Um Sonho de Família escrita por A Garota Sincera


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiee, essa ideia maluca eu tive do nada, quando resolvi tentar mandar pro "fanfic malhação", uma ideia inocente e boba, que eu tive que editar pra caramba pra conseguir enviar lá pra globo, pois o número de caracteres é muito pequeno. Depois de tanta edição, a coisa ficou uma droga, então resolvi deixar como estava e colocar aqui no Nyah!. Sei que alguns não gostam de Cobrade, mas eu amo, então...



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Jade digitava rapidamente no computador, enquanto ouvia as risadas altas de Ana Júlia. Nunca tinha pensado que ia se casar “cedo”, muito menos que seu noivo seria Ricardo Cobreloa. Parece que a Dama e o Vagabundo - depois de tantas reviravoltas - teriam seu final feliz.

Ela lembrava como se sentiu quando descobriu que estava grávida. Tantas emoções...
Já estava casada, mas se sentia como uma criança, uma criança que infelizmente não tinha mais a mãe. Uma criança que mesmo se tivesse, sabia que a mãe não apoiaria.

Ana Júlia, a pequena princesinha era tão meiga, que os pais pensaram que ela tinha sido trocada na maternidade. Agora estava com cinco anos, e aprontava tanto! Era engraçado, que mesmo sendo sapeca a menina tinha uma meiguice inconfundível, nem um pouco puxada da mãe, e muito menos do pai.

Jade resolveu espionar, as risadas só aumentavam, e sabia que se sua filha estava rindo daquele jeito era porque estava aprontando.

Quando chegou ao quarto Jade não pôde conter a risada, a cena era tão hilária que precisava ser gravada, e era isso que faria. Nem tudo muda, Jade ainda não perdera a mania de gravar as coisas “interessantes”; e a cena que estava vendo agora era completamente hilária! Quem diria que Ricardo Cobreola, o cara que sua mãe mais temia estaria de maquiagem e frufru no cabelo?

- Nossa, Vagabundo, se eu soubesse que você ficava bem de maquiagem já teria te emprestado meu batom há tempos! - Implicou a bailarina rindo.

- HÁ-HÁ, vai rindo, quem sabe você não é a próxima?

- Ebaaa! Mamãe, você também quer vir no meu salão?

- Ér... Hum... Bem, claro que sim! – Falou a morena fingindo um falso entusiasmo. Aquela carinha feliz com um sorriso largo com um dente faltando na frente lhe parecia tão graciosa. Nossa, estava ficando melosa mesmo.

- Isso, vai lá pintar a mamãe enquanto o papai tenta tirar essa mele... Maquiagem da cara. – Falou o moreno olhando para o espelho rosa do quarto. Nossa, batom vermelho (borrado), sombra roxa em volta dos olhos e pra finalizar, um blush tão vermelho que ele suspeitava que Ana Júlia tivesse passado batom em suas bochechas também. Bem, e isso sem contar com seu cabelo, que tinha uma mistura de tic tac, gel com purpurina e pregadeirinhas.

- Não papai, não tira, eu ainda não terminei.

- Mas já tá ótimo filha, tô me sentindo muito... Purpurinado. – Falou fazendo careta na última palavra.

- Não papai, você é um cliente, e clientes leem revistas e bebem chá. – Flou ela pegando uma xícara de chá vazia e entregando um caderno velho rabiscado que ele achava ser a tal “revista”.

- É vagabundo, é melhor você ficar quietinho aí, seja uma moça... Ops, moço comportado. – Falou Jade se divertindo com a situação. Cobra era o tipo de pai babão, fazia tudo pra ver o sorriso bobo da filha. Mas ela não ficava muito atrás não...

Cobra a olhou arqueando as sobrancelhas e sorriu. Não um sorriso qualquer, mas o sorriso malvado de quem ia aprontar. Ela reconhecia esse sorriso porque também o tinha.

- Pois é, eu fico. Mas filha, o que cê acha de fazer trancinha no cabelo da mamãe? E passa muito gel, pois eu quero a mamãe linda. – O rosto da garota se iluminou, já o de Jade...

- Isso! Isso, isso e isso! Vou fazer as tranças tão lindas que o papai vai querer te levar pra sair!

- Ô se vou... – Falou Cobre sorrindo de lado, Jade iria sofrer na mão do furacão Ana Júlia.

- É... Gente, o que vocês acham de deixarmos essa história de salão pra lá? – Perguntou a pobre bailarina, que já sentia o quanto aquela ideia ia de mal à pior.

- Não minha Dama, é melhor você ficar quietinha aí, seja uma moça... Ops, cliente comportada. – Falou Cobra enquanto relaxava numa cadeira minúscula de criança, onde ele tinha que esperar e “ler a revista”.

Depois de um tempo, nem Jade, nem Cobra se reconheciam. O retoque final de Ana Júlia para Cobra era uma camisola velha de Jade que estava quase virando pano de chão, e Jade... Estava quase chorando por causa do cabelo.

Parecia um ninho de rato cheio de purpurina e gel. Na verdade, estava muito próximo disso.

A maquiagem estava tão horrenda que ela nem aguentava mais olhar no espelho. Mas sabe, mesmo os dois estarem parecendo mais palhaços/mendigos, ela não conseguia pensar em um momento em família mais feliz. Porque apesar de tudo, apesar de todas as dificuldades e reviravoltas, os dois estavam juntos.


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