Filha da Noite e do céu escrita por LayL


Capítulo 11
O príncipe alado.




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Capitulo 10

Resolvi que ia me passar de novo por semideusa. Então olhei pra ele e sorri de forma travessa.

– Night, sou filha de Zeus.

Ele levantou uma sobrancelha, surpreso.

– Hum, certo. Zeus, hein?

– Sim. – sorri.

– O que faz aqui? Não a conheço do acampamento.

– Não moro lá. – sussurrei. – Mas eu bem que gostaria.

– Não? – ele parecia ainda mais surpreso.

Assenti, e olhei o mar, ele parecia calmo. Mais uma onda de dor na minha cabeça que chegou a vibrar e embaçar minha visão. Coloquei a cabeça entre os joelhos e respirei.

Senti uma mão apertar meu ombro, virei à cabeça na direção da mão de Nick, que parecia preocupado. Não podia culpa-lo.

Mordi os lábios e voltei a apertar cabeça, que doía mais forte, fazendo minha visão encher de pontinhos pretos. Sorte que eu troquei antes de sair e estava usando um vestido longo azul turquesa de uma alça só que era apertado na cintura na cintura e caía em ondas até os pés.

– Você está bem?

– Sim, só estou com muita dor de cabeça.

– Quer que eu chame um filho de Apolo? Eles poderiam cura-la.

Neguei com a cabeça e me levantei um pouco grogue. Respirei fundo e minha visão clareou. Ouvi Nick soltar uma exclamação de espanto. Olhei pra ele que estava completamente paralisado. Então olhei pra mim, eu estrava brilhando levemente, por causa do reflexo do sol. Sentia que as mechas em meus cabelos também brilhavam prateadas. Nick parecia encantado, o que me fez rir. Então ele caiu em si e piscou várias vezes.

– Desculpa... Você... Você é... - ele gaguejou.

Sorri mais uma vez, e senti que corei um pouco. Rapidamente me refiz, e apenas franzi o cenho.

– Sim eu sei não se preocupe em encontrar as palavras certas.

Fiz um gesto em direção ao céu e assoviei.

– O que...? – Nick ficou sem falas quando um enorme pégaso, branco brilhante pousou na areia da praia, em contraste com o nascer do sol que estava na metade. Angi relinchou.

Chamou deusa? Disse ela em minha mente.

– Angely, quero que conheça Nick, Nick essa é Angely minha pégaso. Mas pode chama-la de Angi.

Nick se levantou e caminhou até meu lado, passou a mão no pelo de Angi.

Nunca vi um pégasos como ela. Parece brilhar... Prazer Angi, eu estou honrado em conhecê-la!

Quem é ele? Oh, também estou honrada em conhecê-lo! Parece encantador não acha?

– Você sabe que não posso! Vamos pra casa, e depois você me fale por onde andou!

Tsc. Tsc. Você não me engana que gostou dele! Mas tudo bem, de volta ao Olimpo.

– Só um pouquinho Angi, não faz meu tipo.

Ele está pensando que você está falando dele e está ao mesmo tempo maravilhado comigo e com você deusa!

– Entendo, eu também ficaria. – balanço a cabeça e olho pra Nick. – Me desculpe mas tenho que ir, até qualquer dia.

E subo em Angi, tomando cuidado com suas asas majestosas, que tinha um leve brilho prateado nas pontas.

– Tchau, não vejo a hora de ver você e Angi outra vez, Night.

Uhuu, ele vai ver!

– Também, até mais. – e dou tapinha em Angi. – Se concentre em me levar pra casa garota, aposto que papai está bravo! E além do mais você tem que ir com Pégs! Aliás, quando vou conhecê-lo?

Pode ser hoje? Ele está com um tempo livre na agenda.

– Ótimo! Vamos logo então! – olho para Nick, que está me olhando boquiaberto. – Bye, amigo.

Angi, abre as asas deixando elas se desenrolarem até estarem completamente esticadas, eram magnificas. Deviam ter pelo menos nove metros de comprimento de uma ponta a outra, e sua crina eram de um branco macio e ondulado, assim como a cauda que arrastava no chão. Ela levantou voo e deixou um Nick maravilhado no chão, seguindo na direção do horizonte até estar completamente fora de vista, Angi aumentou a velocidade até anos-luz e entrou na corrente solar, que ia direto até o Olimpo e outros reinos. Pense como atalhos.

Entramos no Monte Olimpo em um clarão de luz, lá já era tardezinha, e o clima estava natural, nem tão quente e nem tão frio, deixei Angi comandar e me refresquei com a brisa de lá. Era tão natural. Fiquei olhando os vales abaixo. As arenas, os anfiteatros, os templos para todos os doze olimpianos, os bosques onde ficavam sátiros e outros animais mágicos. E enfim os castelos dos deuses, todos em seus respectivos campos. Era maravilhoso de se olhar. Angi continuou voando e passou pelo lago onde algumas ninfas acenaram para nós, retribui. Nessa altura já tínhamos voltado a uma velocidade normal, Angi planou uns segundos antes de pousar numa arena, onde ficavam os pégasos em estábulos, ela continuou galopando. Ate eu ver um portão de ouro, que tinha um pégaso desenhado. Ele abriu para ela e pra mim, que continuava montada nela. Angi entrou em um túnel e pedra.

Do outro lado, quando saímos... Fiquei sem palavras. A grama era de um verde natural e tinha várias flores que brilhavam. Tinha um templo de mármore branco e ouro, e foi pra lá que seguimos. Angi parou e entendi a deixa pra descer, ela se ajoelhou, e eu fiz o mesmo.

De lá saiu um majestoso pégaso. O Pégaso. Ele era muito diferente do que eu tinha imaginado. Pensava nele como igual à Angi. Mas ao invés disso, Pégaso tinha um pouco de tudo. Marrom, preto e castanho. Parecia uma mistura de todos os pégasos. E isso o deixava ainda mais maravilhoso. Seus cascos eram de ouro, e tinha uns pinguinhos de ícor no seu focinho. Angi disse que é o sangue da Medusa, a mãe de Pégaso, que ficou lá quando Perseu cortou sua cabeça.

– Obrigada por me deixar conhece-lo.

O prazer foi meu. Disse Pégaso em minha mente.

Sorri radiante. Estava muito feliz, me levantei e me aproximei dele.

Venha, quero lhe mostrar uma coisa. Angi você pode ir, obrigado por trazê-la aqui.

– Eu te chamo depois Angi. – digo passando a mão em seu pescoço e a abraçando.

Até logo, deusa! Diz Angi em minha mente e sai depois de fazer outra reverencia.

Segui Pégaso até dentro do templo, ele parou em uma parede, parei até o lado dele. Li oque estava escrito na parede: Πήγασος. Que significa Pégaso.

Pégaso se sentou em cima de uma enorme almofada dourada que tinha dentro do templo, e inclinou a cabeça pra mim me sentar ao lado de sua asa direita. Eu fiz isso e ele encostou a cabeça do meu colo, relinchou e fechou os olhos.

Quero que veja isso. Preciso que feche os olhos e rele em minha cabeça.

Concordo com a cabeça e fecho os olhos, tocando sua cabeça com a mão esquerda. Automaticamente me senti indo para mente de Pégaso, para onde ele queria que eu fosse.

Abri os olhos e me encontrei em um palácio antigo. Que estava um caos, com todos os deuses falando ao mesmo tempo, Pégaso estava ao meu lado. E senti, assim como ele quando uma enorme escuridão se apoderou dali, e surgiu uma enorme onda de fumaça preta na porta. Todos os deuses pararam de falar, e olharam para lá. De lá saiu, com um terno preto brilhando, um homem que aparentava ter 40 anos, com barba preta e cabelo com gel. Ao seu lado estava... Eu congelei. Nix vestia um vestido negro que se arrastava no chão.

Todos estremeceram. E para piorar, Nix, abriu as asas de morcego que eram bem estranhas, mas ainda conseguiam ser majestosas. Sorriu, revelando presas. Pégaso deu “passo” para trás, para se fundir as sombras. Assim como eu.

O homem, seja lá quem fosse e Nix, caminharam até o meio da sala do Conselho dos Deuses. Os dois sorriam confiantes.

– Espero não estar incomodando. – manifestou-se o homem, e sua voz era grossa, do tipo que da medo.

Zeus se levantou de seu trono e falou, sua voz carregada com poder.

– Não. Mas vocês também não são bem-vindos. O que os trás aqui, Caos e Nix?

Ao ouvir a palavra “Caos”, entendi. Aquele era meu avô. O primordial do Caos, o criador do universo.

Caos deu um passo pra trás e se sentou no trono que ele criou com sua magia, Nix fez o mesmo, se sentando no outro trono ao lado de Caos.

Ele cruzou os braços, claramente se divertindo com a confusão dos deuses. Zeus trocou um olhar com Nix, que sorriu, e ali percebi onde eles se conheceram, Zeus desviou os olhos, irritado e abriu a boca para começar a falar, mas Nix o cortou.

Ela se levantou e encolheu suas asas, fazendo-as sumir e deslizou até o meio do salão.


– Olá, queridos deuses. – Pude sentir um pouco de nojo na voz dela ao falar “queridos”. – Entendo sua confusão, nós não devíamos estar aqui. Mas já que estamos aqui, devemos pelo menos ser educado.
é o meio do salão, inclinou a cabeça e com um gesto de mão, calou todos.

Abriu um sorriso e abriu os braços, de onde uma sombra saiu e se enrolou na mão de... Meu queixo caiu lentamente, a sombra se enrolou na mão de Apolo. E começou a puxa-lo para perto de Nix.

– Apolo, meu querido, você será muito importante no futuro. E aposto que Afrodite concorda comigo. Mas por enquanto quero que fique com isso. Quando chegar a hora, você saberá o que fazer com ele.

Apolo estava, dava para ver claramente, curioso. Nix tirou um colar que estava em seu pescoço, e estendeu para Apolo. Ele lentamente levantou a mão e pegou o colar, depois o analisou. O colar era negro e tinha uma lua crescente em diamante, cravejada com rubis.

– Nós primeiramente, viemos desejar boa sorte para vocês. Um futuro próximo virá em breve, e ele será acompanhado de muita dor. Mas nós não sabemos se vocês conseguirão se livrar dela, se assim fizerem, vocês logo terão uma surpresinha nada agradável. Onde irá chegar a nossa vez de lhes dar uma surpresa. – Dessa vez quem falava era Caos, e sua voz era carregada em poder. Senti um arrepio.

Dito isso ele veio para perto de Nix que estava parada, olhando fixamente para Zeus, como se tivessem uma conversa silenciosa, e segurou a mão dela. Nix sorriu com presas e disse com uma voz afiada:

– Isso foi só um aviso. Que os jogos comecem! – E os dois desapareceram deixando uma fumaça negra para trás.

Tirei a mão da cabeça de Pégaso, e respirei com dificuldade.

– Quando foi isso? – Perguntei num fiapo de voz.

A bastante tempo, antes de você nascer.

Entendo.

Assenti e olhei para ele, acariciei sua cabeça, admirada por sua beleza. Encostei-me nele e cochilei sem perceber. Acordei muito tempo depois com uma lambida no rosto, chacoalhei a cabeça pra afastar o sono e me levantei, entendendo que ele tinha que ficar sozinho. Sai de lá me sentindo revigorada e assoviei, chamando Angi, que apareceu voando logo depois. Perdi o fôlego de novo, depois de Pégaso, Angi era o pégasos mais bonito de todos.

Dei um tapinha nela e montei.

– Vamos pra casa Angi, preciso pensar, e depois ir ao Conselho.

Ela relinchou e concordou com a cabeça, depois levantou voo. Ela parou no teto do meu palácio negro e eu desmontei. Acariciei seu pescoço e a abracei.

Até logo, deusa!

– Até, Angi.

Observei ela voar de volta aos estábulos olímpicos, lá longe, e ela continuava a brilhar. Entrei dentro de casa e fui pra cozinha, estava morrendo de fome.


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Notas finais do capítulo

Acho que foi o maior capitulo que eu escrevi!!
Vou começar a escrever nomes pros capítulos, é que antes estava sem idéias!!!



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