E se tivesse uma garota no Instituto Imperial? escrita por Hissa Odair


Capítulo 15
Quero ser livre!


Notas iniciais do capítulo

Será esse o último capítulo?



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O meu novo time entrou numa espécie de submarino/estádio, menos o Fudou, que foi encarregado de trazer a Raimon até aqui.

Mas quando eu vi o Endo, o Fudou e o Kido, indo na nossa direção (Genda, Sakuma e eu), eu fiquei com medo da reação de Kido. E tinha razão, ele ficou bem abalado, e até pediu desculpas por ter abandonado eles.

Mas, o que realmente me surpreendeu, foi o fato de que nem Sakuma, nem Genda, se comoveram, eles permaneceram com o orgulho e a vontade de ser melhor que o Kido.

Vi Fudou colocando uma pedrinha brilhante rocha amarrado em uma cordinha, parecendo um colar antes da partida, no pescoço.

Quando tocou o apito, começamos a jogar, até chegar a hora de eu e o Sakuma fazermos a técnica proibida “Pinguins Imperiais número um”. Na técnica, Sakuma assobia chamando os pinguins, que se prendeu em nossas pernas por meio de bicada e mordidas, então ambos chutamos, os pinguins param de nos morder e acompanha a bola até o gol.

Parece que Kido sabe que é uma técnica proibida, porque antes de chutarmos, ele tenta nos avisar, mas chutamos mesmo assim.

O gol é marcado, mas a do é tão forte que Sakuma dá um grito e parece que ficou com falta de ar, e eu tenho que pressionar as duas mãos na boca para evitar que o mesmo aconteça, eu senti como se tivesse fogo dentro de mim, e que esse fogo estivesse me queimando por dentro e essa dor destrava uma série de efeitos colaterais em meu corpo, pelos testes que tinha feito no laboratório, um desses efeitos colaterais, é que estou tremendo, e estou com uma dor de cabeça muito forte.

Mas eu voltei a sentir aquela dor que senti outro dia, quando Sakuma tinha tentado fazer a técnica, aquela tristeza, por não poder fazer nada para ajuda-lo, olhei de relance para ele e voltei a ver o orgulho idiota dele, e fiquei despreocupada e com raiva de novo.

A última coisa que faltava era receber uma lição de moral do Kido. Eu só o ignorei, e passei reto.

Quando Genda usou as “presas bestiais”, e sentiu os efeitos também, também me senti muito mal mas não tanto como senti pelo Sakuma.

Toda a dor que senti nestes últimos meses, era com o carvão que alimentava o fogo que me corrói por dentro.

No segundo tempo, fizemos o “Pinguins Imperiais N° 1” de novo, e era como se eu estivesse em uma fogueira, agonizando, não consigo controlar as lágrimas de dor que escorrem dos meus olhos. Seco-as antes que se deem conta. Sakuma grita mais alto e sei que também está sofrendo, dessa vez é uma lágrima de tristeza que sai do meu olho, uma lágrima involuntária.

Genda usou de novo a técnica e também sente a mesma dor, meus amigos sofrem junto comigo por culpa de Kageiama, minha irmã também pode morrer por culpa de Kageiama. O placar demonstrava um empate, um a um.

Eu estava correndo ao lado de Sakuma, íamos fazer a técnica pela terceira vez, a vez em que ambos nunca mais jogaremos futebol. Foi tão estranho, parecia que tudo estava em câmera lenta, eu vi Sakuma assobiar chamando os pinguins, vi eles aparecendo e começando a morder/ bicar nossas pernas.

Mas então eu vi a tristeza e dor de Genda, Sakuma e do Kido também, ele sabe dos riscos que estamos passando. Vi a tristeza de minha irmã, pude imaginar a dor e expressão que sentiria se eu morresse, porque não se sabe se você vive ou não. Eu sou tudo que ela tem.

Então vi a morte de meus pais: Aparecia uma mulher que arrombou a porta de nossa antiga casa, com uma faca de cortar carne nas mãos, perguntando sobre um documento, e sem esperar a resposta, esfaqueando minha mãe pelo pescoço, e meu pai pelo coração, eu saí correndo, puxando minha irmã comigo. No dia seguinte vimos viaturas de polícia e o IML.

A agonia, tristeza e dor, não conseguia mais controlá-las.

–NNÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO!!!!! – gritei com todas as minhas forças, com os olhos cheio de lágrimas.

Isso fez com que todos olhassem para mim. Eu dei uma cotovelada no Sakuma, que caiu, eu peguei a bola e fiz minha técnica especial, uma técnica também proibida, que eu treinei sozinha, sem a presença de ninguém, esse era meu último recurso, que só seria usado em casos de emergência.

Dei um chute de cabeça para baixo, fazendo com que as cores fiquem ao negativo. Endo já preparava uma técnica especial, mas eu não queria marcar um gol. Quando chega perto do gol, a bola desaparece, indo parar direto no gol do Instituto Imperial Verdadeiro, marcando um gol, já que Genda não esperava um gol contra.

Soa o apito do final da partida, a Raimon venceu.

Meu capuz caiu no meio da técnica, eu pareço uma garota.

Então sinto as dores, essa também é uma técnica proibida, e por isso, sinto como se eu tivesse chegado ao fim, mas apesar de tudo estou satisfeita. Desmaio no chão inconsciente.

“Ótimo”, eu penso, “Posso morrer em paz”.


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Notas finais do capítulo

Ela conseguiu a liberdade?



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