My Only One escrita por poetictragedyx3


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Oi Me deu um ataque HB e eu fiquei morrendo de vontade de escrever algo. Eu sei que está meia clichê, chata, boba ou sei lá, mas deu vontade, e isso foi o máximo que eu consegui escrever. Meu humor tá meio bagunçado ultimamente, então já viu... Bom, eu realmente espero que gostem.



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Pensando bem, eu não sabia quando havia parado de me importar comigo mesmo. Eu sempre acabava concordando e apoiando tudo o que o Pierre fazia ou dizia. Sempre acabava seguindo cegamente suas palavras deixando de lado as minhas vontades, os meus sentimentos.
Não que eu gostasse de me fazer de ‘capacho’, de ser apenas usado, não era isso... Eu apenas me sentia feliz em mimá-lo. Eu gostava de vê-lo sorrindo sempre após eu achar graça em suas piadas bobas, eu gostava de abraçá-lo quando ele mais precisava.
E tudo isso, todas as minhas reações eram inconscientes. Eu estava inconscientemente apaixonado por ele, e isso já fazia muito, muito tempo.
-Hey, Dave? – Pierre havia adentrado o cômodo, fazendo-me sair rápido dos meus pensamentos e reagir de um modo um pouco assustado.
-Ah, sim... Pie?
-Sabe, eu estava pensando... – ele sentou na poltrona ao meu lado e suspirou – Eu não sei nada sobre o que todos chamam de amor... Você sabe como funciona isso?
-Como funciona o... A-Amor?
-Sim. – ele respondia, esperando uma resposta simples e olhando-me fixamente, o que dificultava um pouco as coisas.
-Ah Pie, eu não sei nada sobre isso de amor. – respondi revirando os olhos, sentindo que meu próprio rosto corava um pouco ao percebê-lo me olhar – Eu sou o maior fracassado nisso, você sabe. Acho que você deveria pedir conselhos para o Chuck, ele que nunca está sozinho, e... – e desviei o olhar, olhando para meus próprios pés, os quais eu mexia em um movimento ritmado, tentando me distrair.
-Dave, você ouviu minha pergunta? – ele segurava de leve meu rosto e fazia-me olhar diretamente para ele, de novo – Eu perguntei como é o amor, não como se faz para ser igual ao Chuck e dormir todos os dias com alguém diferente... Amor, sabe?
-Isso é meio difícil para mim.
-Difícil?
-É, muito. – eu respondi e ri um pouco, tentando descontrair e levantei-me, começando a dobrar algumas das roupas que estavam espalhadas pelo quarto – Você nem imagina o quanto. – completei baixo e revirei os olhos, dando de costas para ele e respirando ligeiramente fundo.
-Ah, droga. Me desculpe por essa conversa idiota, Dave.
Percebi que ele havia levantado-se também, e que fazia menção de sair do quarto, deixando-me com aqueles pensamentos novamente, e eu definitivamente não queria isso. Estava tão bom ficar próximo à ele. Era tão boa aquela sensação de meu rosto esquentando com apenas um olhar, uma palavra que ele dirigia para mim, em minha direção.
-Pie? – resolvi me pronunciar e virei novamente, para olhá-lo.
-Sim, Dave? – ele respondeu com seu sorriso habitual, olhando-me com uma expressão curiosa.
-Não precisa me pedir desculpas. A conversa não foi idiota. Eu é que sou. – respondi meio em desespero, sentando-me novamente no mesmo local – Ah... Eu realmente queria não ser tão dependente assim de ver o seu sorriso, de perceber a sua respiração perto de mim, eu...
-Você? – ele olhava-me com atenção, e sentava-se novamente ao meu lado.
-Eu queria sentir por você a mesma coisa que você sente por mim, droga. – respondi olhando-o também, sentindo-me aliviado a cada palavra que saia pela minha boca, mas ao mesmo tempo percebendo meu estômago doer um pouco, pelo nervosismo, acho.
-Você queria... Ser meu melhor amigo? – ele perguntava olhando-me com uma expressão confusa no rosto.
-Melhor amigo? – eu sentia aquelas palavras atingindo meu peito como um punhal, frias e cortantes – É Pie, isso que eu queria. Porque eu consigo transformar algo tão simples como amizade em...
- David Phillippe Desrosiers, e se eu falasse que eu te amo? Que eu me sinto culpado por sentir um ciúmes doentio de você? Que tudo o que eu mais quero é sentir que você é só meu? Que eu só vejo o mundo colorido do jeito que é porque você sempre está ao meu lado?
Senti meus olhos encherem, mas não permiti que aquelas lágrimas recém formadas escorressem, seria patético demais. Apenas esbocei um leve sorriso nos lábios e continuei olhando-o fixamente. Ah, como eu gostava de observá-lo assim de perto... Gostava de tudo nele, de cada pequena curvinha em seu rosto.
-Eu me sentiria muito mais aliviado, porque assim eu sentiria o mesmo que você.
-Ah, Dave... – ele levava uma das mãos até meu rosto, pousando-a lá, ainda olhando-me – Então isso é o amor?
-É, eu acho que sim. – eu sorri, sentindo sua mão encostada em mim – Eu só não esperava que ele fosse tão... Simples assim. Eu pensei que o amor fosse feito para machucar, para nunca dar certo.
-É, pelo jeito não é assim. – vi seu sorriso pela última vez e ele aproximou o rosto do meu, apoiando-se no braço da poltrona em que eu estava sentado, e deixando nossos lábios à apenas alguns centímetros de distância e sussurrava, com os olhos levemente fechados – O amor não poderia nunca machucar, eu acho. Porque quando falam em amor, sem nem pensar, eu relaciono à você, e nunca conseguiria imaginar você me machucando.
-Isso porque eu preferia me machucar a fazer isso com você. – respondi e ri de leve, logo em seguida dando um leve impulso com os cotovelos na poltrona, acabando com aquela distância que nos separava,tocando-lhe os lábios com os meus próprios.

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