Sonhando Acordada (Interativa) escrita por CassyDeschamps


Capítulo 3
Capítulo 2 – Irmã Ao Quadrado |Sister, Sister|


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Desculpem o atraso. Final de semana foi meio conturbado, e eu não estava muito inspirada. Mas espero que gostem do capitulo mesmo assim. Se der tudo certo posto o próximo no domingo. Beijos.



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Scarllet Renalde havia acordado estressada naquela manhã. A noite havia sido muito longa, e ela ainda não tinha encontrado sua irmã Amelie. Como em diversas noites, ela acordou no meio das árvores, mas geralmente sua irmã estava por perto, e desta vez, nem sinal da garota. Scarllet foi à procura da irmã, algo devia ter acontecido.

Decidiu então voltar até sua casa, e se acalmar. “Amy devia ter se separado de mim por algum motivo, e deve ter voltado para a casa” ela pensava, tentando se acalmar. “Amy está bem, não aconteceu nada com ela”.

A família Renalde morava em uma casa pequena, porém muito confortável. Louise e Christopher sempre batalharam muito para dar uma boa vida para as duas filhas gêmeas. Scarlett e Amelie amavam os pais incondicionalmente, apesar das típicas revoltas adolescente das meninas. Apesar de tudo, era uma família feliz.

– Mãe, a Amy voltou para casa? – Scarllet perguntou, assim que entrou em casa. Louise estava na cozinha, tirando o café da mesa, e bufou ao ver a filha entrar, atrasada, como sempre.

– Não. Achei que ela estivesse com você. – Louise comentou, com um “que” de preocupação.

– Quando acordei ela não estava comigo. – ela comentou, pensativa.- Eu vou sair de novo, e procurar ela.

– Tente não chamar muita atenção. Vai ser difícil explicar o porquê de ela estar fora tão tarde da noite. Pergunte aos Paper se eles não a viram.

– Vou perguntar. Qualquer coisa ela saiu pra caminhar hoje bem cedo, ok?

Scarlett saiu à procura da irmã. O que teria acontecido? Será que ela estava machucada e não conseguia voltar para a casa?

*

August Paper estava na floresta cortando lenha. De novo. Ele não aguentava mais cortar lenha. Sua família inteira era de lenhadores, mas a única coisa que ele conseguia pensar era em por fogo naquele machado, e sair por ai tocando sua flauta. Claro que se ele fizesse isso, provavelmente seria desonrado, deserdado, e expulso de casa pelos pais, mas ele não se importava com a herança, até porque, seus pais nem tinham tanto dinheiro, e o herdeiro deles primeiramente seria Adrian, seu irmão mais velho. Ele ainda não tinha nenhuma honra ou glória para ser tirado dele, tudo que já havia feito na vida era cortar lenha. Adrian, pelo contrário, já tinha com o que se preocupar, todos comentavam da vez que ele salvou Amelie de um ataque de lobo quando ela era pequena, ele tinha uma “imagem” a zelar. Já August, mesmo nunca tendo admitido, tinha medo de lobos, claro que ele faria o possível para ajudar a amiga, mas cara, era um lobo.

Ele viu Scarllet aparecer detrás das árvores. As duas famílias eram as únicas que moravam tão perto da floresta, no caso da família Renalde totalmente da floresta. Os Paper moravam no começo da floresta pela praticidade de estar sempre próximo das árvores. Já os Renalde, August nunca conseguiu realmente descobrir o porque de morarem lá. Amy e Red pareciam gostar muito de morar na floresta, então August imaginava que fosse esse o motivo de ainda morarem tão longe da vila e da segurança.

– Minha irmã passou por aqui? – Scarllet perguntou, parando ao lado do garoto, que ficou muito feliz em poder parar de cortar lenha.

– Bom dia para você também, Red. –ele retrucou revirando os olhos. – E não, não passou.

– Ela saiu hoje de manhã cedo pra passear, e não voltou pro café. – a garota comentou, dando de ombros.

– Já olhou na vila? Ela deve ter ido pra lá.

– Não. Pensei em passar lá mesmo. Só não sei o que ela pode estar fazendo na vila há essa hora da manhã.

August ficou pensativo. Olhou para o machado e o jogou no chão. Limpou suas mãos em uma toalha, e decidiu acompanhar a garota até a vila. Estava precisando mesmo ver se comprava um estojo para sua flauta. Os dois então seguiram pela trilha que levava até a vila.

*

Quando Charlotte resolveu seguir Amelie até a tal vila, não imaginou que fosse preferir continuar na floresta. As casinhas da vila até pareciam confortáveis, com janelas grandes e fumaça saindo das chaminés. O problema foi que as duas nem tinham chegado direito na aldeia e Amelie saiu correndo atrás de um sujeito. Literalmente, a garota saiu correndo atrás de uma pessoa, deixando Charlie para trás sem entender nada.

Sem saber o que fazer, e não conhecendo ninguém naquele lugar, Charlie se decidiu por seguir Amelie. A garota corria rápido atrás de uma pessoa encapuzada, mas logo parou quando o sujeito entrou dentro de uma das cabanas, e se escondeu atrás de uma construção de madeira, que Charlie não conseguia identificar o que era. Amelie estava concentrada e não percebeu a garota parando ao lado dela.

– Quem é ele? – Charlie perguntou, próximo ao ombro de Amelie, fazendo com que a garota pulasse de susto.

– O que você está fazendo aqui? – Amelie perguntou, sussurrando.

– Você ia me trazer até a vila, não ia? Então, estou seguindo você.

– Garota, essa é a vila, e eu já te trouxe até aqui, agora vá embora e me deixe em paz. Tenho coisas a resolver e você está me atrapalhando.

Charlotte se afastou da garota, notando que não adiantava insistir. Ela precisava descobrir um jeito de sair daquele lugar, e voltar para casa. Ou, se acreditasse em alguma maluquice do que o Grilo Falante havia contado, ela deveria seguir o fluxo da história, e ver o que acontece.

Bem, ela não acreditava naquilo tudo. Então simplesmente daria um jeito de sair daquele lugar. Ela até pensou em comer algo antes, mas não tinha dinheiro algum com ela, e não fazia ideia de como as mercadorias eram pagas naquele lugar. Ela também não tinha nada para dar em troca de comida, então se decidiu por achar a saída da vila. Porém, antes mesmo que virasse a volta, Charlie acabou esbarrando em outra pessoa.

– Ei garota, olha por onde anda. – Scarllet reclamou, depois de quase cair no chão. Charlie por outro lado, acabou caindo, e ao olhar para Scarllet, viu apenas Amelie.

– Quem esbarrou em mim foi você, Amelie, eu estava parada. – Charlie retrucou, se levantando e limpando suas roupas da poeira.

– Meu nome é Scarllet. De onde você conhece a minha irmã?

– Amelie comentou de você, só não me disse que eram tão parecidas. – Charlotte comentou. August se aproximava das duas, ele tinha ido procurar Amelie no bar da vila, onde todos se encontravam normalmente.

– Amelie não estava no bar. – diz August, para Red, parando ao lado da garota, em seguida ele olha para Charlotte. – E quem é você?

– Meu nome é Charlotte.

– De novo, de onde você conhece a minha irmã? – Scarllet perguntou, já nervosa.

– Eu conheci Amelie durante a noite. Ela me guiou para fora da floresta, e me trouxe até aqui.

– Espera, então minha irmã estava aqui? – Scarllet até pensou em perguntar o porque da garota estar na floresta, mas sua irmã era a prioridade no momento.

– Estava. Ela me deixou sozinha para correr atrás de alguém. Ela foi bem grossa comigo por sinal e...

– Que alguém?

– Já vi que vocês são iguais. – Charlotte bufou, mas continuou- Não consegui ver quem era, estava encapuzado, mas pelo tamanho eu diria que era um homem.

Scarllet gelou. Amelie o havia encontrado.


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