Kiss From a Rose escrita por Kuchiki Gaby


Capítulo 1
Kiss From a Rose


Notas iniciais do capítulo

Gentii *-*Mais uma Fanfic amor para vocês ♥E antes de qualquer coisa gostaria de agradecer colaboração maravilhosa de Larissa Abarai para essa Fanfic ~ Você é um anjo que caiu do céu ♥Recomendo que escutem a musica Kiss From a Rose - Seal durante a leitura, pois ela vai dar um toque muito, muito especial na Fanfic n.nEspero que gostem,Boa Leitura!Ps: Recadinho nas notas finais ;) E desculpe se houve algum erro de formatação, foi muito difícil de corrigir ;____;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/610226/chapter/1

Por apenas algumas noites por ano, a nobreza e alguns membros do Gotei 13 do Seireitei se encontravam, deixava de lado suas roupas tradicionais para dar espaço ao requinte dos trajes ocidentais denominados Black Tie. E esta noite em especial era uma delas.

A áurea sutil e misteriosa pairava no ar naquela comemoração sofisticada para o equinócio de Primavera. Não que fosse algum costume comemorá-lo, mas os nobres não precisavam de um motivo específico para organizar esse tipo de comemoração. Tudo estava decorado pelas flores mais delicadas como lírios, tulipas, papoulas e rosas vermelhas, organizadas de modo gracioso em arranjos nas mesas, paredes ou qualquer lugar onde se pudesse colocá-las.

O salão estava repleto de pessoas, todas trajadas pelas vestes de gala. Alguns dançavam com pares ao som da música clássica que tocava ao fundo. Outros bebiam, apenas observando o movimento dos convidados ou conversavam educadamente, deixando apenas que leves elevações de som se sobressaírem. Mantinham a maior parte de seus rostos encobertos por máscaras pretas, dificultando a identificação de qualquer um deles.

"Costumava existir uma torre acinzentada sozinha no mar
Você se tornou a luz no meu lado obscuro
O amor continua sendo a droga,
Sem uso de pílulas
Mas você sabia
Que quando neva
Meus olhos se tornam maiores e
A luz que você emite pode ser vista?"

Byakuya observava a movimentação do topo da escadaria de mármore, que ligava o andar de cima ao salão. Desceu os degraus devagar, sem desviar sua atenção sobre tudo o que ocorria lá embaixo. Não queria perder nada.

E como estava em um nível mais alto que os demais, conseguia ver também a porta por onde os convidados ainda entravam. No meio dos demais mascarados que entravam rapidamente, um em especial chamou a atenção do Kuchiki. Ele era alto e...ruivo. Foi tudo o que o moreno pode concluir, já que nem a máscara nem as roupas lhe permitiam ir mais além. Ficou ligeiramente intrigado ao perceber certa familiaridade no rapaz. Ou já estava exagerando no champanhe.

Byakuya desceu o restante dos degraus e assim que pisou no salão, muitas pessoas o cercaram. Como a família Kuchiki era uma das anfitriãs da noite, era natural que os convidados o cumprimentassem ou agradecessem o convite para puxar qualquer assunto. Mas não podia negar que se sentia incomodado com isso.

Se talvez encontrasse alguém conhecido agora, poderia muito bem fugir daquela gentalha toda e ninguém o incomodaria com conversas tão fúteis. Mas naquele mar de pessoas mascaradas isso era uma tarefa impossível. Se pelo menos avistasse algum conhecido...Mas já deveria saber que a maioria não apareceria nesse tipo de comemoração. Sabia que ele não eram todos que se sentiam confortáveis em meio a essas coisas tão sofisticadas. Ou nem mesmo sabiam como se comportar, convenhamos. Uma pena afinal, pois deseja a presença de um deles por perto agora.

"Amor
Eu comparo você ao beijo de uma rosa no cinza
Ooh
Quanto mais eu tenho de você
Mais estranha é a sensação, sim
E agora que a rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinza"

Voltou a si, deixando seus devaneios de lado, ao perceber que alguns convidados ainda se comunicavam com ele. Ficou meio perdido no assunto, sem ter a minima noção do que falavam. Então pediu licença e se afastou da pequena roda que haviam formado. Parou em frente a uma mesa, onde haviam alguns coquetéis decorados em taças.

Abaixou o olhar, suspirando. Foi então que sentiu o toque de outra mão levemente sobre a sua. Byakuya levantou o olhar e recolheu a mão com sutileza, surpreso por justamente o ruivo que o intrigara mais cedo estar em sua frente. Agradecia mentalmente por estar usando a máscara nesse momento.

O rapaz sorriu, dando alguns passos na direção do moreno, circundando a mesa vagarosamente, sem desviar ou quebrar a linha invisível que eles mantinham com olhar. Inconscientemente Byakuya deu alguns passos para trás, na direção contraria do ruivo, ao ver que ele se aproximava cada vez mais. Desde quando havia dado chance para que ele se aproximasse?

O moreno percebeu que ele ia se pronunciar, mas antes que tivesse chance, uma moça tocou o seu braço pedindo educadamente que a acompanhasse até um pequeno grupo por algum motivo que ela explicava com entusiasmo. Era uma pena que nada do que ela dissesse sequer passasse pelos ouvidos do Kuchiki. Ele estava simplesmente paralisado naqueles poucos segundos, sem desviar sua atenção do ruivo. Voltou a si, abaixando o olhar. Então se virou e acompanhou os passos apressados da moça.

"Existe tanta coisa que um homem pode contar a você
Tanto que ele pode dizer
Você permanece
Meu poder, meu prazer, minha dor, amor"


Os minutos passavam tortuosamente para Byakuya, que apenas participava da conversa com expressões ou com monossilabas. Fazia algum tempo desde que aquela garota havia lhe trazido para aquela roda, mas desde o momento em que se aproximou daquelas pessoas, sua atenção já havia sido levada pelo ruivo mascarado. Não conseguia desgrudar seus olhos dele, observando seus movimentos. Ele conversava com um homem animadamente e até parecia bem a vontade. Haviam alguns Taichous em meio aos convidados, talvez o rapaz tivesse encontrado algum deles por acaso, mesmo com as máscaras. Apesar de que há pessoas que são inconfundíveis, Byakuya que o diga.

Seu olhar continuava perseguindo o ruivo meticulosamente, sem perder nada. Mas desde quando deu pra ficar com o olhar tão vidrado em alguém, ainda mais em outro homem? Nem ele sabia ao certo. E o Kuchiki ficou totalmente sem graça ao perceber que seu olhar estava sendo correspondido, pois o ruivo nem ao menos piscava quando os olhares se encontravam. Abaixou o olhar por alguns instantes, tentando disfarçar o evidente interesse do ruivo em observá-lo também. E mais uma vez agradeceu por estar usando aquela mascara.

Mas não podia culpar o rapaz. Foi ele mesmo que deu abertura quando seus olhos insistiram em apenas focalizar-lo e capturar tudo o que pudesse. Sentiu suas bochechas esquentarem e tinha quase certeza que estava vermelho. Não sabia o que estava realmente acontecendo. Afinal do que estava envergonhado? Uma troca de olhares não faria mal ninguém, não era verdade?

''Para mim você é como um vício crescente que eu não posso negar
Me diz, isso é saudável, amor?
Mas você sabia
Que quando neva
Meus olhos se tornam maiores, e a luz que você emite pode ser vista?''

Pensando assim, Byakuya tomou um pouco de confiança e ergueu o olhar em direção ao grupo onde o ruivo estava. Franziu o cenho ao descobrir que ele não estava mais lá. Aonde poderia ter ido? Pediu licença para as pessoas próximas e deu alguns passos largos em frente. Parou em algum ponto do salão o rodeando com o olhar.

– Esta procurando alguém?

Os orbes cinzentos do Kuchiki se arregalaram levemente. Se virou para trás e então pode visualizar o rapaz. Automaticamente deu dois passos para trás, tentando manter uma distancia confortável. Tentava juntar as palavras para dizer algo, mas seu espanto ainda era grande. Então não disse nada, apenas observando-o.

– Está sozinho? - o ruivo perguntou.

– Sim. - Havia uma certa familiaridade nele que Byakuya não conseguia explicar. Será que estava bebendo demais?

– Então aceite participar dessa dança para nos conhecermos melhor. - o ruivo deu um pequeno sorriso e o pegou pela mão.

– Dançar? Aqui?! - o Kuchiki se alterou por um instante.

Antes que pudesse recusar o pedido, o ruivo já o conduzia pelo braço. Eles pararam próximos ao início de um corredor, onde não havia quase nenhum movimento. A musica continuava a tocar e as pessoas sequer perceberam os dois naquele espaço, dando atenção aos que dançavam ao meio do salão.

"Amor
Eu comparo você ao beijo de uma rosa no cinza
Ooh, quanto mais eu tenho você
Mais estranho parece, sim
E agora que a rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinza"

Eles se colocaram em postura, e o ruivo foi conduzindo Byakuya com leveza ao ritmo da melodia.
Os passos começaram tímidos, mas aos poucos foram enlanguescendo, cheios de confiança, fazendo com que eles se movessem naquele espaço vazio e despercebido.

Os olhares não se desviavam por nenhum motivo, envolvidos naquele momento. Como aquele homem podia confundir tanto seus sentidos e ao mesmo tempo esclarece-lo por dentro? Como isso poderia ser possível se haviam acabado de se conhecer? Quer dizer, isso era o que a sua razão dizia, mas o coração se sentia tão íntimo daquele homem. Será que estava ficando louco? Ou será que aquele ruivo só estava brincando com ele?

Definitivamente algo o atraia naquele homem. Talvez fosse aquela estranha sensação que tomava conta dele de modo tão intenso. Poderia dizer que estava tão perdido, que nem mesmo se importava mais com a festa a sua volta. Só queria mais daquilo, ignorando a razão e deixando o coração falar mais alto, se envolvendo cada vez mais no momento.

"Eu fui beijado por uma rosa no cinza
Eu fui beijado por uma rosa (no cinza)
Eu fui beijado por uma rosa no cinza
E se eu cair, tudo isso irá embora?
Eu fui beijado por uma rosa
Beijado por uma rosa no cinza''

As passadas daquela melodia levou os dois alguns passos adentro do corredor. O ruivo, que ainda conduzia Byakuya, o levou a recostar-se na parede próxima. Sentiu como se naquele instante o mundo tivesse paralisado.

Os olhos apenas mantinham aquela linha invisível e inquebrável, dizendo muitas coisas que tinham apenas uma interpretação. As faces se aproximavam perigosamente e ali, cara a cara com o ruivo mascarado, se sentiu seguro em se permitir por um instante. Logo os lábios se juntaram, num beijo curto e terno.

"Existe tanta coisa que um homem pode contar a você
Tanto que ele pode dizer
Você permanece
Meu poder, meu prazer, minha dor, amor"

O ruivo acariciou vagarosamente a parte livre do rosto do moreno, sorrindo de leve. Então ele avançou mais uma vez nos lábios de Byakuya, os tomando com vontade, permitindo que a língua trabalhasse, levando parte da sanidade do nobre com ela. As mãos tocavam seu corpo sutilmente, trazendo-o mais para perto, sentindo o calor e as palpitações do corpo do outro. Permitiu-se tocar o ruivo também, escorregando as mãos pelas costas largas e apoiando-as de volta no peito. Sentia algo diferente dentro de si, um calor excessivo e as pernas falseando. Como se todo o gelo em seu coração se derretesse lentamente a cada segundo que perdurava aquele beijo. Pararia o tempo para manter esse momento para sempre, se pudesse.

"Para mim você é como um vício crescente que eu não posso negar
Me diz, isso é saudável, amor?
Mas você sabia
Que quando neva
Meus olhos se tornam maiores, e a luz que você emite pode ser vista?"

Mas com muita relutância o ruivo parte o beijo bem devagar. Eles se entreolham por um instante, enquanto as respirações e corações se normalizavam da agitação repentina. Aquela áurea sedutora ainda tomava conta do ambiente e eles não desviavam o olhar nem um segundo sequer.

Então o ruivo tirou do bolso de seu smoking uma bela rosa, viva, grande e bonita, tão vermelha quanto os cabelos do homem a sua frente. Ele a levou próximo aos lábios e depositou um beijo leve sobre a flor, sem tirar os olhos do moreno colocando-a sutilmente no bolso do smoking de Byakuya.

– Foi um prazer. - o ruivo baixinho ao pé do ouvido do Kuchiki, que sentiu um arrepio tomar o seu corpo.

"Amor
Eu comparo você ao beijo de uma rosa no cinza
Ooh, quanto mais eu tenho você
Mais estranho parece, sim
E agora que a rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinza"

Em seguida ele sorriu, caminhando em direção a festa, que continuava normalmente no salão, até desaparecer do campo de visão de Byakuya. O nobre continuava ali parado, congelado no mesmo lugar. Aquilo tinha sido mesmo real? Era o que ele se perguntava em meio ao mar de pensamentos e sensações que dominavam seu corpo. Mas o cheiro ainda estava empregnado em suas narinas, o gosto não deixava sua boca, o calor ainda aquecia o seu corpo e a rosa permanecia em seu bolso.

Mais real impossível.

Levou os dedos de encontro dos lábios, como se pudesse tocar o beijo, ou talvez apreciando sua ousadia. Sorriu levemente por um instante enquanto deixava que sua mente e coração se acalmassem. Mas...quem poderia ser aquele homem tão encantador, capaz de arrancar suspiros do tão nobre Kuchiki? Nem ele mesmo sabia.

"Amor
Eu comparo você ao beijo de uma rosa no cinza
Ooh, quanto mais eu tenho você
Mais estranho parece, sim
E agora que a rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinza"

Então como se houvesse despertado de um transe, caminhou de volta a realidade da festa que ainda acontecia no salão. Seus olhos percorram todo o lugar, em busca daquelas madeixas ruivas em algum lugar mas...nada. Provavelmente ele já tinha ido embora. Suspirou decepcionado, abaixando o olhar. Gostaria apenas de saber quem era aquele homem tão misterioso e sedutor.

– Então você está ai, Kuchiki-san. - o homem de cabelos tão alvos se aproximou de Byakuya, tocando-lhe o braço. - Tentei falar com você a noite toda para lhe cumprimentar pela festa magnifica. - ele sorriu.

– Agradeço a presença Ukitake Taichou. - Byakuya respondeu voltando a si.

– Kuchiki-san. - ele começou, deixando um pequeno sorriso aparecer. - Se me permite perguntar...Quem era aquele ruivo que o cercou a noite toda?

"Agora que a rosa está desabrochando
Uma luz atinge a escuridão do cinza"

– Provavelmente...- Byakuya suspira, perdido em meio a pensamentos. - ...É apenas um tolo que acha que é fácil me ter nas mãos.

Ukitake franziu o cenho meio sem entender o que ele quis dizer com isso. Byakuya ainda ficou imerso nesses pensamentos por um momento, como se revivesse tudo de novo em apenas um segundo. Sorriu levemente, agradecendo mais uma vez por usar aquela mascara. Talvez não admitisse naquele minuto, mas no fundo, Byakuya sabia que o que o ruivo tinha nas mãos...

...Era o seu coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então meus amores, o que acharam? Contem tudinhoo *-*Desde já agradeço por demais a leitura de vocês ♥Um grande beijo e nos vemos no próximo capitulo n.n



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kiss From a Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.