POV Harry

Harry se sentia estranhamente tonto. Abriu os olhos e viu que se encontrava em uma pequena floresta, com Gina ao seu lado, ainda desacordada. Se levantou e olhou para os lados. Reconhecia aquela floresta. Era uma floresta que ficava perto do vilarejo de Hogsmead, foi onde fez o pedido de casamento a Gina. Se levantou, juntou a capa de invisibilidade e o Mapa do Maroto, que sempre levava consigo, que estavam caídos na grama e cutucou sua esposa:

–Gina, acorde!-Disse ele.-Acorde querida -disse um pouco mais alto.

–Só mais cinco minutos.-Murmurou ela.

–Vamos Gina, a Molly esta aqui, ela quer te ver e trouxe bolinhos de amora.-Disse eu Gina ama bolinhos de amora, ainda mais da Molly, foi o único jeito que pensei.

–O que? Onde?-Disse ela levantando a cabeça e olhando pros lados. Quando ela me viu rindo dela, ela levantou, pegou a varinha e apontou pra mim, e, provavlmente mentalizando, disse Levicorpus. Senti imediatamente meu tornozelo ser levantado e mantido no ar. Olhei pra ela e disse:

–Sabe, Ginny querida, eu só te acordei assim por que em um minuto estávamos em Godric's Hallows e agora estamos em HOGSMEAD!-Disse gritando na última parte.

–Calma, estressadinho! Já te solto!- Ela apontou pra mim dizendo mentalmente Liberacorpus e cai com tudo no chão, deixando Gina rindo da minha cara.- Okay, mas e ai? O que houve? Aparatamos sem querer?-Perguntou ela me ajudando a levantar.

–Acho que isso não é possível. Só aparatamos quando queremos. Coloca a capa comigo. Vamos investigar.-Disse colocando a capa e cobrindo nos dois. Nos agachamos um pouco para que a capa coubesse.-Vamos para a Casa dos Gritos, usamos passagem do Salgueiro Lutador e vamos pra Hogwarts, podemos falar com a Minerva sobre isso.-Ela concordou e fomos correndo pra Casa dos Gritos.

Chegamos lá e vimos uma coisa muito estranha. Todos os móveis estavam quebrados, o que não era novidade, mas estavam como se tivessem sidos quebrados recentemente. Os móveis nao eram quebrados desde o meu terceiro ano, quando o Prof Lupin usava durante as luas cheias. Resolvi olhar o Mapa do Maroto enquanto Gina investigava para ver se tinha alguem na casa. Procurei por todo o castelo e ignorei os pontos dos professores, e já que não tinha começado as aulas não tinham alunos nos corredores, então não demorou a achar Minerva no seu gabinete, mas o que me surpreendeu foi um outro pontinho que estava junto a ela, que se intitulava: Albus Dumbledore.

Não acreditei no que vi primeiro olhei incrédulo para o pergaminho de aspecto gasto até que uma doce voz me despertou do choque.

–Harry, querido, o que houve?-Ela perguntou chegando perto de mim, que estava sentando em uma cadeira que continuava inteira, em absoluto choque. Somentei disse uma palavra:

–Dumbledore.-Ela me olhou incrédula, e depois procurou no pergaminho até que viu o que eu vi. Seus olhos se arregalaram e a boca dela foi ficando cada vez mais aberta.

–Harry, isso é impossível. O mapa deve estar mentindo.-Disse ela lentamente como se quisesse acreditar nas próprias palavras.

–O mapa nunca mente.-Disse automaticamente lembrando as palavras de Sirius.-Eu preciso ver isso com meus próprios olhos.-Disse já levantando e correndo pela passagem. Ignorei os protestos da minha esposa. Realmente, se Dumbledore estiver vivo, eu preciso saber. Claro, eu vi ele morrer, eu vi ele em King's Cross (?) e conversei com ele. Mas o Mapa do Maroto nunca, NUNCA, mente. Fiz o caminho automaticamente até a gárgula da sala do diretor e só lá vi que não sabia a senha. Logo vi Gina atrás de mim com uma cara furiosa. Opa, fudeu...

–HARRY POTTER! VOCÊ ME DEIXOU LÁ PLANTADA COM CARA DE IDIOTA E IGNOROU MEUS GRITOS! ASSIM QUE SAIRMOS DAQUI VAMOS TER UMA CONVERSA MUUUUITO SÉRIA ESTA ME OUVINDO??!!- Berrou ela com a cara vermelha como um pimentão, o que se combinar com os cabelos ruivos, parecia que a cabeça dela estava em chamas. O que realmente parecia, já que ela estava quase soltando fogo pelo nariz, tipo a Norberta, sabe? Então...

–Desculpe Ginny! É que eu não acredito que Dumbledore realmente esteja...-Mas o resto da minha frase se perdeu pois alguem disse atrás de mim.

–Você não acredita que EU realmente o quê?-Disse um velho barbudo com oclinhos meia lua nos encarando. Só que não tinha o brilho acolhedor de sempre. Ele estava com a varinha apontada pra mim e pra Ginny.-Vocês vem para frente dos meus aposentos, fazem um escandalo, não são alunos nem professores e ficam falando de mim. São tempos perigosos esses que vivemos. Vamos, falem agora. Quem são vocês e por que estavam falando de mim.-Perguntou ele nos encarando. Agora eu não sei o que eu faço. Devo ter ficado em estado de choque pois a Gina disse.

–Desculpe Prof Dumbledore, mas temos que conversar no seu escritório. Aqui esta a minha varinha, e- ela pegou a minha do meu casaco- a de Harry. Não vamos atacar e não somos comensais.-Disse ela entregando nossas varinhas para Dumbledore que pegou-as mas não baixou a varinha.

–Sapos de Chocolate.-Disse ele à gárgula.- Subam e entrem.-Disse ele atrás de nós com a varinha nas nossas costas. Engoli em seco e subi dando a mao para Gina segura-la. Vi que ela tremia e dei um aperto carinhoso e passei o braço por sua cintura. Chegamos a porta e abrimos, sentamos nas poltronas conjuradas e olhamos para Dumbledore aguardando o futuro e esperando por respostas...