O reino das rosas. escrita por Lord JH


Capítulo 45
O príncipe maquinista.


Notas iniciais do capítulo

Eleanor conta como foi nas minas de Miriac e Jennifer descobre fatos sobre o passado de Thomas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609470/chapter/45

O jantar foi farto e saboroso. Jennifer, Thomas, e Eleanor se fartaram bastante com o belo pedaço de leitão e faisão assado.

No meio do jantar a baronesa Margaret retornou a sua casa e ficou extremamente surpresa ao ver Eleanor de volta.

 Eli! Por que você demorou tanto? — Perguntou a baronesa ao correr e abraçar a sua velha amiga.

 Tive alguns problemas para resolver em meu reino. E também tive que encontrar uma certa pessoa...  Mas agora está tudo bem e eu estou aqui. — Respondeu Eleanor ao abraçar e beijar o topo da cabeça de sua amiga.

   Entendo. Vejo que vocês já estão bem alimentados e seguros. Será que poderia me apresentar o nosso convidado tão ilustre? — Perguntou Meg ao olhar para o pobre garoto magricelo.

O nome dele é Thomas e ele irá nos ajudar em um assunto muito particular. — Respondeu Eleanor antes de beber um pouco de vinho.

 Oh. Então suponho que o nosso convidado esteja bastante cansado. Jennifer, será que você poderia levar nosso convidado para um quarto bem confortável assim que ele acabar de jantar? — Pediu a baronesa com bastante pompa.

 Sim. Eu posso sim. — Respondeu a garota azarada ao se levantar e dar o resto da coxa de faisão para Brown.

Eu adoraria! — Exclamou Thomas contente. — Estou com bastante sono.

Ótimo. Jennifer acompanhe o nosso querido convidado por favor. — Pediu Meg ao se sentar e se servir com um pouco de vinho que Diana havia ordenado aos criados servirem.

Sim. — Concordou a garota azarada ao pegar na mão de Thomas e guia-lo pelos longos corredores do castelo-mansão.

Meg esperou até que o garoto e Jennifer já estivessem longe da vista e ao perceber que eles já estavam longe, Meg exclamou — Eli! Onde você estava com a cabeça?

No pescoço. — Respondeu Eleanor séria como sempre.

 Há há há... Você é muito engraçada pombinha. Mas sair de surpresa, e sem dizer nada, do meu castelo e ir até as minas de Miriac não parece ter sido tão divertido assim. Foi? — Perguntou Meg furiosa.

Eleanor não entendeu como Meg descobriu sobre aquilo e ao olhar para Diana em busca de respostas, a condessa do norte apenas ouviu — Ela descobriu tudo.

Então, ao ouvir a simples frase dita por Diana, Eleanor perguntou — Então você já sabe qual foi o meu objetivo?

—Meg concordou com a cabeça e após tomar um gole de vinho, respondeu — Sim. E eu quero muito saber o que você encontrou.  

Eleanor apanhou uma bolacha que havia caído por sobre a mesa e antes de abocanha-la, respondeu — Nada demais. Eu não tive muito êxito ao entrar naquelas minas. O lugar é um labirinto de trilhos e está repleto de imps.

 Você foi ferida? — Perguntou Diana preocupada.

 Não. Mas também não pude entrar nos salões inferiores. Pesquisei um pouco sobre aquele lugar na livraria de meu reino, mas parece que a única cópia do mapa está em algum livro deste castelo, já que a original estava com o duque. — Explicou Eleanor ao terminar de comer a sua bolacha.

 Entendo... Bom, se o livro estiver aqui neste castelo eu mesmo o encontrarei, mas o que mais me intriga é... Por que você trouxe aquele garoto com você? — Perguntou a baronesa curiosa.

 Porque ele é quem vai nos ajudar a encontrar os nossos pais. — Respondeu Eleanor rápida e diretamente.

 Como assim nos ajudar? — Perguntou Diana confusa. — Como aquele garoto maltrapilho pode ser útil para nós? — Indagou Diana enquanto bebia um pouco mais de vinho.

 O pai dele era o maquinista do trem que sai do meu reino até este aqui. Ele é o único que entende tudo sobre trilhos, trens, e locomotivas parecidas com as que eu encontrei nas minas. — Respondeu Eleanor de maneira fria e estática.

Parece um bom plano! — Falou Margaret ao se levantar e dá um pulinho inesperado de alegria. — Eu passarei a noite toda procurando por esse livro. Assim que eu o encontrar nós partiremos daqui em busca de nossos pais. — Afirmou a baronesa com confiança nas palavras da condessa.

 Certo. Apenas deixe-me saber quando você encontrar o tal livro. Então eu escolherei os melhores homens e guerreiros para nos acompanhar nessa jornada. — Falou Diana cheia de determinação.

 Eu não acho uma boa ideia. — Discordou Eleanor com aquele seu olhar frio de gelo.

 E por que não? — Perguntou a duquesa ao se sentir bastante incomodada pela replica da amiga.

Porque um grupo grande só vai chamar atenção. Eu sugiro só chamar alguns e vamos nós todos para resgatarmos nossos pais. — Sugeriu Eleanor sensata.

Verdade. Nós também não podemos deixar os súditos saberem disso, então apenas contem para aqueles que irão com a gente. Se precisarem de mim eu estarei na biblioteca procurando pelo livro. — Falou Meg antes de sair do salão apressada e eufórica.

Eleanor apenas olhou para a garotinha loira que sorria e pulava feliz de alegria e falou — Ela parece feliz.

 Ela está feliz. — Falou Diana ao se levantar e se aproximar de Eleanor. — Você trouxe a esperança de volta a ela quando retornou. — Completou a duquesa ao se sentar sobre a mesa em frente a princesa fria.

 E a você? Eu também trouxe algum tipo de esperança? — Perguntou Eleanor ao olhar nos olhos azulados da duquesa.

 Hêhehe... Sim. Um pouco. — Respondeu a duquesa ao se levantar e dar as costas a garota gélida.

 Vem comigo! Preciso falar com você. — Falou Diana ao seguir na direção do longo corredor.

 Já não estamos falando? — Perguntou Eleanor ironicamente.

Hahahaha... Digamos que essa é uma conversa um pouco mais particular. — Brincou Diana ao sorrir e abrir a primeira porta que ela encontrou no corredor.

 Eleanor sorriu e se levantou, e ao seguir e entrar no quartinho, a condessa perguntou — Que lugar é esse?  

 Diana olhou em volta e ao ver algumas sacas de grãos estocadas e algumas linguiças penduradas, a princesa perseverante respondeu — É algum tipo de despensa. Não consegue perceber com toda essa comida?

Não, mas não entendo o que nós viemos fazer dentro de uma despensa cheia de comida. — Retrucou Eleanor ao se virar e encarar o olhar frio e sedutor da duquesa.

Quem sabe? Talvez comer alguma coisa. — Falou Diana ao sorrir maliciosamente e se virar e fechar a porta baixando uma tranca de madeira.

Eleanor sorriu com o comentário pervertido da amiga e ao dar uma risadinha, zombou — Sério que esta foi a melhor desculpa que você poderia inventar?

Diana sorriu e ao se aproximar da condessa, falou — Não, eu já inventei piores. Mas pelo menos não sou eu quem me importo com elas mesmo sabendo que são desculpas falsas e esfarrapadas.

Eleanor respirou e suspirou com a aproximação de Diana e em um apelo fraco, falou — Eu viajei bastante e gostaria de um bom banho.

Diana apenas riu e ao segurar os negros fios de cabelo da condessa, falou — Você terá o resto da noite e amanhã o dia inteiro para se banhar... — (Beijo e suspiro no pescoço!) — Essa noite você será minha.

Mas eu estou um pouco suada e suja... — Argumentou a condessa.

Não importa. Eu adoro o gosto e o cheiro do seu suor. — Respondeu Diana ao dar uma longa e lenta lambida no pescoço e no rosto da princesa de gelo.

 Eleanor suspirou de nervosismo e em uma falha tentativa de tentar conter os seus impulsos, falou — E se eu não quiser?

 Então eu lhe tomarei a força. Você sabe que eu sempre consigo tudo aquilo que eu quero. — Sussurrou a duquesa antes de roubar um longo e doce beijo da bela princesa fria inebriada.

 Enquanto isso, no quarto de hospedes, Jennifer e Thomas conversavam sobre o passado do pai do garoto que era um dos homens mais brilhantes que o reino do norte já viu.

Ele era incrível! O papai consertava tudo o que traziam para ele. Nunca houve um maquinista ou mecânico tão bom quanto ele. — Falava Thomas enquanto brincava e acariciava as orelhas fofas e macias de Brown.

Nossa, o seu pai deve ter sido alguém muito bom mesmo. — Concordou Jennifer alegre.

Sim! Ele era o melhor. — Repetiu Thomas empolgado com o relato.

Mas o que houve com ele? — Perguntou Jennifer curiosa sobre o destino do papai do pobre garoto.

Thomas ficou meio desconfortável com a pergunta e ao voltar a acariciar a cabeça e as orelhas de Brown, falou — Certo dia ele partiu em uma viagem e nunca mais retornou.... Alguns dizem que ele morreu em algum acidente, e outros que ele foi raptado por alguém. Mas o que eu realmente sei é que eu nunca mais o vi... — Murmurou Thomas ao pensar e se lembrar daquele fatídico dia de inverno.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O reino das rosas." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.