NARRAÇÃO DA ASTRID

Eu estava muito nervosa, eu havia acabado de discutir com minha mãe e confessei que eu gosto dele, e agora, o que minha mãe vai fazer?

Eu subi as escadas, entrei no meu quarto e liguei a TV, tentando esfriar a cabeça até que eu vi uma noticia que me interessou.

NOTICIA

Uma chance para alunos repetentes. Aqueles alunos que repetiram de ano podem prestar uma prova de conhecimentos gerais, se acertarem 70% da prova, eles poderão ser transferidos pra a série que deveria estar ou até se formar, as provas serão no fim do ano, no dia 25 de novembro.

FIM DA NOTICIA

Astrid- É isso! Se o Soluço fazer essa prova, ele pode ir para a série que eu tô e se formar, assim, fica fácil pra ele arrumar um emprego descente!

Eu tinha que fazer esse plano der certo e era o que eu ia fazer, eu tinha que contar isso a Elsa

UM TEMPO DEPOIS...

NARRAÇÃO DO SOLUÇO

Eu e o Jack estávamos no beco conversando, quando as meninas chegaram afobadas.

Astrid- Meninos, venham com a gente.

Soluço- Mas por que...

Astrid- Sem tempo para explicar, estamos perdendo tempo!

Elas nos agarraram e nos arrastaram até uma loja de roupas, elas deram um monte de camisas e causas para eu e o Jack escolhermos, deram uns 20 modelos até que eu me identifiquei com um modelo, uma camisa verde, causa marrom, tênis de couro e uma jaqueta marrom, já o Jack, escolheu uma jaqueta azul e uma causa jeans, elas gostaram e pagaram essa roupa pra gente, em seguida, elas nos arrastaram par uma brigteca...não, uma babriojeca...uma bisteca? Há, um lugar onde tem muitos livros.

Elas nos ensinaram varias coisas, e eu nem sabia o motivo, mostraram português, matemática, física, biologia, ficamos lá o dia todo, aprendendo coisas novas e voltamos pra casa, no caminho, eu quis saber o motivo de tudo isso.

Soluço- Me expliquem, por que vocês nos arrastaram até lá e nos ensinaram aquele monte de coisa.

Astrid- Daqui há um tempo, vai ter uma prova e se vocês se saírem bem nela, vocês poderão ir a escola!

Jack- Sério!

Elsa- É, não é demais?

Soluço- É, seria incrível.

Astrid- Foi por isso que a gente foi até a biblioteca, pra vocês já irem estudando para o futuro.

Soluço- Entendi, valeu, vocês são as primeiras pessoas que se importam com a gente.

Jack- É, desde que conhecemos vocês, nossa vida nunca mais foi a mesma.

Eu reparei que a Astrid e a Elsa coraram assim que o Jack disse aquilo, era bom ter alguém que se importa comigo, especialmente alguém tão incrivel como a Astrid.

Quando chegamos no beco, já estava de noite, e Astrid e a Elsa se despediram e foram pra casa.

NARRAÇÃO DA ASTRID

Nós chegamos em casa e quando entramos, vimos nossa mãe na sala, nos esperando.

Mãe- Posso saber onde vocês estavam?

Astrid- Se você quer tanto saber, eu estava com o Soluço!

Elsa- E eu estava com o Jack.

Mãe- Era só o que me faltava, agora sua irmã também está saído com um menino de rua!

Elsa- Não, eu estou saindo com um amigo!

Mãe- Eu não quero vocês perto daqueles garotos!

Astrid- Por que não?!

Mãe- Porque vocês são da família Hoffer...

Astrid- CHEGA! Eu não aguento mais isso! Eu não tô nem ai se eu sou uma Hofferson! Não tô nem ai se ele é um menino de rua! Eu só sei que eu gosto dele e quero ajuda-lo! E com ou sem seu apoio, eu vou ajuda-lo!

Elsa- E eu também!

Eu e a Elsa saímos irritadas de casa ouvindo os berros da nossa mãe.

Mãe- Aonde vocês pensam que vão?! Já está tarde! Astrid Hofferson, volte aqui agora mesmo!

Nós fomos e continuamos andando, até chegar no beco, onde vimos o Soluço e o Jack conversando.

Soluço- Astrid? O que estão fazendo aqui?

Astrid- Nós brigamos com nossa mãe, podemos passar a noite com vocês?

Jack- Claro, a gente pode arrumar um espaço.

Eles deram um canto pra gente e agradecemos a eles e conversamos sobre o que tinha acontecido.

ENQUANTO ISSO, NA CASA DOS HOFFERSON...

A mãe da Astrid estava no sofá, preocupada com as filhas, quando o marido chega em casa.

Mãe- Que bom que você chegou, você precisa conversar com nossas filhas!

Pai- Por que?

Mãe- Elas estão se encontrando com meninos de rua! Com meninos de rua! Eu disse a elas que não, que não podiam se associar com gente desse tipo, mas elas não me ouviram e você acredita que elas me deixaram falando sozinha?!

Pai- CHEGA! Você não pode tratar esses meninos assim, só por que são meninos de rua, você os trata como criminosos?!

Mãe- Eu não acredito! Você vai ficar do lado delas? É isso?

Pai- Vou! Por que elas estão certas, o que você tá fazendo se chama descriminação! Você precisa respeitar mais as pessoas, independente da cor, classe social ou religião.

Mãe- Espera ai! A Astrid disse mais uma coisa!

Pai- O que?

Mãe- Que ela ama aquele menino de rua!

Pai- Há, sobre isso eu quero conversar com elas.

Mãe- Até que enfim! O que vai dizer a elas?

Pai- Vou dar umas dicas de como trata-los e manter um relacionamento.

Mãe- O QUE? Você vai apoiar ela a ficar com esse menino de rua?

Pai- Vou, é isso que ela quer! Agora dá licença.

Mãe- Aonde você vai?

Pai- Tomar uma banho!

Mãe- Volta aqui! A gente não terminou essa conversa!

Pai- Terminamos sim!

O pai bate a porta e toma seu banho, enquanto sua esposa fica inconformada por seu marido apoiar a sua filha a sair com um menino de rua.

ENQUANTO ISSO...

NARRAÇÃO DA ASTRID

Eu e o Soluço estávamos sentados lado a lado observando as estrelas, o Jack e a Elsa já estavam dormindo, as estrelas brilhavam tanto, mas não tanto quanto os olhos do Soluço, estava um silencio muito agradável entre nós, até que o Soluço quebrou esse silencio.

Soluço- Está ficando tarde, eu vou preparar um lugar pra você.

Eu não aguentava mais, tava um clima tão bom entre a gente e eu não ia deixar esse clima passar, eu olhei para o Soluço, e segurei seu rosto, ele ficou surpreso com minha atitude e um pouco vermelho, nossos lábios estavam a poucos centímetros de distancia, a algum tempo atrás, eu ficaria em duvida, mas agora, eu tenho certeza do que eu quero. Nós nos aproximamos mais e mais, até que nossos lábios se encontraram.

Quando eu senti seus lábios, foi como se eu tivesse ido parar nas nuvens, podia sentir cada movimento de seus lábios, era uma sensação única, a melhor sensação da minha vida.

Quando nos separamos, eu estava corada, não conseguia tirar o sorriso do rosto e agora eu sei, mais do que nunca, que eu quero ficar com o Soluço.