A Nova Seleção escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite!! Fiquei feliz quando a maioria de vocês comentaram ( minha expectativa: 3 comentários. Realidade: + de 10 comentários) Obrigada, amo vocês!
Estou super feliz com a RECOMENDAÇÃO da linda da Kyubi! Obrigada
Meninas, segurem os forninhos (temos um guarda!)
Boa Leitura



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Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e persistência.Guarda Kauê Noszka

Benedct

– Poderia ter sido mais discreto. - Falei. - Sebastian viu você olhando para a garota.

– Idaí? - Scott alargou a gravata.

– As selecionadas são pra ele, não para você. Existem milhares de garotas, então nem pense em ficar de olho numa das trinta e cinco.

– Não quero viver o resto dos meus dias numa prisão, a pão e água. - Ele debochou.

No dia anterior, o palácio estava em intensa correria. Criadas corriam para todos os lados com vestidos em mãos, tecidos, cortinas... E hoje estava ainda pior.

Enquanto passeávamos pelos corredores, Rosie passou correndo por nós, gritando á uma criada que odiava a cor duma cortina e que deveria troca-la imediatamente.

– Bom dia, irmãozinho. - A voz debochada de Max ecoou. Me virei para trás e o encarei, com os braços cruzados. - Dando voltas pelo castelo?

– Bom dia, Max. - Respondo, e finjo não ligar para seu último comentário.

Max não era meu irmão de sangue. Nosso pai havia me adotado quando menor, já Max, era o legítimo e um ano mais novo.

– O que faz por aqui? - Scott indagou. - Todos os conselheiros e ministros partem hoje, por que ainda não foi embora.

– Daqui alguns minutos pode comemorar a minha partida Scott. - Max semicerrou os olhos. - Mas ainda estava curioso para saber o motivo da estadia prolongada de vocês.

– Não temos que dar satisfação de nada a você. - Scott avançou - Além do mais, o príncipe pediu para que ficássemos.

– Não estou falando com você - Max falou, despertando ainda mais a fúria de Scott. Segurei-o pelo pulso para que não enforcasse meu meio-irmão.

– Parem de discutir. Scott vá para o jardim, Sebastian falou para encontramos ele lá.

Scott hesitou, mas saiu furioso, batendo os pés.

– O que você realmente quer? - Dei um passo á frente.

– Só estou curioso, ou acha que não sei que anda estranho ultimamente?

– Estou normal. - Respondo calmamente.

– Eu sei que tem algo errado, e quando descobrir, vou pessoalmente falar com o rei, para que ele me dê seu cargo de "Ministro das Ações Sociais". - Ele riu. - Tenho certeza de que daria conta do trabalho muito melhor do que você.

– Pare de ser competitivo. - Tentei me acalmar.

– Pare de ser o filhinho de papai.

– Neste exato momento, é você quem está sendo sr. Allen. - Uma voz feminina interrompeu. Era a rainha. De um jeito desastrado me curvei. - O carro lhe espera, acho melhor se apressar.

Max fez uma reverência e saiu em passos rápidos. Olhei para a rainha que trajava um belo vestido florido e uma tiara.

– Meu filho tem muita sorte em ter um amigo como você, Benedct, que não perde a calma com facilidade. - Me senti feliz pelo elogio. - Sebastian está esperando-o no esperando no jardim. Tenho muitas coisas para fazer, com licença.

Ela saiu sorrindo e entrou num corredor.

Desci as escadas pensativo. Não era a primeira vez que Max me rebaixava, ele sempre fez isso. Mas já estava passando dos limites, e ele querer meu cargo, mostrava que a situação entre nós dois, estava bastante feia.

Kauê

Tentava pela milésima vez alinhar a farda; uma das funções dos guardas, além de proteger os residentes do palácio, era deixar o uniforme impecável, uma vez que algum membro da família real o visse, sua aparência contava muito.

– O General Blak está convocando sua presença no salão principal. - Karl, meu colega de quarto entra no mesmo e se joga em sua cama. Um garoto ruivo, com sardas e alto se sentou na cadeira ao lado. - Ah, esse é o John, ele se alistou e vai proteger o muro. Vai dividir o quarto com a gente.

– Oi, John, sou Kauê. - Cumprimentei. O mesmo assentiu. - Estou indo, nos vemos depois. - Completo. Olho-o, deitado, com as mãos sob a cabeça. - E vocês, não vão?

– Ele pediu para chamar VOCÊ. Fui dispensado mais cedo. - Não respondi e sai do nosso quarto apressadamente.

Karl era meu melhor amigo, mas as vezes podia ser bem irritante. Não entendia como ele podia ser irmão de Katie, um ano mais nova que nós e muito diferente dele.

Já estava á seis anos no palácio. Era um Seis até me alistar para a guarda real. Minha mãe era secretária e não conseguia mais "segurar" toda a família nas costas, depois da morte do nosso pai. Como minha mãe era secretária de uma família da Dois, conseguiu um trabalho de motorista para a mesma família á mim.

Era estranho trabalhar na mesma função do meu pai, á que tinha lhe tirado a vida. Sempre que entrava no carro para trabalhar, me lembrava dele.

Meus irmãos, Julian (dezenove anos), Amélia (quinze anos) e Aha (oito anos) sentiram muito mais pela perda do nosso pai, principalmente Aha, que era muito apegada a ele. Julian começou a ajudar a família, como balconista em uma loja. Quando fui recrutado para a guarda real, a situação melhorou consideravelmente, já que a pensão que recebia era muito maior do que a remuneração como motorista.

Sou tirado dos meus pensamentos quando esbarro em alguém, que cai no chão, deixando cair junto uma pilha de tecidos.

– Descupa, sério, não estava prestando atenção - ajudei-a a levantar e peguei a pilha de tecidos do chão.

– Tudo bem. - Katie sorri, amavelmente. - Eu que estava correndo.

– Descupa, de novo. - Peço. - Tenho que ir, estão me esperando no salão principal. - Entrego a pilha á ela e saio andando para o salão.

Katie era muito legal (muito mesmo), era simpática, alegre e conseguia deixar o dia de qualquer um melhor. Mas não podia cogitar a hipótese de ter algo á mais que amizade. Primeiro, ela era minha amiga; segundo, ela era irmã de Karl; terceiro, Karl me mataria.

Corri pelos corredores e cheguei ao salão, entrei na fila horizontal de guardas - conversando num tom baixo. Logo o General Blak, se posicionou á nossa frente, pedindo silêncio.

– Silêncio, soldados. Convoquei a presença de vocês por mostrarem-me bom desempenho em suas funções. - Enquanto ele falava, alguns dos outros soldados ao meu lado, homens de dezoito á uns trinta anos, cochichavam em empolgação. Estranhei o próprio filho do General, Artem, um cara metido de dezessete anos não estar presente. - As selecionadas chegarão amanhã. A segurança delas é muito importante. Portanto, cada um de vocês farão a segurança de uma garota. Serão responsáveis por vigiar a entrada do quarto delas, não permitindo que nenhuma ameaça entre.

Manter a segurança de uma das garotas, seria muita responsabilidade. Mas eu daria conta.

Havia até assistido o Jornal Real, mas nem prestado totalmente atenção tinha. Breves imagens vagas das garotas vieram a mente. Mas nenhuma que realmente me chamasse a atenção.

– Direi seus nomes e o da que selecionada que farão segurança; mais tarde, receberão mais informações. - Uma por uma, O General ditou os nomes. Baguncei os cabelos - uma forma de tirar o nervosismo estranho em mim, e esperei até que meu nome fosse dito. - Martin selecionada... Kauê Noska, selecionada Monyra Stain.

Não tinha ideia de quem seria a garota; se ela fosse legal ou não, não importaria, eu só faria a segurança dela, nada mais que isso.

Sebastian

– Que droga, por que Benedct está demorando tanto? - Falei, impaciente, dando voltas na árvore.

– Dá pra ficar quieto? - Scott resmungou, se escorando no tronco da árvore. - Ele e o babaca do Max estão conversando, logo ele vem.

– Não tenho muito tempo, logo Maeve e uma dúzia de criadas virão me procurar para saber que cor de cortina eu prefiro, ou então que sabor de sorvete é o melhor! - Me queixei.

– Ainda bem que não estou na sua pele, cara. - Ele trocou o apoio dos pés - Não sei se aguentaria. Mas vale a pena, quando em pouco tempo você vai ter trinta e cinco menininhas arrancando os cabelos por você. - Ele mordeu os lábios e fitou as muralhas do castelo, suspirou.

– Você só sabe pensar nas mulheres dessa forma? - Perguntei, indignado.

– È pra isso que elas servem, nada mais. - Scott respondeu. - Estou cansado delas.

– Nem todas são iguais.

– Do que importa? - Ele ajeitou o paletó no corpo - A maior dificuldade que se tem de amar, é não ser amado. Estou cansado. Vou voltar pra dentro.

Scott sai andando, sem falar mais nada.

Como sendo um de seus melhores amigos, podia chamar Scott de babaca quantas vezes quisesse, ele nem se importava, sabia que era a verdade. Quantas vezes ele havia tido um caso de uma noite com uma garota que mal conhecia? E quantas vezes terminou um relacionamento de uma semana? Ele não estava ligando para o que pensariam dele, nem mesmo a garota que havia deixado para trás; mas pensar que suas atitudes demonstravam decepções antigas, parecia uma boa descupa para ser o que era.

– Descupa, me atrasei. - Benedct chegou ofegante minutos depois, apoiando as mãos nos joelhos. - Onde está Scott?

– Tivemos uma pequena discussão sobre mulheres. A culpa foi minha, ele se irritou.

– Ele é todo esquentadinho, logo passa. - Benedct disse, rindo. - Tenho certeza de que foi sua curiosidade. Se ficar perguntando toda hora, ele vai explodir.

–Nós dois, iremos explodir. - Rimos.

O som de carros estacionando nos chamou atenção. Andamos sem muita pressa até a entrada principal e nos deparamos com meus pais, recepcionando alguém, talvez convidados especiais para aquela noite.

Fiquei surpreso quando vi minha prima Lara saltando do carro com um vestido preto e tênis desamarrados e, o cabelo castanho num coque desarrumado. Corremos até lá e fiquei um pouco ao lado da minha mãe, acompanhado de Benedct.

– Seja bem-vinda, Lara. - Minha mãe cumprimento-a. Lara deu de ombros e se pôs na frente do meu pai, estendeu a mão e esperou.

– Esperamos que sua estadia aqui, sirva de alguma coisa. - Ele ralhou, ignorando o cumprimento. Lara apontou para ele, e depois para um saco de bala no chão, recém jogado por ela, e pisou, mexendo os pés freneticamente.

Mesmo não tendo coragem de olhar diretamente, sabia que meu pai estaria fulminando e soltando faíscas dos olhos.

– Bom dia. - Duas vozes, uma calma e suave e outra mais alta e chamativa, chamaram atenção.

Saindo do carro, as irmãs de Lara, Christy de dezesseis anos e Reina de dezoito, colocaram-se para fora, com vestidos estonteantes e saltos agulha.

Scott diria que elas eram perfeitas, se estivesse ali.

Christy é vivaz, é tudo que uma princesa aspira ser. Ela é doce e gentil com todos - como todas as revistas da Dinamarca diziam - e qualquer um podia comprovar.

Reina parecia um anjo, com a pele um pouco mais clara e cabelos mais castanhos. Ela era linda, extrovertida e muito curiosa.

Ainda não sabia oque elas estavam fazendo ali, mas deveria ser bem importante; minha tia não mandaria as filhas para outro país sem ao menos ter um bom motivo.

– Oi, primo! - Reina veio na minha direção, com um largo sorriso, logo me abraçou. - Estava com saudades, faz tanto tempo que não nos vemos!

– È bom te ver. Você mudou bastante, da última vez que lhe vi, estava com o cabelo mais curto. - Disse.

– Deixei crescer - ela respondeu.

Ao seu lado, Christy esperava por atenção.

– Oi. - Ela disse, sorrindo, como se fosse a primeira vez em séculos que não nos víamos. Mas mesmo assim, continuava uma dama.

– Como está? - Perguntei.

– Bem, estávamos com muita saudade.

Você e Reina estavam. Também - Lara comentou -, depois do natal passado você só sabia falar: Sebastian é isso, Sebastian é aquilo.. Meu primo é demais. Agr. Não me admira que você tenha implorado á mamãe para vir.

– Lara, seja menos você, por favor. Não estamos em casa.

– Que seja. - A pequena respondeu. Dando fim a discussão.

– Estaria sendo mal educado se perguntasse, o que vocês estão fazendo aqui? - Indaguei, confuso e envergonhado.

– Catelyn não está conseguindo colocar as rédeas na pequena Lara - minha mãe adiantou -, Christy e Reina quiseram vir junto.

– Vai ser muito bom, tê-las aqui.

– Será um prazer ficar um período com a minha família - Christy falou educadamente -, muito obrigada tio Marcus e tia Esther por aceitar nossa estadia.

– Não precisa agradecer, querida. Vamos entrar.

Benedct, que não havia falado nada até então, cochichou em meu ouvido enquanto entrávamos no salão principal:

– Reina e Christy mudaram bastante.

– Verdade, mas Lara continua a mesma coisa. - Sussurei - espero que não traga problemas.

Benedct voltou para o quarto dele, enquanto meus pais apresentavam os quartos ás novas hóspedes.

Não os acompanhei. Não era somente eu que estava achando o dia uma loucura; Rosie também daria "a louca" quando visse sua "inimiga" no mesmo chão que ela, respirando o mesmo ar.

Minhas primas eram muito especiais para mim, mesmo que fossem tão diferentes.

Andei pelos corredores até meu quarto, torcendo alegremente para que elas não atrapalhassem a seleção, e que meus pais tivessem feito a escolha certa ao aceitá-las em casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo! O que acharam do Kauê? E o irmão idiota do Benedct? E as primas do Sebastian? #Scott de coração partido, estou até com pena, agora. No próximo as Selecionas aparecem, prometo!!
Beijos