Love me like you do escrita por Clara Ohana


Capítulo 2
Dúvida.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal,só estou disponibilizando este capítulo hoje,pois tinha ele pronto,o próximo vêm na semana que se inicia não sei quando especificamente,mas ta chegando!
Obrigada aos que comentaram



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8 de Outubro de 2013.

09:14 am.

— Achar que todas as pessoas que nos criticam têm inveja da nossa vida é uma prova de imaturidade. Por vezes elas só nos querem ajudar a melhorar. Temos que saber diferenciar uma crítica construtiva com um crítica negativa,Ludmila!—Tentava explicar para a loira,que Camila Torres,sua prima só queria ajuda-la.—Achei legal o que a Camila falou.

—Violet!Entenda-me,dear!A Camila quer roubar tudo o que eu tenho!—Ludmila andava de um lado para o outro fazendo barulhos no piso de madeira com seus saltos.—TUDO!

—Ludmila, ela esta certa!—Retruquei sabendo que iria ouvir.

—O QUE?—A loira gritou.

—Camila disse que deveríamos dar um toque retro na galeria, não disse?—Perguntei sem ter resposta. —Então,eu concordo com ela, olha ao seu redor.—Ludmila mirou toda a galeria e voltou seu olhar para mim.—Só temos vários tons de azul,cinza,preto e branco nessas paredes!Isso tudo aqui, tá moderno demais!—Finalizei.

—Tá, tudo bem me rendo! Umas cores não ficariam tão ruins. —Ludmila se deu por vencida, e sentou-se em uma poltrona enquanto eu ficava sentada nas escadas brancas.—Agora me diz, você tá sentindo muita falta do Alex?

—Não sei!—Disse mexendo nas tiras de meus saltos.—Alex e eu vivíamos mais em uma amizade suprema do que eu um noivado.—Esclareci.—Percebo isso agora que ele se foi.

—E a ideia de se casar com o León?—Ludmila indagou-me cruzando as pernas.

—Por favor, nem me lembre disso.—Levantei-me descendo alguns degraus e indo até o frigobar que existia na galeria.

—Por que não?—Ludmila disse rindo.

—Aquele mentecapto não me deixa em paz!—Disse bebendo um gole de meu suco de laranja.—Você acredita que em menos de dois meses ele já foi na minha casa cinco vezes.—Disse me sentando novamente nas escadas.—CINCO!

—Fazer?—Ludmila interrogou-me.

—Tentar bancar o amigo que vai consolar a amiga após a morte do noivo!—Disse com uma voz até engraçada.

—E o que você fez?—Ludmila fez uma cara estranha,pensando besteiras.

—Ah,por favor Ludmila!—Disse exaltada.—Você acha que daria moral para aquele ser infeliz?—Pedi deixando claro que não,eu não daria moral para o Vargas.

—Vai saber!—Ludmila disse com uma cara tipo “Acho que sim”.—Violetta, dependendo de você eu espero por tudo!

—Ludmila, faz um favor? Vai ver se eu tô na esquina!—Disse me levantando e colocando o copo de suco em cima do balcão e pegando minha bolsa e as chaves do meu carro.—Ou melhor! Eu to indo pra casa!—Já estava quase na hora de fechar a galeria, e os quadros mais importantes já havíamos recebido.

—Violetta!—Ludmila gritou no intuito de me parar mas falhou.

Adentrei ao meu carro, uma mercedes benz class b , e rumei até o mercado ,meus armários estavam vazios e eu não podia seguir comendo em restaurantes ou lanchonetes, adentrei ao estacionamento do grande mercado , que por sinal estava lotado, quando finalmente encontro uma vaga vejo o escrupuloso ser León Vargas sair de dentro de sua Ferrari vermelha impecavelmente brilhante ,eu não podia perder uma oportunidade de importuná-lo, adentrei naquela vaga fazendo-o recuar até encostar em seu carro.

—Violetta?—León indagou-me enquanto eu saia do meu carro e travava o mesmo.—Só podia ser você,não?

—Estranho que deixem animais frequentarem este local.—Disse passando por León e sendo seguida pelo mesmo.

—Todo esse ódio é amor, Vilu?—O cretino e infeliz andava ao meu lado.

—Primeiramente Vilu é um apelido para amigos e segundo nem todo ódio vira amor sabia?—Perguntei encarando aquelas íris que habitavam o corpo errado, com certeza.

—O seu futuro marido pode também te chamar de Vilu!—Exclamou o cretino.—E você pode me odiar e me amar ,bem aqui no fundo.—León me parou e colocou o dedo na região de meu coração.

—Tira o dedo dai.—Empurrei seu braço.—A única coisa que tem aqui.—Apontei para o meu coração.—É sangue, meu querido!

Felizmente pude fazer as minhas compras sem interrupções banais de León Vargas, comprei tudo o que se era necessário para viver o que era necessário para ser feliz também.

Coloquei todas as minhas compras em meu carro e rumei em direção a minha casa, guardando o carro na garagem e as compras cada coisa em seu devido lugar.

Resolvi tomar um banho para esquecer aquele dia e aquele encontro extremamente desagradável que eu tive com León.

Sai do chuveiro colocando uma roupa quente para ficar em casa e sou despertada de meus pensamentos com o soar de meu telefone alegando ser Francesca me ligando.

—Oi Fran.

—Vilu, ainda tá cedo você não quer vir aqui em casa para fazermos uma janta e dai você dorme aqui?

—Fran, não é uma boa ideia o León também mora ai.—Aleguei tentando recusar aquele convite, Francesca e León moravam em um apartamento no centro da cidade.

—Violetta, esquece o meu irmão!Hoje a noite ele e o pessoal na empresa terão uma janta sei lá eu pra quê!E ele vai chegar tarde em casa e cansado,nem vai notar nossa presença!

—Mas quando eu chegar ai,ele vai estar ai!

—Ignora ele!Te espero e não demore mais que meia hora!

A desgraçada desligou sem esperar eu terminar de falar,dando-me por vencida,arrumei minha bolsa com algumas coisas que eu precisaria amanhã.

Resolvi colocar uma roupa casual e quente para aguentar o frio : (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=149673846 )

Coloquei meus óculos,peguei minha bolsa e me direcionei para o prédio em que Francesca habitava, um prédio alto com vinte e três andares, sendo o último o de minha amiga.

Francesca era estilista e desenhava roupas para uma marca de Buenos Aires, participava frequentemente de jantares,bailes e desfiles dos quais muitos me levava junto para ter alguém “normal” ao seu lado.

Ela fez um intercâmbio longo na Itália,e voltou de lá completamente mudada.

Adentrei aquele prédio e me locomovi até o último andar, apartamento 302.Toquei a campainha esperando ser recepcionada por algum empregado ou até mesmo Francesca,mas infelizmente quem abriu a porta foi o demônio de terno.

—Minha esposa!—León tirava minha paciência cada vez que nos víamos.—Que prazer tê-la aqui em minha residência.

—León poupe-me de sua piadinhas e de seu sarcasmo.—Adentrei aquele apartamento,procurando por Francesca.—Eu nunca viria até aqui só para ter o desgosto de te encontrar!Cadê a sua irmã?—Pedi já irritada.

—Calma Vilu!—Agora que eu havia reparado que León estava todo pronto para o jantar exceto pela gravata,que estava pendurada em seu pescoço.—Francesca esta tomando banho.—León começou a se aproximar de mim,parando a apenas dois passos.—Sabia que essa blusa realça seus seios?—O manipulador infeliz,mirava meus seios sem ser minimamente discreto.

—E você sabia que.—Me aproximei dele com uma voz extremamente sensual.—Essa sua cara de cretino combina perfeitamente com seu genes?—Respirei fundo e passei ao seu lado jogando minha bolsa no sofá e me dirigindo até a cozinha,eu já era de casa então...

—Ah Violetta!—León me seguiu até a cozinha barrando meu movimento de abrir a geladeira.—Quando nos casarmos, ou te levar pra cama e vou fazer você gemer meu nome e me pedir por mais!—León havia colocado seus braços ao redor de meu corpo ,impossibilitando qualquer tentativa de fuga,eu já sentia sua respiração bater em minha face,e num momento de fraqueza molhei meus lábios.—Sempre tive fetiche por mulheres que usam óculos!

—León,esqueça essa sua obsessão!Eu não vou me casar com você!

—Veremos!—León soltou seus braços e me deu um beijo na bochecha se retirando.—Maninha,sua convidada chegou.—León anunciou do corredor,e pouco tempo depois na cozinha apareceu uma Francesca com os cabelos molhados.

—Vilu,desculpa eu estava tomando banho!

—Desculpa Francesca?Desculpa?—Indaguei notavelmente irritada—Eu chego aqui,e me deparo com seu irmão ,que fica me enchendo o tempo todo!—Disse exaltada.

—Vilu...—Francesca ia dizer algo coisa,mas foi interrompida por León.

—Com licença,mas alguém sabe fazer o nó nessas coisas?—León apareceu com a gravata em mãos.

—Eu não sei!—Francesca disse olhando para mim.

—Mas que droga!—Caminhei até León pegando a gravata de suas mãos e colocando em seu pescoço.—Nem sabe fazer um nó em uma gravata!

—Só não me enforque.

—Vontade é o que não falta meu querido!—Dei um sorriso falso e León sorriu debochado ,saindo porta afora.—Francesca eu não sei mais o que eu faço!

—Ai Vilu,meu irmão não é tão ruim assim.—Francesca disse mexendo a cabeça.—Ele é uma boa pessoa,mas é igual ao meu pai.Pense bem,já que não quer se casar com ele por amor,se case por interesse.—Francesca disse naturalmente.—Pense,que uma vez casada com ele,terá muita verba na galeria,terá o dinheiro que quiser,e além de tudo poderá usar meu irmão quando quiser.—Finalizou com um sorriso malicioso nos lábios.

—Fran,nós estamos falando do seu irmão,e não de um objeto qualquer!—Exclamei pensando.—Mas a verba na galeria realmente seria muito bem vinda.

—Então,Violetta!—Francesca abriu o forno retirando uma pizza de lá de dentro.—E além de tudo seremos cunhadas!

—Você não presta!—Retruquei seguindo ela até a sala.—Agora me conta,como esta a sua vida com Diego?

—Tá uma maravilha!Estamos vendo uma casa para comprarmos!—Respondeu-me feliz e entusiasmada.

—Jura?—Indaguei.—Vocês já estão juntos há três anos ,não?—Pedi mordendo um pedaço de pizza.

—Estamos.—Respondeu-me mastigando.—Eu fico me perguntando, se isso no final vai dar casamento!—Respondeu mirando o anel de noivado em seu dedo.

—Fran, realmente já esteja na hora de marcarem a data.—Comecei.—Alex e eu estávamos noivos há três anos,e depois do segundo,nos tornamos amigos,não havia mais aquele amor juvenil.—Respirei fundo,relembrando aquele ocorrido.—Talvez,eu esteja falando besteira,mas eu não o amava mais como antes,nem ele a mim.

—Eu sinto muito,amiga.—Francesca acariciou minha mão.—Não sei,acho que o Diego esta querendo que vamos morar juntos antes de nos casarmos,até por que assim não dá!—Ela riu.—As vezes eu moro mais lá do que aqui.—Referiu-se a casa de Diego.

—Você acredita que a última vez que Alex e eu transamos pela última vez no meu aniversário!Em março.—Disse comendo outro pedaço de pizza, observando o completo O que a boca de Francesca formou.—E ainda foi uma coisa muito afetiva,sabe.

—Isso não faz seu gênero !—Francesca disse rindo e imitando um porco ao mesmo tempo.

—Fran,assim você me pinta como uma maníaca do sexo!—Retruquei com um tom de indignação.

Entre piadas e histórias do passado relembramos boas férias,acampamentos,excursões e viagens ao exterior.

Nossa primeira quando tínhamos quinze anos,Francesca e eu tínhamos quinze anos e León que nos acompanhou tinha dezoito,foi uma linda viagem mesmo,Francesca e eu nunca fomos “princesinhas”,e por isso não queríamos uma super festa de quinze anos onde seriamos o centro das atenções e nossos pais nos deixaram viajar pela Espanha por um mês,na condição de que León nos acompanhasse,naquela época ele estava começando a cursar a faculdade de engenharia,e não era a pessoa que é hoje,nas fotos isso era extremamente visível,claro que em um aspecto físico ele mudou para melhor,mas suas atitudes haviam piorado.

Meu pai sempre sonhou que eu me casasse com um tipo que fosse como o León,de preferencia o León,mas não sei.Ou eu o amava muito como amigo,ou eu o amava d uma outra forma,e nunca quis enxergar.

Só sei que o ego de seu pai,estava muito presente no León do presente.

Acordei com sede,e olhei ao meu redor,estava deitada no sofá da sala de Francesca e a mesma estava com a cabeça apoiada em minha bunda,ótimo.

Levantei-me sem importar-me com o desconforto de minha amiga,e fui até cozinha,e me sentei em um dos banquinhos que haviam ali,eu estava cansada e estufada,havia comido demais,algo que não era de meu tipo.

Abri a geladeira colocando um pouco de água em um copo e disfrutando daquele líquido com prazer,escutei alguns barulhos vindo da porta,e me assutei,minha primeira reação foi pegar uma faca,e foi isso que eu fiz,ficando parada na cozinha,as luzes se acenderam e revelaram um León com a gravata frouxa e os cabelo bagunçados.Sexy,meu subconsciente me instigou.

Não,nada sexy,ele só quer me persuadir.

—Você me assustou,Vargas.—Disse largando a faca na pia,e respirando fundo.

—Desculpa,não foi minha intenção.—Ele passou por mim sem me provocar e abriu a geladeira pegando um copo e despejando leite ali dentro.—O que você faz acordada as cinco da manhã?

—Te interessa?—Pedi de forma rude,pegando meu copo de água e bebendo mais um pouco do líquido.

—Sim,me interessa.—Disse com uma cara de cretino e infeliz.

—Não ,não te interessa!—Ele se aproximou dois passos.—Você não tem que saber nada sobre a minha vida,sobre o que eu faço ou sobre o que eu deixo de fazer.

—Quando que você mudou,Violetta?—Perguntou retoricamente mais para sim mesmo do que para mim.

—Me pergunto o mesmo de você,León.—Lavei meu copo,guardando-o,e deixando León só na cozinha.

—Eu não consigo entender esse seu ódio por mim.—O meticuloso ser continuava a perseguir-me e aquele ato estava me irritando.

—E eu não consigo entender essa sua obsessão de casar-se comigo!—Disse jogando as mãos para o alto e me virando para encarar aquele ser que já estava despindo seu traje social.—Vá em busca de qualquer outra que seja capaz de manter você com posse daquele empresa e com boa parte do dinheiro,e me deixe em paz!

—Esse é o problema,só você é capaz de fazer isso.

—Então sinto muito lhe informar que acho melhor você ir criando uma independência,pois se depender de mim,nunca irei casar-me com você.

—Você mal imagina,que esta a apenas alguns passos de um altar,Castillo.—Vargas direcionou-se para a sala me deixando a sós com minhas dúvidas sobre aquela frase naquela cozinha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado,e por favor comentem isso me inspira