Levy o olhava como se ele fosse a coisa mais esquisita do mundo enquanto o mesmo se arrumava no pequeno palco que a praia continha. Algumas pessoas, provavelmente as que também estão participando da competição, estavam se juntando para assistir.
Saiu do seu pensamentos quando ouviu o som irritantemente agudo do microfone sendo testado. Levou seu olhar para o palco novamente e encontrou Gajeel a olhando fixamente, corou um pouco, mais continuou a olha-lo na mesma intensidade.

Sabe quando sentimos nossas mãos suando, tremendo e pensando em mil e um possíveis acontecimentos daquilo que você está prestes a fazer der errado?
Gajeel estava exatamente assim, nunca tinha ficado tão nervoso em sua vida. Mas ele sabia que valia a pena, cada gota do suor que descia pela sua testa pelo nervosismo valia, era por ela afinal.

Ele pensou, bem quando a conheceu, que Levy era apenas uma baixinha que não sabia se defender e se sentiu na obrigação de protegê-la, talvez se sentia culpado por tudo que fizera antes de entrar para a Fairy Tail. E agora, que sabia o suficiente que ela não precisava de nenhum guarda costas, não conseguiu se separar, deixa-la longe de si parecia uma absurdo em sua mente.
Considerou um desafio, gostava de desafios, principalmente quando estes estão relacionados a ela, e que a faz soltar aqueles sorrisos que ele ama ver. Sempre ficava confuso em relação a azulada, gostava de ficar com ela, de comer com ela, de conversar com ela, gostava de até mesmo das diferentes expressões que a pequena fazia enquanto lia, seus olhos brilhavam quando se envolvia intensamente com o livro.

Chegou se estava tudo pronto e sem interromper o olhar começou a cantar.

Sweet Child O' Mine]
She's got a smile that it seems to me
Reminds me of childhood memories
Where everything
Was as fresh as the bright blue sky

Now and then when I see her face
She takes me away to that special place
And if I stare too long
I'll probably break down and cry

Oh, oh, oh Sweet child o' mine Oh, oh, oh, oh Sweet love of mine

She's got eyes of the bluest skies
As if they thought of rain
I hate to look into those eyes And see an ounce of pain

Her hair reminds me of a warm safe place
Where as a child I'd hide And pray for the thunder
And the rain
To quietly pass me by

Oh, oh, oh Sweet child o' mine
Oh, oh, oh, oh Sweet love of mine
Oh, oh, oh, oh Sweet child o' mine
Uh, uh, uh, uh Sweet love of mine

Where do we go
Where do we go now
Where do we go
Where do we go

Where do we go now
Where do we go now
Where do we go

Where do we go now
Where do we go now
Where do we go
Where do we go now

Where do we go
Where do we go now
Where do we go

Where do we go now
Sweet child Sweet child o' mine

Minha Doce Criança]
Ela tem um sorriso que me parece
Trazer a tona recordações da infância
Onde tudo era Fresco como o límpido céu azul

Às vezes quando olho seu rosto Ela me leva para aquele lugar especial
E se eu fixasse meu olhar por muito tempo
Provavelmente perderia o controle e começaria a chorar

Oh, oh, oh Minha doce criança Oh, oh, oh, oh Meu doce amor

Ela tem os olhos como os céus mais azuis
Como se eles pensassem em chuva
Detesto olhar para dentro daqueles olhos
E enxergar o mínimo que seja de dor
Seu cabelo me lembra um lugar quente e seguro
Onde, quando criança, eu me esconderia
E rezaria para que o trovão
E a chuva
Passassem quietos por mim

Oh, oh, oh Minha doce criança
Oh, oh, oh, oh Meu doce amor Oh, oh, oh, oh Minha doce criança
Uh, uh, uh, uh Meu doce amor Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos
Para onde vamos agora
Para onde vamos

Para onde vamos agora
Doce criança Minha doce criança

Levy já chorava, lágrimas de alegria, claro. Ela realmente tinha pensado que não passava de uma brincadeira, mais lá estava ela, chorando de felicidade enquanto ele se declarava cantando para ela na frente de todos. Sorriu corada olhando em volta vendo alguns casais dançando juntos, inclusive seus amigos que já estavam namorando, enquanto outros se olhavam timidamente para logo dançarem também.
Observou Mira e Laxus dançando com sorrisos tímidos e com as bochechas vermelhas igualmente a Meredy e San.
Percebeu que a música estava quase acabando e voltou seu olhar para Gajeel, que fazia um solo de guitarra.
Falou uma frase muda, que esperava que ele tenha entendido, o que confirmou quando ele arregalou os olhos para logo depois dar lugar a um sorriso verdadeiro que ela raramente via.
Saiu sem que seus amigos percebessem indo a um lugar mais afastado de todos, era na praia, mais era incrivelmente lindo, as águas pareciam mais claras que o normal e a sombra dos coqueiros criavam um clima calmo, sentou no chão olhando o por do sol que já se formava causando uma paisagem perfeita.
–Verdade? - ouviu uma voz grossa e ao mesmo tempo calma atrás de si.
– Que eu te amo?- falou ainda de costas para ele, abriu um sorriso tímido e olhou pra trás, ele estava observando cada movimento seu, percebeu que o mesmo estava nervoso pois respirava rápido e apertava as mãos em um punho.- Sim, eu te amo Gajeel

Gajeel abriu um sorriso involuntário, caminhou lentamente e sentou ao lado, olhou para ela desfaçadamente e percebeu que ela olhava para o horizonte encantada, chegou mais perto sem que ela percebesse.
–Levy - sussurrou a fazendo virar para ele, estavam tão perto que seus lábios se tocaram. A azulada não teve tempo de fazer nada,pois o moreno logo pôs as duas mãos no rosto da pequena aprofundando o beijo, que foi perfeitamente retribuído. O beijo era lento, não precisavam ter pressa e muito menos palavras, gestos era a principal linguagem deles.
Se separaram infelizmente pela falta de ar ainda com as testas coladas e com os olhos fechados.
–Baixinha, aceita ser minha para sempre?- perguntou Gajeel, a azulada arregalou os olhos dando um sorriso irônico.
– Está me pedindo em casamento? - perguntou divertida
– Ainda não - fala Gajeel se deitando na areia, puxou ela para deitar em seu peito, onde a mesma se aconchego soltando uma risadinha - Mais sabe, ate que não seria tão ruim ter uns nanicos com o cabelo preto correndo por ai - na mesma hora Levy arregalou os olhos o máximo que pôde, sentiu seus olhos arderem e levantou a cabeça para olha-lo.
–V-você ta falando de f-filhos, filhos do tipo, nossos filhos?- perguntou surpresa
–Sim, filhos do tipo nossos filhos - falou sincero e rinco um pouco da reação da azulada, ela pode perceber que ele não estava brincando. A azulada sorriu e o abraçou forte, as lágrimas saíam sem sua permissão, e foi quando deu o primeiro soluço que sentiu o aperto do abraço se apertar mais ainda em sua cintura.
– você ainda não me respondeu. - Levy então encara o moreno e o beija, apenas um encostar de lábios.
–Aceito ser sua namorada - afirmou beijando-o em seguida, estava tudo perfeito.
– Eu te amo Levy, não se esqueça disso, pois não vou falar mais.- podia até ter ficado chateada, mais conhecia Gajeel ao ponto de saber que ele não o era de demonstrar sentimentos, mas apenas o abraçou mais forte sentindo-se muito feliz.
– Não vou me esquecer, mais já você mesmo não querendo sempre vai ouvir um eu te amo, assim não vai esquecer.
– Não esqueceria de nada da pessoa mais importante para mim.