Um campo de Apostas escrita por Gui Ness


Capítulo 8
Capitulo 8- Apostas? Love is in the air. Or not.


Notas iniciais do capítulo

Um cap Especial para as docetes que participam



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Pov.Alexy
Falava animadamente com Nathaniel. Foi bem fácil conquistar a sua confiança, ele é bem simpático e respeitador. Não teve problema nenhum quando viu que eu era gay, e até mostrou curiosidade quanto a esse assunto. Sem que nenhum dos restantes visse acabamos por nos afastar. Passeamos na floresta dali, conversando animadamente. Devo admitir, cada vez me sinto mais atraído por ele e o facto de estar sem T-shirt... Eu nem vou comentar.
Ouvi uns risos vindos de um canto. Espreitei e vi Thales e Lis... O que raio? Thales tapava Lis com o seu corpo, mesmo assim notava-se que estavam juntos. Seria? A curiosidade matava-me, mas preferi não interromper. Eu não acredito que aquela dois... Se estavam a beijar...
Pov. Megumu

Lis estava mega entusiasmada. Pelos vistos ela ama nadar e devo dizer que é impossível desmentir, ela ainda não parou quieta, está constantemente a nadar de um lado para o outro, e nada muito bem.
Já fez apostas com todos os rapazes. E ganhou a todos! Tipo, arrasou com eles! Foi espetacular. A melhor corrida foi a com o Armin, que agora descansa num canto... E por falar em Lis, ela e o Thales desapareceram... Onde raio...?
–Megu-chan! - Senti algo quente abraçar-me por trás.
–K-Ken?!? Qual é a tua ideia?
–A minha ideia? Nada demais. - Ele pegou em mim e levou-me para dentro de água. Guinchei um pouco, tentando soltar-me, sem conseguir.
Quando emergi procurei pelo militarzinho chato. Ele ria junto a margem.
–Porque raio fizeste isso???
–É divertido ver-te irritadiça. Depois estava cansado de gastar dinheiro em apostas com a Lis. E ver-te sentada na relva sem te divertir era irritante. Onde esta a Izu?
–Ela foi ali, falar com o viciado. Não entendo porque ela insiste tanto nele...
–Não é só a nós os dois que o amor ataca. Também atacou aqueles dois. Se bem que ela podia ter escolhido o Castiel, era uma escolha melhor. Aquele rapaz, o Armin, tem sérios problemas!
–Como assim o amor atacou-nos?? ’Tás maluco?
–Diz o que quiseres! Mas tu ainda vais ser o meu par do baile!
–Tu estás maluco?? Bebeste ou assim?? - Ele apenas riu, ignorando a pergunta. Sentia raiva e nervos com aquele rapaz! Suspirei, numa tentativa de me acalmar.
–Porque dizes que a Zu poderia ter escolhido o Cast?
–Então, ele está afim dela! Isso é uma das razões dele não gostar do Armin. A outra é o comportamento irritante do raio do rapaz.
–Interessante... Se bem que acho que ele não tem qualquer hipótese com ela!
–Ai é? Porquê?
–Conheço a Zu. O Cast não é o estilo dela...
–Não acho. Até porque o Castiel consegue qualquer rapariga que quiser. Todas caiem a seus pés!
–A Zu é diferente!
–Ahahaha! Queres apostar?
–Quero! Se ele a conquistar eu viro teu par no baile!
– Sorri de lado tentando provoca-lo.
–Hum... Tentador. Ok. E se ele não conseguir... Uso um vestido cor-de-rosa!
–Combinado!
Ele ri. - Mas por agora desafio-te a uma corrida de nado. Se perderes, vais pagar uma grande consequência, ficas avisada.
–Muito bem, mas tu também Sofres consequência se perderes!! Duas voltas, ir e voltar.
–Muito bem.
Mergulhamos na água, começando a nadar. Comecei à frente, mas não conseguia ver mais nada, concentrando-me simplesmente em nadar com rapidez. Bem que desejava ser a Lis neste momento, assim ganhava de certeza.
Não me lembro de muito mais, apenas que ao fim das duas voltas tinha uma mão estendida para me ajudar a sair de água.
–C-como chegas-te cá tão rápido?? - Perguntei-lhe.
–Pode-se dizer que és um pouco trapalhona dentro de água.
–Pois... *suspiro* Qual é a consequência?
–Um beijo... Antes do dia do baile... E não é um na cara. - Ele segredou-me no ouvido, com a sua voz grossa e linda, fazendo derreter-me interiormente. Engoli em seco sentindo-me corar involuntariamente. - Tas vermelhinha! - Ele comentou rindo.
–B-Baka!! - Disse desviando a cara para o lado.
–Queres nadar mais um pouco? Se me conseguires ganhar, desfaço a aposta do beijo.
–Apostado. - Disse dando inicio início à corrida. Eu sabia! Este ano as coisas vão ser as melhores!
Tinha uma pergunta presa na garganta. Ken... Como é que ele conseguia mexer tanto com o meu coração?

Pov.Lis
Quando acabei a corrida contra o Armin, entreguei o dinheiro ao Thales que guardava o que havíamos recebido das apostas. Devo dar graças à Izuri, depois de ela nos ter feito ir juntos no outro dia, tornamo-nos mais chegados. Descobri que eles eram todos de uma cidade vizinha.
Agora estávamos quase sempre juntos, estilo Megu e Ken, Izu e Armin. Ainda não temos a relação que eles tinham entre si, mas estava desejosa por isso.
–Ei, Lis, queres vir dar um passeio pela floresta? - Ele perguntou, estendendo-me a mão. Hesitei durante segundos, mas acabei por segurar a sua mão, sentindo as minhas faces corarem. Saímos dali indo para a floresta. Estava calma, havia ali pouca gente..
Andávamos em silêncio. Sentia-me incomodada com aquilo, mas ele rapidamente conseguiu criar assusto, falando sobre várias coisas.
–Ei, Lis. Quero mostrar-te isto. É algo que apenas a Izuri e a Megumu viram. - Ele faz aparecer um caderno de folhas brancas e entrega-mo. Folheei-o lentamente observando diversos desenhos de traços perfeitos. Terá todo do Campo. Havia diversos retratos da Izu e da Megu e também havia um dos restantes, até dos monitores.
Havia desenhos de paisagem. Eram tão belos. Estava maravilhada a observa-los. Reparei num desenho, aliás, num retrato de... Mim... Corei.
Virei a página] Havia mais alguns, também de mim. Eram vários. Por isso ele andava sempre com o bloco e o lápis. Deveria acabar de os desenhar no dormitório.
–Porque tens tantos desenhos meus? - Questionei. - Não que esteja zangada nem nada do género! - Apressei-me a acrescentar, vendo a sua cara de desiludido.
–Ah... É que tenho passado bastante tempo contigo... És fácil de desenhar e... Muito bonita. - E-ele corou! Quer dizer também eu estava corada.
Ele riu baixinho e aproximou-se. Senti o meu coração acelerar. Engoli em seco. Porque me sentia assim, conhecia-o a menos de uma semana... Mesmo assim não conseguia evitar. Ele estava tão próximo.
Ele levantou os braços, pondo-os a minha volta e puxando-me para si. Ficámos em silêncio, abraçados. Devia estar mais vermelha que o cabelo do meu irmão. Por fim fechei os olhos aproveitando aquele momento. Estivemos assim imenso tempo, abraçados em silêncio. Os nossos corações batiam acelerados. Aquele momento era maravilhoso. Por fim, depois de longos minutos que desejei serem horas ele depositou-me um pequeno beijo na testa. Corei.
Como é que ele conseguia mexer tanto com o meu coração?

Pov.Alexy
Depois de ver aquela cena regressei para junto de Natheniel que calmamente esperou por mim. Uma brisa suave de vento surgiu, fazendo os seus cabelos esvoaçarem, dando-me uma imagem da sua beleza que me fez corar. Engoli em seco.
Eu sei que comecei isto por brincadeira, no gozo, mas é escusado esconder que não me estava a apaixonar por ele. Ele tinha assim um jeitinho próprio para me fazer derreter e agir como as demais raparigas. Como um tolo.
Sou trazido para a realidade quando ouço vozes e risos de pessoas. Nathaniel parou de falar, dando uma vista de olhos no local. Olho em volta vendo que tínhamos chegado a base de outra turma. Olhei para a cor... Verde.
Alguns alunos olhavam para nos, não era o meu normal, mas sentia-me incomodado. Observei um grupo dos jovens, todos rapazes. Engoli em seco. Eram todos bem familiares. Mas era impossível, certo? Eles não podiam estar aqui! E-eles são do outro acampamento da cidade. Não! Não são eles!
Voltei a olhar para eles. Alguns agora olhavam para cá. Um deles olhou em minha direção depois de uns múrmuros dos restantes. Depois abriu um sorriso convencido de lado. Foi o que bastou para entrar em choque. Senti o meu corpo congelar. Não podia, ser eles. Não, não podiam!
Comecei a andar lentamente para trás recebendo o olhar de Nathaniel. O grupo de jovens aproximava-se devagar. Senti um nó na garganta e o medo percorrer me o corpo. Não aguentei mais, e corri para fora dali. Corri até estar a metros de distância de tudo.
Sentei-me numa pedra, sentia as lágrimas nos meus olhos mas tentava não chorar.
–Alexy? - A voz do Nathaniel ecoou, entrando doce pelos meus ouvidos, permitindo-me acalmar mais um pouco. - Alexy! O que se passou? - ele aproximou-se rapidamente, pondo-se agachado à minha frente.
–Eu... Eu... - não conseguia falar. O medo cobria-me. - Eu apenas me assustei. Pensava ter visto alguém, mas afinal era engano... - Conclui lentamente. Ele não me pareceu muito convencido, mas não insistiu.
–Mas tem calma. Está tudo bem. - ele comentou com a sua voz doce e calma. Pôs-se a meu lado abraçando-me. Estava corado. O meu coração batia rápido. Com ele ali sentia-me.... Tão seguro. Solucei uma vez, antes de encostar a minha cabeça no seu peito. Levemente, ele depositou um pequeno beijo no topo da minha testa, que me fez corar ainda mais. Sentia-me bem ali. Dava para esquecer tudo o resto. Fechei os olhos, sentindo as minhas bochechas a ferver e o meu coração acelerado. Suspirei.
Como é que ele conseguia mexer tanto com o meu coração?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E novamente perdão pela demora.



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