Sob a chuva- One shot escrita por Selene Sumner


Capítulo 1
Sob a chuva


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas O/

Aqui está o meu primeiro One-Shot

Espero que gostem ^^

Por certo, quero desde já agradecer a todas as pessoas que comentarem e favoritarem, vocês merecem o céu XD



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Era de manhã, estava acabando de me arranjar, hoje ia cuidar de uma pequena biblioteca na qual a dona, uma senhora de idade, ficou doente. Como não tinha nenhum empregado, ela iria que fechar a loja este dia. Inicialmente essa era a ideia, no entanto lembrou-se se uma simpática cliente, ou seja eu, Lucy Heartfilia. Ela pensou que eu poderia estar interessada em tomar conta do seu pequeno estabelecimento por um dia. Não poderia estar mais certa, sempre gostei de ir à sua biblioteca quando tenho tempo livre. Apesar de pequena é muito confortável, e tem todo o gênero de livros.

Deixou uma mensagem no placar de trabalhos de Fairy Tail e não demorei muito tempo até lhe enviar a resposta. Chegaria dentro de duas horas. E assim aconteceu, em duas horas, abro a porta e o tilintar do sininho pendurado na porta ouviu-se por toda a receção. Apesar de ter usado o meu guarda-chuva pelo caminho todo até chegar aqui, o meu cabelo estava levemente empapado em água e alguns fios loiros agarravam-se à minha face. A anciã ao se aperceber que tinha chegado deu-me umas breves indicações sobre como deveria gerir o seu estabelecimento e foi-se embora. Não parecia estar nada com bom aspeto. “Que bom que a pude ajudar” pensei quando a vi a sair porta fora.

Tudo corria bem não havia nada com que me devesse preocupar, na verdade até estava bem calmo, até comecei a ler um livro que me tinha chamado a atenção, enquanto arrumava o armário que continha livros do gênero de aventura “ As peripécias de uma maga e a sua guilda”. A leitura estava a ser estimulante, e algumas ideias para o meu livro surgiam naturalmente à medida que o ia lendo, porém ouve algo que me chamou a atenção. Um garoto que aparentava ter a minha idade aproximou-se do balcão.

–Posso levar este livro?-Perguntou sorrindo, tinha um sorriso bonito. Era alto, o seu cabelo era curto de um tom castanho avelã e uns arrebatadores olhos azuis que reforçavam os seus longos cílios. Era realmente atraente.

–Claro! Só me precisa dar o seu cartão da biblioteca.

Ele retirou o seu cartão do bolso e o colocou em cima do balcão de atendimento. Peguei num enorme livro para registar o seu nome e da obra que ele iria ler. Assim que terminei devolvi os pertences ao garoto que por sinal se chamava James.

–Sabe, já faz um tempo que lhe estou observando. Os nossos gostos parecem ser muito parecidos. -Fez uma pausa. -Eu gostaria se sair com você para falar sobre alguns livros. Acha que nos poderíamos encontrar quando saísse do trabalho?

Não pude de deixar de hesitar um pouco, afinal era a primeira vez que me faziam uma abordagem tão direta, mas ele não parecia uma má pessoa, então concordei com a sua ideia de nos encontrarmos. Ele parecia realmente entusiasmado.

O resto do dia correu sem que nada de relevante acontecesse. Consegui acabar o livro que comecei a ler, e quando dei por isso o som de três badaladas sentiram-se por toda a cidade, apesar de estas terem sido abafadas pela chuva. Chovia torrencialmente há uma semana, e as nuvens pareciam não dar indícios que ela pararia tão cedo. Eram três da tarde. Fechei a loja e dirigi-me para o meu apartamento, onde iria trocar de roupa para o meu encontro. Fui para casa pelo caminho habitual, ou seja perto do rio, que agora estava tão cheio que dava a sensação que iria transbordar a qualquer momento. Estava quase a chegar, quando vi Erza vir na minha direção.

–Lucy, sabes onde o Natsu está? -Perguntou olhando em volta. Hoje tínhamos um trabalho, mas ele não apareceu. Ele não é de faltar assim do nada, e isso realmente me está preocupando. – O seu tom de voz parecia o de uma mãe preocupada com o filho. Não pude evitar dar um sorriso, no entanto não podia negar que era realmente estranho.

“Natsu faltara a uma missão? Mas que raio se tinha passado.”

–Ainda, não o vi hoje. Acabei de sair de um trabalho, mas se o vir perguntar-lhe-ei o que aconteceu.- Erza concordou e se afastou dizendo que tinha que completar outro trabalho.

Assim que a perdi de vista subi as escadas que davam ao meu apartamento. Tomei um banho e vesti outra roupa. Uma vez pronta, dirigi-me ao meu quarto e qual não foi a minha surpresa ao me deparar com Natsu sentado no chão enquanto Happy saboreava um peixe em cima da mesa. Apesar de ele sempre fazer o mesmo, sempre me surpreendo como ele entra na minha casa, sem eu dar por isso. Aproximei-me do espelho para ver como estava.

–Acho melhor você se cuidar. Você não sairá ileso se Erza descobrir que esteve o tempo todo aqui em vez de ter ido fazer o trabalho com ela.- Digo enquanto ato uma mecha de cabelo.

–Não me apetece ir trabalhar hoje. Quero passar o dia com você.

Ele estava muito estranho, aproximei-me e me sentei de cocaras para ficarmos cara a cara. Ele parecia estar mais fraco que o normal, já para não falar que ele parecia que esteve o dia todo espirrando. Inconscientemente, levei a minha mão à sua testa, que estava incrivelmente quente. Tão quente, que tive que tirar mão mal toquei na sua pele.

Um mago de fogo ter febre não é nada bom. Em situações normais a sua temperatura corporal já é alta, então se ele tem febre, ele fica a escaldar.

–Você esta ardendo em febre- Digo preocupada. Agarro nele e o deito na minha cama. – Eu sempre pensei que idiotas não apanhassem um resfriado.

Vejamos, eu penso que a Wendy, uma vez me falou o que fazer em casos de febre. Hum…... Se não me engano, o primeiro é retirar o excesso de roupa, verdade seja dita ele não tinha propriamente muita roupa, mas por via das duvidas decidi tirar o seu casaco. Com isso o seu tronco nu ficou à mostra. Não pude evitar corar um pouco.

Bom, pelo menos agora o segundo passo estava facilitado, pois consistia em molhar uma toalha em água fria e passar na testa, nuca e axilas várias vezes. Pedi ao Happy que me fosse buscar uma bacia com água e uma toalha, que rapidamente pôs as mãos à obra. Dei-lhe remédio para a febre, para o qual ele fez uma careta e eu não consegui evitar rir. Mal Happy trouxe a bacia com água dei-lhe as instruções do que deveria fazer. Ele pareceu entender à primeira. Também lhe expliquei que se a febre não passa-se era para lhe dar um banho em água tépida. Estava pronta para ir para o meu encontro, quando sinto algo a segurar o meu pulso. Olho para trás e vejo que era a mão de Natsu. Tenho que confessar que me surpreendeu um pouco.

–Onde vais?

A sua voz estava rouca. Ele estava definitivamente resfriado, mas tenho que admitir que a sua voz rouca era sexy. Mas que raio estou a fazer… A pensar que a voz dele é sensual, quando vou ter um encontro agora de seguida.

–Hoje tenho um encontro- Respondi e senti a sua mão me apertando com mais força.

–Não vás. Eu não gosto de ver com outros garotos. Não percebo porque, por isso não me perguntes. -Ele pareceu corar um pouco- Apenas não gosto. -Esta frase definitivamente apanhou-me de surpresa. O que é que ele queria dizer com isso? Mas depois lembrei-me que ele estava com febre, e pessoas com febre por não dizem coisa com coisa. Ia para dizer mais uma coisa mas vejo seus olhos se fechando lentamente. Pelos vistos o remédio fez o seu efeito, e ele adormeceu.

–Deixo o Natsu nas tuas mãos.

–Aye sir.

Passou meia hora quando cheguei na praça. Caminhei até ao local que tínhamos combinado, com a esperança que ele ainda não tivesse chegado. Por sorte não vi ninguém, sentei-me no banco à sua espera, e passado uns minutos vi James correndo na minha direção

–Desculpe o atraso. Está aqui á muito tempo?

–Acabei de chegar.

–Legal. O que achas de irmos comer alguma coisa?

Acenei com a cabeça de uma forma positiva, e nos dirigimos à pastelaria mais próxima. Fizemos os nossos pedidos, e falamos sobre os nossos gêneros de livros preferidos. Estava ser muito divertido. Além de ele ser atraente, tínhamos muitas coisas em comum. Estava a começar ficar interessada, e pelos vistos ele também, o jeito como ele olhava para mim dizia tudo. Ao longe vejo Levy a acenar com a mão como se dissesse para me aproximar, e depois entrou para a casa de banho.

–Desculpa, achas que posso ir ao banheiro?

Ele concordou e fui ter com ela. Dentro do banheiro notei que ela estava um pouco apreensiva. Será que era um assunto muito serio? Não contendo a minha curiosidade quebrei o silêncio.

–O que tens para me dizer?

–Não sei bem como dizer isto. Por onde devo de começar…...

–Ora, começa do início.

–Hum… Tu e o garoto de olhos azuis, vocês…

–Somos amigos, o que tem?

Ela parecia aliviada. Será que ela gosta de James? Não, não pode ser, afinal ela já me contou de quem realmente gosta. E sejamos sinceros está bem na cara.

–Se são amigos tudo bem. Pensei que você pudesse gostar dele.

–Ué, qual é o mal disso?

–Ah. Você não sabe? Ele é gay.

O chão pareceu desabar sobre meus pés. Como assim ele é gay? Finalmente acho um garoto que tens os mesmos interesses que eu, e ele acaba sendo gay? Isso não pode estar certo. Saio correndo para tirar isso a limpo, mas não foi necessário, lhe perguntar diretamente, pois quando saio do banheiro, me deparo com James e outro garoto dando um selinho. Ele repara que sai, e me chama. Aproximo-me lentamente, cada passo que dava era sufocante, quando cheguei perto de James, surgiu uma urgente vontade de chorar.

–Lucy, quero lhe apresentar o meu namorado, Liam.

Forcei-me a sorrir apesar de as lagrimas ameaçarem cair a qualquer momento.

–Ouçam…eu…… tenho que ir.

Sai dali o mais depressa que pude. Quando passei por uma rua algo me puxou repentinamente. Ia gritar quando algo tapou a minha boca. Me virei e me deparei com Natsu.

–O que está fazendo? Devia estar na cama.

–Eu pedi para não vires.- Notava-se na sua voz que ele havia forçado o seu corpo a vir aqui.

–Porque não deveria vir? Não sou digna de arranjar alguém que goste de mim?- A minha voz tremia. Eu devia estar parecendo patética mas não consegui evitar. A chuva que agora caia mais forte não ajudava em nada.

Perdi a batalha, na qual lutava a minha força de vontade, para conter as lagrimas, e a minha necessidade de começar a chorar feito uma criança. Começo a ver tudo desfocado e as lagrimas que com tanto esforço tentei conter escorrem cara abaixo. Tentei voltar a sair dali para que ninguém me visse, principalmente Natsu, estava definitivamente com um ar miserável, não obstante sinto dois braços se enrolarem à minha volta e o peso do seu corpo cair contra o meu. Tentei soltar-me mas ele estava segurando muito forte. No final desisti de tentar escapar, e chorei o máximo que pude contra o seu peito.

–Você não precisa encontrar alguém para gostar de você. Você já tem alguém que gosta de você aqui mesmo.

Olho ainda chorosa para os seus olhos, que fixamente olhavam para os meus. Um pequeno sorriso aparece nos meus lábios. Ia para dizer a minha resposta, quando ouço a voz zombeteira de Happy.

– Você gosta dele.


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Notas finais do capítulo

Cupcakes, comentem e façam uma escritora feliz ^^

Um simples gostei basta.

Assim saberei se vocês gostaram ou se preciso melhorar mais

Avisem se detectarem algum erro, eu tentei corrigir todos, porem pode me ter escapado algum.

Querem que eu faça mais alguma One-Shot???? Sim???? Não??? Se sim com que personagens?? Digam nos comentários ^^



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