– Mãe, você não vai nem reconhecer - Soluço fala - No lugar em que fazíamos armas, agora fazemos selas, tipoias pra asas - Diz enquanto pega um peixes da cesta, Banguela fica farejando mas Soluço fecha no seu focinho.

–Coitado, Soluço é do mal! – Brincou um viking.

– Até cuidamos dos dentes dos dragões, você não vai acreditar como tudo mudou lá.

–É - Concorda Stoico - Nosso filho mudou Berk para melhor.

–Valeu, Pai - Agradece.

Soluço sorriu com o elogio de seu pai, feliz que eles ainda se entendiam no futuro.

–Ele é nosso motivo de orgulho - Stoico põe suas mãos nos ombros de Valka mas ela se assusta e deixa cair os peixes que estavam no prato que PulaNuvem pega antes de Banguela. Ela engole e Banguela olha pra ele com cara de pidão e ela regurgita os peixes no chão que Banguela come.

Alguns olharam com desgosto para a tela.

–Eu... -Começa Valka - Estou um pouco sem prática.

–Tudo bem, eu não casei com você pela comida.

Os vikings riram um pouco.

–Eu espero que não, as almôndegas dela podem matar mais feras do que um marchado. Eu ainda tenho umas se mexendo aqui - Ri Bocão apontando para sua barriga.

–É tão ruim assim? – Perguntou Melequento.

–Pode não parecer, mas é. – Respondeu Bocão rindo.

–Então parece o a tal Cidra de Iaque da Astrid. – Riu Cabeça-Dura que foi derrubado no chão pela Tempestade.

–Depois que se mudar pra lá com todos os seus dragões - Soluço fala - O Drago não vai ter chance, e aí vai ficar tudo bem!

–Devagar, filho, -Stoico diz, pondo sua mão no ombro do filho, vendo sua esposa indo em direção a uma goteira pegar água - É muita coisa acontecendo.

– Entendi - Fala seu filho e Stoico suspira tendo uma idéia e começa a assobiar a música.

Os vikings mais velhos sorriram reconhecendo a música.

–Adoro essa canção - Comenta Bocão. E o Líder de Berk chega perto de sua esposa.

–Se lembra dela, Valka? - Pergunta e começa a cantar: Num mar bravio/ Vou navegar/ Sem medo do perigo/ E as ondas eu vou enfrentar/ Se comigo casar/ E nem o frio/ Ou o calor/ Será...

–Será uma ameaça - Interrompe Bocão desanimadamente - Foi mal - Fala quando percebe que estragou o clima.

Os vikings bufaram.

–Tinha que ser o Bocão... – Comentou Perna-de-Peixe.

–Se me entregar seu coração -Canta pegando na mão de Valka - E então... - Espera que sua esposa continue mas ela fica calada e então suspira, derrotado.

–Eternamente me amar - Continua Valka.

Alguns homens levantaram suas esposas para dançar. E começou uma pequena festa no Salão.

Eu cutuquei a Beatriz com o cotovelo chamando sua atenção, então estralei os dedos. Soluço e Astrid foram parar no meio da dança. Soluço com uma mão na cintura de Astrid e a outra segurando sua mão e Astrid com uma mão em seu ombro e a outra na mão dele.

Eles coraram e tentaram se afastar, mas uns casais que dançavam os empurraram incentivando-os. Então mesmo envergonhados começaram a dançar.

Bea ergueu a mão e demos um high five.

– Meu lindo ser/ Meu grande amor/ É lindo o que me fala/ Mas nada mais preciso ter/ Quando você me abraça.

– Anéis de ouro vou lhe dar/ E lindos versos vou cantar.

–Ah, você vai, é? - Brinca.

–Então eu vou lhe proteger/ Sempre ao seu lado vou estar.

–Anéis de ouro são ilusão/ Eu quero mais que uma canção/ Preciso segurar sua mão.

–Pertinho assim de mim.

–Vou te beijar - Cantam os dois juntos - Vou te amar/ Abraçar, dançar e sonhar/ E na alegria ou na tristeza/ Sempre vou te amar/ No mar bravio/ Vou navegar/ Sem medo do perigo/ E as ondas vou navegar/ Se comigo casar - Eles terminam e se abraçam.

Stoico sorriu o maior sorriso que qualquer um já havia o visto sorrir. Todos os vikings sorriram como a música acabou. Soluço e Astrid estavam bem próximos, eles coraram e voltaram aos seus lugares junto com os outros vikings.

–Pode chorar agora? – Perguntou Bea pra mim.

–Espera chegar a parte, que eu choro junto. – Respondi.

–Eu achei que tinha que morrer para dançarmos isso de novo - Comenta Stoico.

–Não precisa de nenhuma medida drástica - Brinca Valka.

–Para você, minha querida - Se ajoelha - Qualquer coisa. Você vem para casa, Valka? Vai ser minha esposa outra vez.

Banguela empurra Valka para mais perto de Stoico o que faz com que os vikings rissem.

–Seremos uma família - Continua quando Soluço se aproxima - O que me diz?

–Sim - Aceita.

Soluço soltou uma risada sem querer por conta da emoção. Ele iria ter sua família reunida.

–Ótimo. Eu cozinho - Bocão se intromete.

Todos riram.

–Que bom que me desobedeceu, filho, se não nunca teríamos nos reencontrado.

O Fúria da Noite ouve algo e vira.

–Banguela? – Chama Soluço.

–Banguela? - Chama seu cavaleiro e olha vários dragões fugindo do santuário -O que tá acontecendo?

Balas atingem espinhos de gelo, e Valka corre para ver o que está acontecendo e olha a frota de navios de Drago parando na ilha.

–Ah, não...

O clima alegre do Salão acaba no momento.

–Ah, não - Exclama Soluço.

–Val? -Chama Stoico - Val? Somos uma equipe de novo, o que quer fazer?

–Temos que salvar os dragões.

–Certo, faremos isso, vamos filho.

–Haja o que houver, temos que atacar a montanha, temos que atrair esse alfa para fora - Manda Drago. Vários dragões que moravam no santuário começaram a lutar contra os de drago, que tinham armadura - Preparem as armadilhas!

Dragões foram capturados por armadilhas, até que começa a sair gás de ZipperArrepiante e explode.

–Surpresa! - Grita Cabeça-Dura.

–É isso aí! – Comemora Cabeça-Dura.

–O que?! - Berra SangueBravo indignado.

Eret tenta montar em Tempestade, que, apesar de muito mal, consegue ficar em cima do dragão. Astrid, que estava montada na Batatão, olha a cena, divertida.

–Você é mesmo cheio de surpresas - Ela pula do Gronkle para o Nadder Mortal - Vamos lá.

–Ei! Ele é meu! - Grita Cabeça Quente se virando para a Astrid.

–Mas a Tempestade não fez nada!

–Eu não falei com a Tempestade...

Astrid cora percebendo que era com ela e Soluço se ajeita desconfortável, agarrando a mão dela.

–Cavaleiros de dragões da área - Anuncia Cabeça Dura.

Eles começaram a destruir armadilhas e catapultas, libertando outros.

–Acabem com eles! - Manda Drago.

Quando o Arroto e Vômito estavam desviando de redes, Cabeça Quente cai da sela.

–Eret, filho de Eret! - Grita, pedindo ajuda, mas um braço seu foi pego por Melequento e outro por Perna de Peixe. (N/A Seduzindo)

Perna-de-Peixe e Melequento trocam um high five. (N/A capítulo do high five! o/)

–Sobe, garota - Astrid pede - Esquerda, Eret! Cuidado! - Alerta quando vê que iam bater em um pedaço de gelo mas o mesmo é destruído por um Fúria da Noite. Astrid olha e fica feliz ao perceber que é Soluço. O mesmo explode umas catapultas.

–Ah, garoto! - Grita em entusiasmo.

–Tô na área - Fala Bocão e usa a cauda de seu dragão para bater nas cabeças dos soldados de Drago.

Alguns vikings balançaram suas cabeças. Bocão...

–Bem vindo a bordo, cavaleiro de dragão - Parabeniza Soluço.

–Obrigado, eu acho - Agradece Eret.

–Onde é que você tava? - Pergunta Astrid.

–Astrid, só não seja daqueles tipos de namoradas controladoras, ouviu? - Comenta um viking. E Astrid cora.

–Então... -Fala envergonhado - Tava de papo com a minha mãe.

Astrid olha na direção onde Soluço estava olhando e vê Valka, novamente com a máscara azul, balançando seu cajado, com o Alfa atrás dela.

–Aquela é sua mãe? -Pergunta surpresa.

Soluço sorri com sua reação.

–É, agora você sabe de onde vem as minhas extravagâncias.

–Vocês realmente são muito parecidos. – Comentou Astrid.

A BestaImplacável quebra uns pedaços de gelo do forte, e cospe em direção a alguns soldados

–O alfa - Drago diz sorrindo - Agora vamos brigar.

–Vai, Banguela - Soluço fala para seu melhor amigo - Mostra o que você sabe, amigão. Ah, garoto!

–Que empolgação. – Comentou Bocão.

Alguma rede acerta Valka e PulaNuvem que caem no chão, a mulher se levanta rapidamente e Drago vai a até ela.

Stoico arregalou os olhos.

–Esperei muito tempo por isso! - Fala e começa a lutar com a mãe de Soluço.

–Você não pode levar os nossos dragões, eles são controlados pelo alfa - Valka fala.

–Então, foi bom eu ter trazido um desafiante.

Ele começa a girar sua lança em torno de sua cabeça e gritar até que outro dragão igual ao alfa só que com uns detalhes negros aparece e começa a lutar com a outra BestaImplacável.

–Mais um? – Exclamou Soluço.

–Mais um? -Soluço pergunta indignado.

–Esse é um classe dez! Classe dez! -a Perna de Peixe informa.

–Você não sabe quando parar não é? – Perguntou Melequento.

–Não - Valka fala.

–Vá! Destrua o alfa - Drago manda e a mulher acerta sua cabeça com o cajado que a lança para longe, a deitando no chão.

–Oh não... – Sussurrou Stoico

Drago põe o pé no peito dela e tira sua mascará, ele ia ataca-la mas é lançado para longe. Quando ele volta seu olhar novamente, Stoico ajuda Valka a se levantar.

Stoico sorri com orgulho.

–Obrigada - Valka agradece.

–Por você, meu amor, qualquer coisa - Stoico declara e se prepara para para lutar. Os dois dragões classe dez começam a brigar - Acha que pode para-los? - Pergunta para Valka.

–Posso tentar. Venha, PulaNuvem - Monta em cima de seu dragão e vai tentar impedir.

–Você! - Drago fala se referindo a Stoico- Eu vi você queimar!

–Não é um foguinho que vai me matar. – Comentou Stoico.

–Não é um foguinho que vai me matar.

Stoico sorri. Até que ele não mudara nada no futuro.

Eles começam a lutar enquanto Valka tenta impedir a briga dos dragões maiores, mas infelizmente fracassa, ela se afasta, o dragão de Drago derruba o Alfa, o matando.

Os vikings olharam espantados para a tela.

–Não... – Soltou Astrid.

–Não - Dizem Valka e Astrid. A BestaImplacável ruge e como ele é o novo alfa, os outros dragões tem que obedece-lo, eles vão até ele e se curvam.

–Vencemos - Anuncia Drago - Agora, acabem com ela - Aponta para Valka.

–Não - Fala Stoico.

–Não - Fala Stoico.

O dragão cospe gelo em direção a mãe de Soluço que congela a cauda de PulaNuvem, dificultando o voo.

–Aguente firme - Pede Stoico e monta em seu dragão - Vamos, Quebra-Miolos. Vem, Bocão!

–Estou logo atrás de você! - Grita Bocão.

–É hora do show! – Exclama Bocão.

Um dragão passa perto deles fazendo Valka cair mas o líder a pega antes de tocar o chão.

Ele usa seu marchado para caírem em menos velocidade. E se escondem do novo alfa.

–Para! - Grita Soluço para Drago, o mesmo pousa perto dele e Drago ri sarcasticamente.

Stoico olhou para a tela temendo o que poderia acontecer.

–Esse é o grande treinador de dragões? O filho de Stoico, o Imenso? Que vergonha, ele deve sentir - Zomba mas Soluço nem liga.

–Me acostumei com isso. – Murmurou Soluço.

–Todas essas perdas e pra que? Pra ser invencível? Pra governar o mundo? Os dragões são criaturas incríveis e gentis que podem unir as pessoas - Soluço questiona.

–Ou desmembra-las - Drago tira a armadura que cobriria seu braço, mas ao tirar, percebe-se que ele não tem o braço esquerdo - Eu sei o que é viver com medo. Ver minha aldeia incendiada, minha família levada, ainda garoto, deixado sem nada. Eu jurei acabar com a tirania dos dragões e então libertar o povo deste mundo.

–Então, por que um exército de dragões?

–Você precisa de dragões, para controlar outros dragões.

–Ou pessoas. – Rosnou Soluço.

–Ou talvez você precise de dragões para controlar pessoas, controlar os que servem você, e se livrar daqueles que não o seguem.

Drago ri.

–Garoto esperto - Elogia.

–O mundo quer paz - Continua, ignorando o comentário - E nós temos a resposta, lá em Berk, só... Deixe eu mostrar para você.

–Não! - Se irrita Drago- Deixe que EU mostre para você.

Soluço engoliu seco, como Stoico olhou com medo para a tela.

Ele volta a girar sua lança em torno da cabeça.

–Mas o que? -Pergunta Stoico quando ver que a atenção da BestaImplacável não está mais nele- Soluço! - Ele começa a correr na direção do filho quando passa por Bocão: - Venha, Bocão!

–Ta bom, mudança de plano - E volta a seguir o líder.

–Nenhum dragão pode resistir ao comando do alfa, portanto, aquele que controla o alfa, controla todos - Fala apontando pro Banguela.

–Oh não... – Disse Astrid.

Alfa começa a olhar para Banguela que começa a se contorcer.

–Banguela? - Soluço chama preocupado -Banguela, você ta bem? O que está acontecendo?

–O que tá acontecendo?! –Perguntou Soluço em pânico abraçando o Banguela.

–E-ele ta con-controlando o Banguela! – Exclamou Perna-de-Peixe.

– Testemunhe o verdadeiro poder, o poder sobre a vontade dos outros - Os olhos do Fúria da Noite ficaram iguais a de um gato - Frente a ele, você é nada - Banguela se vira para seu cavaleiro e anda em sua direção.

–Hã... O que ele disse para você? - Soluço pergunta.

Stoico corre até seu filho o mais rápido que pode.

–Banguela, pera aí! - Soluço tenta falar - Qual o problema com você? Não, para, o que você ta fazendo? Para! Sai desse transe!

–Ele não pode! – Exclamou Perna-de-Peixe em pânico. – Ele nem sabe que tá fazendo isso!

Stoico arremessa seu marchado, derrubando um tronco e o usando como ponte.

–Banguela, não! -Continua tentando chamar - Não! Para!

Os vikings engasgaram.

Banguela se prepara para atirar, até que seu pai grita por ele:

–Filho!

–Não, não, não, não, não... – Resmungou Soluço.

–Pai! Não!

Mas a explosão de plasma de Banguela atinge Stoico.

O salão caiu em um silencio de temor.

Soluço levanta, e olha para onde seu pai está caído por debaixo de pedaços de gelo, ele corre até lá, e tira os pedaços maiores de cima dele.

–Pai!

–Stoico - Chama Valka quando o alcança.

Eles viram o corpo de Stoico e Valka tenta ouvir seu coração mas olha para Soluço com uma cara como se estivesse pedindo desculpa. Soluço começa a murmurar vários "não"s, Banguela volta ao normal quando o alfa desvia sua atenção.

Todos romperam em lágrimas.

Os cavaleiros de dragões dessem e Astrid corre até o Soluço quando vê a situação.

Banguela tenta se aproximar do corpo do líder.

–Não. Se afasta dele! - Soluço impede empurrando o focinho de Banguela para longe - Pode ir! Saí daqui! Vai embora! - Banguela se afasta.

–Não é culpa dele, você sabe disso - Valka fala. O Alfa ruje mandando em outros dragões - Dragões bons, sob comando de pessoas más, fazem coisas ruins.

Banguela olha envergonhado para Soluço que fungou e colocou sua mão na cabeça dele.

–Eu sei que não foi culpa sua... – Sussurrou ele.

Drago vê banguela tentando voar, e o puxa para baixo, o montando.

–Andem. Juntem os homens e me encontrem em Berk - Manda.

–Banguela - Chama Soluço e tenta correr até lá, mas sua mãe o impede.

O silencio continuou junto com algumas fungadas.

–Bem... – Disse Stoico. – Parece que não vou conhecer meus netos...