Enquanto sentia a água aliviar seu nervosismo, Sophie imaginava como tinha caído naquela carinha fofa que o Adam fez. Ela não gostava de festas e muito menos das pessoas que as frequentavam: sempre vazias e fúteis. Mas como sua mãe havia lhe dito mais cedo, quando ela voltou do seu tour com Adam, ela precisava se divertir. E era nesse pensamento que ela estava se agarrando, para não desistir e ir ler algum livro.

Ao terminar o banho, fez uma chamada pelo skype para Julie. Ela sempre a socorria nessas ocasiões.

— Hello dear! — gritou para a amiga, que estava do outro lado do oceano

— Hey, srta. gringa que esquece das amigas!!! Como anda as coisas? — respondeu Julie

— Ju, preciso de sua ajuda! Tenho uma festa para ir hoje, para ser mais exata, minha primeira festa internacional, e sem você! Estou enlouquecendo. — gritou, com drama na voz

— Sô, para de draminha, tá? Me mostra suas roupas. — pediu ela

Após Sophie mostrar pela lente da câmera todo o seu guarda-roupa, a amiga finalmente escolheu um look: um cropped vermelho com estampas triangulares pretas e uma saia preta.

— Esse! — apontou da tela

— Posso colocar minha botinha preta? — implorou à amiga

— Tá Sophie, pode! Agora me conta todas as novidades, mocinha. — exigiu ela

Enquanto se vestia, contava tudo para a amiga, que dava pulinhos e gritinhos de felicidade do outro lado da tela.

— Agora a pior parte: maquiagem. Não tenho a mínima noção do que fazer nesse rostinho! — disse a menina, apontando para o próprio rosto

— Começou o drama? Senta aí! — falou ela

Enquanto Julie falava, Sophie seguia cada comando, e enfim, terminou a maquiagem.

— Até que não ficou tão mal assim. — disse, olhando-se no espelho

— Para de bobagem, Sô. Você está linda! — admirou-a — Tá vendo que não é tão difícil? — zombou Julie

— É, talvez não seja.. — murmurou ela, ainda olhando-se — Bom, vou colocar perfume e esperar o Adam na sala. Só faltam dez minutos para as dez, ele deve está chegando! — completou, ansiosa

— Hummm, será que estou vendo alguém nervosinha?! — caçoou da menina

— Não está não! — respondeu Sophie, fingido cara de brava — Então Ju, obrigada por me ajudar... De novo! Prometo que quando acordar amanhã, te ligo, tudo bem?

— Não há de quê, Sô! E, boa festa. Curta por mim. Xoxo! — despediu-se

— Obrigada. Xoxo! — falou, desligando o aparelho

Enquanto descia as escadas, a mãe ficou contemplando a menina.

— Você está linda, querida! — disse, enquanto a abraçava — Boa festa, e nada de chegar tão tarde, ok?

— Eu sei, mãe. — disse a menina, sorrindo

PLIM PLIM

— Deve ser o Adam.

— Deixa que eu abro, filha. — respondeu a mãe

Enquanto a mãe seguia para a porta, a menina ficou a espreita, curiosa para ver como o menina estaria.

— Senhora Allen, boa noite! — disse uma voz rouca que ela conhecia muito bem

— Boa noite, Adam! Como você está? — perguntou a mãe, enquanto o abraçava

— Estou bem, e a senhora?

— Estou bem, também. Bom a Sophie já está pronta! Querida? — chamou

Ela seguiu em direção a porta, enquanto sentia suas pernas tremerem.

— Oi. — disse ela, olhando-o, e novamente notando que sim, ele conseguia ficar mais bonito que o normal

— Oi Sophie. Você está... simplesmente linda! — respondeu, olhando-a com um sorriso nos lábios

— Obrigada! — agradeceu ela, sentindo seu rosto corar

— Bom, tenham juízo e voltem cedo, ok? — disse a mãe, cuja a presença Sophie havia esquecido completamente

— Ok, senhora Allen. Tenha uma boa noite! — falou ele, enquanto abraçava a mãe da menina

— Tchau mãe! — despediu-se ela com um beijinho, seguindo para o volvo

Enquanto seguiam para a casa da tal Carrie, Sophie olhava para Adam pelo canto do olho. Ele estava lindo! Com uma camisa social azul escura, que definia bem seus músculos, e uma calça preta. Ela amava homens vestindo calças pretas. Ela não sabia o porquê, mas chamava a sua atenção. Ela queria dizer o quão sexy ele estava, porém, sabia que o daria a liberdade de avançar os limites essa noite, e não queria que isso acontecesse, então ficou quieta, até chegarem na frente de uma casa grande e bonita.

Adam estacionou o volvo um pouco depois da casa, e seguiu para fora do carro, afim de abrir a porta para a menina. Assim que ela desceu, notou que a festa já havia começado.

— Vamos? — perguntou ele, estendendo o braço para ela, que segurou, seguindo com ele para a entrada

Ao entrar, mesmo escuro, ela viu que a casa estava lotada. Havia bastante pessoas na pista de danças, várias outras, no que parecia ser um balcão, tomando umas bebidas coloridas. Eles seguiram até a parte externa da casa, a procura de Eloise. Encontraram-na sentada na beirada da piscina.

— Hey Elo! O que você está fazendo aí? Estávamos te procurando. — gritou, para a menina

— Oi Sô, oi Adam. Estava esperando vocês chegarem. Não conheço quase ninguém aqui! — respondeu ela, enquanto seguia ao encontro dos dois

— Nossa, você está um arraso! — disse Sophie, para a amiga, quer realmente estava bastante diferente e bonita

— Obrigada Sô!

— Então vamos voltar lá para dentro? — perguntou Adam

— Vamos! — disseram as duas, em um coro

Ao chegarem na sala, estava tocando uma música do Avicii que Sophie amava e ela puxou os dois amigos para a pista. Eles dançaram, sem se importar com os outros ao redor.

"So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost.."

Assim que a música acabou, um garoto alto e moreno começou a conversar com Eloise, que aparentemente, estava hiper nervosa. Enquanto Sophie os observa, viu que reconhecia aquele rosto... Era um menino que fazia as mesmas aulas da segunda que ela. Talvez o nome dele fosse Thomas, ou algo assim. Até que ele a chamou para dançar, e a menina começou a recuar.

— Vai, boba! — falou Sophie no ouvido da amiga, incentivando-a

Assim que a ela foi dançar com Thomas, começou a tocar uma música conhecida do Calvin Harris, Summer e Adam puxou Sophie para dançar consigo. Ele dançava de uma forma diferente, sexy, o que fazia ela se sentir dançado como um pato desengonçado.

Assim que terminou a música, eles seguiram para a bancada improvisada.

— Você quer algo? — perguntou ele, com a respiração acelerada por causa da dança

— Será que tem algo sem álcool? Eu sei que é ridículo, mas eu sou fraca pra essas coisas. — disse ela, envergonhada por estar em plena balada pedindo quase um refri

— Sem problemas, Sô. Eles devem ter algo! — respondeu ele, enquanto chamava o barman

O máximo que ela conseguiu foi um coquetel com uma pequena quantidade de álcool. Ele pediu o mesmo que ela.

— Adam, não precisa tomar isso por mim. Pode tomar uma dessas bebidas coloridas, não vai me incomodar.

— Não Sophie, eu não quero te levar bêbado para casa! — respondeu ele, encarando-a

Após terminarem as bebidas, eles voltaram para a pista e dançaram várias músicas, algumas juntos de Eloise, que estava encantada com o tal Thomas, outras sozinhos, sempre um encarando o outro. Até que começou a tocar uma música que Sophie amava, e Adam a puxou para perto, deixando seus corpos colados.

Ela sentia como o corpo dele mexia junto do seu, sentia cada respiração dele em sua bochecha, sentia como as mãos dele ficavam em sua cintura. Parecia que o seu corpo fora feito a medida do dele. Pensando nisso, ela lembrou de como era dançar com Felipe. Ela nunca sentira isso. Aliás, ela sempre odiara ter que dançar com ele. Já com o Adam não, era diferente.

Eles seguiram dançando no mesmo ritmo, até que começou a tocar uma música mais lenta, já que havia mais casais na pista.

— Me permite essa dança, senhorita? — perguntou ele, estendendo a mão

— Claro! — respondeu ela, pousando sua mão na dele

Juntaram novamente seus corpos, fazendo ela sentir novamente a mesma sensação, como na primeira vez, só que dessa vez, mais forte. Ela pôs as mãos na nuca do menino, e ele, na sua cintura. Ambas respirações estavam aceleradas, apesar do ritmo lento.

— Sophie.. — começou ele, falando em seu ouvido, fazendo todos os seus pelos se eriçarem — Eu sei que você me disse para esperar, e eu disse que te esperaria, mas eu quero deixar claro uma coisa! — disse, colocando o rosto dela frente ao seu

— Diga, Adam. Estou ouvindo! — respondeu

Ao encará-lo, ela se viu seduzida pelo dono daquele belo par de olhos azuis, aquele que fora seu amigo desde que a conhecera. Que não a julgara quando ela pediu um tempo, e que não desistiu dela. Enquanto ela pensava nisso, deu-se conta do quão perto eles estavam. Do quão perto suas bocas estavam. Ela podia sentir o hálito dele invadindo suas narinas, um cheiro bom e doce, que a fazia ter vontade provar, até que ele chegou ainda mais perto, acabando com o espaço que havia entre os dois.

Era um beijo calmo, mas ao mesmo tempo avassalador. Ela podia sentir o desejo fluindo de ambas as partes. Até que ele pediu passagem com a língua, a partir daí começando um beijo que continha fome, pressa. Ela sentia a respiração dele rápida e entrecortada. Continuaram o beijo, ele segurando sua cintura com força, enquanto ela alisava a bochecha macia dele. Estavam diminuindo o ritmo, até perderem o fôlego, e afastarem-se.

— OH MY GOD! — exclamou ela