Entre Abraços e Socos -Cobrina escrita por Team Simas


Capítulo 7
Trégua


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, e primeirante quero agradecer a todos os favoritos, e comentários :3 vcs são d+
E dizer que que só volto na segunda ou se eu conseguir estar em casa cedo, postarei no domingo a noite.

Música pro cap Raimundos - Mulher de Fases.



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Minhas pernas ficaram tão bambas que achava que haviam criado vida própria, por um tris minha vida não foi levada, e graças a um certo chato de galocha que me salvou, foi tudo tão rápido e nem consegui me dar conta da ação.

Voltava de mais um dia escolar, e me perguntava se seria uma boa idéia contar pro meu pai que sua filha quase fez uma visita pro paraíso, talvez eu use isso pra que ele me deixe fazer o exame.

– Karina! - o ouvi gritar da cozinha enquanto tentava fugir.

– Lá vem.

– Que papo e esse que quase foi atropelada? - Meu pai cruzou os braços e me encarou esperando pela resposta.

– Foi um acidente, e pelo visto o boca grande do Cobrinha já veio falar.

– Meu deus minha filha, você devia ter me chamado, eu sou seu pai... - o interrompi.

– Olha seu Gael, estou inteira e viva, então sem sermão. Vou pro meu quarto.

Segui pro meu quarto, e como sempre joguei meu corpo na cama e passei a lembrar do dia de hoje, se eu for um gato ainda me restam seis vidas, porque depois dessa.

Logo minha cabeça começou a passar pequenos filmes de Cobra me segurando, ele era bem forte e a todo momento percebia o quanto seu corpo transmitia um calor confortavél, não era pra que eu estivesse pensando nesse tipo de besteira, mas e inevitável.

Horas depois eu já tinha ido pra academia e começava a me equipar pra mais um dia, eu ainda tinha o objetivo de me preparar pro tal exame de grau. Estiquei os braços pondo as mãos atrás da cabeça, aquecer era importante antes da pancadaria.

– Quer ajuda? -a voz do meu lado se ofereceu.

Vendo quem era ali pudia ter recusado, só que optei por dar uma trégua.

– Pode ser.

Estiquei a perna e Cobra mantéu a mão no meu calcanhar o puxando pra frente de leve.

– Você ta bem? - me perguntou com uma afeição preocupada.

– To seu fofoqueiro.

– Foi mal, mas teu pai precisava saber né.

– Ah que seja, ele já comeu meu figado mesmo. -tempo. - Agora vou treinar...

Tudo foi tão rápido que achei que o The Flash tivesse passado por ali, o lutador agarrou uma mão no meu braço e me puxou pra trás, quando vi sua mão já rodeava minha cintura e a outra me prendia pelo pescoço. Esse maldito era mesmo habilidoso me por numa arapuca dessas e em poucos segundos, pela primeira vez algo me fez admira-lo de alguma forma.

– Será que cê pode dar um pulo no QG hoje? - sua voz falava baixo em meu ouvido.

– Pra que? e poderia me soltar? - ele me largou e eu esperei que me respondesse a pergunta.

– Talvez queira saber como vai fazer o exame de grau. - lançou-me um sorriso irônico e se posicionou para socar.

E eu fiz o mesmo.

Com o chegar da noite meu pai me deixou a chave como sempre fazia pra que eu pudesse fechar a academia, resolvi ficar por mais algumas horas e dali provavelmente eu ia ver o que o peçonhento tanto queria, desequipei-me por inteira e segui para guardar coisas.

– Não me diga que esqueceu do nosso compromisso? - um fantasma de barba mal feita me aparece.

– Ai que susto. -coloquei uma mão no meu peito.

Juntos fomos até a saída e eu sem querer deixei a portar bater e puxei a fechadura, fazendo com que saísse fora.

– Que bom agora a gente tá trancado?! -cobra esbravejou revoltado.

– Liga pro meu pai e..

– Deixei o celular na loja.

– Tá falando sério? que droga. - bufei sentando no ringue.

– E Karina, graças a sua esperteza tamo trancado.

Ficamos durante um tempo calados e sem saber o que falar e muito menos como reagir, depois de mais cedo as coisas ficaram super estranhas, Cobra não implicou ou muito menos conversou coisas idiotas e desconexas como sempre faz.

– Que tal lutarmos - perguntei um pouco receosa.

– Já é então.

Colocamos as luvas e nos posicionamos, Cobra me desafiava com as mãos enquanto andávamos em círculos por volta do ringue, aos poucos chegávamos mais perto pra tentar desferi golpes e socos, em uma rápida ação ele conseguiu me derrubar, mas fugir e voltamos pra quela brincadeira de novo de girar e trocar olhares desafiadores, derrepente o mais velho me joga um braço pro lado e tentar, sou mais rápida e desvio o dando um baile, que serviu pra acertar o canto de sua boca.

– Ai Karina. - urrava de dor e um pouco de sangue saia.

– Ih Cobra foi sem querer.

Sem nem se quer dizer nada, corri pro escritório e peguei uma pequena caixa de primeiro socorros, o lutador me observou tirar as coisas com a mão no lábio, ficava tão engraçado nervoso, que não pude evitar em dar um riso debochado.

– Pra uma pequena, você e bem invocada em. -brincou reclamando da ardência do remédio.

– Zomba de novo e despejo esse frasco todo no seu corte.

Seu olho não parava de me encarar e acabava por me deixar corada, e sabia disso porque meu rosto todo queimava. Ainda o achava estranho comigo, até pensei em perguntar.

– Não namora com alguém da academia?. -perguntou quando já colocava o curativo.

– Sem chance, não estou aberta pra esse tipo de coisa agora.

– Coração de pedra marrentinha?

Calei e apenas sentei do seu lado e refleti sobre o que questionava, será mesmo que eu devia pensar assim? por enquanto era o que queria que fosse, talvez fosse mas aquele medo de ter que perder alguém que amo novamente.


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