A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 10
Overdose sentimental - Festa na piscina part 1


Notas iniciais do capítulo

Boa Tarde meu amores! Sim, eu demorei, mas não queria escrever qualquer coisa, espero que me entendam... além do mais, minhas aulas voltara (triste). Mas vou continuar postando a fanfic!
Boa Leitura



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Jason estava literalmente ferrado

(...)

Joguei o décimo maiô na cama enquanto Sophie vasculhava o guarda-roupas branco á procura de outro que me agradasse.

– Você já experimentou dez maiôs e nenhum biquíni. - Sophie se virou para mim, segurando um biquíni decotado e vermelho - semelhante ao que ela usava, apesar do decote seu um pouco menor.

Ela achava que eu era o quê, uma mulher da vida?

– Vai, experimenta só um... - Sophie implorou.

– Não - falei, estupidamente.

– Você não tem muito tempo, a festa já começou e você nem está pronta. Vou colocar todos, todos os meus pares de biquínis em cima da cama e você vai ter que escolher um. - Sophie ordenou. - Você não vai entrar na piscina com um maiô. Você é linda, não precisa ficar se escondendo igual uma freira.

Revirei os olhos.

Eu não estava me escondendo coisa nenhuma. Só tinha minhas preferências. Não entraria na piscina - nem mesmo queria ficar lá fora, perto de milhares de rapazes safados e meninas que soltavam fogo pelos olhos - e se esfregavam nos coitados - nem tão coitados assim, previ.

– Você vai calar a boca, se eu escolher um? - Perguntei, sarcasticamente.

– Sim! - Sophie deu pulinhos e bateu palmas.

Ela correu para o guarda-roupas, tirando de lá, uma dúzia de biquínis e jogando-os na cama.

Um deles era verde-claro e tomara que caia. Outro era azul com estampa de bolinhas pretas; encontrei um perto dos travesseiros brancos, com alças finas e marrom e com babados amarelos. Era um pouco bizarro. Em meio aos milhares de pares, encontrei um, preto com estampa florida. Nem preciso dizer que me apaixonei perdidamente por ele. Flores combinavam perfeitamente com preto - pelo menos do meu ponto de vista.

– È esse! - Exclamei, erguendo o par.

– Odeio esse - Sophie apontou para o biquíni. - Não tem nada á ver comigo. Mas quem sabe fique bem em você? Vai logo experimentá-lo. - Ela me empurrou para o banheiro.

Fechei a porta e troquei o maiô que a pouco usava pelo biquíni. Me visualizei no espelho que ia do chão ao teto. Eu não tinha um corpo maravilhoso, admitia, mas aquele troço preto e florido, fez maravilhas, deixando minhas poucas curvas bonitas.

Alinhei meu cabelo meio ondulado no espelho. Eu dizia que ele era preto, mas tinha sérias dúvidas, já que certas vezes sua cor me lembrava chocolate. Karlie falava que era preto. Mas á pouco, eu discordava, por diversão ou costume. O cabelo era uma das poucas coisas que eu apreciava em mim; meus olhos não eram grande coisa, mas os tinha herdado da minha mãe. Com certeza os olhos eram uma característica marcante nela.

Balancei a cabeça.

Peguei o maiô rosa que estava usando e que tinha colocado sobre a tampa do vaso e levei-o para fora comigo.

Assim que sai, Sophie abriu um gigantesco sorriso.

– Você está linda, Adly - ela elogiou.

Não queria me gabar. Mas me sentia bonita. E se Sophie disse que estava, era a mais pura verdade.

– Se você não fosse se casar o com Jason, teria centenas de garotos atrás de você. Mas acho que mesmo assim, os BOYS não vão largar do seu pé.

Fingi não ouvir seu comentário, calçando meu par de chinelos.

– Vou descer daqui á pouco. - Sophie falou, pegando um maiô colorido nas mãos. - Mas pode indo se quiser.

– Ok.

Voltei para o meu quarto, pegando de lá uma toalha e um protetor solar.

Com um pouco de dificuldade, passei o protetor parcialmente pelo corpo.

Peguei uma toalha, meu celular e fone e um livro qualquer de dentro da mala e em seguida fechei a porta assim que sai calmamente.

Meu quarto estava arrumado, mas com as várias malas no canto. Iria arrumar tudo depois.

Quase trombei com Jason, que atravessava o corredor, apressado.

– Estava procurando você - ele falou, ele olhou para mim por alguns segundos.

Corei.

– Para de olhar e vamos logo. - Falei.

Sim, eu era muito cara de pau em admitir que ele estava me olhando. Mas eu tinha razão. Ele estava sim, me olhando.

Ele abriu um sorriso de canto e em seguida começou a andar. O acompanhei; Jason usava uma bermuda azul e uma camiseta branca e estava mais a vontade.

Descendo as escadas, conseguimos ouvir o som ligado - no último volume - e o barulho das vozes que falavam mais alto ainda.

Alguns empregados andavam pela casa, saindo e entrando na cozinha com bandejas de metal, carregadas de sucos com guarda-chuvinhas coloridos e outras coisas, difíceis de distinguir.

Seguimos outro caminho para a piscina. Alguns paravam de conversar para me olhar e outros simplesmente não ligavam e continuavam a fazer o que quer que estivessem fazendo.

O Sol estava alto e brilhava como nunca; memorizei mentalmente que da próxima vez - se tivesse uma - que viesse á piscina, traria um óculos escuros.

Me sentei numa espreguiçadeira não muito longe da piscina e coloquei minhas coisas sobre a mesinha embutida. Jason tirou a camiseta e se deitou na espreguiçadeira ao lado. Evitei olhar para ele; Peguei meu celular e fones de ouvido e comecei a ouvir uma música qualquer da minha playlist. Me deitei na espreguiçadeira e peguei o livro - uma obra clássica de: Poppy Freya Tily.

Ela era maluca, e entre suas dez obras a que eu mais gostava era "Em Busca de um Sonho Perdidamente Perigoso Entre Escalas Globais". Não fazia muito sentido - o.k. não fazia absolutamente nenhum sentindo, mas era bom.

Passava pelos trechos do livro quando fui interrompida por um pigarreio.

Coloquei o livro de lado.

– Tenho que apresentar você aos meus amigos. - Jason falou, entediado.

– Tem mesmo ou foi a sua mãe quem falou? - Disse, mordendo a parte inferior dos lábios para não rir.

Ele bufou.

– Não torne as coisas difíceis, Adly.

– Vou tentar - suspirei.

Coloquei meu celular, fone e livro sobre a mesinha e fiquei descalça. Jason pegou minha mão e levou-me até o grupo de amigos, na parte coberta da área de lazer perto da piscina. O grupo se encontrava sentado - a maioria - em banquetas, algumas garotas se apoiavam no balcão de mármore e uma delas até sentou sobre ele.

Asher também estava lá, segurando pela cintura uma garota de cabelos vermelhos e biquíni verde-escuro. Não tinha trocado sequer uma palavra com ele, que era bem calado e quase nunca aparecia, nem mesmo nas refeições.

Assim que nos aproximamos mais, ele desviou o olhar da garota e olhou fixamente para mim.

Não desviei o olhar - eu nunca seria a primeira a fazer aquilo por vontade própria;

Seus olhos eram intensamente azuis. Não diria que eram bonitos, mas que eram diferentes. Também não diria que aquele belo par azul me deixava incomodada. No entanto, me sentia exposta, como se ele soubesse de todos os meus pecados. Mas não era para tanto, estava de biquíni na frente de estranhos, era óbvio que me sentira exposta.

Desviamos juntos o olhar assim que ouvimos Jason me apresentando aos amigos;

– Madison, Elena, Dexter, Alex e Darcey (se pronuncia Darcy), essa é Adly, minha namorada - ele apontou para cada um deles, enquanto dizia seus nomes, mas não acompanhei sua voz. - Adly, esses são meus amigos.

Sorri e dei um "olá" educado. Eu não os deixaria no vácuo. Se queria que aquilo acabasse logo, tinha que cumprir meu papel.

– Elena, prazer - uma morena de cabelos longos e cacheados e olhos como amêndoas, estendeu a mão.

Cumprimentei-a e em seguida ela voltou á sentar numa das banquetas.

– Sou Dexter - um garoto ruivo acenou, com um sorriso malicioso nos lábios. - Aquela - ele apontou para uma menina de maiô de bolinhas - é Madison, minha irmã.

– Oi - ela disse, timidamente. - Prazer em conhecê-la.

– Digo o mesmo - respondi, sorrindo.

Pelo menos ela não parecia querer me fulminar com olhos claros.

A única garota que não tinha tido nada obviamente era Darcey. Ela me avaliava e vezes ou outra dava rápidos olhares sedutores á Asher - que sorria, apertando ainda mais o braço na cintura dela. Fiquei com dúvidas se ela realmente gostava daquilo. Asher era musculoso, mas não muito, porém, do jeito que ele segurava sua cintura, dava a impressão de que ela estava sendo esmagada e que ficaria com um belo vermelho (talvez roxo) na cintura. Mas ao ver sua cara, a resposta estava na ponta da língua.

Jason pediu para que me enturmasse e saiu, conversando alegremente com os garotos, como se á tempos não os visse - Darcey foi atrás.

Me sentei numa das banquetas disponíveis e peguei algo para beber. Elena tagarelava e dizia sobre todos os assuntos possíveis, inclusive, o quanto precisava de um descanso. Ela era dois anos mais velha, diferente de Madison que era somente um a mais que eu.

Incrivelmente, consegui dialogar com elas. Pelo menos me ouviam e prestavam bastante atenção - peguei Elena secando alguns rapazes, mas quem era eu para me intrometer?

Não me abri com elas do modo que queria, do jeito que eu fazia com Karlie e Ethan. Ethan... A culpa de tê-lo magoado, ainda existia. Era inevitável não pensar nele enquanto conversava com as meninas. Sentia falta dos nossos momentos juntos; na primeira vez que o vi na biblioteca e lhe pedi ajuda para escolher um livro. De quando derrubamos uma fileira de livros enquanto os empilhava - tínhamos recebido uma tremenda bronca naquele dia a madrinha dele, uma das sócias da biblioteca tinha ficado furiosa -, quando ele dizia que me amava e eu achava que era somente uma brincadeira, mas talvez lá no fundo soubesse que fosse verdade, quando nos beijamos pela primeira vez - o primeiro de muitos - e principalmente das vezes que ele fazia sentir-me segura e afastava meus problemas com simples palavras. Ele era especial e, fazia-me sentir-se assim. Sentia sua falta. De uma forma mágica, Ethan ainda permanecia no meu coração, um pouco escondido, talvez, mas ainda estava lá; apesar das circunstâncias.

Eu só queria ter tido mais paciência e não ter saído correndo do parque naquele dia. Ethan era o único que estaria sempre de braços abertos para mim, mesmo que nem quisesse - e pudesse - olhar na minha cara;

Precisava conversar com ele, explicar o que realmente estava acontecendo. Ethan me entenderia. Aliás, mesmo sendo teimoso e muito orgulhoso, ele era o único capaz de me acalmar e fazer com que minha volta para Nova City tivesse algum sentido.

Eu só estava levando aquela droga de casamento adiante por ele.

Não queria que tudo fosse jogado no lixo novamente por mim, de novo. Queria me acertar com ele; e tinha que ter certeza de que o que faria fosse o correto.

"Acho que é mais do que ausência e saudade: é falta. A ausência, mal ou bem, sempre está por perto e sabe se fazer presente. A falta, não. É saudade morta. Um buraco profundo, talvez uma cova infinita que só a terra jogada pelas suas mãos, ausentes, conseguem tapar."

Sempre é bom ter alguém se importa com você acima de tudo, que não suporta te perder e ficar longe. Ethan demonstrava de todas as formas que se importava comigo e com o que sentia. Estava mais que na hora de retribuir.

E eu sempre arrumava um jeito de estragar tudo, estava na hora de mudar aquilo;

Me desliguei totalmente da conversa com um novo objetivo em mente: Falar com Ethan.


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Notas finais do capítulo

E esse amor pelo Ethan... será só paixonite?E essa Darcy :p? Amei escrever esse capítulo! Achei tão fofo!
Espero que tenham gostado também.
Beijos e até o próximo.