O reino das rosas. escrita por Lord JH


Capítulo 68
Prelúdio.


Notas iniciais do capítulo

Jennifer é oficialmente nomeada Regente, e tem que se despedir de Wendy que parte em uma missão bastante perigosa.



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O salão principal estava repleto de pessoas de alta e baixa classe. Cavaleiros, guardas, senhores e senhoras de todos os níveis, empregados e servos do castelo, além da Princesa Clara e toda a comitiva real; todos juntos e aguardando o pronunciamento da princesa das rosas vermelhas.

Wendy, que segurava em suas mãos um documento real e bastante importante, não aparentava estar tão bem como quando chegara; pois sua pele estava muito mais pálida do que era e sua crise de tosse estava muito mais frequente do que antes, causando uma preocupação extrema em Jennifer e em todos os outros súditos.

Senhoras e senhores! Cof, cof, cof.... Eu, rainha Wendy, princesa das rosas vermelhas e senhora e protetora dos cinco reinos, convoco a todos aqui presente, para servirem de testemunha ao meu ato de nomeação de uma regente! Cof,cof,cof,cof.... Assim como todos poderão checar neste testamento, eu nomeio Lady Jennifer, cavaleira, mensageira e defensora do reino das rosas, como minha substituta em caso de alguma atrocidade fatal que possa me ocorrer nos próximos dias. Cof,cof,cof.... Confio a todos vocês a minha vontade absoluta sobre esta decisão. — Comunicou a rainha, diante de todos os presentes que sequer respiravam alto para não atrapalhar o pronunciamento.

Jennifer, que estava mais quieta do que jamais esteve em toda sua vida, apenas observou a expressão de todas as outras princesas presentes no local.

Princesa Clara, apenas abriu um sorriso de satisfação como Jennifer jamais vira antes, Diana por outro lado, apenas desviou o olhar para Meg e cochichou algo inaudível, enquanto a baronesa apenas mordia o próprio lábio inferior em um sinal claro de nervosismo.

Porém, foi a expressão de Eleanor que mais chamou a atenção de Jennifer, pois como já era esperado da princesa fria, a condessa nada fez ou falou ao ouvir o pronunciamento de Wendy; pois até parecia, pelo seu rosto pálido e sem emoções, que a nortenha já sabia que a rainha Wendy faria exatamente aquilo.

Regente Jennifer! Cof,cof,cof.... Se aproxime por favor. — Pediu Wendy com certa gentileza e pompa na voz já fraca e rouca.

A garota azarada apenas permaneceu em silêncio e ao se aproximar mais de sua amada, murmurou — Estou aqui, vossa majestade.

Wendy então abriu um sorriso tão lindo e terno de felicidade que até conseguiu arrancar um risinho tímido da garota azarada, que logo recebeu o documento real em suas mãos, e ouviu — Regente Jennifer, você já possui o broche e a espada de minha família, objetos nobres o suficiente para comprovar que tanto eu, quanto a minha mãe, já desejávamos você em nossa família antes. Cof,cof,cof..... Porém agora eu lhe entrego o meu testamento real! Cof,cof,cof.... E que com ele você consiga se lembrar sempre de seu dever e obrigação.

Foi então, que assim que Wendy finalizou a sua frase, Thomas, o garoto magrelo conhecido por todos como o príncipe maquinista, começou a aplaudir fortemente, o que levou a um coro de aplausos e gritos altos de comemoração por parte da maioria dos que estavam presentes naquele lugar.

Porém Jennifer, que já estava no limite do nervosismo e preocupação, apenas agradeceu com uma humilde reverência, e ao voltar a sua atenção para a rainha Wendy, pediu — Majestade, posso ter uns instantes com você a sós?

Wendy, que logo percebera que Jennifer desejara falar sobre algo importante, apenas concordou com a cabeça, e ao levantar as mãos em um pedido de silêncio múltiplo, falou — Meus súditos! Cof,cof,cof....  Agradeço a aceitação e o apoio de todos vocês. Cof, cof.... Porém, agora necessito de uns momentos a sós com a nova regente, pois como todos sabem, amanhã eu e a princesa Clara partiremos para a terra dos imps e colocaremos um fim nessa guerra que já levou muitos de nossos entes queridos. Cof,cof,cof.... Lembro que todos aqueles que quiserem se aventurar nesta jornada, serão muito bem-vindos. Cof,cof.... Agora peço vossas licenças. — E andou a rainha em direção a porta mais próxima que levava para uma pequena sala de chá.

Jennifer á acompanhou de imediato, e enquanto escutava todos os presentes começarem a discutir a situação futura do reino, a garota azarada pensou no que deveria falar para que Wendy desistisse de todo aquele plano suicida e revogasse de sua decisão.

Então, apenas depois que Wendy fechou a porta da sala com cuidado, Jennifer falou — Vossa majestade, precisamos conversar.

Wendy, que então apenas tossiu mais um pouco, suspirou profundamente e perguntou — O que foi, minha bela e doce flor?

Você não deve fazer isso! — Gritou Jennifer totalmente preocupada com a segurança de sua amada. — Todo esse plano é uma loucura! A cada dia que passa as pessoas dizem que você tem tossido mais e mais, e já faz uma semana que você não vem dormir em nosso quarto. Por onde você esteve durante todo esse tempo?

As palavras e as perguntas de Jennifer acertaram em cheio o coração já preocupado e adoentado da rainha, que ao perceber que não teria outra opção senão dizer a verdade, respondeu — Estive treinando sem parar com a princesa Clara, de dia e de noite. Cof,cof,cof.... Foi tão exaustivo que toda vez que eu finalizava, dormia no salão de treino mesmo. Cof,cof,cof.... Sinto muito por não termos partilhado a mesma cama por todas essas noites.

Não me importa a cama! — Gritou Jennifer angustiada. — E sim me importa a sua saúde! Então me diga, por que você está piorando tanto a cada dia que passa? — Perguntou Jennifer se controlando ao máximo para não desabar em lágrimas.

Wendy então deixou escapar mais um longo e melancólico suspiro, e ao olhar para as suas mãos, mais pálidas que o normal, a princesa das rosas vermelhas respondeu — É a magia, meu amor. Cof,cof,cof.... Magia pesada geralmente cobra um preço caro de seu usuário. Cof,cof.... Eu creio que se eu continuasse este treinamento por mais algumas semanas, eu com certeza não resistiria. — Assumiu Wendy completamente sincera com sua amada.

Então pare! Eu não quero mais ver você sofrer.... Por favor, minha princesa. — Suplicou Jennifer já chorando um pouco.

Wendy então se aproximou da garota azarada e a abraçou com toda força possível, antes de beijar o seu queixo e responder — Está tudo bem, meu amor. Hoje é o último dia de treinamento, e prometo a você que hoje a noite estarei em nossa cama para aproveitarmos a nossa última noite no castelo.

Nossa última noite? — Perguntou Jennifer confusa. — Eu também irei com você para a terra dos imps?

Wendy apenas desfez o abraço, e ao enxugar uma dás lágrimas quentes que escorria pela bochecha direita da garota azarada, respondeu — Sim, meu amor. Cof,cof... Você vai. Cof,cof,cof.... Mas apenas até chegarmos lá. Cof,cof,cof,cof.... Assim que nós chegarmos nas terras dos imps você permanecerá no barco, está ouvindo? — Perguntou a rainha tentando impor falsa autoridade por sobre a nova regente.

Jennifer ficou tão feliz com a notícia de sua amada, que até desistiu de tentar argumentar mais, e ao beijar a mão esquerda de sua rainha, falou — Sim, vossa majestade.

Ao anoitecer, Wendy realmente cumpriu a promessa feita a Jennifer e ao entrar no quarto, já tomada banho e limpa, a princesa das rosas avistou Jennifer lendo um livro de aventuras antigas enquanto afiava a espada das rosas vermelhas com um pedra de amolar já bastante velha e gasta.

Então, tentada ao fazer uma provocação com a nova regente, Wendy olhou para o esperto e amarronzado cão que veio averiguar quem entrou no quarto, e falou — Olha só, Brown. Cof,cof,cof.... É a primeira vez que vejo uma regente lendo enquanto afia uma espada ao mesmo tempo! Cof,cof,cof.... Será que ela tem alimentado você e o Sir Peter também, ou só tem dado atenção a espada?

Jennifer então desviou a atenção do livro, e ao perceber que era Wendy quem estava ali e que a rainha realmente havia cumprido com a sua promessa, a garota azarada largou a espada das rosas vermelhas por sobre a cama, e correu na direção da rainha, á abraçando com tanta força que quase fez a princesa das rosas ficar sem ar.

Boa noite, amor. Cof,cof,cof.... Também senti saudades! — Falou Wendy ao retribuir o abraço amoroso e carinhoso de Jennifer.

Você veio! Eu temi tanto que você não viesse esta noite. Eu não queria dormir hoje de jeito algum sem você ao meu lado. — Confessou Jennifer bastante emocionada e aliviada.

Hihihi.... Cof,cof.... Eu não prometi que viria? Cof,cof.... Agora permita-me falar um pouco com Sir Peter que logo depois eu irei imediatamente para cama, onde desejo ouvir você me contando o que fez durante todos esses dias sem mim. Cof,cof.... De acordo? — Perguntou Wendy com um sorriso simpático e bastante cativante no rosto.

Sim Tchunf! — Fungou a garota azarada em uma tentativa falha de controlar as suas próprias lágrimas. — O Sir Peter está embaixo da cama, bem limpo e alimentado. — Completou Jennifer orgulhosa de seu trabalho bem feito.

Obrigada. Cof,cof,cof.... Agora, deixe-me vê-lo e depois disso vamos aproveitar nossa noite juntas. — Falou Wendy ao ir em direção a cama e se abaixar para ver o pequeno Miraj que já estava dormindo em sono bastante profundo naquele momento.

Enquanto isso, no quarto da baronesa, Diana, Meg e Eleanor, bebiam vinho doce e conversavam juntas sobre o que poderia acontecer de ruim na viagem para a terra dos imps.

Amanda falou que conheceu hoje um dos poucos pescadores do reino que já conseguiram chegar e sair com vida da terra dos imps. Segundo ela, ele falou que foi atacado por várias criaturas estranhas e que só se salvou porque um homem velho e misterioso o escondeu e o levou de volta para o seu barco, e lhe disse para partir e nunca mais voltar. — Falou Eleanor enquanto bebericava um pouco da doce e avermelhada bebida.

E de que você acha que isso me importa? — Reclamou Diana bastante impaciente e sarcástica. — A Wendy tem a Jennifer, que só por dormir com a rainha, agora ganhou o título e o cargo de regente. Você já parou para pensar que se nós três morrermos, nós não teremos ninguém para deixar em nosso lugar? — Lembrou Diana antes de dar um longo gole na bebida doce.

Eleanor, porém, apenas bebericou mais um pouco do vinho, e ao soltar um tímido, frio e pequeno arroto, falou — Não vejo mal algum nisso. Você também dorme com a baronesa Meg e nem por isso herdou o reino das terras além da floresta. Sem falar que também dormiu comigo e não herdou o reino do Norte.

Foi então que Diana fulminou Eleanor com um olhar profundo e azulado de raiva, e ao mostrar o dedo do meio da mão esquerda para a condessa, falou — Eu não estou falando pelo fato dela foder a rainha, Eli, e sim do fato que nós não temos herdeiros de sangue ou regentes queridos para nos substituir! O regente de nossos reinos, foram todos escolhidos pelos nossos pais, e se nós morrermos nessa empreitada maluca da rainha, serão eles e os descendentes deles que herdarão todos os reinos. Eles, e aquela ladrazinha da Jennifer. — Explicou e resmungou Diana inconformada.

Tudo isso é ciúmes por você ou a Meg não terem sido escolhidas pela rainha para ser a nova regente real? — Provocou Eleanor com um sorrisinho até bastante sínico nos lábios.

Porém Diana apenas bufou e ao colocar a taça de prata decorada com pedras marinha brilhantes na pequena mesa de ferro que servia de suporte para a garrafa de vinho, olhou diretamente nos olhos azuis gelado da condessa e falou — Não, Eleanor, é apenas porque a garota que você tanto sonhava em se relacionar e foder por todas as noites de sua vida, acabou de ganhar um reino, ou melhor, cinco reinos todinhos de presente, apenas por lamber e beijar uma boca que nem sequer é a sua.

O comentário maldoso de Diana teria feito qualquer pessoa perder a paciência ou se zangar contra a duquesa, porém, Eleanor, calma como sempre, apenas bebericou mais um pouco do vinho e falou — Engraçado, eu pensei que eu não era a única a desejar “foder” com a Jennifer por aqui, mas pelo visto outras já conseguiram isso por meio do “estupro” antes.

Diana então se enfureceu de vez e ao se levantar de vez da cadeira onde estava sentada e se aproximar do rosto pacato e frio da princesa fria, a duquesa falou — Pois é, é uma pena que você nunca tenha conseguido sentir o corpo nu da Jennifer no seu! Afinal, se não fosse por uma garota gorda, ou por mim e a Meg você nunca sentiria sequer calor humano algum em toda a sua gélida vida!

Parem! — Gritou Meg tão alto que o som ecoou por todo o quarto. — Nós três estaremos arriscando as nossas vidas seriamente nos próximos dias que estão por vir e vocês duas querem gastar a nossa última noite neste castelo brigando!? Pois se é assim que vocês desejam fazer, eu sairei desse quarto agora e dormirei com a primeira pessoa que eu encontrar pelos corredores desse maldito castelo! — Explodiu a baronesa completamente irritada e furiosa com aquela situação.

Diana: — Me perdoe, meu amor, eu não queria....

Cale-se Diana! — Gritou Meg mais uma vez. — Você acha que eu não sei que todas nós estamos com medo e preocupadas com o que pode acontecer nos próximos dias? Você acha que eu não li e pesquisei sobre essa tal bruxa em todos os livros que eu pude ter acesso na livraria deste castelo? Vocês querem saber o que encontrei sobre essa maldita Martha!?

Eleanor: — Meg, nós não queríamos....

Quieta você também, Eleanor! Deixe-me contar o que eu achei sobre a tal bruxa! Vocês sabem o que foi!? Absolutamente nada! Ou seja, nós iremos enfrentar um inimigo cuja a única fonte de informação sobre o mesmo é contos e relatos de pescadores e de uma princesa feia e louca que acha normal ficar gargalhando o tempo todo sem motivo algum! — Desabafou Meg totalmente enraivecida.

Nós entendemos, amor; e eu peço desculpas por ofender a Eleanor e provocar você para deixá-la sem paciência conosco. Me perdoe, Eli. — Falou Diana ao pedir perdão e se sentar em sua cadeira novamente.

Eu também peço o mesmo, Diana. Não devia ter lhe provocado com certas palavras ofensivas. — Falou Eleanor fingindo estar um pouco arrependida.

Ótimo, agora que vocês duas finalmente acabaram de brigar, eu quero ver as duas nuas na cama, e agora; e se alguma de vocês abrir a boca novamente para usar a língua para provocar a outra e iniciar uma nova discursão ao invés de apenas beijar e sussurrar coisas no meu ouvido, eu juro que vou costurar cada parte que tiver um buraco em seus malditos corpos! Ouviram? — Perguntou e ameaçou Meg completamente furiosa ao se levantar de sua cadeira e colocar a taça na qual bebia de volta a mesa onde estava a garrafa.

Sim senhora! — Respondeu Diana com um sorriso sínico e provocador. E ao se levantar e olhar para Eleanor novamente, perguntou — E então, Eli, pretende obedecer a ordem de nossa bela e “adorável” baronesa?

Eleanor então se levantou da cadeira também e ao jogar a taça de prata vazia no chão, respondeu — Sim. Eu estou com você nessa jornada. — E então se dirigiram até a cama e aproveitaram mais uma noite maravilhosa juntas.

No outro dia, os navios finalmente partiram, e Wendy, Jennifer, Clara e todo o resto da comitiva real, zarparam em direção a terra dos imps em uma viagem que durou algumas semanas até sentir as tempestades e as ondas gigantescas que quase sempre protegiam as praias daquele estranho lugar.

Então, bastante preocupada com o tempo, rainha Wendy pergunta a princesa do litoral — Clara, como nós vamos nos aproximar da costa se os ventos e o mar não permitem?

A princesa Clara, porém, não estava nem um pouco preocupada, e ao empunhar o mágico tridente que pertencia ao seu ex marido, falou — Não tema, princesa! Esse tempo furioso é apenas resultado de um poderoso feitiço de proteção que se ativa quando alguém se aproxima com barcos desse lugar! Porém, com o meu tridente, eu posso nos levar através da água por um pequeno bote para que a bruxa ou os imps não percebam a nossa chegada; pois assim que começam as tempestades, eles sabem que alguma embarcação se aproximou demais da costa deles. — Explicou a princesa do litoral antes de falar com um velho marujo caolho e lhe dizer para descer um bote grande capaz de levar doze pessoas.

Então devemos levar os melhores cavaleiros e as pessoas que eu escolher! Atchim! Amanda! Cof,cof,cof... Vá buscar aquele cavaleiro que está no compartimento mais profundo do navio! Cof,cof,cof.... Diana, traga Meg e Eleanor conosco, além dos melhores cavaleiros que puder encontrar! Atchim, atchim! E Jennifer, Cof,cof,cof.... Permaneça aqui até eu ou a Eleanor retornar. — Falou Wendy entre espirros e tossidas ocasionadas por sua fraqueza diante da chuva forte que assolava os corpos de todos presentes naquela embarcação.

Jennifer então pensou em implorar mais uma vez para Wendy desistir de tudo aquilo, mas sabendo que de nada iria adiantar, a garota azarada apenas abraçou e beijou a princesa das rosas vermelhas profundamente, antes de falar — Retorne para mim, meu amor. E eu prometo que lhe darei quantos beijos você desejar pelo resto de nossas vidas.

Wendy então sorriu contente ao ouvir as doces palavras de Jennifer, e ao entrelaçar os seus dedos com os da garota azarada em um aperto afetuoso e firme, a princesa das rosas vermelhas, falou — Eternamente... Amor verdadeiro... Eu sou sua... — E beijou as mãos molhadas de Jennifer antes de largá-las e ir em direção ao grande bote já preenchido com os cavaleiros e as pessoas que Wendy ordenara entrar.

E então, quando o forte bote tocou o seu casco nas águas frias e revoltosas do mar, princesa Clara levantou o seu tridente e fez o bote navegar sozinho sem a necessidade de remos algum, em direção a costa da terra dos imps.

Jennifer que havia se segurado até então para não chorar, finalmente deixou escapar uma lágrima fria, e ao apertar o cabo de sua espada, a qual levara consigo como uma forma de se sentir mais corajosa quando a hora da despedida chegasse, sentiu o agora grande Brown lhe lamber as suas pernas frias e molhadas, e ao se virar para observar o amarronzado cão, Jennifer avistou Thomas sorrindo para ela e perguntando — Você vai?

Para onde? — Perguntou Jennifer com os olhos cheios de lágrimas devidamente disfarçadas pela chuva.

Para a terra dos imps, ué. Ela está logo ali, adiante. — Falou o magro garoto ao apontar com o dedo indicador esquerdo para a direção por onde Clara guiara o mágico bote.

Jennifer então entendeu a pergunta do garoto magro, e ao negar balançando a cabeça, respondeu — Eu não posso! Tchunf! Prometi a Wendy que ficaria aqui esperando por ela.

Thomas então gargalhou e ao fazer uma dancinha engraçada no meio da chuva, falou — Que pena, eu não prometi nada; então eu vou. — E se afastou De Jennifer dando pulinhos bastantes desengonçados e engraçados.

Espere Thomas! Como você vai? — Perguntou Jennifer curiosa sobre as palavras do magro garoto.

Thomas então riu bastante alto e ao se aproximar novamente de Jennifer, sussurrou — Eu encontrei outro bote que não está sendo vigiado pelos marinheiros. Hihihi.... Vou cortar as cordas deste, descer e remar até chegar na costa. Hêhehe.... Eu sei que eu consigo. — Afirmou o magro garoto com bastante confiança e euforia.

Foi então que Jennifer tomou a decisão mais difícil de sua vida, e ao ponderar todas as suas opções, apertou o cabo da espada das rosas vermelhas novamente e falou — Thomas, prepare o bote e os remos; pois nós vamos remar.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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