Blue Horizon A Luz da Liberdade escrita por Gislane Brito


Capítulo 7
Cap 7 – Reencontros e más notícias


Notas iniciais do capítulo

Os problemas nunca vêm sozinhos!



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Zohram saiu de seu transe delvian no mesmo dia que os outros tripulantes retornaram. Zohram e Noranti se tornaram amigos íntimos em minutos. Nunca vi duas pessoas com tantas afinidades assim...

Karla, estava ainda mais linda do que eu me lembrava... Até escovou os cabelos! Mas Chiana e Jothee foram os primeiros a me abraçar e perguntar sobre o bebê. Tarnyn, o namorado de Karla, foi o último a sair da nave. Ele estava carregando uma grande caixa e quando perguntei o que era, ele fez mistério e desconversou.

_ Tarnyn, me diga: O que tem nesta caixa enorme? Sei que não é mais comida...

_ Isto?!... São só uns... Umas coisas do luxan... Você mostrou a gravação que te entreguei ao Capitão Braca?

_ Mostrei sim... Foi bem perturbador... Depois eu te conto! Você não vai mesmo me dizer o que tem na caixa, de verdade?!

_ Ah...

Quando ele ainda estava pensando numa outra mentira para me falar, o Piloto nos interrompe.

“Tripulação, seja bem vinda! Sinto estragar este momento feliz de reencontros, mas acabo de receber uma mensagem de prioridade da Base Kermit no sistema Fartok. Eles foram atacados por uma levitã...”

_ Piloto, a base “secreta” do Movimento pelo jeito não é mais secreta?... E como uma leviatã pode atacar se não possui armas? Não faz sentido...

“Infelizmente, a base foi descoberta. Uma leviatã com armas, é muito rara... Só pode ter sido alterada pelos pacificadores e esta, de alguma maneira, sobreviveu ao processo. Moya está muito abalada com esta notícia”.

_ Piloto, diga a ela que nós sentimos muito. John...

“Na escuta, Mary...”

_ Micky está ai? Vocês ouviram isso?

“Sim... Piloto, ordene aos DRD’s que preparem nossos prowlers e meu módulo. Temos que ajudar... Procurar por sobreviventes.

_ E se a leviatã assassina ainda estiver por perto?

Vamos monitorar aquele setor. Se ela ainda estiver por lá, daremos um jeito...”

_ Um jeito!... Ótimo plano, irmãozão...

“O Jeito’ que Crichton deve estar se referindo é... Atrairmos a leviatã para uma armadilha. Talvez, consigamos retirar a coleira controladora da leviatã. Conheço o código que pode desconectar o dispositivo.” Reconheci a voz de Micky e aproveitei para provocar John, só um pouquinho.

_ Viu, John?! É assim que se monta um plano de ação!

“Vocês ficam de blá blá blá enquanto os homens de ação, entram em ação! Não me entenda mal, Braca ; é muito bom ter um ex-oficial pacificador de alta patente do nosso lado. Enquanto deixamos a leviatã do mau ocupada e tentando se defender dos nossos prowlers, Braca entra nos computadores dela e desliga a coleira controladora. ”

_ Mas, e depois que a coleira for desligada... Os pacificadores ainda poderão usar as armas contra nós.

Meu amigo Zohram tinha sempre uma solução em caso de impasses!

_ Eu poderia ajudar Moya e o Piloto a enviar uma mensagem telepática à outra leviatã e convencê-la a rejeitar as armas e a tripulação que a torturou.

_ Zohram... Eu já te disse que você é um gênio?!... Já que está tudo certo, vamos?...

“Piloto, marque curso para a base aliada mais próxima daquela que foi atacada... Vamos ao resgate”.

“Curso marcado... Preparar para o vetor estelar”.

Em poucas horas, chegamos ao sistema Fartok. Para frustração dos mais viciados em adrenalina, a leviatã matadora não estava mais lá. Mas eu fiquei feliz em poder ser útil para os sobreviventes daquele ataque covarde. Tratamos dos feridos e os levamos a base aliada mais próxima... Mas o que mais nos deixou preocupados foi o relato de uma das testemunhas:

_ Uma leviatã apareceu em nossos sensores e nós pensamos que se tratava de Moya. Tentamos fazer contato pela frequência do Movimento e tudo que ouvimos foi a fêmea sebacean... Ela exigia que nós disséssemos a localização da leviatã Moya e do Cap. Braca.

_ Como ela se parecia? Você a viram?? Meu sangue gelou nas veias enquanto esperava a resposta... Que Deus nos ajude!!! Não pode ser Grayza...

_ Não... Não tínhamos imagens na tela, só interferência...

_ A tela da nave estava com mau funcionamento ou ela sabia que seria reconhecida? Karla sem perceber, me deixou ainda mais apavorada quando fez esta pergunta.

_ Não sei... Mas ela pareceu muito ansiosa pra encontrá-los. A nave abriu fogo quando dissemos que não sabíamos de nada sobre esta leviatã ou o Cap. Braca. Não tivemos tempo para organizar nossas defesas. O resto, vocês já sabem...

_ Pela destruição que vimos na base, a arma da leviatã é muito poderosa. Por que ela simplesmente não pulverizou a todos? Por que ela deixou sobreviventes?

_ Ela queria deixar testemunhas... Ela queria que soubéssemos sobre o ataque! Ou ela está complemente louca ou realmente pensa que não temos meios para detê-la!!! Receio que os códigos de desativação da coleira de leviatãs que possuo não sejam mais úteis... Micky só aumentou nossas suspeitas sobre quem é a tal mulher misteriosa.

_ Até que demorou aparecer uma outra psicopata caçando a gente! Já não temos certeza se conseguiremos deter aquela coisa caso ela realmente aparecer na nossa frente. Mas as perguntas que não querem calar são: Quem é esta mulher, como ela conseguiu uma leviatã de guerra e por que quer Moya e você, Braca?? John... Nunca se cansa de ser obvio!

_ Gente, estou muito enjoada... Eu estava mesmo começando a me sentir mal... Por que ainda o nome “dela” ainda não havia sido dito?! Alguém ainda tem esperança que ela esta morta?

_ Vocês humanas sentem náuseas durante a gravidez?... Perguntou Noranti enquanto me levava até uma cadeira...

_ Este enjôo nada tem a ver com minha gravidez, Noranti! Vocês realmente não suspeitam de Grayza?? Micky me confessou há algumas noites atrás que não foi testemunha da execução da tralk. E se ela conseguiu fugir? Ela é a única com motivos para caçar Micky e Moya. A não ser que Micky nunca tenha me falado de uma outra “ex-namorada” com instinto assassino além de Grayza... Sei que você também teve uma história com ela, John!

_ Nem me lembre disso, irmã!

_ Grayza nunca foi minha namorada, Mary! Fiz muitos inimigos durante meu tempo de serviço pacificador. Não importa qual deles seja... Temos que proteger nossas famílias e preparar nossas defesas. Zohram, você já conseguiu se comunicar telepaticamente com uma leviatã antes?

_ Não, Miklo... Mas tenho certeza que com a ajuda do Piloto e de Moya poderei fazer contato com aquela pobre criatura...

_ Caso os meus códigos não funcionem, tentar fazer a leviatã lutar por sua liberdade será nossa melhor chance de deter a caçadora.

Eu deveria estar ficando verde de tanto enjôo, pois Karla veio até mim e tentou me confortar acariciando meus cabelos e meu rosto como uma irmã preocupada. Depois ela se levantou e expôs sua ”ideia heróica”:

_ Talvez não, capitão! Eu poderia me infiltrar disfarçada de oficial técnica numa base pacificadora e conseguir todos os códigos de coleiras atuais que estiverem disponíveis. Um deles com certeza será o correto.

_ Não concordo. E se não for nenhum dos códigos conhecidos, você terá se arriscado em vão! Não quero perder você, Karla! John, fale pra ela que isto é loucura!...

_ Vocês são ex-pacificadores, Mary... Braca e Lux conhecem muito bem estas coisas... Dá última vez que me infiltrei numa base secreta, passei um bom tempo tendo os miolos espremidos por Scorpius numa cadeira aurora, e tudo porque eu não estava familiarizado com todos os protocolos. Tenha fé em seus sebacians...

_ Sei que você compreende minha preocupação... Não suportaria perder nenhum de vocês!

_ Não se preocupe comigo, Mary! Não seria minha primeira vez... Tenho um código de acesso a base que servirá perfeitamente. Sou uma sebacean de rosto comum... Ninguém suspeitará de mim!

_ Você é tudo, menos comum, Karla querida!!! Ainda não me convenceu que entrar sozinha naquele ninho de cobras seja seguro...

_ Mary, Karla Lux é a pessoa mais qualificada para a missão... Estaremos monitorando seus passos. Em caso de emergência, estaremos preparados para tirá-la de lá!

_ Viu?! Seu marido confia em mim... Vou preparar meu prowler!

Nada me tirava da mente aquele sonho... A cara daquela mulher cinzenta me olhando pelo retrovisor. Como eu gostaria que nossa perseguidora fosse outra psicopata e não “aquela psicopata”. Acho que dei na cara que eu estava com a cabeça fervilhando de dúvidas e suspeitas, porque Micky me puxou e me abraçou.

_ Micky, deixe John e os outros montarem o Plano B em caso de ataque de leviatã... Eles têm muita experiência com estas coisas. Você fica comigo hoje!

_ Você ainda está enjoada? Quer que eu peça a Noranti ou Zohram que te dêem algum remédio?

_ Não... Sei que você sabe que é a Grayza... Quero só aumentar as chances de que, se ela conseguir encontrar você, ela saiba que você não está sozinho! Ela não se atreveria usar o feitiço dela em você de novo... Não na minha frente! Na primeira tentativa, vou apresentar um amigo meu pra ela.

_ Que amigo é esse?

_ Dr. Doom... Este é imune ao feitiço químico dela!...

Ele riu muito e eu afundei meu rosto entre o pescoço e o ombro dele... Era tudo que eu precisava para curar meu mal estar.


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Notas finais do capítulo

O medo divido é suportável, não é?!



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