Um anjo e um Winchester escrita por Spring001


Capítulo 18
Capítulo 18 – Aladric


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEE< Desculpa a demora, e desculpa pelo capítulo curto, mas minhas aulas voltaram e eu fiquei sem tempo nenhum para escrever, achei um tempo agora e conseguindo estou colocar todas as fics em dia, mesmo assim espero que continuem acompanhando e que estejam gostando, tchau



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Se tinha uma coisa que eu descobri que Bobby sabia fazer bem, era inventar histórias, de todos os tipos e jeitos, afinal, toda vez que um telefone tocava na casa dele, Bobby Singer se tornava um agente diferente de um ou outro departamento de polícia, desde delegado finlandês até agente da CIA. Com essas histórias, percebi que era uma arte o chamado improviso e fosse o que eu tivesse improvisado ali, funcionou.

Contei a Sam e Dean que eu estava com algumas dividas com o inferno, e por isso Alaric e seus cachorros tinham vindo me buscar, não deixava de ser verdade, o máximo que eu fiz ali foi ocultar o fato de eu ser um anjo ou algo próximo disso, e ainda mais, filha de lúcifer. No entanto, continuei dizendo que minha divida tinha sido paga, indiretamente e que agora os cobradores estavam vindo por interesse de alguém de um escalão mais alto em algo que eu possuía, mas não podia contar o que era.

Finalmente, depois de muita embolação e desculpas feitas na hora, os garotos aceitaram e ainda iriam me ajudar a mandar Alaric de volta para o inferno.

— Ok! – Sam exclamou – O que sabemos sobre Alaric.

— Alaric é servo de um dos demônios torturantes do inferno, na verdade do mais importante deles, Alaistar, que é um grandessíssimo filha da puta – Comecei a falar enquanto tentava formular o plano – Eles precisam que eu vá junto para eles terem o que querem e por isso, provavelmente trarão mais cães, e não se dá pra ver cães do inferno.

— Então o que teoricamente devemos fazer para matá-los? – Dean perguntou – Se não podemos vê-los, como os encontraremos?

 - Não precisamos encontrá-los – Sam falou me deixando curiosa – É só fazer com que eles nos encontrem, em uma armadilha.

Dean e eu nos entreolhamos, mas ouvimos com atenção redobrada o plano de Sam. Devíamos chamar a atenção dos cães até que eles entrassem em uma área protegida com Sal grosso, e água benta, assim quando eles entrassem no lugar, poderíamos sela-lo e deixar que ficassem presos ali, nos dando oportunidade de atacar Alaric. Sem que os cães o ajudassem.

— Vai funcionar – Exclamei convencida – Alaric é fraco fora do inferno, a casca dele parecia quebradiça, temos que tentar.

— Então vamos! – Sam falou animado e Dean assentiu.

Preparamos todo tipo de coisa que precisávamos, água benta, sal grosso e começamos a circular por volta do prédio do Motel vazio. O local escolhido era o próprio quarto deles, assim além do sal haveria a proteção da porta, que mesmo fraca era alguma barreira a mais. Dean desenhara um pentagrama em algum lugar especifico e não tão próximo, para que pudéssemos exorcizar Alaric e assim tentar organizar tudo antes do John chegar.

— O pai de vocês – Eu comecei a falar – Vai me matar! Quando souber que os envolvi num caso.

— Ele não pode reclamar – Sam respondeu desatento – Ele que colocou a gente aqui, então, não tem jeito.

Não soube o que responder, então o deixei fazendo as coisas que imaginava que devia, enquanto esperávamos Dean retornar. Estávamos sem carro, sem muito dinheiro, sem quase nenhuma arma e o sal estava quase acabando, e mesmo assim, eu tinha deixado dois adolescentes se envolverem com Alaistar. Eu queria, por aquele momento, não saber de tudo o que eu sabia sobre o céu, pois tinha certeza que se eu não fosse um anjo, nunca que seria ali o meu lugar.

— Cheguei! – Dean exclamou.

— Pronta? – Sam me perguntou.

Assenti rapidamente e fui em direção a saída do circulo de sal. Fiquei bem na ponta dele, preparada para o que fosse que eu pudesse esperar. Sam fecharia o círculo e Dean seguraria Alaric, repeti isso na minha cabeça, um milhão de vezes e mesmo assim, eu tive certeza absoluta que algo estava mal calculado. Independente disso, me obriguei a pagar a adaga que John tinha me dado, para chamar Alaric eu precisaria usar meu sangue, então, com suavidade, passei devagar a lâmina na parte interna do meu braço. Senti o cheiro de sangue saindo dali e no mesmo momento um uivo alto pode ser ouvido, olhei para os garotos, dizendo que deviam estar em postos quando senti o primeiro sopro em meus joelhos e mais um uivo.

Respirei fundo, mas eu ainda estava ofegante, andei apenas dois passos para trás e senti o cão me seguindo, rapidamente fechei os olhos e pensei que eu podia enxergá-los se quisesse então sussurrei algumas palavras que nem mesmo sabia o significado e deste modo, quando abri os olhos eu pude ver os gigantescos animais.

— ACHOU MESMO QUE ISSO FUNCIONARIA?! – A voz de Alaric ressoou em meus ouvidos e no mesmo instante minha cabeça virou na direção em que ele estava.

Sam estava sendo arrastado por ele, mas não parecia assustado, e não havia sinal de Dean.

— Esconder dois garotos e fazê-los tentar me pegar? – Ele falou, aquilo me alegrou, afinal ele não sabia de tudo.

— Não Alaric...- Respondi – Na verdade ele é seu pagamento.

O garoto me olhou desesperado, mas se eu fizesse qualquer movimento, Alaric saberia da mentira, então preferi deixar que Sam acreditasse nisso.

— Pagamento? – Ele perguntou enquanto eu andava devagar para fora dos limites do circulo, sem que ele percebe-se.

— É, pagamento...Afinal, não é sempre que você pode ter uma alma pura e jovem, não é?

Ele parecia estar acreditando, e eu estava pronta para colocar tudo em eixo, quando um Dean furioso correu na direção do demônio. Alaric foi muito mais ágil que Dean, enquanto o garoto corria em sua direção, ele posicionou-se em frente a ele e com apenas uma mão, mandou Dean para longe, de modo que ele se atingiu com força em um carro e ficou ali, desacordado.

— RIDÍCULO KATRINA!

Um grito saiu da garganta de Sam, e não havia outro jeito dali, senão salvar a vida dele, Alaric não se importava mais com o fato de eu ir com ele ou não e sem com o fato de eu tê-lo humilhado. Enquanto ele torturava Sam Winchester, as mãos do demônio fizeram um gesto a seus cães, para que me atacassem. Esperei, pouco até que eles se aproximasse quando apenas ergui as mãos e gritei para que queimassem como o fogo.

Os cães foram tomados pelas chamas e pareciam agonizados com aquilo, mas o mais terrível de todos os sons ainda eram os gritos do Winchester. Me apressei em empurrar Alaric com toda a força, e fazê-lo soltar Sam, vi o rapaz respirando fundo quando seu pescoço foi liberado e vi também quando ele correu para o irmão, mas depois disso, só o que vi, foi a mão de Alaric me acertando em cheio.

— ANJOS! Sempre tão politicamente corretos, mas não você – Ele gritou, segurando meu rosto, fazendo com que eu sentisse sua saliva, obrigando-me a olhá-lo – Você não presta!

— Perfeito – Falei enquanto seu olhar me mirava sem entender o que eu dizia.

— O que é perfeito? – Ele perguntou.

— Você enrolou tanto com a minha execução – Eu falava ouvindo minha voz falha – Que me permitiu fazer um feitiço que nos trouxesse aqui?

Vi sua sobrancelha arqueada e então, não tomei mais de nosso tempo.

— “Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii, omnis legio, omnis congredatio et secta diabolica…
Ergo…
Perditionis venenum propinare. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciae. Hostis humanae salutis. Humiliare sub potenti manu dei. Contremisce et effuge. Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem inferi tremunt…
Ab insidis diaboli, libera nos, domine. Ut ecclesiam tuam secura tibi facias, libertate servire, te rogamus, audi nos. Ut inimicos sanctae ecclesiae humiliare digneris, to rogamus audi…
Dominicos sanctae ecclesiae, terogamus audi nos, terribilis deus do sanctuario suo deus israhel. Lpse tribuite virtutem et fortitudinem plebi suae, benedictus deus, gloria patri…Amen!”

Observei então Alaric em chamas, e apenas os olhos verdes de Dean, antes de apagar completamente.


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