60 dias apaixonado escrita por Mayara de Souza


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi,
queridos e queridas eu não sou aquela pessoas obcecada por comentários, mas as vezes é bom... Só para saber que a fanfic não é tão ruim assim, ou mesmo que só para me deixar feliz.
Obg ♥



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– ENZO! – acordo assustado com o grito e demoro alguns segundos até me acostumar com a claridade sobre o meu rosto e a maldita dor de cabeça.

– Que é? – murmuro levantando o pescoço e me virando para encontrar de onde vinha a voz. Isabella.

Meu, essa menina já acorda assim? Deus! Ela está com os braços cruzados, encostada no batente da porta. Com uma blusa azul que destaca a cor dos olhos e um short jeans curto, é impossível não reparar nas pernas dela.

O dia já começou bem Enzo!

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– Você – ela aponta para mim – vai limpar todo o meu carro. – ela não sorri e eu me apoio em um dos cotovelos para poder vê-la melhor.

– O quê? – pergunto tentando me lembrar de algo que faça sentido. Ela me fuzila com o olhar, se desencosta da porta e vem caminhando lentamente com o mesmo olhar mortal, até perto o bastante da cama.

Puta merda. Lembrei. Eu meio que vomitei no carro dela.

– VOCÊ SEU IDIOTA – ela aponta novamente na minha direção. – VOMITOU NO MEU CARRO! – grita novamente. Maldita dor de cabeça. Faço um gesto desesperado com as mãos para ela calar a porra da boca e volto de encontro com o travesseiro, afundo minha cabeça nele. Ela bufa e consigo escutar alguns passos. E depois disso o silêncio volta a reinar no meu quarto.

Rolei alguns minutos na cama, até que eu finalmen...

– ENZO! – PORRA. De novo. Dessa vez eu nem me dei ao trabalho de abrir os olhos.

– Enzo. – se ela não calar essa boca, juro por Deus que eu vou calar. – Isso vai fazer você se sentir melhor.

E ainda de olhos fechados eu sinto quando o ela se senta ao meu lado na cama. Eu fui obrigado a abrir os olhos. Ela está sentada na beirada da cama, com as costas de encontro as minhas pernas. Segurando um copo d’água em uma das mãos e na outra um comprimido branco.

– Me deixa dormir. – murmuro e ela sorri.

– Enzo... – depois de muito esforço eu finalmente consigo me sentar na cama, encosto minhas costas na cabeceira de madeira e fico de frente com a bonita. – Você tem que limpar o meu carro. – eu me limitei a não responder e ela revira os lindos olhos azuis. – Isso vai fazer você se sentir melhor! – ela estende a mão com o comprimido.

– O que é isso? – ela sorri e se aproxima mais de mim, ainda com o braço estendido.

– É para sua dor de cabeça. – pego o comprimido e ela estende a outra mão com o copo. – Você deve estar mooooorrendo de dor de cabeça! – Apenas confirmo com a cabeça, depois de engolir o comprimido.

(...) e você não para de falar Isabella. – penso.

– Valeu. – entrego o copo vazio para ela, que apenas concorda algumas vezes com a cabeça.

– Você sabe que a garota com quem você ficou ontem é uma baita vadia né? – sorrio. – Ela não presta!

– Era gostosa... – ela franze o cenho e o pequeno nariz fica todo enrugado. Nem assim ela consegue ficar feia.

– Gostosa? – ela pergunta contrariada. – Ela não é gostosa. – e responde a sua própria pegunta em um sussurro.

– Você não parece ser muito amiga dela. – digo enquanto me deito novamente na cama e ela se mexe para me dar mais espaço. – E ela é gostosa sim. Gostosa pra caralho. – ela revira os olhos e se vira para me olhar.

– Você não tem nenhum critério? – pergunta.

– Como o que? – me viro lentamente de bruços e fecho os olhos. Sinto o olhar dela sobre mim.

– Tipo... Não ficar com vadias, loiras, bêbadas, feias, altas ou baixas. Esse tipo de coisa... – sorrio de olhos fechados.

– Eu só tenho dois critérios. – respondo com a voz abafada pelo travesseiro.

– Quais? – ela se mexe na cama.

– Não fico com garotas que tenham namorado e nem garotas virgens. – abro os olhos e ela está me encarando. – O que?

– Você é muito cretino! – solto uma gargalhada e ela se levanta e vai em direção à porta.

Meu Deus que corpo é esse? E de repente como se ela soubesse que eu estava olhando para as pernas/coxas/bunda dela, ela se vira e sorri sem graça. Me deixando sem graça também.

– Que? – arqueio uma das sobrancelhas.

– Er... – ela pensa por um segundo. – O Hugo pediu para você ligar para ele quando acordasse.

– Hugo? – ela faz uma careta. – Claro. Mas eu não tenho o número dele.

– Ele disse que te mandou uma mensagem. – ela sorri novamente e se afasta em direção à porta. Deixando-a bater assim que saí do quarto.

Passo a mão pela cama na esperança de que encontrar meu celular. É claro que não seria tão fácil assim... Me levanto devagar e olho para a mesinha ao lado da cama, também não esta aqui. Achei. No chão, bem mais longe do que eu gostaria, perto da minha calça jeans. Porra. Puxo o lençol e eu estou só de cueca. Quem tirou minhas roupas? Deus! O que aconteceu comigo noite passada?

Finalmente depois de uns dez minutos eu consigo chegar até o meu celular. E realmente o Hugo me mandou uma mensagem. Quer dizer, uma não. Ele me mandou trinta e três mensagens. TRINTA E TRÊS. PORRA.

– Alô? – sinto minha cabeça latejar e imediatamente me arrependo de ter ligado. – Enzo?

– Eu! – digo com uma falsa empolgação na voz.

– Achei que você tinha entrado em como alcoólico ou algo do tipo. – eu bufo e ele solta uma gargalhada. PUTA QUE PARIU. Minha cabeça. – O que você vai fazer mais tarde?

– Mais tarde que horas? – pergunto um pouco mais empolgado.

– Pego você às 21h00. – sorrio.

– OK. Aonde vamos? – pergunto.

– Ainda não sei meu querido... – ela fica em silêncio por um tempo. – Mas você não vai se arrepender.

E depois disso ele simplesmente desligou. É, ele desligou. Olho no visor e inacreditavelmente já passa das 19h00.

Por quanto tempo será que eu dormi? Será que ainda é sábado? É claro que é. Pelo menos deve ser... Me levanto meio desajeitado e vou em direção ao banheiro.

A dor de cabeça melhorou bastante depois do banho de quase quarenta minutos. Acho possível eu acabar com a água do planeta Terra. Demorei mais quarenta minutos só para escolher uma roupa. Já que eu ainda nem tive tempo para desfazer as malas e está tudo uma zona. Coloquei uma calça jeans um pouco surrada e uma camiseta azul marinho, e calcei um par de tênis da Nike qualquer. Arrepiei parte do cabelo e baguncei o restante. O Hugo já está trinta minutos atrasado e eu tô começando a considerar a idéia de voltar para minha cama.

(...)

Acabei descobrindo que de pobre o Hugo não te nada. Nada mesmo. Pelo simples fato dele aparecer com um Porsche no portão de casa, só para ficar claro 01h30 atrasado. No caminho ele me contou que mora com o Gabriel, o namoradinho da Isabella, e que eles dividem um apartamento no Morumbi. Que seus pais são profissionais muito bem sucedidos, tanto fora como dentro do país. Ele me contou também que o irmão mais velho morreu em um acidente de carro há alguns anos e que a família se distanciou bastante depois disso. Ele parece ser um cara legal. O tipo de cara que seria meu amigo se eu morasse por aqui.

Depois de rodar por toda a grande São Paulo, finalmente escolhemos algum lugar para passar à noite. É uma boate. Tô me sentindo em um cabaré. Descobri que aqui as meninas já saem quase nuas de casa, o que já facilita bastante o nosso trabalho, se é que você me entende... E eu nem preciso falar que gostei bastante disso né?


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