Heiress. escrita por minatozaki


Capítulo 7
Little Trip.


Notas iniciais do capítulo

OIE
Como vão, meus aliens?
Estou aqui, postando mais um belo e lindo capítulo saboroso para vocês.
Leiam as notas finais, yes, please!
~~



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Após conhecermos Oliver e Anne, as coisas mudaram drasticamente. Algumas coisas ficaram intactas, como... Bia. Nosso dormitório agora estava cheio; Eu, Bia, Alice, Lucy, Kevin, Anne e Oliver estávamos morando lá. Ficávamos noites madrugando, conversando sobre coisas banais, nos conhecendo melhor. Descobrimos que a família de Lucy sempre foi formada por peças, então era meio que uma geração de peças criando peças. Anne e Oliver tiveram uma vida difícil, não conheceram os pais, moraram na rua por um longo tempo, e a sua única casa foi o acampamento. Por isso conheciam tão bem o local. Eu estava me acostumando com o acampamento. Nossas rotinas eram as mesmas; horário para tomar café, horário para almoçar, horário para lanche da tarde, horário para a janta. Estávamos virando sedentários. Principalmente Bia e Alice. Nosso único problema era que nós não achávamos minha ultima peça. A Avareza. Ela não estava no acampamento, eu tinha certeza disso. Outro problema, também, era o fato que eu não conseguia conquistar minhas atuais peças. Caramba, as únicas conquistadas foram a Alice e a Lucy, e eu nem tive que fazer tanto esforço! Eu me sinto tão inútil. Meu problema maior é o Kevin e a Anne. Kevin fica irritado com tudo e todos, principalmente com a Lucy. É difícil tentar conversar com ele sem receber algum xingamento. E Anne, com aquele jeito de se gabar, é horrivelmente horrível agüentá-la. Ela só sabe falar dela mesma, de como é incrível, de como é linda... Argh! Tentei conquistá-la com palavras, que é, provavelmente, o jeito mais fácil de fazê-lo, mas não. Ela disse que não será conquistada com elogios. E não é. Já tentei de tudo, mas a garota é difícil.

[...]

– Temos que sair do acampamento. – Disse Kevin. Era de tarde, todos nós estávamos no dormitório. Poucos estavam conversando; a maioria não tinha mais nada para fazer, até que Kevin quebrou o silencio.

– Como assim? Aqui é nossa casa! – Anne se manifestou.

– Sabemos que aqui é sua casa, Anne. – Respondeu revirando os olhos. – Aqui é a casa de todos nós. Mas você acha que se ficarmos aqui, parados, sem fazer coisa alguma, a última peça da Elizabeth vai aparecer?

Anne ficou em silencio. Ninguém se manifestou, então eu quebrei o silencio:

– Qual seu plano?

– Arrumamos nossas coisas hoje, partiremos amanhã, depois do almoço. Eu falo com o velhote.

– Mas já? – Anne indagou incrédula. – Você não acha melhor escolher, sei lá, três pessoas para acompanhar a Lize até achar a peça dela?

– Não dá. Você não se lembra Anne? Nós, peças, não podemos nos perder do nosso herdeiro após o conhecermos – Respondeu Oliver.

– Droga... – Murmurou.

– Todos de acordo? – Perguntou Kevin, falando um pouco mais alto, para que todos no cômodo ouvissem.

– Sim – Respondemos todos em uníssono, mesmo com algumas reclamações da Anne.

– Então já comecem arrumando suas coisas, eu sei de um amigo meu que pode me emprestar uma van, e então nós vamos partir para uma nova jornada. – Riu e virou-se para sua cama, pegando seus pertences.

Olhei para Anne, ela tinha um olhar triste. Chamei-a, convidando-a para irmos lá fora. Uma coisa que não gosto é que as pessoas fiquem tristes por minha causa. Odeio ser o centro das atenções, odeio que as pessoas tomem decisões que não gostam, só para me verem feliz.

– O que foi Lize? – Perguntou sem muita vontade. Estávamos na porta da cabana.

– Eu... Sinto muito. Sei como é ser tirada da sua casa, dos seus amigos, do seu lar. Não queria que acontecesse tal coisa com ninguém, ainda mais por minha causa, então me desculpe, está bem? Eu realmente não queria lhe fazer mal – Desculpei-me. Eu não tinha coragem para olhá-la nos olhos, mas sentia seu olhar pairar sobre mim, me fuzilando.

– É tudo sua culpa, Lize. – Disse ríspida. Levantei meu olhar até encontrar os olhos negros da garota. Ela simplesmente me bombardeava com aqueles olhos escuros como a noite.

– C-Como é?

– Você. Se você tivesse nos conquistado, eu e o Oliver, nós não precisaríamos estar saindo da nossa casa! – Seu tom de voz começava a aumentar. – Você... Você é incompetente! Não consegue conquistar uma garota de quatorze anos cujo qual pecado é a vaidade! Você tem problemas? É a coisa mais simples do mundo!

– E-Eu... Sinto m-muito, Anne... – Murmurei.

Sinto muito, sinto muito – Imitou minha voz, já gritando. – Você só sabe falar isso? Você é tão inútil. Sabe, se eu fosse a sua herdeira, eu te conquistaria facilmente. Eu sou melhor que todos os que estão ali – Apontou para a cabana. – Você acha que tem algum direito de me tirar daqui? Você e seus amiguinhos toscos?

Abaixei meu olhar com raiva. Parei de escutá-la após ouvir as palavras “amiguinhos toscos”. Falar de mim, tudo bem; falou dosa meus amigos, na minha frente, aí é pedir para morrer. Ela ainda reclamava de mim, mas eu não a escutava. Ergui meu olhar com raiva e ela parou de falar imediatamente.

– Quer saber de uma coisa, Anne? – Gritei. Ouvi a porta da cabana sendo aberta, mas nenhuma de nós direcionou seu olhar para a mesma. Ouvi Lucy pedir o que estava acontecendo, mas não respondemos. – Eu estava me segurando para não falar isso, mas você é insuportável. Você é mesquinha, só pensa em si mesma, não se importa com as pessoas a sua volta, nem mesmo com seu próprio irmão! O seu pecado é o pior! Você é a pior!

Lagrimas começaram a sair de meus olhos. Abaixei o olhar e cerrei os punhos. Não sei qual foi a reação da Anne. Apenas vi Bia e Alice tentando me acalmar, enquanto Oliver e Lucy tentavam acalmar Anne.

– E quer saber, Anne? – Eu disse dessa vez num tom mais baixo; normal. – Você, algum dia, vai perder alguém importante, e vai se arrepender de ter nascido com tal pecado.

Não houve mais palavras. Levaram-me para dentro da cabana, onde tomei um chá para me acalmar. Bia, Alice e Kevin estavam curiosos para saber o que tinha acontecido, e eu contei.

– Vai ficar um clima terrível entre nós... – Comentou Bia.

– Eu acho certo o que você fez. – Disse Kevin. – Eu não agüentava aquela garota!

– Isso porque você não tentou conviver com você mesmo – Falei. Todos nós rimos.

O resto do dia foi estranho. Anne e eu não nos encarávamos, e todos tinham medo de falar qualquer palavra sequer. As únicas palavras mais pronunciadas foram as de Kevin: “Todos já arrumaram suas coisas? Eu já falei com o velhote, amanhã de manhã saímos daqui”. E a nossa resposta em conjunto: “Sim”.

[...]

Eram 6h30min quando todos nós já estávamos de pé. Fomos em conjunto ao refeitório, tomamos um bom café e começamos a colocar as coisas na van.

– Todas as coisas estão aqui? – Perguntei.

– Sim. Malas, ok; Comida, ok; Água, ok; Travesseiros, ok. – Respondeu Kevin, tentando lembrar-se de tudo. – Prontos para ir? Entrem na van.

Kevin foi ao volante, com Lucy ao lado dele. Como a van era dividida em duas colunas, com dois bancos em cada, em três filas, nós poderíamos ficar á vontade.

– Kev – Chamou Bia, nos bancos atrás de mim e de Alice. – Aonde nós vamos?

– Lembra daquele amigo dos nossos pais, a Belle e o Andrew? – Respondeu sem tirar os olhos da estrada. Nós acabávamos de deixar o acampamento.

– Ah, sei... – Disse pensativa. – Eles têm cinco filhos, não?

– Sim. Três deles são peças. Só precisamos torcer para que sejam da Avareza. E, claro, para que a Lize seja a herdeira de algum.

Fiquei pensando em como essas seis pessoas estavam fazendo um bem enorme para mim. Mudando suas vidas drasticamente só para eu conseguir juntar as tais peças para poder lembrar-me de meu passado... Arriscando suas vidas para me salvar e coisas assim. Isso é simplesmente constrangedor. Eu não faço nada para ajudá-los, afinal! Só espero que um desses três filhos seja uma de minhas peças, assim, talvez, a viagem valha à pena.

– É muito tempo de viagem? – Perguntou Alice.

– É perto. Mais 0u menos uns 570 km. – Respondeu Kevin.

– Então boa noite gente – Disse Bia, ajeitando-se nos dois bancos da van, preparando-se para dormir.

Olhei de relance para os irmãos Stouff e ambos dormiam de mãos dadas. Sorri para eles. Querendo ou não, os dois se amam. Mesmo com a irmã sendo esnobe com ele, e mesmo o irmão não dando atenção á ela, eles se amam. Olhei para Alice, ela comia um pacote de bolacha, e olhava para o vidro.

– E então Alice, está gostando da nova família? – Puxei assunto.

– Sim! – Exclamou. – Eles são tão legais. Kev e Lu são o papai e a mamãe, você e Bia são as irmãs gêmeas mais velhas que não desgrudam uma da outra, e o Ol e a An são os dois gêmeos mais novos que são tão diferentes mas tão iguais.

Ouvir tais palavras foi totalmente surpreendente. Alice, tão pequena, mas tão esperta... quem diria? Dei um riso leve e mostrei á ela meu melhor sorriso. Acariciei seus cabelos louros e dei um beijo em sua testa.

– É isso mesmo, Alice. Mas e você, o que você é?

– Eu sou a irmã mais, mais novinha, que é amada por todos, e que ama todos! – Sorriu.

– É isso mesmo, flor – Ouvi-la dizer tais palavras era tão comovente. – Você será uma ótima mulher.

– Quer bolacha, Lize? – Perguntou, estendendo-me o pacote para mim.

– Não, obrigada – Sorri. – Acho que vou dormir.

– Bom dia – Disse, logo depois virando seu olhar para a janela novamente.

[...]

– Lize... Acorda... – Ouvi alguém me chamar. Abri os olhos lentamente e vi Bia me encarando com um sorriso no rosto. – Chegamos!

– Ahn? – Murmurei. Levantei-me lentamente, coçando os olhos. – Ah, chegamos!

– É. O pessoal está tirando as malas da van. Nós vamos passar uns três dias aqui.

– Sério? Vamos lá então.

Saímos da van e entramos na casa. E que casa, hein? Ou melhor... Mansão. Era lindo por fora, com grandes jardins, com duas fontes em cada lado. Eram separados por uma grande calçada que vinha do portão branco até a entrada da mansão. Era uma mansão grande e branca por fora, com dois andares. Adentramos e eu percebi que não era só grande por fora, como era grande por dentro. Entrávamos e dávamos de cara com a escada grande para o segundo andar. Do lado direito tinha a sala de jantar, e do lado esquerdo, a sala de estar. Não vi muita coisa, pois Bia me puxava para a escada, dizendo que íamos ver os quartos para dormimos juntas.

– Cadê a Sra. Belle e o Sr. Andrew? – Perguntei.

– Estão com os outros, mostrando a casa. Falei para eles que eu iria te acordar e depois mostraria a casa á você. Venha, aqui é nosso quarto!

Chegamos ao topo da escada e domos para a esquerda. Lá tinha seis portas, três de cada lado, pelo grande corredor extenso. Bia abriu a segunda porta do lado direito do corredor.

– Aqui é nosso quarto. Nós vamos dormir juntas, certo? – No quarto havia duas camas, com uma penteadeira e outra porta, provavelmente o banheiro. Havia um armário também. Nossas malas já estavam no cômodo.

– Claro. Como ficou a divisão dos quartos? – Indaguei.

– Como só cabem duas pessoas nos quartos, nós fizemos em pares. Eu e você, Lucy e Alice, Kev e Oliver e a Anne sozinha. Não deixaram nenhuma garota dormir com algum garoto.

– Ah, entendi. Então, vamos nos encontrar com os outros?

– Claro! – Disse animada. – Você vai adorar a mansão. É muito linda.

– Eu imagino... – Respondi, indo em direção á porta e a abrindo, mas esbarrei com alguém. Olhei para a pessoa e vi que era um garoto que eu nunca havia visto na vida. Ele tinha cabelos castanhos, médios e descabelados. Seus olhos eram verde folha. Era alto e aparentava ser musculoso. Um sorriso preenchia sua boca. – S-Sinto muito.

– Imagina. Meu nome é Christian. Sou o filho mais velho. Poderia saber seu nome, madame? – Perguntou-me, olhando-me galanteadoramente.

– É-É Elizabeth... – Corei levemente.

– É um prazer, Elizabeth. Bem vinda á minha casa. Espero que se sinta... Á vontade. – Pegou minha mão e á beijou.

Mas, caramba! Quem é esse cara?


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Notas finais do capítulo

Então. Como vocês já sabem, eu estou sem meu computador, ele estragou e tal.
Sinto muito pelo atraso, novamente. Bem, minha mãe já mandou meu computador arrumar, só não sei quando ele fica pronto, af.
Eu estou aqui, usando o computador de uns amigos meus. Enfim, o próximo capítulo não sei quando sai... Só espero que não demore tanto como demorou esse, né? Provavelmente meu computador ficará pronto logo, então acho que daqui a alguns dias vai sair mais um capítulo de Heiress.
Enfim. Mereço reviews mesmo depois desse atraso? QnQ
Amo vocês e até o próximo. :3



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