NARRAÇÃO DA ASTRID

Era tarde da noite, nós estávamos jantando com nossos pais, eu e a Elsa estávamos caladas, ainda pensativas. Eu gosto daquele garoto, mas eu sou uma Hofferson e ele é um menino de rua, o que eu faço? Estava pensando até meu pai me tirar dos meus pensamentos.

Pai- Filhas, vocês estão caladas o dia todo. Aconteceu alguma coisa?

Astrid- Não pai, agente só estava pensando, nada de mais.

Pai- Só isso? Mais nada?

Astrid- Não.

Continuamos comendo, até que a Elsa resolveu fazer uma pergunta indireta sobre nosso caso.

Elsa- O pai, o que você acha dos meninos de rua?

Pai- Bom, eu tenho pena deles, afinal, agente tem de tudo, comida, água, eletricidade e se para pra ver, os meninos de rua tem que trabalhar pra conseguir o sustento, muitos até entram para o crime, só por que tá passando fome.

Elsa- Entendi.

Mãe- Mas, por que essa pergunta?

Elsa- Por nada, eu só queria saber.

Eu resolvi perguntar de vez o que eu e a Elsa queríamos saber, afinal, o que eu tenho a perder?

Astrid- Pai, e se fizéssemos amizade com meninos de rua?

Mãe- De jeito nenhum! Uma Hofferson amiga de um menino de rua?! Seriamos alvo de gozações pelo resto da vida!

Pai- Querida, não seja preconceituosa, você não pode, nem deve ligar para o que a sociedade diz. Eu também já fui pobre.

Mãe- Eu sei, mas eu só quero o melhor para nossas filhas, não quero elas se associando a esse tipo de gente.

Astrid- Eu sei mãe, era só pra saber mesmo.

Nós continuamos comendo, eu e a Elsa estávamos ainda mais confusas, agora agente tem certeza de que nossos pai não vão aceita-los, e agora?

ENQUANTO ISSO, DO LADO DE FORA...

Os Hofferson comiam em paz, sem saber que estavam sendo observados do outro lado da rua, quem estava os observando era o Melequento e seus comparsas, que eram dois garotos, o Alvin e o Daghur.

Daghur- Melequento, me explica, por que estamos observando essa casa?

Melequento- Ai mora os Hofferson, a família mais rica da cidade. Se agente conseguir fazer um assalto ai, estamos ricos!

Alvin- Tá, mas como vamos assaltar essa casa?

Melequento- Mole, amanhã os pais vão trabalhar e as garotas vão pra escola, é só agente arrombar a porta, faze uma limpa e pronto!

Daghur- Mas eles são ricos, devem ter um sistema de segurança.

Melequento- Eu já pensei nisso, eu tenho um amigo que é um hacker, ele vai hackear todo o sistema de segurança, tempo o suficiente pra gente fazer a limpa.

Alvin- Bem pensado, então, quando agente vai fazer isso?

Melequento- Amanhã, me encontrem aqui as 7h, se não, eu assalto sozinho.

Daghur- Relaxa, agente vai estar aqui.

Melequento- Acho bom mesmo, até amanhã e não se esqueçam das mascaras.

Alvin- Certo, até mais.

Eles foram embora, com o plano em mente, o Malequento leva vida de crime há muito tempo, e sempre que ele põe uma ideia na cabeça, ninguém consegue tirar isso de sua cabeça.

ENQUANTO ISSO, NO BECO...

NARRAÇÃO DO SOLUÇO

Eu não conseguia dormir, ainda pensava muito na Astrid, o que eu faço? Ela é uma Hofferson e eu um garoto de rua, não tem como isso dar certo, as vezes eu penso, onde estão meus pais? Eles me largaram em um orfanato quando eu ainda era um bebê, foi lá que eu conheci o Jack, o problema era que quele orfanato parecia uma prisão, não tínhamos liberdade, a comida era nojenta, baratas? Pelo menos 5 em cada quarto, eu e o Jack não aguentávamos mais, e após semanas de planejamento e observação, nos fugimos do orfanato e viemos pras ruas.

Meu medo é que o pessoal de lá nos encontrem, porque além de voltarmos pra lá, vão fazer o possível e o impossível pra não conseguirmos fugir de novo. Eu já passei por muita coisa até chegar aqui e olha pra mim, nem tenho um teto sobre minha cabeça e por que meus pais me abandonaram?

Com o tempo consegui dormir, mas tinha muita coisa na minha cabeça, a Astrid, meus pais, o orfanato e o idiota do Melequento.

NA MANHÃ SEGUINTE...

Eu acordei e acordei o Jack, levantamos e fomos para o farol e no caminho, vimos os bombeiros tirando a Cabeça-quente do bueiro e tirando as algemas do Cabeça-dura. Nós passamos rápidos por lá e fomo pro ponto, mais um dia normal.

ENQUANTO ISSO...

Os pais da Astrid já tinham ido para o trabalho, a Elsa e a Astrid estavam saindo pra ir a escola, sem saber que o Melequento e sua turma estavam se preparando para assaltar a sua casa.

Ele tinha trazido uma vã roubada para levar os bens roubados, os 3 já estavam de mascaras, só esperando seu amigo desligar o sistema de segurança, eles se falavam por celulares também roubados.

Amigo- Pronto, já desliguei o sistema.

Melequento- Ótimo, vão bora!

Os 3 foram até a porta e a arrombaram com o pé de cabra e começaram a fazer a limpa.

ENQUANTO ISSO...

Astrid e Elsa estavam a caminho da escola conversando.

Elsa- O professor de matemática pegou pesado ontem.

Astrid- Pois é, e na aula de educação física?

Elsa- Foi um pesadelo.

Astrid- AI NÃO!

Elsa- O que foi?

Astrid- Eu esqueci o lanche em casa, vai na frente, eu te encontro lá, eu vou voltar pra casa pra pegar meu lanche.

Elsa- Tudo bem.

Elsa continuou indo pra escola e Astrid voltou para a casa, sem saber que estava prestes a dar de cara com o Melequento e sua gangue.