All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 15
Menino dos cabelos escuros


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bom com você?
Há! Eu demorei muito menos do que de costume para postar esse capítulo, hein?
É progresso gente. E logo vem as férias. Ou seja: Rosenrot assistirá séries, dormirá, e o mais importante: escreverá como se não houvesse amanhã. XD
Eu não recebi nenhum review no capítulo anterior e sinceramente, não estou reclamando, o ponto é que isso me preocupa. Me preocupa que ninguém esteja lendo...T-T
Eu não ligo se duas pessoas estiverem lendo, só quero que ALGUÉM leia e se divirta com meus capítulos, okey?
Então, se você está lendo isso (eu te amsoos ♥), boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/611424/chapter/15

Eu corria rápido. Velocidade, era disso que eu gostava. Dei uma espiada atrás de mim e soltei uma risada. O m.d.c. ou era tão lento quanto eu esperava ou estava apenas me deixando pensar que eu era a rápida ali.

Na realidade, quando ele correra atrás de mim no dia que ladrões entraram em minha casa, ele tinha sido bem rápido. Mas também, era diferente. Havia sido uma situação de urgência. Agora nós corríamos por prazer.

Ele me olhou feio.

— Do que está rindo ai, menininha?

Dei de ombros e comecei a correr mais rápido. Apenas tive tempo de soltar um sorriso e ele me atravessara. Correndo a minha frente, gritou, debochando.

— Pensou que era mais rápida do que eu?

**

Após uma disputa assídua de velocidade, surpreendentemente o idiota havia me ganhado. Isso me deixara irritada, por mais que estivéssemos apenas nos divertindo.

Eu estava sentada em um tronco, recuperando o fôlego quando o menino dos cabelos escuros e estúpido que havia me ganhado apareceu atrás de mim. Estava um frio tremendo, mesmo assim ele não usava um casaco ou algo assim. Apenas uma blusa de manga comprida preta. Justa. O cabelo dele caia de um jeito, a pele dele... Eu não sei. Apenas, me dava vontade de olhar, o que me irritava mais ainda e me forçava a não direcionar sequer um olhar.

— Qual é, você ficou brava, babygirl?

Um sorriso travesso estava plantado em seu rosto.

Apenas o fuzilei e sorri falsamente.

— Sim, sim querido. Eu sou uma idiota que fica brava por uma corrida! — falei ironicamente. Eu não estava afim exatamente de admitir para ele que eu realmente ficara brava com aquilo. Apesar de que, ele aparentemente já tinha notado.

— Se não estivesse brava não ia estar me fuzilando desse jeito — uma de suas sobrancelhas se ergueu e ele sorriu antes de se sentar ao meu lado no tronco caído — Está frio, vamos embora.

Desviei os olhos e estava prestes a levantar quando ele se aproximou mais.

— A não ser que você queira ficar aqui. — ele passou um de seus braços por cima de meus ombros e me puxou para mais perto dele.

— O que você está fazendo?

Ele franziu a testa. Depois me deu um beijo na testa. Recuei e fiz uma careta.

— Nada, irritadinha.

Seus olhos amendoados e calorosos me encararam antes dele me soltar e se levantar.

***

Joguei mais um par de meias na minha mochila de couro e fechei a jaqueta de couro do m.d.c. no meu corpo. O ponto era que eu nem me lembrava que estava com a jaqueta dele até aquela hora. Dei um pequeno sorriso e fui caminhando com a mochila nas costas. Parei quando ao lado de Beau e dei um abraço nele.

— Ah, eu vou sentir sua falta!

O menino do cangote apareceu com a testa franzida.

— Você já vai?

Assenti.

— Já fiquei aqui quase uma semana.

Ele fez uma careta...

— Mas agora já está tarde pra você ir a pé. Eu te levo.

— Não precisa.

Ele me encarou e deu um passo pra frente.

— Ashton, são nove da noite. Eu te levo.

— Ok — me limitei a dizer.

Dei um último abraço em Beau e assim que o m.d.c. pegou a chave da moto nós fomos.

Sentei na garupa e passei meus braços por sua cintura, entrelaçando minha mão na frente de seu abdômen. Ele virou para trás e sorriu.

— Quer dizer que você ia embora sem me avisar, com a minha jaqueta, às nove da noite e a pé?

Apoiei meu queixo em seu ombro e ri.

— Basicamente isso, mas eu ia te avisar e provavelmente chamar um táxi.

Ele apenas sorriu e se virou para frente.

Parando em frente a minha casa, rapidamente o m.d.c. se virou na moto, quase me derrubando, me pegando no último segundo, sentado agora com as duas pernas viradas para mim e abertas no banco da moto.

Arqueei uma sobrancelha para ele.

— Que foi?

Ele me olhou, se levantou, balançou a cabeça, e passou a mão pelos cabelos.

— Eu só queria dizer que você pode ir lá em casa quando quiser, ok?

Franzi a testa, estranhando.

— Ok...

Ele começou a andar em direção a minha porta, então me levantei e o acompanhei. Paramos em frente a minha porta e ele me olhou de soslaio.

— As vezes tenho vontade de te falar meu nome, ouvir você gritando ele quando está com raiva ou algo assim, seria...Bom. Ou simplesmente quando você me chamasse.

— Então você quer me dizer?

Ele franziu a testa.

— Você quer que eu diga?

Oh, isso me deixava tão confusa. Ao mesmo tempo que eu amava chamá-lo de “menino do cangote” eu odiava não poder gritar o nome dele na cara dele quando ele me irritava. Desviei o olhar.

— Eu não sei, vou entrar, ok? Valeu pela carona.

— Obrigado Ashton.

Eu já tinha aberto a porta e estava entrando, mas me virei.

— Pelo que?

— Por ficar comigo esses dias.

***

A chuva caia fazendo aquele barulho confortável. Estava de manhã e eu não queria ir para a faculdade. Mas eu ia.

Me arrastei até meu armário e vesti roupas, com um péssimo mau humor. Dias como aquele me faziam amar ainda mais minha cama, se é que isso era possível.

Eu odiava provas, responsabilidades e prazos. Pensando assim, eu me sentia uma criança irresponsável. Mas o que eu podia fazer, afinal? Era minha personalidade.

De calças jeans escuras, uma blusa manga comprida também escura e um rímel não retirado e borrado, se não fosse por meus cabelos caramelos eu pareceria algum tipo de gótica, se é que eu já não parecia. Dei risada para o espelho. Era assim mesmo que eu conseguiria um namorado.

Não que eu quisesse um. Eu não ligava muito, para a minha sorte. Mas ver a Amanda e o Trenton as vezes me fazia desejar um.

Resolvi ir de moto aquele dia. Era bem raro isso, mas eu estava cansada e sonolenta demais para me dispor a andar. Quando subi na moto me lembrei de uma coisa, desci dela, voltei para dentro de casa e quando saí de novo eu vestia a jaqueta do m.d.c. Eu ia devolve-la, e não estava a fim de carregar também, então a vesti. Coloquei meus fones de ouvido e the neighbourhood — banda que ninguém conhecia e que eu amava intensamente — conseguiu melhorar um pouco meu mau humor. Tessa nem estava em casa, já tinha ido para o trabalho. Visto que ela trocar o turno para a manhã.

Eu teria prova e eu não tinha estudado, para variar. Eu nunca me importava com isso momentos antes da prova, mas assim que a recebia meu coração disparava e eu sempre me arrependia de não ter estudado. Ainda assim, por algum motivo desconhecido, graças a Deus, eu ia bem. Minhas notas não eram perfeitas claro, e nunca foram também. Quando minhas amigas, no colégio, tiravam dez, eu tirava oito. Mas para alguém que nunca estudava, até que estava bom.

Agora na faculdade era um pouco mais complicado, mas eu dava meus jeitos. Desci de minha preciosa moto e peguei uma maçã que eu pegará no cesto de frutas minutos antes de sair de casa. Eu nem mesmo gostava de maçãs, mas a fome era maior. Uma mordida e eu tirar os fones de ouvido foram o tempo que eu tive de solidão até Amanda brotar do meu lado e começar a tagarelar.

Depois de alguns minutos ouvindo algo que eu não entendia muito bem, parei, inquieta.

— Meu Deus, Mandy! São oito da manhã! Eu nem mesmo sei sobre o que você está falando.

Ela sorriu.

— Parece que a megera acordou de mau humor para variar.

Dei mais uma mordida em minha maçã e voltamos a caminhar.

— Que aula você tem agora?

— Matemática, felizmente. E você?

— Não me lembro agora... — dei de ombros assim que vi ela de testa franzida. Mandy revirou os olhos.

— Típico.

Soltei uma risada e um pedaço de maçã quase caiu da minha boca, provocando um ataque de risos em Amanda e fazendo com que eu corasse e desse risada também. Trenton apareceu bem na hora.

— Que seduzente, Caramelo.

— Puxa, obrigada Trent! — dei risada e como de costume, ele se aproximou, beijou Amanda e bagunçou meus cabelos.

— Parece que o humor de alguém está melhor — Amanda sorriu para mim — Ei, de quem é essa jaqueta?

Ela e Trent me olhavam e olhavam para a jaqueta.

— Do menino do cangote.

Mandy arqueou as sobrancelhas e foi minha vez de revirar os olhos. Trenton deu risada e começou a me provocar.

— Apenas me deixem ir para a aula.

Me virei de costas e comecei a andar em direção a meu armário. Me virei e dei um aceno rápido para eles. Pude ouvir a voz de Amanda atrás de mim.

— Sua aula é de química, mané!

***

Bocejei, saindo da aula de química. Eu amava química, mas preferia dormir. Agora eu teria aula de economia, se eu não me enganava.

Depois de aulas cansativas me dirigi ao refeitório. Sentei na nossa mesa de costume com uma bandeja apenas com maçã, suco de laranja e algum tipo de waffle. O ser dos cabelos escuros brotou do meu lado e logo revirei os olhos.

— Oi menininha.

Dei um gole no meu suco de laranja, sem olhar para ele.

— Você por acaso me segue?

Ele sorriu para mim, e eu podia sentir que me olhava.

— Não, por que, babygirl?

— Porque você sempre aparece assim que não estou ocupada ou até mesmo quando estou.

— Eu só sou um cara presente — ele riu de si mesmo ao dizer isso.

Franzi a testa e acabei deixando escapar um sorriso.

— Certo.

Ele estava distraído, me observando e eu comendo.

— Você só vai comer isso? — me perguntou, indignado.

— Hã...Sim.

— Por isso está tão magra!

— Ei! Eu estou saudável, ok?

Dei um tapa de leve no ombro dele.

Ele sorriu.

A mesa começou a encher e várias brincadeiras e risos eram ouvidos. Mandy e Trenton também estavam lá. O menino do cangote começou a contar mais alguma de suas histórias quando a luz acabou. Estava chovendo demais. E depois eu iria para casa de moto. Enfiei a cara na mesa.

— Que ótimo — murmurei.

— O que foi, rabugenta? — o menino de cabelos escuros me cutucou no braço, assim que tocou no tecido se deu conta — Ei, agora minha jaqueta é sua?

Parei de olhar para a mesa e levantei minha cabeça de meus braços.

— Primeiramente, olhe lá para fora. E segundamente; não, não é minha mas eu gosto muito dela.

— Vejo chuva e já que você provavelmente vai voltar no carro do Trent qual o problema dela?

— Eu vim com minha moto hoje.

Ele sorriu.

— Justo hoje — acrescentei, de cara fechada, o que o fez rir.

— Eu poderia até te oferecer carona, mas não adianta de nada já que eu também to de moto.

— Não me diga, bobo. Se eu não soubesse disso não estaria com a cara fechada.

— E quem disse que eu te daria carona, abusada? —ele fez uma cara emburrada.

Sorri e dei de ombros.

— Você não daria?

Foi a vez dele de fechar a cara. Dei risada e terminei meu waffle.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, bem, é isso. Espero que tenham gostado e se você quiser me incentivar deixe seu review! Isso me ajuda a ir mais rápido, a parar de procrastinar, etc.
Até o capítulo 16?
Aufwiedersehen!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All Of The Ways" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.