estêvão a puxou para o boxe de vidro, mantendo-a presa sobre suas pernas.

Maria afagava suas costas enquanto apreciava as mordidas na pele tenra de seu pescoço, e por dentro sentia que algo a dilacerava. Para ela, eram momentos que levaria para a voda toda como uma promessa para o futuro, para Estêvão eram lembranças que permaneceriam presas no presente.

Segurou a peguena mão de Maria e a direcionou para seu membro, que latejava para senti-la por dentro.

Ela carinhosamente o afagava, satisfeita pelas feições de prazer que Estêvão demonstrava.

Ele a puxou para outro beijo, desda vez puxando-a para que prendesse suas pernas em sua cintura.

– Diga que é minha! - ordenou, se deliciando com a fragrância dos cabelos de Maria.

– Sou sua. - sussurrou. - Só sua!

Com suavidade, Estêvão foi se posicionando. Encontrou a intimidade de Maria ensopada quando a penetrou, e um grito por ela solto fora bruscamente interrompido pelo beijo exigente e apaixonado de Estêvão.

Interligados, Estêvão começou a mover-se. Num movimento de desespero para conter o fluxo que lhe subia no sangue, Maria tentou agarrar-se a parede lateral, onde derrubou um frasco de shampoo na tentativa.

Como o boxe era liso, seu corpo escorregava, num movimento de vai-e-vém enlouquecedor.

Agarrou-se aos ombros largos de Estêvão enquanto recebia suas investidas cada vez mais fortes.

Seu corpo estava perdendo o controle e ela sentiu que tudo se rasgava por dentro ao atingir o ápice da relação.

Não conseguiu manter os sentidos alerta por muito tempo, mas antes que desmaiasse devido a pressão, pôde ouvir Estêvão repetindo em seu ouvido:

– Sim, minha...só minha!

🎶Se aún no me lo crees amor

Y quieres tu correr el riesgo
veras que soy realmente bueno
en engañar y hacer sufrir

a quien mas quiero.🎶

*******

Na Mansão San Romãn, Alba se encontrava no lugar de descanso de Estêvão. Admirava cada objeto pessoal do filho com fascínio. Como havia crescido!

Ligou a tela do computador e notou a foto de Maria como papel de parede. Irritada, puxou a tomada do aparelho e voltou a excursão, analisando os livros de colecionador na prateleira. Foi incrível o que fizera com Estêvão. Ele havia adquirido um enorme gosto pela leitura.

Tereza, a empregada da casa, bateu de leve na porta.

– Senhora, desculpa incomodar, mas há alguém no telefone querendo falar com o senhor Estêvão, disse que é urgente mas não se identifica. O que lhe digo?

– Deve ser algo da empresa. Pode deixar que atendo o telefone daqui. Descanse agora, está dispensada do serviço.

– Obrigada, senhora. - e se retirou.

Alba atendeu o telefone.

– Alô?

– Alba? - indagou a voz do outro lado da linha.

– Me conhece?

– Ah, meu doce. Mais do que imagina!

– Não acredito! - retrucou pasma ao reconhecer a voz. - Você??

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Até o próximo!!!



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