(Seya) - Eu ainda não acreditar no que eu acabei de ver.

Todos os cavaleiros estavam reunidos na sala do mestre. Estavam discutindo sobre o ataque que aconteceu contra Shaka. Aurora e Kiki.

(Camus com a mão na testa)– Em que você não acredita Seya?

(Seya)– Eu não acredito em como uma garota pode receber o poder de um DEUS, de uma maneira tão direta.

(Milo rindo) - Se você fosse mais inteligente cavaleiro de Pégasus, veria que não há nada de anormal no que aconteceu. Apolo e Ártemis são gêmeos, a deusa da lua recruta garotas como suas companheiras de caçada e ela concede a uma dessa caçadoras uma das habilidades de Apolo que é a cura, para ser usada em batalhas. Já que ela é a Tenente não é nada de mais que ela possua a cura de Apolo.

Camus que estava encostado em uma parede ficou pensativo por um momento.

(Camus pensando)– Antes de sair, Aurora me disse que não era para ser ela a escolhida para ter a posse da cura de Apolo, mas por alguma razão ela também foi selecionada. Por que será?

(Hyoga)– Ainda tenho minhas dúvidas se podemos realmente confiar nela.

(Marin curiosa)– Por que acha isso?

(Hyoga)– Ele serve a outra deusa, pode estar muito bem contando todos os nosso pontos fracos para Ártemis, quem garante que ela não possa nos trair?

(Shaka)– Eu afirmo com todas as palavras de que ela é de total confiança e não irá nos trair. Sei que ela nunca faria algo assim.

(Máscara da Morte)– Na minha opinião vocês dois estão muito íntimos parece até que já se conhecem a anos. Pra mim essa história de virgindade eterna e de reencarnação de Buda é só uma fachada pra não falar o que vocês fazem entre quatro paredes.

(Shaka o enforcando)– Como se atreve a abrir essa boca imunda pra falar essas barbaridades.

(Donko)– Basta.

No momento em que ele diz isso, Shaka o larga mas não deixa de lançar um olhar mortal para o cavaleiro de câncer.

(Donko olhando para os cavaleiros)– Primeiramente MDM, mão vou admitir que você use essas palavras quando for fala de Aurora, ela é uma Caçadora exemplar e Shaka é um cavaleiro respeitoso. Ambos jamais fariam tal feito sabendo de suas responsabilidades. Segundo eu não posso deixar de admirá-la. Ela é uma menina muito nova, não tem nem 20 anos de idade e já é Tenente das Caçadoras e representantes de Ártemis em sua ausência. Vocês Cavaleiros, tem a honrosa função de proteger Atena, mas nunca de substituí-la. Não sei como uma menina tão jovem consegue dar conta de tanta coisa, por isso eu a admiro.

(Shun)– Concordo com o senhor Mestre, mas e se ela estiver mesmo relatando tudo par Ártemis?

(Donko) - Ela deve estar relatando os fatos para Ártemis sim, mas eu não tiro a sua razão de fazer isso. Ela apesar de estar nos ajudando, Aurora ainda precisa cumprir com suas obrigações e Ártemis deve estar querendo saber como vão as buscas por Nike, pois afinal é um assunto que diz respeito a todos e não só aos Cavaleiros e a Atena e além do mais não deve estar sendo fácil ela ter que ajudar uma outra deusa e ainda ter de trabalhar ao lado de homens.

(Saori)– Eu concordo com o que acabou de dizer Donko. Eu confio em Aurora e não me importo de ela estar relatando coisas a Ártemis, não é vantagem para ninguém começar uma guerra conosco, por tanto tire esses pensamentos de sua cabeça Hyoga e quanto a você MDM, não quero ouvir comentários semelhantes a estes. Fui clara?

(Máscara da Morte)– Sim minha deusa.

(Ikki)– Onde está o Mu?

(Shiryu de mãos dadas com Shunrei) - Ele foi para o hospital ver como Kiki estava, Aurora também está lá para terminar de cuidar das feridas.

(Aldfebaran se levantando) - Estão sentindo o cosmo? É o cosmo de Aurora, mas está muito fraco.

(Afrodite)– Também percebi isso. Ela está se aproximando.

Pouco tempo depois Aurora chega a sala do mestre, sua aparência era de preocupar. As feridas em seu busto se espalharam para perto de seu pescoço e estavam bem inflamados. Ela parecia estar com dificuldade para respirar e estava tossindo muito, segurava um pano perto da boca que estava manchado de sangue.

(Saga se aproximando preocupado)– Meus deuses Aurora, você está péssima. Está ardendo em febre e essas feridas estão muito inflamas.

(Aurora tossindo)– Eu sei que eu não estou com a melhor aparência, mas não se preocupem comigo. Vim aqui para falar do que aconteceu na floresta.

(Saori) - Não precisa, resolvemos isso mais tarde. Vou chamar um medico para examina-la.

(Aurora)– Não, eu vou falar e vai ser agora e ai daquele que se aproximar de mim.

Aurora se apoia em uma parede e começa a relatar. Ela diz como eles encontraram a árvore feita de ouro e da mensagem que havia lá dentro.

(Shina)– Então isso quer dizer que se conseguirmos decifrar esse enigma acharemos Nike?

(Aurora) - Exatamente, precisamos decifrar essa estrofe se quisermos acha-la e tem de ser o mais rápido possível. O ataque de hoje foi só uma mostra de que há alguém que quer encontrar Nike tanto quanto a gente.

(Hyoga)– O que quer dizer com isso?

(Aurora)– Uma pessoa me atacou naquele dia em minha casa e ele assim como esse que nos atacou hoje estavam indo a mando de um mestre. O que derrotamos hoje foi apenas o primeiro, ele era apenas um dos Sete Guardiões da Guerra. Isso significa que virão mais seis pela frente e precisamos estar prontos para enfrenta-los, mas de uma coisa eu tenho certeza. Eles me querem morta.

(Kanon confuso) – Como assim Aurora?

(Aurora)– Os dois que atacaram me querem morta, eles não querem que eu os ajude. Bom, eu preciso dar um jeito nessas feridas, boa noite.

Aurora desce as escadas e deixa todos pensativos, quais seriam as razões por alguém querela morta e quem seria esse mestre?

Aurora desce as escadas com dificuldade pois seus pulmões ardem e sua feridas latejam ela chega até a cachoeira onde Mu disse que ela poderia se banhar e imediatamente começa a tirar suas roupas e mergulhas no pequeno lago da cachoeira. Imediatamente sente um enorme alivio, a lua que estava cheia pouco a a pouco começa a cicatrizar suas feridas. Aurora aproveita o momento na água e esquece do tempo.

Logo acima da cachoeira, Shaka estava meditando. Aquelas águas não eram mais usadas pelas amazonas, elas tinham começado a se banhar em outro local e essa cachoeira ficou desocupado e Shaka ia para lá meditar, mas o cavaleiro acabou estranhando o barulho que vinha lá de baixo.

Quando ele olha para baixo se depara com o corpo nu e escultural de Aurora. Ele sabia que era errado olhar para aquelas curvas e aqueles traços hipnotizantes mas era quase impossível desviar o olhar. Quando ele vê que ela vai sair da água ele tem a visão completa do corpo dela. Era o corpo de uma guerreira, bem definido, com algumas cicatrizes de batalha mas absolutamente lindo. Shaka sai do transe e vai embora. Quando estava quase chegando em sua casa Aioria o para.

(Aioria olhando o cavaleiro)– Shaka é impressão minha ou você está animadinho demais?

Shaka olha para baixo e vê um volume a mais que definitivamente não era para estar lá.

(Aioria rindo)– Shaka de Virgem excitado. O mundo vai acaber.

(Shaka irritadíssimo)– Pelos deuses Aioria, eu não devo satisfação de minha vida.

Shaka vai para sua casa e deixa o cavaleiro de leão rindo sem parar.

Lá na casa onde Aurora estava morando, a caçadora se sentia muito melhor, tinha posto um vestido branco leve e estava enchendo um jarro com água misturada com o poder de Apolo. Ela sai de sua casa e vai em direção das doze casas.

Quando chega a casa de Áries está vazia, provavelmente Mu ainda devia estar no hospital junto com Kiki. Quando chega na casa de Touro ela para a porta.

(Aurora)– Permissão para passar na casa de Touro?

(Aldebaran segurando uma pequena violeta)– Aurora, que surpresa mas é claro pode entrar.

Aurora ficou curiosa ao ver que Aldebaran olhava com tanto arinho para aquela pequena florzinha.

(Aurora curiosa )– Se me permite perguntar Aldebaran, de quem é essa flor?

(Aldebaran)– Uma menina me deu, deveria ter no máximo oito anos. Pode parecer uma flor boba mas pra mim é a mais bela das flores.

(Aurora se aproximando)– A beleza não está na raridade de algo ou no formato, mas sim no carinho que depositamos naquilo que temos de mais precioso.

Aurora pega um pequeno vazo no jardim e faz com que a flor criasse raízes e em seguida a plantou no vazo. Aldebaran sorrio para ela e Aurora retribuiu.

(Aurora)– Agora ela viverá para sempre. Preciso ir, tenho de resolver um assunto na casa de Virgem.

Aurora continuou caminhando e foi para a casa de gêmeos.

(Aurora)– Permissão para passar na casa de gêmeos?

(Saga)– Olá Aurora, vejo que você está bem melhor. Pode passar mas eu irei de acompanhar. Algo me diz que você não deveria passar pela casa de leão.

(Aurora meio confusa)– Claro, vai ser bom ter uma companhia.

A casa de câncer estava vazia. E pelos deuses como aquela casa era sinistra a noite.

(Saga)– O MDM deve estar em alguma noitada por aí. Vamos indo.

Quando estavam perto da casa de leão era possível ouvir gemidos vindo da casa.

(Saga)– Por isso eu quis que você viesse comigo, a Marin passou aqui mais cedo etão já viu no que dá...

Aurora ficou corada mas entendeu o que Saga quis dizer.

(Saga)– Existe um outro caminho.

O cavaleiro de gêmeos mostrou a Aurora o caminho que ela deveria ir para chegar até a casa de virgem. Aurora agradeceu ao cavaleiro e seguiu o caminho que Saga tinha ensinado a ela.

Quando ela chegou na casa de virgem encontrou Shaka sem camisa e com os cabelos molhados.

(Shaka) - Aurora, mas que surpresa. Algum problema?

(Aurora)– Não, eu estou bem. Vim aqui te trazer essa água para tratar esse seu braço que por sinal está bastante feio.

(Shaka nervoso pelo que tinha acontecido mais cedo)– Não é necessário, ficarei bem.

(Aurora)– Isso só vai piorando, deixe de ser teimoso.

Aurora sentou ao seu lado e começou a lavar o braço de Shaka com a água. Eles praticamente não conversaram e Shaka evitava olhar para ela, qualquer parte de seu corpo o fazia lembrar da visão na cachoeira que queria muito esquecer, mas sabia que seria impossível.

Quando ela termina de cicatrizar as feridas, Aurora se levanta se despede de Shaka e vai embora.

(Shaka pensando)– Como alguém pode nascer com tamanha beleza, não apenas beleza mas também um grande coração. Cobiçada por tantos mas impedida de saber o que é amar.

A noite no Santuário corre tranquila, a maioria dorme ou saiu para uma festa na casa de algumas amazonas, mas nada fora do normal acontece.

No quarto dorme Aurora dorme, a caçadora não percebe que está começando a cair em um pesadelo.

A caçadora se vê em uma espécie de masmorra, há correntes em seu pulso e uma voz ecoa no lugar

"Nós precisamos nos unir. Volte para mim, como sempre foi.''

Essas palavras ecoavam no local, as correntes a apertavam cada vez mais e circulavam por todo o corpo. Parecia que não conseguiria mais respirar. Uma dor horrível invadia as suas costas. O que estava acontecendo? Finalmente ela consegue acordar do pesadelo.

Mas mesmo que ela tenha acordado, alguma coisa dizia que não era um pesadelo, parecia mais uma lembrança. E ela tinha certeza de que ela não voltaria a dormir essa noite.

Quando se levantou, sentiu a dor nas costas