SB: Até que enfim você admitiu! Achei que era só eu que sentia isso!
MT: O que? Você...
SB: Sim, Mac. Sinto tudo isso que você sente. Não me declarei pois tinha medo. Medo de ser rejeitada.
MT: Nunca você seria rejeitada.
SB: Você criou coragem para vir até aqui e dizer isso tudo?
MT: Na realidade, eu iria dizer depois que você saísse daqui. Mas você deu a deixa, eu aproveitei.
SB: E como vamos ficar no trabalho?
MT: Como sempre ficamos. Oras, Stell, fora do lab, temos nossa vida pessoal. Dentro, profissionalismo a parte.
SB: Tem certeza disso?
MT: Como nunca tive em minha vida...

Devolvo o beijo que ela havia me roubado. Eu, com um sorriso nos lábios, me afasto. Ela, me olhando com cara de pidona, pergunta:

SB: Por que parou?
MT: Bom, você vai ter muito mais quando sair daqui.
SB: Promessa é dívida.
MT: Pode deixar que essa eu cumpro.

Stella sorriu e eu fui tirando o paletó, que sempre me acompanha. Ela apenas me olhava, com aqueles verdes que me extasiavam. Peguei um copo da água e tomei. Foi quando o médico entrou.

SV: Hei. Mac, quando você vai ir para casa, tomar um bom banho e dormir relaxadamente?
MT: Quando minha parceira sair desse hospital.
SV: Ou seja, no fim de semana.
MT: Nesse fim de semana?
SV: Isso mesmo. A recuperação da Det. Bonasera está tão rápida e excelente que se continuar nesse ritmo, poderá sair nesse fim de semana.
SB: Graças a Deus.
SV: Como passou a noite?
SB: Bem, não senti dor e dormi a noite inteira.
SV: Ótimo! Se bobear, antes do fim de semana vai sair.
MT: Muito bem, mas fique sabendo: As férias forçadas serão certas.
SB: Bom, não tenho como negar...
SV: Sorte a sua que o chefe dá as férias assim. As minhas só levarão 8 meses para acontecer.
MT: Nossa, que sorte!
SV: Nem me fale. Bom, adoraria ficar conversando mais um pouco, mas minha ronda apenas começou. Até depois.
SB: Até doutor.
MT: Boa sorte.