O Herdeiro de Odair escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 1
capitulo 1 O Herdeiro


Notas iniciais do capítulo

Ola!
sejam bem vindos novos leitores! sejam bem vindos de volta leitores antigos!
como o prometido! aqui estou eu dia dez! que milagre! eu posti no dia certo! mas eu jurei pela minha vida! e literalmente acabei de fazer 16 anos (na terça para os que quiserem saber! ou não) sou jovem de mais para morrer.
então aqui está a historia do filho de Finnick odair! o primeiro capítulo já começa com a vida dela a partir dos 18 anos!
a história vai parecer clichê no começo, mas..... sabe-se lá o que eu posso aprontar até o final dela!
então boa leitura!



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— Minha mãe não é maluca! — Eu digo já sentindo meus músculo ficarem tensos e minhas mãos se fecharem em punhos.

— Não, ela apenas tem sérios problemas com a mente dela! — ele diz rindo e muitos que estavam na rodinha que começa a se formar a nosso volta também riem, sinto a minha ultima gota de controle e paciência indo embora e dou o impulso socando David no queixo, ele cambaleia e tropeça para trás, caindo nos próprios pés, eu rio e parto para cima dele antes que possa reagir, Ele tenta devolver o soco, mas eu desvio e soco sua barriga, ouço gritos de incentivo vindo da roda de alunos, uns para mim e outros para ele. Ele chuta minhas costas e eu caio de lado com a dor, ele aproveita e soca minha cabeça subindo em cima de mim, dou uma joelhada em suas partes intimas e ele cai gemendo, retomo a dianteira, mas quando parto para socá-lo de novo duas mãos seguram meu braço.

— Mas que droga Liam! — Louise! Ela grita irritada, obvio que ela iria aparecer, ela sempre aparece. — Levanta daí agora! Vocês ficaram malucos? Estamos em semana de provas! Se você for suspenso agora você está ferrado! — eu a encaro com uma certa raiva, mas me levanto, alguém segura David que estava começando a vir para cima de mim de novo, não olho para trás, a raiva estampada nos olhos de Louise é evidente. Eu tento começar a falar, mas ela me interrompe. — Eu sei o que aconteceu! É o que sempre acontece! Vocês não se cansam disso não? — ela larga meu braço com força e sai empurrando as pessoas que estão no meio do caminho, vejo os cachos ruivos de seu cabelo pulando com força enquanto ela se vai pelo corredor pisando duro. Eu me viro para David, e lá está ela o segurando. Ariane! Ele se debate e ela puxa sua orelha com força, a rodinha começa a se dissipar, enquanto eu a encaro, e seus grandes olhos azuis encontram os meus, ela me da um leve sorriso, quase imperceptível e faz sinal com a cabeça para que eu vá embora. Então eu volto a realidade e me viro para David!

— Isso ainda não acabou! — eu digo e começo a ir embora, não sem antes dar uma ultima olhada nela.

— Isso está longe de acabar Mané! — ele diz puxando com força os braços e se soltando de Ariane. O sinal do fim do horário de aula toca e eu vou para onde vi Louise indo. Vejo o relance de ondas vermelhas indo em direção ao portão e corro até lá.

— Lou! Lou espera! Louise! — eu a alcanço e seguro seus ombros, mas ela continua andando em direção a sua casa.

— Será que não vai passar um dia que eu não tenho que ter um deja vu do dia em que nos conhecemos ?

— Eu sei! Desculpa! É que ele estava... e eu... entrei na pilha!

— É sempre assim! Ele te insulta, você o insulta! Ele insulta sua mãe! E você parte para cima dele! É sempre do mesmo jeito. A nove anos! Já passou da hora de vocês pararem com isso! Você vai se tornar um adulto ! Faz dezoito em dois meses! Não é hora de superar isso?

— Não dá para superar enquanto ele continuar sendo um idiota Louise! Minha mãe é tudo para mim, e eu não vou deixar que ninguém fale daquele jeito dela!

— Eu sei! É só por isso que eu não te espanco cada vez que isso acontece, e você sabe que eu posso fazer isso! — ela me empurra com o ombro e sei que estamos bem. — O que me irrita mais é que você não tenta resolver as coisas civilizadamente! Você parte direto para o Liam violento! O que as pessoas vão pensar de você?

— Eu não estou nem ai para o que os outros vão pensar de mim! Você sabe a verdade, minha mãe sabe a verdade, meus padrinhos sabem a verdade, é tudo o que eu preciso! — eu digo passando meu braço por seu ombro.

— O que seu padrinho disse mesmo sobre você se meter em brigas por causa da sua mãe? — ela pergunta irônica. — me refresque a memória eu não me lembro muito bem! — ela me faz repetir isso todas as vezes que eu brigo com David.

— Que meus objetivos são bonitos, proteger a honra da minha mãe! Mas que não é desse jeito que eu devo tentar conseguir isso! Que essa violência só vai me levar a mais violência!

— Peeta é um Gênio! — ela diz, e eu rio. — Por que você não o escuta?

— Ele não entende! Não tem outro tipo de linguagem que David entenda!

— Ele é retardado! Não entende nenhum tipo de linguagem, é por isso que vocês brigam, brigam, e não dá em nada! Até a sua queridinha Ariane sabe disso! — ela fala a ultima frase ironicamente enquanto tira meu braço de seus ombros. Eu rio.

— você viu? Ela foi ajudar a separar a briga!

— É eu vi! Mas ela só foi depois que eu já estava lá, grande ajuda! E eu vi também ela te secando enquanto segurava o David! — eu abro mais o meu sorriso e ela bufa. — Não sei por que vocês não ficam de uma vez e acabam logo com isso!

— Ah, acho que é porque ela é a irmãzinha amada do meu arqui-inimigo de nove anos atrás? — ela revira os olhos para mim. — Não entendo o que você tem contra a Ari! Ela é tão... perfeita.

— Isso! Exatamente isso! Ela é perfeita demais! É muito “ Ai eu sou linda e inteligente, tenho um irmão brutamonte superprotetor, mas mesmo assim todo mundo me adora! Ai me beije Liam seu lindo! Não, não me beije Liam! Se meu irmão ver ele te mata!” — ela diz fazendo uma fraca imitação de Ariane falando. Eu apenas rio.

— Tenho certeza de que ela não fala assim! E mesmo se falasse, ela nunca diria essas coisas.

— Fala serio! Vocês ficam se secando há anos! E até agora quantas vezes vocês se falaram?

— você sabe que nós nunca nos falamos de verdade, não precisa ficar jogando na minha cara!

— Ai isso é ridículo!

— Diz isso só porque você nunca se apaixonou na vida! — ela me olha pelo canto do olho de revira os olhos, mas sei que fui longe demais, esse é um assunto que ela está constantemente fugindo e ao mesmo tempo puxando, ela sempre pergunta como eu sei que sou apaixonado por Ariane, e se tem algum momento certo para acontecer, mas quando eu digo que ela ainda vai se apaixonar por alguém, ela desvia de assunto e diz que não se importa. Andamos em silencio por alguns minutos. — desculpe!

— você não tem que se desculpar comigo, tem que dar um jeito de controlar o seu gênio impulsivo e parar de se meter em brigas, você ouviu o que o diretor disse da ultima vez, se você for pego de adeus à formatura!

— Não por isso! — ela me encara.

— Eu já disse que não me importo com isso! — paro quando chegamos a frente da sua casa. Ela me encara e suspira. — três meses Liam! Você consegue se segurar por três meses? Depois da formatura você pode espancar quem você quiser! Mas pelos próximos três meses você pode se segurar? Por mim?

— Ai eu não sabia que você me amava tanto! — ela bate na minha cabeça.

— Seu idiota! Eu prometi a sua mãe que faria você se formar! E eu sempre! Sempre cumpro uma promessa, então você vai se formar nem que eu tenha que cortar as suas mãos fora para que você nunca mais de um soco em alguém!

— Ta bem! Ta bem! Eu me resolvo com aquele idiota depois da formatura! A qual eu duvido que ele passe!

— É bom mesmo! Vai para casa! E vê se não arranja encrenca no caminho!

— Meu único problema é o David, se ele não aparecer no meu caminho, não terei encrenca! — ela passa por mim e aperta com força o lugar onde ele me socou no rosto! — Ai Louise!

— Toma jeito Liam! Até amanha! E manda um beijo para a sua mãe.

— Vou mandar! — então ela entra sem olhar para trás e ultima coisa que eu vejo são os seus cachos ruivos antes dela fechar a porta, e me lembro automaticamente do dia em que nos conhecemos.

Tínhamos nove anos, uma família nova havia acabado de se mudar do 2, o pai com seus filhos gêmeos, eles chegaram em grande estilo no colégio, um carro de luxo e roupas extravagantes, e então todos queriam falar com eles, ser amigo deles, eu só queria arrumar um lugar para comer meu lanche em paz, nunca tive a intenção de fazer amigos na escola, odiava aquele lugar, odiava ter que deixar minha mãe sozinha em casa enquanto eu ia para lá aprender coisas que eu poderia aprender com ela, ela é tão inteligente, e o que ela não sabe meu avô me explica, ele é terapeuta, era o terapeuta da minha mãe depois da revolução e ele e minha avó acabaram juntos, sim eu já sabia sobre a revolução eu sempre soube, quando eu perguntei aos 4 anos porque eu não tinha um pai, minha mãe me contou toda a historia, meu pai foi um herói, salvou mais vidas do que tirou, salvou Panem de um destino terrível, se tudo ainda existisse, minhas chances de ir parar na arena seriam enormes. Minha avó conseguiu que eu não fosse para a escola só até os 7 anos, alegando ao prefeito que minha mãe precisava de mim em casa por conta de seu estado, ela não sabe disso. Mas quando eu fiz sete anos o prefeito disse que não podia estender mais o prazo, que eu precisava de ensino, e que eu já estaria muito atrasado, ele me colocou em uma turma normal, o que me privou de ser um garoto anormal de sete anos em uma turma primaria! Mas ainda assim, eu odiava o colégio.

Eu arrumei meu canto para comer, e então David me achou, ele gritou “ ei você não é o filho da Tributo maluca?” e então eu me levantei e perguntei com toda a calma, “o que foi que você disse?” e ele riu. “é sim! É você, me diverti tanto vendo os jogos da sua mãe! Os surtos dela eram melhores que todo o resto!” então eu entrei na minha primeira briga, eu nunca tinha feito aquilo, e estava levando uma surra, foi quando eu vi as ondas vermelhas entrando em meu campo de visão. Louise chegou atrás de David e tocou o seu ombro e quando ele se virou ela lhe meteu um soco bem no meio do seu nariz, pude sentir na hora o osso dele se quebrando e o sangue escorrendo, ele a empurrou e ela lhe deu um chute no estomago ele caiu e ela subiu em cima dele e começou a lhe dar tapas na cara. Foi quando Ariane apareceu, ela gritou o nome do irmão, tocou o ombro de Louise e pediu desculpas pelo o que quer que ele tenha feito. Então Lou se levantou e Ariane ajudou o irmão a se levantar e depois saiu o puxando pela orelha. Eu ainda estava no chão sentado vendo toda a cena, Louise veio até mim e me estendeu a mão, eu me levantei e ela riu. “ você estava perdendo feio, mas como você tinha a razão eu resolvi te ajudar! Sua mãe é uma guerreira! É o que minha mãe sempre diz! Eu quero ser igual a ela quando eu crescer!”

Depois daquele dia, Lou começou a conversar comigo no intervalo, e eu com ela, eu vi que talvez eu não precisasse ficar totalmente sozinho com o meu lanche, depois de um tempo eu perguntei se ela não queria conhecer a sua heroína, e ela sorriu tanto que eu fiquei feliz só por ver que havia outra pessoa que idolatrava minha mãe. Minha mãe a adorou, ela colheu flores para ela, minha mãe ainda tem os restos de uma, guardados dentro de um livro. E desde aquele dia, Lou e eu somos inseparáveis, e sempre que havia uma briga entre mim e o David ela sempre apareceu, ou para ajudar, ou para separar, nunca soube como ela sabia que estava acontecendo, mas não teve uma única vez em que Lou não estivesse lá.

Perdi a conta de quantas pessoas já não perguntaram se somos irmãos, por andarmos sempre juntos, e por sermos parecidos, não na aparência, mas nos gostos e nas atitudes, e realmente parecemos gêmeos, exceto pela aparência, ela tem o cabelo ruivo e eu castanho, ela tem sardas eu graças a Deus não tenho, mas eu gosto do jeito das que as sardas ficam nela, tenho orgulho em ter os olhos do meu pai, e ela tem os olhos avelã que ela tanto odeia, mas que eu acho que combina com ela, ela diz que ruivos foram feitos para ter olhos verdes.

Vou para casa, e quando chego ouço a risada de minha mãe vindo da sala, ela fala animadamente enquanto eu me aproximo, mas não ouço resposta. Quando chego a porta da sala ela está lá sorrindo para o vazio, sozinha na sala. Eu me aproximo.

— A gente até tentou mas... — ela se interrompe quando eu a abraço.—oi minha vida!

— Oi mãe! — eu beijo sua bochecha e me sento no sofá ao seu lado. — Lou mandou um beijo! — ela sorri e vira a bochecha para mim, eu rio e lhe dou o beijo.

— Quando a ver, mande outro para ela! Ela é a melhor coisa que aconteceu na sua vida!

— você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida mãe! Se não fosse você eu nem teria uma vida!

— A segunda então! — eu apenas sorrio. — O que foi isso no seu rosto amor? — ela pergunta levantando meu queixo para ver melhor o lugar que David socou.

— Nada! Cadê a vovó e o vovô?

— foram dar uma volta na praia!

— Não quis ir?

— Estava contando para o seu pai dos últimos dias, ele andou sumido!

— Desculpe interromper! Eu vou ver como eles estão! — eu me levanto e a abraço forte. — Te amo mais que a vida mãe!

— Nós também te amamos meu amor! — eu sorrio e saio. A praia fica a dois metros da nossa casa! Mas quando chego não vou procurar meus avós, eu vou até onde a água varre a areia e me sento ali, é o máximo que eu entro na água, não vou além de onde elas tocam meus tornozelos. Não sei explicar só não consigo, essa parece ser uma coisa que meu pai devia ter me ensinado, e como ele não o fez, parece que eu simplesmente não consigo...

Às vezes eu queria ser como minha mãe, meus padrinhos já pensaram na hipótese de ser verdade, dela realmente conseguir ver meu pai, eles dizem que se Finnick Odair pudesse fazer algo do tipo ele faria, que ele passaria pelo inferno só para poder estar ao lado de minha mãe naquela situação, doente, grávida, e sem o marido que acabou de conseguir! Eu também acredito, mas queria que ele aparecesse para mim também, pelo menos uma vez, eu não me importaria de ser chamado de louco como a chamam, eu não ligaria se ninguém acreditasse em mim, eu só queria ouvir a sua voz, sem ser pelo som que sai da TV quando assisto uma de suas antigas entrevistas, eu só queria ver quem era Finnick Odair longe do publico, eu queria saber como seria ser seu filho, pelo menos uma vez.

Eu sonho com ele, diversas vezes, mas eu não sei se é real, ou se é fruto da minha imaginação, minha madrinha disse que quando ela ligou para minha mãe depois da revolução ela disse a ela que sonhava com meu pai, minha madrinha diz que depois que eu nasci ela começou a vê-lo, e falar com ele. Eu acho que minha mente criou essa esperança. De que se eu sonhasse com ele, um dia ele apareceria para mim também!

Eu encaro a imensidão azul que o mar tem, e então os pensamentos se apagam da minha mente e só vejo o par de olhos exatamente daquela cor! Me encarando. Ariane! Ela mudou tanto desde o dia em que chegou aqui, ela nunca foi como o pai e o irmão, metidos a carreiristas mesmo depois do fim dos jogos, ela devia ser como a mãe, mas pelo o que eu soube, eles se mudaram depois que a mãe morreu de câncer. Nunca perguntei, na verdade nunca trocamos mais que algumas palavras, ficamos na mesma turma uma vez, na sétima serie. Mas a única coisa que aconteceu foi facilitar para que ficássemos nos olhando, eu me lembro o dia que comecei a vê-la com outros olhos, tinha acabado de brigar com David, no ano seguinte a sua chegada, Louise tinha acabado de sair furiosa, e David também, ela começou a ir atrás dele, mas voltou, olhou bem no fundo dos meus olhos, uma mecha do seu cabelo loiro caia bem no meio do olho esquerdo, tinha vontade de tirá-lo de lá para vê-lo melhor, mas não o fiz, ela se aproximou e disse “ me desculpe pelo meu irmão. De novo!” então David gritou seu nome e ela se foi. E eu fiquei a olhando ir, e soube que ela não era igual a eles, que ela não era igual a ninguém, então passei a observá-la, mas o que me surpreendeu, foi quando ela me observou de volta!


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Notas finais do capítulo

Bom foi isso! espero que tenham gostado do primeiro capitulo, e que tenham se interessado para ler os próximos, se isso aconteceu, não se esqueça de acompanhar para receber o aviso dos capitulos novos por email, quem sabe favoritar, ou sei lá! o que vocês quiserem!
beijinhos, e eu volto na semana que vem!



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