Generation escrita por Suzanna


Capítulo 27
Capitulo 26 - Passado!


Notas iniciais do capítulo

Você é o pesadelo de qualquer pai
Com seu quarto, olhos e cabelo bagunçado
Você partiu muitos corações
Você atingiu sua meta

Charme é o que não te falta
Tão quente que deve ser contido
Um erro prestes a chegar
Então, por que eu não quero correr; por que eu não quero correr
Por que eu não quero correr, correr, correr, correr, correr

Você é confiável, desaconselhável, injustificável
Mas você é indescritível
Me deixa ansiosa
Oh tão desejável, você é inegável, uou, uou, uou

Você usava as outras garotas
E não me trata do mesmo jeito
Porque está preso a mim
Como uma mariposa a uma chama

Viciada nessa música:

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O que eu estou pensando? Não, não e não!

Afasto-me antes dos lábios do Matt tocar os meus.

__ Matt, eu não posso... – suspiro.

Ele abre os olhos e engole em seco.

__ Angel, me desculpe... – passa as mãos pelos cabelos. __ Foi uma atitude idiota. Eu me enganei em achar que você também queria. Desculpe-me mesmo! – diz nervoso.

__ Não é nada contigo, Matt... – suspiro. __ É que acabei de sair de um relacionamento bastante complicado e a ferida ainda está aberta! – meu peito dói ao lembrar-me de Cameron.

__ Entendo. – molha os lábios. __ Desculpe-me mesmo!

__ Tudo bem... – sorrio.

__ Mas se mudar de ideia eu posso ser um bom enfermeiro! – brinca e ambos sorrimos.

Fito o velho prédio tentando esquecer a cena de minutos antes e imagino como meus pais devem sentir saudades daqui e de tudo que viveram aqui.

__ Quer arriscar entrar? – pergunta despertando-me.

__ Não... – sorrio. __ Se alguém nos pega ai dentro, estamos ferrados!

__ O prédio está abandonado. – informa-me.

Sorrio assim que uma ideia surge em minha mente.

__ Sei de pessoas que vão adorar entrar ai. – digo pegando o celular.

*...*

Encaro meus pais, tia Gabi, tio Armin, Sophie se aproximando. Eu havia os chamado para relembrar o passado e eles haviam chamado tio Alexy... Não acredito! Quanta saudade! Nem espero eles chegarem totalmente perto e corro para os braços do azulzinho. Ele abre os braços e me tira do chão em um abraço de urso.

__ Minha pequena! – diz animado beijando minha bochecha.

__ Tio Alexy, que saudade! – digo com os olhos marejados.

__ Eu também estava com saudades, anjo. – abraça-me mais forte.

__ Chega de melosidade. – brinca meu pai.

__ Sempre tão fofo esse ruivo delicia! – rebate Alexy.

__ Por que nos chamou aqui, querida? – pergunta minha mãe.

__ Não estão reconhecendo o lugar? – Matt pergunta.

Os seis olham para o velho prédio e vejo os olhinhos brilharem.

__ Stwees Amoris! – exclamam.

__ Matt deu a ideia de entrarmos lá, já que o prédio está abandonado. – digo.

__ Mais que bela ideia, sobrinho lindo. – diz Alexy.

__ Como eu queria que os outros também estivessem aqui... – diz minha mãe.

__ Pena que eles só chegarão ao sábado! – suspira Gabi.

__ Pena que Rosa não poderá vim... – acrescenta minha mãe.

__ Vocês vêm ou não? – grita Matt retirando as madeiras que tapam a entrada.

Todos assentem e se aproximam para ajudar.

*...*

PDV JENNY (mãe da Angel)

__ Não mudou nada. Olha a sala da velhota. – diz Castiel. __ Passei muito tempo aqui!

Todos riem e observo o lugar. Quanta saudade desse lugar! Quantas lembranças.

__ Em cada sala dessas tem um pouco de nós! – Alexy diz com os olhinhos brilhando.

__ Como essa... – aponta Armin. __ Onde eu e Gabi demos nosso primeiro beijo!

Meus olhos enchem de lágrimas. Eu não tinha noção do quanto meu passado faria falta!

__ O corredor onde eu fora agredido... – brinca Castiel me olhando sorrindo.

Flashback on

__ Eu não ouvi seu batuque, ruivinho! – o azul disse direcionando seu olhar para o idiota ruivo.

Ele revirou os olhos e sorriu sarcástico.

__ Não batuco para coisas desnecessárias. – ele respondeu totalmente grosso. E meu sangue ferveu em minutos. Fui segurada pela Rosa e Iris para não voar no ruivo.

__ Que isso! Gente, soltaram a onça do zoológico! – o ruivo continuou provocando. E por descuido das meninas eu o alcancei e desferi uma pequena unhada em seu pescoço. Vi um pouco de sangue descer e nas minhas unhas um pouco de sua pele.

__ Ok... Vamos sair daqui! – o azul disse me puxando junto com ele.

Flashback off

__ O que aconteceu pai? – pergunta Angel.

__ Sua mãe quase arranca meu pescoço! – responde o ruivo arrancando risos.

__ Vamos ao lugar favorito de seus pais, Angel... – azulzinho puxa a menina para a escadaria e abre as portas atrás das escadas.

Descemos para o lugar escuro e frio. Havia muitas teias de aranhas e um cheiro ruim, mais eu continuava me sentindo bem ali. Varias memorias!

Flashback on

__ Eu te amo! – falei segurando seu rosto agora com minhas duas mãos.

Ele sorriu e seus olhos brilharam.

__ Eu te amo. – respondeu.

Sorri e me aproximei de sua boca e selei nossos lábios. Suas mãos caminharam pelo meu corpo e envolveram minha cintura e nuca. Ele separou nossas bocas, sua mão segurou firme, meus cabelos seguindo sua boca para meu pescoço, seu toque me enlouquecia seu cheiro me hipnotizava. Precisávamos parar ou aquilo iria longe e o porão não é um bom lugar para fazer esse tipo de coisa e qualquer momento o Lysandre poderia entrar.

__O que acha de tocarmos algo? – perguntei ofegante enquanto ele beijava meu pescoço.

__ O que acha de continuarmos?! – ele se referia em continuar a me atiçar.

Sorri e ele voltou para minha boca. Sua língua tomava minha boca sensualmente e suas mãos me empurravam de leve para o velho sofá. Agarrei seus cabelos e os puxei com desejo. Ele apoiou seu braço no sofá e me deitou devagar. Sorri entre o beijo e lembrei­ me de quando ficamos presos aqui.

__ Que foi? – ele sussurrou quando viu meu sorriso.

__ Quando nos conhecemos e ficamos presos aqui... – sussurrei e ele sorriu.

__ Em cada canto dessa cidade tem um pouco da gente! – ele disse mordendo meu lábio inferior. Sua mão soltou de minha cintura e foi ao encontro da minha em sua nuca. Ele segurou a mesma e apertou.

Corpos colados, bocas seladas, tomados de desejo. Segurei a barra de sua camisa e a suspendi jogando ­a ao chão. O mesmo ele fez com minha blusa. Seu peito nu tocava o meu e o calor aumentava. Ele se levantou me puxando junto com ele e depois trocou nossas posições, ele se deitara no sofá e eu sentei por cima de seu corpo o beijando.

__ Opa! – ouvimos uma voz um tanto envergonhada e encaramos o grisalho e a Rosa perto da escada nos encarando sorrindo sem graça.

Passei as mãos sobre os cabelos e os joguei para o lado. Minha cara era de vergonha e susto. O ruivo percebendo que eu estava só de sutiã me abraçou escondendo meu corpo.

__ O que quer grisalho? – perguntou o ruivo num tom meio irritado.

__ Foi mal! É que a aula já acabou e nós viemos chamar vocês para irmos embora junto com os outros. – Rosa respondeu rindo maliciosa, já que o grisalho não conseguia desengasgar de vergonha.

__ Já estamos indo... – respondi sorrindo.

Eles assentiram e o grisalho foi preciso ser arrastado pela Rosa. E sumiram nas escadas.

__ Eu disse que era melhor tocarmos... – falei me levantando e pegando minha blusa no chão.

Ele sorriu e me puxou de volta para ele.

__ Disse mais não resistiu a nenhum momento. – ele respondeu sorrindo e eu mordi seu lábio.

Flashback off

__ Esses corredores e essas paredes tem varias historias para contar... – Matt diz sorrindo.

Era emocionante reviver tudo novamente. Castiel segura minha mão e sorri. Armin e Gabi relembram seus momentos e Sophie se mantem calada, já que nunca estudou aqui. Alexy mostra animação em passar pelas salas e lembrar-se do quanto fomos felizes aqui.

Passamos pelo lugar que mais me deu lembranças ruins. O banheiro feminino!

Flashback on

__ Com medo de mim? ­– perguntou Dylan sorrindo malicioso.

Meus olhos arregalados o encaravam. Minha respiração insistia em falhar. Senti meu corpo ser pressionado contra a parede gelada da cabine e ele se aproximar de mim prendendo minhas pernas com as suas. Eu queria morde-lo mais não conseguia. Lágrimas insistiam em querer descer e eu as segurava.

Sua cabeça seguiu para meu pescoço e senti seus lábios tocarem o mesmo. Eu não podia gritar, bater, morder, espernear ou sequer chorar. Meu corpo involuntariamente tremia e isso o fazia rir, seus dentes tocaram minha orelha. E por um descuido de sua mão em minha boca, eu consegui morder com força. Ele me soltou para sentir sua dor e eu arrisquei sair correndo, mais ele foi rápido e me jogou com força em direção a parede.

__ Muito feio oque você fez... ­– ele disse rindo e tapando minha boca novamente. Ele agora apertava mais meu corpo contra a parede e isso doía.

__ Morder me deixa excitado! ­– ele continuou e aproximou sua boca da minha. Eu não aguentei em segurar, lágrimas desceram pelo meu rosto e gritei abafado pela sua mão.

Ele segurou­ me somente com a mão tapando minha boca e levou sua outra mão até o bolso, puxando um pano branco. Engoli em seco e fiquei com mais medo ainda do que ele pensava em fazer. Vi um sorriso surgir em seus lábios e numa rapidez ele me puxara de costas para ele e amarrara o pano em minha boca.

__ Vou poder usar minha mão em algo mais interessante. ­– ele disse em meu ouvido e com meu corpo de costas colado ao seu ele desceu sua mão até minha coxa e apertou. Seus lábios tocavam meu pescoço e eu chorava feito uma criança assustada...

Flashback off

Aperto a mão do ruivo e ele me olha entendendo o meu nervoso. Para de andar e segura minha cabeça, puxando-me para seu peito e me abraçando.

__ Mãe? O que aconteceu? – Angel pergunta, preocupada.

__ Foi aqui que o maldito Dylan Johnson tentou abusar da Jenny! – explica tio Armin.

PDV ANGEL

Foi como um tiro certeiro em meu peito – foi aqui que o maldito Dylan Johnson tentou abusar da Jenny – doeu mais que uma tapa. Engulo o choro que sobe em minha garganta e continuo fitando minha mãe de maneira preocupada. Ele sorri tentando me confortar e se aproxima.

__ Ainda dói muito não é? – pergunta.

Assinto deixando meus pensamentos fluírem para ele. Cameron!

__ Eu queria tanto ter evitado isso... – ela diz abraçando-me.

Fito Sophie que me encara de forma entristecida e ao mesmo tempo repreensiva.

__ Não estou entendendo... – Gabi diz.

__ Angel se envolveu com o filho do Johnson sem saber. – explica meu pai.

__ Ele teve um filho? – pergunta Alexy assustado.

__ Um filho que não tem culpa de absolutamente nada... – bufa Sophie.

__ De novo não Sophie! – repreende meu pai.

__ A verdade dói, não é?! – ela debocha. __ Só queria ver se vocês estivessem no lugar dele. Gostariam de serem julgados por um erro que seu pai cometeu no passado, quando você nem era nascido! – suspira.

__ Eu acho que Sophie tem razão! – Matt diz surpreendendo á todos.

__ Esqueçam esse assunto. – meu pai ordena.

__ Sophie me diz uma coisinha... – sorri Alexy. __ Ele é gato que nem o pai era?

Meu pai olha para o azul de forma furiosa e ele dá de ombros.

__ Não sei se o pai dele era, mas ele... – Sophie me olha maliciosa. __ É muito gato!

Desvio o olhar dela e a imagem dele sorrindo vem em minha mente. Sou tão vulnerável quando o assunto é ele. Ela tinha razão... Ele é um gato! E era meu...

__ Angel querida, esqueça-se de quem ele é filho. – Alexy grita. __ Ele é um gato. Sophie me mostrará uma foto de vocês dois!

__ Cale-se Alexy. – grita meu pai. __ Se não quiser que eu cale para você!

*...*

O dia passou rápido depois que voltamos para casa. Porém as lembranças e as historias que todos contaram ainda estavam em minha mente, principalmente a que envolvia Dallas.

Suspiro e jogo o corpo para trás caindo na cama com a mão na testa. Desde que o deixei meu peito dói como se um buraco enorme houvesse se aberto nele. Lembrar-me de seu sorriso quando me via sentada no pátio o esperando, das suas provocações para me conquistar, dos seus beijos deliciosos, de suas mãos tocando meu corpo, de cada olhar trocado. Amá-lo foi a melhor coisa que já fiz!

Meu celular vibra e pego na cama ao meu lado.

__ Rosie? – atendo ao ver seu numero na tela.

__ Rosie? – ela fica em silencio e chamo novamente.

__ Queria ouvir sua voz e dizer que sinto sua falta! – não era Rosie.

Era... Cameron! Meu deus, como eu estava com saudade de sua voz. Ele desliga antes que eu possa dizer algo. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas e dessa vez não seguro-as. Apoio a cabeça nas mãos e deixo as lágrimas rolarem...

O que eu faço da minha vida? O que eu faço com esse passado desgraçado que só atormenta? Eu não sei demais nada. A única coisa que eu tenho certeza é que...

__ Eu te amo, Cameron! – sussurro entre soluços.

Meu celular vibra novamente e encaro a tela, nervosa e ansiosa pensando ser ele.

“Eu te amo, Angel!”- Cameron.

(...) E ninguém sabe além de mim, o quanto eu
preciso de você. - Angel Louis e Cameron Dallas.


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