Qual o sentido de ficar com alguém se essa pessoa não muda a sua vida? - Selecionada Melony Luxx

Selecionada Helena

Enrolei uma mecha de cabelo no dedo indicador antes de virar a cabeça, e perceber o olhar de Queen sobre mim. Ela era bem estranha, confesso. Os olhos verdes e o cabelo loiro ondulado lhe caíam perfeitamente, porém, davam-lhe um ar elegante e meio.... Provocante. Tinha certeza de que qualquer idiota que passasse na frente dela, se derreteria. Suspirei. Sebastian não parecia ser um idiota; ao contrário. Desde sempre, ele tinha aparentado ser gentil e amável.

Desviei meus olhos de Queen e me ajeitei na cadeira, prestando atenção na aula de história que Maeve dirigia.

– Alguém poderia me dizer o que deu início á Grande Guerra? - Maeve perguntou, olhando para todas as garotas dentro da sala.

– Foi uma desavença entre a Nova Àsia e Illéa - alguma garota gritou. Maeve procurou a mal educada, mas não encontrou-a.

– Sim - Maeve falou -, Após três gerações reais, um período de 300 anos.... Se me recordo bem, se passou. O país estava sendo governado por George Schreave, que não soube equilibrar a economia nacional. Alguma de vocês poderia continuar? - Maeve indagou.

Monyra, uma ruiva de cabelo curto e silenciosa, levantou a mão. Maeve concordou.

– Quando George Schreave não conseguiu equilibrar a economia, ele fez um acordo com a Nova Àsia.

– Que acordo?

– Um acordo comercial. Se a dívida não fosse paga, a Nova Àsia teria plenos direitos de posse sobre Illéa.

– Excelente, senhorita Monyra. Taissa, me responda - Maeve ordenou -, o que aconteceu depois do acordo?

– Illéa não conseguiu pagar a dívida - ela respondeu, sorrindo.

– Exatamente! - Maeve exclamou. - Foi então que a Grande Guerra teve seu início. A Nova Àsia entrou em conflito com Illéa e ficamos submetidos por muito tempo á eles. Até que Augustus Klíphius, iniciou uma revolução, e cá estamos nós. Se não fosse por Augustus, talvez estivéssemos até hoje sobre o governo da Nova Àsia.

Achava incrível como Augustus tinha salvado o país. A família real inteira tinha sido morta naquela época, nenhum Schreave tinha ficado vivo. Ele tinha colocado todo o país nos eixos, era um herói.

Mas é claro, que a história, contada de geração á geração tinha seus "furos".

Como por exemplo, como Illéa tinha entrado em crise econômica? Talvez aquela pergunta tivesse uma resposta; só não sabia dela por ser da Cinco. Era uma pergunta importante, mas deixada de lado por muitos.

Pedi licença á Maeve e me retirei da sala, precisava respirar.

Ajeitei o vestido vinho, tomara que caia e em camadas. Os saltos eram baixos e conseguia andar normalmente pelo corredor, vazio.

Comecei a observar os quadros enquanto caminhava em direção ao toalete. Nunca me imaginei dentro do palácio, era um sonho realizado estar ali;

Virei um corredor distraidamente e trombei em alguém, caindo no chão.

– Ai - grunhi.

– Perdão senhorita - uma voz, ao qual reconhecia falou.

Ergui minha cabeça, me deparando com o príncipe.

– Não precisa se desculpar alteza, a culpa é toda minha, eu que estava distraída e...

Sebastian me ajudou a levantar e assim que fiquei em pé, fiz uma reverência. Ele pareceu não se importar.

– Então, como se chama? - Ele passou a mão sobre o cabelo castanho, envergonhado. - Perdão, é difícil decorar o nome de todas.

Rimos.

– Helena, Helena Collins, alteza.

– Então, senhorita Collins, o que você fazia andando por aqui? Achei que deveria estar na aula. - Ele disse, sério.

Me senti extremamente envergonhada. Abri a boca várias vezes. Ele estava certo, deveria estar na sala agora, estudando com as outras. Não dando voltinhas pelo palácio.

– Calma - o príncipe colocou a mão num dos meus ombros, sorrindo -, estava brincando - ele sorriu.

O peso das minhas costas desapareceu. Comecei a rir juntamente com o príncipe, da minha própria confusão.

– Tenho outros assuntos para resolver, mas podemos conversar mais tarde, quem sabe - ele falou, me guiando novamente para a sala.

Concordei.

Assim que Sebastian se despediu de mim, com um beijo na mão, pude enfim voltar a respirar. Ele era ainda mais encantador do que se mostrava ser.

Entrei na sala de aula improvisada e sentei-me novamente, com um ar diferente.

No fim das contas, nem ao banheiro tinha ido, mas havia valido a pena.

(...)

Selecionada Audrey

No dia anterior, quando ouvi gritos no palácio, não pude sequer imaginar que eles pertenciam á Luna. Fiquei chocada quando corri ao seu encontro e senti seu cabelo cair aos poucos. Por ordens da rainha, Luna tinha ficado no quarto, desde o café da manhã e recebido a visita das primas do príncipe. Ela não queria que nenhuma selecionada visse-a daquele jeito;

Quando Maeve nos liberou para o almoço e depois deste, para ficarmos reunidas no salão das mulheres, peguei um livro e tentei me concentrar nele.

Mas era impossível tentar ler enquanto minha amiga estava trancada no quarto, chorando.

Fechei o livro e o joguei no pufe em que antes estava sentada.

Caminhei até Eliza Cahi, Blair e Lucy, que conversavam.

– Olá.

– Oi - elas disseram, em uníssono.

– Poderiam me ajudar? - Perguntei, me sentando ao lado delas no sofá vermelho.

– Depende - Blair respondeu, rindo.

Dei um sorriso amarelo.

– È sobre a Luna, acho que deveríamos fazer alguma coisa para ajudar - elas trocaram olhares e finalmente prossegui -, queria contar com a ajuda de vocês.

– Descupe me intrometer, mas gostaria muito de ajudar. - Kamille se aproximou de nós.

– Só ajudo se Lucy ajudar - Eliza disse.

– Eu também - Blair falou.

Olhei para Lucy, esperando uma resposta.

– Acho que podemos tentar ajudá-la, mas chame outras garotas também, não sou nem amiga dela. Não quero que ela pense que só estamos curiosas.

Lucy estava certa.

– Mas se formos todas, ai sim, ela vai nos achar curiosas - Kamille alertou.

– Nos preocupamos com isso depois - Eliza arrumou a franja do cabelo loiro. - Audrey, já que foi você quem teve a ideia, vá convidar outras meninas.

Suspirei e me levantei do sofá, indo para o grupo de garotas no canto da janela - elas sempre ficavam naquele espaço.

– Oi - falei. Todas pararam de conversar e olharam para mim, ainda sorrindo.

– Oi, você é a Audrey, né? Modelo? - Uma garota de cabelo castanho perguntou. Sabia o nome dela. Era Ana? Não. Aline... Amélia... Àghata!! Ela se chamava Àghata.

– Sim, sou eu - respondi.

– O.k., sente com a gente. - Clarissa Lovegood pediu.

– Na verdade, vim para outra coisa.

– Então nos diga - Thalita falou.

– Queria fazer algo para que Luna ficasse bem...

– E o que tem em mente? - Angela perguntou.

– Pois bem, queria saber a opnião de vocês e saber se querem participar. - Disse.

Todas nós pensamos por alguns instante, até que Helena deu um salto na cadeira.

Olhamos para ela, assustadas.

– Que tal se fizéssemos algo para... Hum, algo que ela goste, sei lá.

– Agr! - Beverly bufou. - E o que ela gosta, sua tonta?! - Helena fingiu não ter ouvido o comentário.

– Ela é bailarina, e me contou que gosta de escrever poemas.

– Não sou boa com poemas - Helena confessou.

– Também não - Thalita balançou a cabeça.

– E aquela ruivinha ali? - Àghata apontou para uma garota sentada numa mesa do outro lado da sala, lendo atentamente um livro grosso.

– A Monyra Stain? - Angela perguntou. - Ela é bibliotecária, não sei se ela pode nos ajudar.

– È muito provável que sim. - Clarissa Lovegood deu de ombros.

– Não custa nada irmos até lá. - Falei.

Atravessamos a sala; Èramos um grupo de quase dez meninas andando para o mesmo lugar, e acabamos chamando a atenção de outro grupo.

– O que vão fazer desta vez? - Queen indagou.

– Nada que seja da sua conta - Beverly respondeu.

Segurei o riso e continuei caminhando até Monyra.

– Poderia nos ajudar? - Perguntei, assustando sem querer a garota.

– Oi? - Ela franziu a testa. - Descupe, pode repetir?

– Perdão por interromper, mas sabemos que você é bibliotecária e pensamos que poderia nos ajudar.

– Ainda não entendi.

– A Luna não deve estar se sentindo muito bem, ela gosta de poemas e, nenhuma de nós é tão boa quanto você.

– Querem que eu faça um poema pra ela?

– Queremos fazer, todas juntas um poema para ela, com sua ajuda é claro.

– Não me levem a mal, mas achei um pouco bizarro, porque não pensam em outra coisa? Alguma música, doce... Isso! Podemos cozinhar para ela!

– Tipo o quê? - Beverly perguntou, entediada.

– Uma cesta de doces, eu acho. - Monyra respondeu, com o dedo indicador no queixo. - Eu cozinho muito bem, e com a ajuda de vocês...

– Perfeito! - Exclamei.

Tinha certeza de que Luna ficaria feliz em ter um pouco de atenção. Era sempre bom ajudar as pessoas;

As meninas e eu nos apressamos e pedimos autorização á Maeve para que utilizássemos a cozinha. Ela negou. Ficamos frustradas, porém Alyna pediu á Reina e a mesma autorizou. Deveria ser legal ser amiga de uma das princesas.

No próximo dia, estaríamos na cozinha; quis que o dia passasse logo para que finalmente pudéssemos fazer algo bem útil no palácio.

(...)

Katie

– E qual destes combina mais com a senhorita? - Pergunte á Angela, segurando um vestido em cada braço.

– Acho que o violeta combina mais comigo... - ela disse, analisando o vestido.

– Tem razão - falei, colocando o vestido na frente do corpo dela.

Guardei o tomara que caia rosa no guarda-roupas e estendi o violeta sobre a cama. Me certifiquei de deixá-lo bem alinhado antes de ir preparar o banho de Angela.

– Você gosta do se trabalho? - Angela perguntou, enquanto entrava na banheira recheada de espuma.

– Sim, adoro o que faço. - Respondi, enquanto passava delicadamente o shampo em seu cabelo.

– Imagino o quão cansativo deve ser.

– E é.

Terminei de massagear o cabelo médio e castanho, com um pouco de pressa, passei o condicionador e por fim escovei-o.

Angela tinha um cabelo muito bonito. Não muito longo, e num tom razoavelmente claro. A única coisa estranha em si, era a cicatriz acima do olho.

Porém, não perguntaria. Se ela quisesse dizer onde tinha arranjado a ferida, ela mesma diria.

Peguei o roupão após Angela ter se banhado. Ela se sentou na penteadeira e assim que Katherine chegou para me ajudar, limpei seu rosto. Fiz uma maquiagem leve para ao jantar e prendi seu cabelo num coque.

Assim que Angela vestiu o vestido longo, com faixa prateada e pequeno cristais ao redor, me senti orgulhosa. Tinha sido um dos meus melhores vestidos até o momento.

Angela se olhou no espelho e sorriu com empolgação.

– Awn.... Vocês me deixaram lindas, meninas! - Ela exclamou.

– Ficamos gratas por ter gostado - Katherine disse.

– O jantar deve estar começando, a senhorita não deve se atrasar. - Alertei.

– È, você tem razão, Katie. - Ela falou.

Acompanhei Angela até a porta.

– Katie - ela disse, se virando -, pode ir para os seus aposentos, não vou mais precisar de você por hoje. Vá descansar.

Concordei.

Angela caminhou para o corredor. Era incrível o modo com que ela tinha se transformado.

– Ei - Katherine, ajeitou o cabelo branco antes de prosseguir -, ouviu a menina, vá descansar.

– A senhora precisa de ajuda, quando terminarmos, eu vou para o meu quarto.

– Nem pense. Não tenho cem anos, posso muito bem dar conta e todo trabalho.

– Não tem cem anos, mas já é uma senhora de idade - disse, arrumando o lençol na cama.

– Sou uma mulher de idade, mas já viu como seu irmão olha para mim? -

Ela disse com um sorriso travesso nos lábios.

Cai na risada.

– Vai logo menina. Eu fiquei sem trabalhar esses dias, preciso voltar á minha rotina, agora, xô, vai embora.

Suspirei.

– Tudo bem. - Acenei para ela assim que abri a e fechei a porta e me pus á caminho.

Minhas mãos doíam pelo tempo em que tinha ficado arrumando o cabelo de Angela com os grampos. Massageei uma mão de cada vez.

Fui para a lavanderia dos criados. Peguei um dos meus aventais e o uniforme de Karl e Kauê. Eles nunca tinham tempo para vir pegá-los.

Passei-os e logo os dobrei. Entregaria á eles mais tarde e pegaria a carta que tinha recebido do meu irmão.

Meu trabalho era cansativo. Mas gostava dele, era satisfatório estar no meu lugar. Nada era tão bom quanto saber que tinha cumprido com todas as minhas obrigações e poder mandar dinheiro para meu irmão no fim do mês.

(...)

Kauê

Quando fui escalado mais cedo para fazer a guarda da escadaria real, em nenhum momento, me avisaram que teria que ficar o dobro de tempo do que ficava normalmente. Entretanto, apesar do cansaço que sentiria horas mais tarde, me contentei em saber que estava num cargo importante, mesmo que fosse só naquele dia.

A rainha tinha passado duas vezes pela escadaria, sorrido gentilmente enquanto caminhava com as criadas em seu encalço. A princesa Reina estava sempre acompanhada da irmão mais velha - que como sempre, elegante. Já Lara corria com uma tiara em mãos e era perseguida por Rosie. O príncipe só havia passado uma vez, acompanhado do pai, ambos conversando com um dos ministros.

Suspirei assim que meu tempo acabou e caminhei pesadamente até meu quarto.

Era impressão minha, ou esses dias o trabalho tinha duplicado? Com certeza. A chegada das três princesas e das selecionadas, tinha sobrecarregado tanto á mim quanto os outros guardas.

Fiz um rápido lanche na cozinha, ouvindo uma das criadas contar as fofocas.

– As competidoras pediram permissão para usar a cozinha - Aurora falou, mordiscando seu pão.

– Agr, não acho isso uma boa ideia... E se por um acaso elas fizerem muita sujeira? - Madison, uma mulher de quarenta anos e uma das cozinheiras, reclamou.

– Elas são damas, não acho que garotas como elas farão uma grande lambança.- Uma outra criada entrou na conversa.

– Nem todas são civilizadas. Há duas garotas de castas inferiores na competição - Madison revirou os olhos.

– Ficarei aqui, juntamente com outras criadas para auxiliá-las. - Aurora cruzou os dedos. - Não se preocupe, a cozinha ficará limpinha.

– Acho bom - a cozinheira resmungou.

Voltei minha atenção para um jornal largado no balcão. Era sobre San Diego. Três instituições sociais tinham sido incendiadas naquela manhã.

Pouco sobreviveram.

" Um princípio de incêndio foi registrado em uma Ong, na capital de San Diego, nesta quarta-feira.
Noticiamos tristemente que a O.S (Organização Social) foi vítima dos ataques rebeldes que rodeiam nossa cidade á algumas semanas. A Ong era criação exclusiva da rainha, para que o ensino de crianças e jovens fosse mais completa. O motivo para o ataque ainda é desconhecido, o que nos leva a questionar: Que culpa jovens e crianças tinham para que sofressem? As famílias das crianças e jovens estão desconsoladas. E nós também.
No momento do incêndio, havia muitos jovens, que foram retirados do local rapidamente. Houve muitos feridos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 6:30 e atingiram também a parte externa de uma casa e o madeiramento do telhado.
Os bombeiros relataram que as pessoas que estavam no local e estavam bem foram imediatamente retirados pela direção. Quando a equipe chegou ao local, ainda havia fogo, mas as chamas foram controladas rapidamente.

Os que conseguiram se salvar, estão no hospital local;
++

Malditos rebeldes.

Joguei o jornal novamente no balcão, um pouco mais longe. Não queria pensar em como odiava ler sobre mortes e principalmente, sobre injustiça.

Levantei-me e segui para meu quarto; tomei um demorado banho; Me sequei e vesti uma calça normal. Quando estava prestes a colocar uma camiseta, a porta foi aberta, Katie entrou e assim que me viu sem camisa me deu as costas, vermelha.

Comecei a rir.

– Coloca logo essa droga de camiseta - ela ordenou.

– Porque? - Perguntei, provocando-a.

– Eu mandei você colocar essa droga, então coloque e pronto! - Ela disse, rindo.

– Ok, senhorita. - Falei, vestindo-a.

– Pronto? - Katie perguntou, cautelosamente.

– Sim.

Ela se virou, suspirou e colocou os uniformes que segurava sobre a cama do irmão.

– Trouxe seu uniforme - ela disse me entregando-os.

– Você não existe Katie... - Falei.

– Por que não? - Ela perguntou, enquanto tirava a touca da cabeça.

– Você se preocupa muito com os outros, é raro achar alguém assim. - Ela corou.

Observei-a por alguns segundos.

As vezes, as pessoas são bonitas não pelo que aparentam ser, mas pelo que são. Katie fazia parte desse pouca "porcentagem" da população. Era doce, fazia todos sorrirem.

Balancei a cabeça.

Eu estava tanto tempo sozinho que estava ficando maluco. Depois de Trinnie, nenhuma garota tinha sido tão especial. Não nutria mais nada por ela, pois tínhamos perdido o contato, mas algumas vezes era inevitável esquecê-la.

Fui tirado dos meus pensamentos ao ouvir a risada contagiante de Katie.

– O que foi? - Perguntei.

– Nada importante. - Ela falou, mordendo os lábios para não rir mais, enquanto lia uma carta.

– Agora estou curioso. - Disse, indo até ela.

– Foi Jake. Ele escreveu, contanto que caiu do cavalo num lago. Ele conseguiu mandar até mesmo uma foto! - Ela entregou o pedaço de papel á mim.

O garoto de estatura média e ombros largos, estava ensopado e sorrindo, apoiando-se no cavalo.

Me sentei ao lado dela na cama de Karl.

– A carta chegou essa manhã. Karl pediu para que viesse lê-la. - Ela suspirou. - Estou com tantas saudades dele.... - Ela disse, com os olhos cheiros de água.

– Ei - falei, colocando meu braço sobre seus ombros. - Vocês logo vão se ver.

Abracei Katie até que ela voltasse ao normal.

– Obrigada - ela murmurou.

– Não tem o que agradecer.

Minutos depois, Katie foi para seu quarto.

Deitei em minha cama e tentei dormir, ainda mais pensativo.