Um campo de Apostas escrita por Gui Ness


Capítulo 17
Capítulo 17 - Momentos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora com este novo cap!! O tempo para escrever tem sido pouco, mas finamente consegui. Queria agradecer em especial á @Eycharistisi, pois ajudou-me com o cap. Eu estava com duvidas acerca dele e ela deu-me uma ajuda enorme! Então, sem mais demoras, o novo capítulo!!



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–Desisto!!! Estou cansada!!! – Resmunguei deitando-me na relva. Já estavamos naquele lugar há imenso tempo, sobrevivendo apenas com o que aquele lugar nos oferecia, visto que Armin tinha perdido a mochila com a comida. Eu sentia o meu estômago queixar-se da fome, mas não havia muito mais naquele lugar do que algumas bagas e maçãs. - Tenho fome!!!! - Queixei-me, provavelmente, pela milionésima vez.
O cansaço também não ajudava. Estavamos naquele lugar há séculos à procura de umas letras quaisquer que nunca mais aparecem!! O objetivo do desfio era encontrar letras espalhadas por ai, que juntas formavam uma palavra, dizer a palavra a um monitor e correr para a meta.
O Alexy, de nós os três, era o que tinha mais energia. Provavelmente o único. Saltitava de um lado para o outro enquanto eu e o Armin simplesmente ficavamos a ver.
–Anda, as letras devem estar aqui algures!- Alexy disse procurando em todo o lado.
–Alexy!!! Estou cansada de procurar, ok?!?
–Mas... Se pararmos podemos perder. É crucial ficarmos em primeiro lugar no desafio se queremos ganhar a aposta!!!
–Sabes uma coisa Alexy? Não vai ser por cinco minutos de descanso que vamos perder. Só nos faltam duas letras! - Armin disse sentando-se a meu lado.
–Como queiram! Eu vou continuar a procurar. - Alexy exclamou numa falsa cara de ofendido enquanto se afastava aos saltos.
–Ele é tão teimoso! - Armin queixou-se.
–Pois é. Deve ser de família. - Comentei rindo. - Ah, tenho fome!! - Queixeo-me outra vez.
–Toma!
–Hum? - Olhei Armin que me estendia uma vermelha maçã.
–De certeza que não queres? - Perguntei, rezando para que ele não tivesse fome.
Ele limitou-se a olhar-me indiferente, sem responder.
–Obrigada!! - Exclamei, trincando a maçã. Entretanto ele retirava uma consola de jogos da sua mochila. - A sério que vamos recomeçar? - Questionei aproximando-me do rapaz. Retirei-lhe a consola das mãos escondendo-a atrás das costas. - Nada de jogos durante a prova!!
–Ei!!! Devolve!!
–Hum... Não me parece...
–Raios, Izuri, devolve! Já me ficaste com não sei quantas coisas!!
–Não devolvo! Este lugar é lindo! Em vez de jogares, devias observar e apreciar.
–Eu não vou apreciar esta merda de lugar, agora devolve!
–Ao menos tenta!
–Eu não gosto!
–Tu nem tentaste!!
–Não percebes?? Eu não gosto deste lugar! Eu odeio este campo! - Ele berrou, irritado. Assustei-me mas continuei a fita-lo séria. Podia ver nos seus olhos que também ele estava assustado. E eu entendia o porque.
— Não. Devolvo. - Disse pausadamente.
Fitava-o sem desviar os olhos, desafiando-o com o olhar. Não percebi bem o que aconteceu a seguir, mas ele segurou na minha cara com as suas mãos. Examinava os meus olhos cuidadosamente e eu podia ver um certo brilho nos seus. Lentamente, ele aproximava a sua face da minha. Sei que corei, pois sentia as minhas bochechas a arderem. O meu coração batia acelerado. Ele ia beijar-me... Mas...
–É melhor irmos procurar o teu irmão! - Exclamei, virando a cara para o lado e afastando-me. Recusei-me a olhar para ele, fitando o chão.
–Sim... tens toda a razão. - Ele começou a andar. Segui-o em silêncio. Caminhamos durante uns dez minutos sem falar, perdidos em pensamentos, limitando-nos a ignorar a existência do outro. Porém um grito acorda-nos para a realidade. Escutamos mais alguns guinchos, vinham de perto. Aquela voz... Era-me familiar...
–Alexy! - Exclamamos simultaneamente. Imediatamente começamos a correr por entre árvores e arbustos em busca do nosso amigo.
Por fim acabamos por nos deparar com Wenka a agarrar Alexy, que lutava para se afastar.
Ao meu lado, Armin perde a paciência. Começa a correr na direção dos dois e acaba por empurrar Wenka, que aterra no chão.
–Ora, ora, vejam só quem apareceu! - Uma voz surgiu atrás de mim. Viro-me, deparando-me com Victor que sorria. Dei dois passos atrás, mas ele conseguiu agarrar-me pelo braço. Vejo Wenka a segurar Alexy e Jade junto de Armin. Droga!
–Solta-os!! - Armin exclamou. Conseguia notar o tom assustado na sua voz.
–Não me parece. Eu e o Wenka queremos divertir-nos.- Ele comentou, o que me provocou uma cara de nojo.
–Tu disseste que não lhes tocavas!!!
–Hum... Eu disse, não foi? Muito bem, dá-me as tuas letras e eu solto-os.
–Eu conto! - Exclamei chamando a atenção para mim. - Sou eu quem sabe as letras. Solta-os e eu conto-te!
–Não! - Armin e Alexy gritaram.
–Deixa-os ir. Sou que quem sabe as letras. Eles irão mentir-te! Confia em mim! - Eu dizia apressadamente, olhando Victor. Eu precisava que ele acreditasse em mim!
Ele parecia que refletia seriamente. - Muito bem, soltem os rapazes! - Wenka fez uma careta chateada enquanto tirava as mãos de cima de Alexy.
–Vão embora! - Exclamei, dirigindo-me ao gémeos.
–Eu não vou a nenhum lugar sem ti! - Armin disse em tom sério.
–Sim, muito fofo! Vão embora! Desapareçam! - Eles hesitavam. Os outros olhavam-nos impacientes.
–Ora muito bem, ou vocês desandam, ou ela sofre! E nós sabemos que vocês os dois não querem isso! - Alguma vez comentei que odeio ser ameaçada?
Hesitantes, os dois acabam por sair dalí a correr.
–As letras! Diz quais são! - Victor ordenou. Já alguma vez comentei que não gosto de receber ordens?
–As letras são Amelanah. Ou seja, o país é a Alemanha. - Comentei num suspiro.
–Jade, anotas-te?
–Sim!
–Excelente. Agora... que tal um pouco de diversão? - Ele comentou num tom que não me agradou nada. Ouvi os outros a rirem.
–Sim... Vamos... divertir-nos. - Pois, eu odeio receber ordens e odeio ser ameaçada!

Alexy Pov.
Estava assustado. Sabia do que aqueles rapazes eram capazes. Sabia aquilo que eles faziam ao meu irmão, mas nunca o consegui proteger ou ajudar. E agora estavamos ali os três, assustados, presos por eles. Eu estava assustado. Tinha medo do que eles poderiam fazer. E não podia deixar a Izuri ali sozinha. Não conseguia abandonar a minha pequena diva.
–Temos que regressar! - Armin exclamou sério, preocupado, aflito.
–Mas eles podem fazer-lhe mal!
–Por isso é que não a posso deixar!
–E se eles lhe fizerem algo, por tu apareceres lá?
–Eles podem fazer de qualquer das maneiras. Alexy, eu amo-a. Não posso deixar que lhe façam qualquer tipo de mal!
Não consegui dizer mais nada. Eu já sabia que ele gostava dela, mas não esperava que ele admitisse desta forma.
– Já tens as letras todas? - Acenei numa afirmação. - Vai ter com o monitor, diz-lhe a palavra e corre para a meta. Eu e a Izuri vamos lá ter dentro de poucos minutos.
–Certo. E Armin... Tem cuidado, irmão! - Ele sorriu e cada um de nós seguiu o seu caminho. Sabia que no fundo, eu queria que ele a ajudasse. Tinha tanto medo do que eles lhe poderiam fazer!
Corri em direção do monitor, enquanto procurava decifrar o pais. Ratlogup... Tlopugra... Potrulga... Portugal!!! É isso! O país é Portugal

Pov.Izuri
A minha respiração estava irregular. Algumas gotículas de suor escorriam pelo meu corpo. O som de gemidos envolvia o lugar. Isto soube tão bem. Não sabia que me iria dar tanto prazer!
–Izuri!!! - Olhei para trás, vendo Armin olhar-me espantado. Corei.
–A-armin!! E-eu...
–O que raio aconteceu aqui??? Porque é que eles estão cheios de hematomas?? Como??
–Que é? Só me defendi. Eles querias "divertir-se" comigo. Querias que fizesse o que?? Foi apenas uma inofesa rapariga a defender-se!
–Inofesa, pois. Desde quando saber lutar?!?
–Que eu saiba, desde sempre... Sempre fui fã de artes marciais e luta. - Comentei, sorrindo.
–Lembra-me para nunca te irritar demasiado... - Ele riu.
–Vocês vão paga-las! - A voz de Victor chamou-nos a atenção! Ele estava em pé, ofegante, massajando o braço. Rapidamente ele saiu dalí, seguido dos outros dois, sem dizer mais nada. Revirei os olhos. Cobardes! Mas pronto, a vingança até que sabe bem. Que foi, eu disse que odiava que me dessem ordens e que me ameaçassem!


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