Rebel Love escrita por Whenlare, Behime Misu


Capítulo 18
Perto da verdade


Notas iniciais do capítulo

Ayo ladies and gentleman!
Mais um capítulos para vocês, pedimos desculpa por ter ficado esse tempinho ausente é que tivemos um probleminha pessoal, mas estamos a ativa novamente.
Boa leitura :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/607714/chapter/18

Passaram-se alguns dias, professor Faraize havia passado um trabalho em dupla, ele que iria escolher as duplas e nós não poderíamos trocar, foi recitando o nome de cada par, por coincidência, eu caí com Ambre, claro que tentei ao máximo evitar isso, mas ele simplesmente me ignorou e disse que se acaso não fizéssemos juntas, as duas iriam com zero.

—Que maravilha! —Eu dizia a Rosa, sentando-me na carteira furiosamente.

—Acho que foi coisa da diretora, não é possível. —Ela me olhava. —Eu farei com Iris.

—Isso não vai dar certo. —Eu abaixava a cabeça sobre a mesa, evitando contato visual com a turma.

As três primeiras aulas finalmente passaram, todos foram para o pátio, eu ainda estava irritada com a situação, mas não poderia correr dela para sempre, juntei toda a calma do mundo e fui procurar Ambre, teria de acertar tudo sobre o trabalho. Ela estava na escadaria junto de suas amigas.

—Precisamos conversar. —Eu parava em frente ao seu grupinho, encarando-a.

—Eu estou ocupada no momento. —Ela me olhava com nojo e dava a costas.

—Não seja criança Ambre, é sobre o trabalho. —Eu insistia, tentando não me irritar.

—Já está decidido, você irá fazer o trabalho todo, sozinha. —Ela voltava a me olhar e ria.

—Tudo bem, mas nem pense que colocarei seu nome. Boa sorte, princesa. —Eu apenas sorri e lhe dei a costas, saindo em direção ao corredor. Segundos depois senti algo me tocando no ombro, olhei para trás e era ela. —Algum problema? —Eu dizia sarcasticamente.

—Eu não irei me dar mal por sua causa, vou ficar te esperando hoje depois da aula, iremos à minha casa, quanto mais rápido fizermos, menos tempo eu passo com você. —Ela respondia, estava um pouco vermelha, com certeza com raiva.

Eu não neguei e nem contrariei, apesar de achar um abuso eu ir a casa dela, mas seria mais rápido assim. Quando eu finalmente ia aproveitar o resto do intervalo, o sinal tocou. Dei meia volta e voltei para a sala. As outras aulas passaram rapidamente e eu logo fui para a casa, dessa vez só. Cheguei em casa, almocei, tomei um banho breve e depois peguei minha mochila para então ir à casa da Ambre. Depois de pegar o ônibus e andar até a casa dela, eu finalmente cheguei, era quase 14h30min, toquei a campainha do portão e quando o mesmo se abriu, vi Nathaniel.

—Entre, Ambre está lhe esperando na sala. —Ele apenas se afastou para deixar a entrada livre, eu apenas caminhei em direção a casa.

—Com licença. —Abri a porta e fui entrando.

—Está atrasada. —Ambre estava deitada no sofá com o celular na mão.

—Tive que pegar o ônibus, sua casa não é tão perto assim. —Eu me segurava ao máximo para não me estressar com ela.

—Vamos para a sala de jantar, a mesa é enorme, teremos espaço suficiente para fazer esse maldito trabalho. —Ela apagava a tela da TV e levantava-se, indo para o cômodo. Nesse momento Nathaniel entrou na sala, eu apenas olhei para trás encarando-o. —Anda logo, não suporto ficar mais nenhum tempo com você. —Ambre me olhava irritada. Eu desviei meu olhar, prestando atenção nela e seguindo-a. Pude notar Nathaniel sentando-se no sofá.

Eu fiz tudo no trabalho, Ambre apenas ficava no meu ouvindo falando o que queria, o que estava bom, o jeito que queria.

—Dá para parar? —Eu a olhava, começara a ficar nervosa. —Estou tentando me concentrar. —Eu colocar umas de minhas mãos no rosto, apoiando minha cabeça.

—Tudo bem, se vire então. —Ela saía sem me dizer para onde, fiquei lá sozinha. Não era algo incomum, já tinha estado naquele lugar, mas agora tudo era diferente, estava tudo no lugar, menos eu e Nathaniel. Senti um aperto no coração, não podia evitar aquele sentimento, eu ainda me sentia abalada com tudo. Continuei fazendo o trabalho, quando percebi a TV sendo desligada e Nathaniel vindo em minha direção.

—Ambre deixou você fazer tudo? —Ele parecia estar incomodado.

—Está tudo bem, eu já esperava isso. —Eu larguei o canetão que usava e prestei atenção nele.

—Já está tarde, sabia? —Ele apontava para o relógio, quando olhei pude notar, eram quase 19hrs, não tinha percebido o tempo passar.

—Droga! Nem prestei atenção no horário. —Eu já ajeitava as minhas coisas.

—Eu te ajudo. —Nathaniel se aproximava, guardando as canetas no meu estojo (penal). — Aqui está. —Ele me entregava o estojo (penal).

—Obrigada Nath! —Eu peguei o penal e tentei não olhar para ele, era algo tão normal para mim, chama-lo de Nath, mas naquele momento, pareceu tão desconfortável.

—Você quer carona até sua casa? —Ele me questionava. Nesse momento a porta da frente se abriu e pude ver o pai de Nathaniel, estava com uma expressão bem desagradável.

—Mas que tanto de luz acesa é esse Nathaniel? —Ele erguia a voz e jogava seu casaco no sofá.

—Desculpe pai, é que Ambre trouxe uma amiga aqui... —Nathaniel parecia amedrontado e nervoso.

—Não me interessa! E o jantar? —Ele continuava gritando.

—Eu pensei que o senhor iria chegar tarde hoje, por isso acabei não preparando nada. —Nathaniel dizia suavemente, era horrível a cena, era como se Nathaniel tivesse cometido o pior erro do mundo.

—Mas você é um inútil mesmo. Saia da minha frente! —Ele se aproximava, eu apenas me encorajei e coloquei-me na frente de Nathaniel.

—Desculpa senhor, a culpa é toda minha, eu me perdi no horário e acabei distraindo Nathaniel. —Eu o olhava apreensiva, aquele homem era assustador.

—Perdoe-me senhorita, eu tive um longo dia de trabalho, não queria assustá-la. —Ele rapidamente baixou o tom de voz e sorriu sutilmente.

—Não tem problema, bom, acho que já incomodei demais, eu vou indo. Boa noite! —Eu lhe retribuía o sorri, porém falso, por dentro meu coração palpitava de nervosismo.

—Não deixarei uma moça como você ir embora sozinha. Nathaniel, por favor, leve a senhorita até sua casa e compre algo para jantarmos na volta. —Ele retirava algumas notas de dinheiro da carteira e entregava a Nathaniel.

—Sim, senhor. —Nathaniel pegava-as com cautela e se dirigia a porta, abrindo-a para mim. Eu continuei andando, apenas em silêncio, não sabia o que estava acontecendo. Nathaniel fez a volta e foi para a garagem, eu fui atrás.

—Você não precisa me levar, eu posso pegar o ônibus. —Eu o olhava já destrancando a porta do carro.

—Não! —Ele me olhava espantado e sua voz estava trêmula. —Quer dizer, por favor, eu não posso deixá-la ir sozinha, já está escuro. —Ele se acalmava e desviava o olhar.

—Algum problema? —Eu conseguia notar que algo estava errado, Nathaniel estava apavorado.

—Não, nenhum problema. Vamos? —Ele entrava no carro, eu apenas entrei também.

Nathaniel ligou o carro e seguimos rumo a minha casa, durante o trajeto não trocamos nenhuma palavra se quer. Meu coração ainda batia forte pelo o que tinha acontecido e por estar sozinha, depois de tanto tempo, com ele. Depois de alguns minutos chegamos, ele estacionou na frente da minha casa, como sempre fazia.

—Desculpa por hoje, meu pai está muito estressado esses tempos. —Ele sorria gentilmente.

—Você está bem mesmo? —Eu tocava levemente em sua mão. Aquilo não me parecia ser estresse e muito menos irritação com o trabalho, era além, parecia que ele tinha ódio do filho.

—Sim, eu estou ótimo. —Ele coloca a outra mão em cima da minha e continuava sorrindo.

—Ham, tudo bem. —Eu sentia que era falso, sua mão ainda tremia um pouco.

—Boa noite. — Ele retirava as mãos.

—Boa noite. —Eu aproximava a cabeça, beijando sua bochecha. —Se precisar de alguma coisa, eu sempre estarei aqui. —Eu já saía do carro e sorria. Acabei entrando e ele saiu com o carro, quando abri a porta vi minha tia olhando pela janela.

—Boa noite. —Ela desviava o olhar e me olhava.

—Estava me espionando? —Eu já trancava a porta e sentava no sofá.

—Nada disso, apenas vigiando, ouvi um barulho de carro e fui ver. Você estava com o Nathaniel, certo? — Ela sentava na poltrona do lado da janela.

—Sim, mas nós não voltamos, apenas fui fazer um trabalho na casa dele. —Eu respondia.

—E nada aconteceu? Eu não sou boba minha filha. —Ela soltava uma risada.

—Eu fui fazer com a irmã dele, e também, eu estou com o Castiel agora. —Era a primeira vez que eu falava sobre isso com ela, estava um pouco apreensiva.

—Com o Castiel? Mas faz tão pouco tempo que você terminou com o Nathaniel, eu não entendo.

—Faz quase um mês, ok, eu sei que não é muito tempo, mas Castiel está realmente me ajudando a superar todo aquele sofrimento. —Eu recuava, acho que falei demais, ela não pode descobrir o que aconteceu.

—Você tem noção do que acabou de falar? Castiel está te ajudando, isso significa que você não gosta dele. — Eu fiquei num momento de paralisação, nunca tinha visto dessa forma.

—Não é como se eu não gostasse dele e tivesse o usando, já tivemos uma história, eu já o amei muito. —Eu tentava me enganar outra vez, negar tudo o que sentia.

—Por isso mesmo, você já o amou uma vez, mas não é ele que você ama agora, você sabe disso. —Minha tia se aproximava, sentando-se em meu lado e acariciando meu cabelo.

—Eu não quero amar alguém que não confie em mim, tia. —O silencio preencheu o que estava gritando dentro de mim. —Preciso ficar sozinha, boa noite. —Eu levantava e dava um beijo nela, depois subia as escadas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Esperamos que sim hahah
Nos ajudem por favor, mostrando para seus(as) amigos(as) e o mais importante comentem o que estão achando e como já sabem críticas e opiniões são sempre bem vindas :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rebel Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.