O Internato escrita por Melanie Cheshire Hersing


Capítulo 21
Descobertas e Problemas-Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que me amam!... Diz que me ama se não apanha!
...
Bom, voltei e tenho uma coisikinha pra vcs: o 1º problema tá vindo!
Como assim? Bem, para ter o desenrolar de uma história, minha prof de artes maravilhosa que nos obriga a fazer teatro disse que é obrigatório ter um problema. Sem um problema para os mocinhos resolverem, a história fica sem conteúdo! Então vamos ter "Descobertas e Problemas" para juntar pontas soltas que eu possa ter, eventualmente, deixado para trás. E então o "problema" começará!
Mas sem spoiler, só posso falar isso mesmo.

Boa Leitura!
Bjus Mel!



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“Alguns dias atrás”

“SeeU on”

Caminho vagarosamente pelos corredores agora vazios. A luz prateada da lua entrando pelas janelas e iluminando as salas de aula por completo.

Se não fossem as portas das salas estarem todas abertas, este corredor estaria um verdadeiro breu.

O que estou fazendo em um corredor do prédio verde a essa hora da noite? Indo a algum lugar que nem mesmo eu sei.

Mas ela trabalha assim, nunca fala nada. Sumindo e reaparecendo, marcando de se encontrar sem dizer nada mais que o horário, sempre te encontrando quando você menos espera.

Mas dessa vez tem um “porém”. Ela quer falar comigo a sós, e isso não é bom.

Para ela me chamar assim, deve ser por que fracassei. Por que aquela cabeça de grama idiota derrotou os demônios que com tanto esforço eu invoquei.

Com certeza ela vai me punir...

– Inútil. – uma voz seca ecoa pelo corredor.

É, minha punição chegou.

– O que é inútil mestra? – me arrisco a perguntar.

– Isso. Você. Sua descrição. Em uma só palavra, inútil. – diz fria como gelo.

– Mestra eu...

– SILÊNCIO! – me corta com um tom de raiva ensurdecedor – Graças ao seu fracasso, nós a perdemos de novo!

– Mas mestra! E-eles são muito fortes! Nem mesmo os demônios mais fortes que consegui invocar foram o suficiente para eles! – tento me explicar – Eles são Kamuis! – falo me punindo mentalmente logo em seguida.

Kamui, esse será o nome assinado na minha certidão de óbito.

– O que você disse? – sua voz começa a demonstrar raiva.

– Eu disse Ka-Kamuis... – murmuro temerosa.

– FALE ALTO! – ela me dá um tapa.

– Kamui! – grito temendo o pior.

– Kamui? KAMUI!? – ela me pega de forma bruta pelos cabelos e eu deixo um grito de dor escapar – Nós estamos fazendo isso JUSTAMENTE por culpa dessa escória do clã Kamui! Justamente por que eles SÃO Kamuis que VOCÊ deveria mata-los ou no mínimo distraí-los por tempo o suficiente! – ela me bate contra a parede e por fim me arremessa longe.

Apoio minhas mãos no chão, sem sequer me levantar ou sair de onde cai. Estática, sentindo algo escorrer por minha face. Está mais do que obvio que a batida deve ter aberto um talho em minha testa.

– Me-mestra... A cu-culpa não foi minha... Ela ajudou el...

– Pare de tentar se explicar! É irritante! – ela me interrompe voltando ao jeito frio de sempre.

– Mas mestra...

– CALADA! Eu vou ter que explicar de novo!? O seu trabalho é se livrar dos Kamuis enquanto a Ylil e aquele inútil avermelhado tentam localiza-la e captura-la! – ela cospe as palavras da maneira mais seca possível – Você não tem o direito de fracassar! ENTENDEU!?

– S-sim mestra. – digo derrotada com lágrimas grossas escorrendo por meu rosto e se misturando ao sangue no chão.

– Ótimo! E que isso não se repita ou você será uma bruxa morta!... E você também seu incompetente! Saiba que será punido depois! – ela diz olhando para um canto escuro de onde Akaito sai, e sumindo numa fumaça negra logo em seguida.

Espero alguns minutos, estática, após tudo isso. Em silêncio tentando assimilar o que aconteceu. E acertando um tabefe na cara do Akaito assim que volto a mim.

– É culpa sua! – eu grito – Você não a encontra, não a captura nem a mata e a culpa disso cai sobre mim! Se VOCÊ fizesse seu trabalho de uma vez eu não teria que passar por tudo isso! – grito.

“Akaito on”

– SeeU, a culpa não é só minha! Aquela bruxa idiota deveria ajudar também! – tento me defender.

– Não repasse a culpa! – ela grita e sai correndo.

O pior é que ela tem razão. Eu que deveria encontrar essa garota e mata-la. Eu que deveria pegar a pedra da morte e depois entrega-la para essa tal “Bruxa das Trevas” por nossa liberdade.

Mas eu sei que, se eu der a pedra a ela, ela destruirá todo o mundo. Ela terá a todos em suas mãos, assim como tem a nós.

E honestamente, tenho pena por ela culpar na maior parte do tempo, especialmente a SeeU. É como se tivesse uma implicância contra ela.

Se não fosse sua brutalidade, sangue frio e desejo insaciável de poder, ela chegaria a ser infantil.

E nós temos de servi-la. Eu e SeeU estamos no mesmo barco: subornados por uma louca e obrigados a caçar uma garota inocente, em troca da segurança de nossos irmãos.

Irmãos... Droga!

Ela disse claramente “Saiba que será punido depois!” não me puniu na hora. Seria fácil se eu já estava ali me punir ali mesmo, principalmente correndo contra o tempo e ocupada como parece estar sempre.

O fato de não me punir ali, só prova que dessa vez a punição será diferente. Ela vai usar seu maior trunfo: o bem estar do Kaito.

E com isso em mente, começo a correr desesperado por todo o internato. Tenho que achar Kaito antes dela!

“Kaito on”

Estava caminhando sem rumo, pensando na Miku e tudo o que aconteceu o outro dia, quando ouço passos atrás de mim.

Quando me viro, me deparo com uma garota assustadora usando uma mascara branca.

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– Q-quem é você? – pergunto.

– Ah, não me reconhece? – pergunta com uma voz aguda e arrastada – Que pena, nem vai saber pelas mãos de quem morreu! – começou a rir de uma forma maníaca.

Surpreendo-me. O que raios ela está pensando?...

De repente, tudo começa a tremer e enormes raízes surgem do chão. Elas começam a se enroscar e contorcer igual a uma cobra e a criatura que formam é semelhante a uma.

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– O-o que é isso!? – exclamo perplexo.

– Isso – a garota começa, surgindo acima da criatura – É a sua morte! – grita fazendo a criatura disparar em minha direção.

Começo a correr desesperado com aquela coisa vindo atrás de mim. Não posso parar se não ela me alcança, e não posso lutar contra isso sem poderes! E para o meu azar quem puxou o “lado bruxo” da família é o Akaito, não eu.

A criatura investe contra mim outra vez e... Droga! Acabo caindo e torcendo o tornozelo!

Ela ri maníaca novamente – Agora é o seu fim! – a criatura se levanta e mergulha em minha direção.

... porém não sou atacado?

Abro os olhos e vejo Akaito bloqueando a criatura com um feitiço semelhante a um escudo.

– AKAITO SEU IDIOTA! O QUE ESTÁ FAZENDO!? – a garota/bruxa/demônio ou sabe-se lá o que grita com ele – Você NÃO tem permissão para interromper!! Essa foi uma ordem direta dela! – a garota grita fazendo a criatura abrir um talho no braço de Akaito, o obrigando a materializar o segundo escudo.

– Akaito! – grito preocupado – Do que ela esta falando? – pergunto, mas sou ignorado.

– Dane-se Ylil! Ele é MEU IRMÃO!! Você NÃO vai mata-lo enquanto eu viver! – ele gritou de volta.

– Ha! – ela faz uma cara de desprezo – Então aproveitem seus últimos minutos! Com certeza ela já está ciente do que aconteceu e esperando para puni-lo! – ela diz com desdém desfazendo a criatura – É bom você ter uma boa desculpa quando for se explicar! Isto é, se for homem o bastante para aparecer! – grita sumindo em uma fumaça negra, e fazendo toda a bagunça causada por seu ataque sumir. Como se encobrisse seus rastros.

Akaito suspira pesadamente – Vem Kaito. Eu curro esses ferimentos para você. – diz se aproximando.

– Akaito... Quer me explicar o que aconteceu?

– Não. – responde sem desinteresse, o que é um sinal típico de que está escondendo algo.

– Akaito. – seguro seu braço – Fala!

Então ele me olha sem expressão alguma, curra meus ferimentos e começa a se distanciar próximo das piscinas da natação.

– Akaito! – começo a correr até ele – Me diz alguma coisa! Não se atreva a seguir ela e seja lá de quem ela estiver falando!! – grito com ele.

– Argh! – ele resmunga, gritando logo em seguida – Pare de me importunar Kaito! O que eu faço não diz respeito a você! – Akaito responde enraivecido.

– Não diz é? Até onde eu sei você é meu irmão, tenho o direito de me preocupar! – respondo, não estou gostando nada disso.

– Olha aqui! Eu estou bem! – me mostra o braço que agora está currado – Não há motivos para eu me afastar delas!

– Não tem motivo!? Elas quase nos mataram!...

***

“Dias atuais”

“Len on”

Após terminarmos a torta e sairmos dali, fomos à biblioteca. Isto é, claro que temos internet nos nossos quartos. Mas seria mais fácil caso tivéssemos que ver algum livro ou etc. além de estar mais perto.

– Então, o que estamos procurando? – Rin perguntou se sentando de frente para o computador.

– Hum... Deixe-me ver... – me sentei ao lado dela tomando posse do teclado.

Primeiro buscamos por “Lendas do internato LunarShadow”.

Como o esperado, apareceram varias coisas como relatos de fantasmas, coisas se mexendo, pessoas sumindo e reflexos no espelho que não estavam lá.

– Um monte de fakes. – falei.

– Espera! O que é aquela ali? – Rin perguntou pondo o dedo na tela.

Era outra lenda, arquivada em uma creep pasta sobre lendas escolares:

“Estudante eterna”

Dizem que, ao longo das décadas, os alunos tem alegado ver uma mesma estudante pelo internato LunarShadow.

Os relatos informam que a estudante supostamente não envelheceria e viveria sumindo e reaparecendo do nada. Os relatos começaram pouco depois da inauguração do internato e, alguns dizem que ela seria uma estudante fantasma que morreu durante a construção do local.

Muitos já a descreveram desde que os boatos começaram. As descrições são variadas, mas a mais comum é: a cor dos olhos ser azul ou escura (de forma a dificultar que percebam a verdadeira cor), a pele ser pálida e os cabelos serem de um loiro claro.

Sua lenda é das mais variadas: alguns dizem que se encontra-la e chama-la pelo nome ela te mata. Outros que se descobrir o nome dela, ela trará alguém que você ama de volta a vida. E tem alguns que dizem que, ela tenta passar despercebida sem fazer amigos, mas se você conseguir se tornar amigo dela ela te tornará imortal como ela.

Varias estudantes já foram acusadas de ser ela e muitas delas sumiram logo em seguida, dando ainda mais força para a crença. Mas seu nome e idade ainda são um mistério.

E alguns ainda afirmam que, ela carregaria consigo a pedra da morte.

– Sério isso? Estudante fantasma?... Eu esperava algo mais assustador... – Rin resmungou.

– Mas não achou estranho, as descrições baterem? Ou vai me dizer que não ficou curiosa sobre a origem da lenda e essa tal pedra da morte? – perguntei.

– Tsc, ver a origem é coisa de nerd. – ela estalou a língua e me cutucou – Acho que só você tem paciência pra isso.

– Talvez, mas você tem algo melhor pra fazer? – pergunto.

– Hum... Droga. – ela faz carreta – E lá se vai minha folga!

– Como assim? – alguém pula entre nós, e nós dois damos um pulo.

– Yuki! Quer matar a gente do coração? – Rin pragueja.

– Foi mal, foi mal... O que estão fazendo? – Yuki.

– Vendo lendas urbanas sobre o internato, mas o nerd quer ver a origem. – Rin.

– Nerds unidos jamais serão vencidos! – ela sorri – Posso ajudar? Posso? Posso? Posso? – Yuki começa a me sacudir.

– Ok, ok, você pode nerd mirim! – eu respondo.

E lá vai meu tempo sozinho com a Rin. Mas pelo menos a Yuki é tão nerd e sabichona quanto alguém da nossa idade ou até mais, o que a torna perfeita para o serviço.

– Então, o que viram até agora? – Yuki pergunta.

– Nada, só as fakes clássicas sobre assombrações, coisas se mexendo, pessoas sumindo, reflexos no espelho... O de sempre. – respondo.

Então ela lê a lenda na tela do computador.

– Hum... Vocês estão vendo isso pelo lado errado! – Yuki exclama – Se fossemos eu e as minha primas, não tentaríamos ver uma certa, mas sim a conexão entre elas!

– Tipo, deduzir que essa “estudante fantasma” é a responsável pelos eventos relatados? – Rin pergunta.

– Exato. – Yuki – Mas então, que tal começarmos a pesquisa de verdade? Você! – apontou pra Rin – Pesquise a história do internato no outro computador. E você, – apontou para a mim – veja o que encontra sobre essa pedra da morte. Eu vou ver se encontro algo sobre essas estudantes que foram acusadas e desapareceram. – ela termina.

– Sim capitã! – eu e Rin batemos continência rindo logo em seguida.

Após algum tempo pesquisando, encontrei uma lenda sobre a tal pedra da morte e Rin, uma reportagem antiga sobre uma mansão que teria existido anteriormente ao LunarShadow nesse mesmo lugar.

– Seguinte, eu achei uma reportagem ENORME sobre essa mansão. Mas pra resumir: tinha um casal e sua filha morando aqui, o pai enlouqueceu e incendiou a casa, e a única sobrevivente foi a filha deles... – Rin falou – Tem uma foto dela em preto e branco tirada após o incêndio.

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– O incêndio aconteceu de noite por isso ela ainda estava de camisola, e ela desapareceu pouco tempo depois. – Rin completou.

– Sério mesmo? Um casal e uma filha? – pergunto.

– Sim, por quê? – Rin perguntou e eu mostrei a lenda que encontrei a elas.

“A Pedra da morte”

A pedra da morte nada mais é do que uma dadiva concedida pela mesma.

Dizem que a hora da morte de uma mulher avia chegado. E que junto com ela, morreria seu marido. Porém, por um infeliz acidente, a mulher e a filha morreram, e não o marido.

O homem ficou desiludido, desesperado. E a morte, teria vários problemas por levar a alma errada. Mas muito astuta, aproveitou-se da situação.

Ela enganou o pobre homem, oferecendo-lhe um acordo: se ele morresse, ela traria sua filha de volta à vida.

O homem, assim como o previsto, caiu na armadilha e a garota voltou.

A pedra da morte permanece com a garota de forma a torna-la imortal. E se alguém por as mãos na pedra, poderá se tornar imortal ou trazer alguém de volta à vida.

– Legal, tá começando a fazer sentido! – Yuki.

– Tem algum sentido nisso? – Rin pergunta.

– Claro que sim Rin. – falo – Olha só: um casal e sua filha moravam aqui assim como na lenda, e se o homem morresse a filha voltava à vida. O incêndio provocado na mansão poderia ser para a filha voltar viver!

– E depois, por ter se tornado imortal e supostamente não envelhecer ela fugiu. O que explica o desaparecimento dela pouco depois do incêndio e a garota vista pelo internato! – Rin.

– E mais! – Yuki começou apontando para o computador onde Rin estava – A garota da foto bate com a discrição! Quero dizer, tá em preto e branco mais o cabelo e a pele são claros e... Ei! – Yuki exclamou quando o computador desligou, logo após uma batida.

Quando olhamos na direção dos fios que ligavam o computador na tomada, logo entendemos: uma garota avia tropeçado nos fios e caído, desligando o computador da tomada por acidente.

– Você está bem? – Yuki pergunta e eu e Rin vamos levanta-la.

– E-estou... Eu só me distraí ouvindo os... – suas palavras morreram assim que se afastou de nós com os olhos arregalados.

– Você... Estava ouvindo a gente? – Yuki pergunta com a cabeça para o lado.

– B-bem... N-não é como se eu estivesse espionando. Eu só me distraí ao ouvir a lenda da escola... – ela começou a murmurar.

– Tudo bem, nós também estávamos falando meio alto para uma biblioteca de qualquer forma. – falo coçando atrás da cabeça, meio sem jeito – Eu sou o Len, essas são Yuki e Rin. Qual o seu nome? – pergunto.

Ela parece hesitar por um momento, mas logo responde – M-Meu nome é I-IA... – diz tímida.

– IA? Hum, que estranho... É um nome incomum, mas acho que já vi em algum lugar... – Rin começa, mas é interrompida.

– Sério? Que coincidência! – IA começa com um sorriso meio torto – Mas... Se importam de continuarmos a conversa depois? É que eu estava atrasada e... Desculpa, tenho compromisso!

Ela sai correndo sem mais nem menos. Deixando nós três com caras confusas.

IA parece ser uma boa pessoa, mas fugir assim do nada... Estranho... O que deu nela?


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Notas finais do capítulo

Etto... Talvez tenha ficado meio maçante (ou não) e, provavelmente, vcs acharam a lenda do internato mô bosta mas.... Era issu...



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