Narrador POV

Antes de Lise pegar sua aliança de volta Nash a pega.

“Devolve!”, ordena a pequena.

“Somente quando vocês ganharem esse jogo que por sinal é impossível”, o louro coloca o anel em um colar e deixa em seu pescoço.

“Eu quero minha aliança de volta Nash”, proferiu irritada a treinadora.

“Essa é a garantia de nossa aposta loirinha” o armador foi chegando perto da menina, mas a mesma fora levada por um ruivo furioso.

“Sei”, ela se assustou, no calor do momento a baixinha que esqueceu de seu namorado no local e somente naquele momento notou que fez besteira.

“É assim que você me vê? Como uma aposta?”, questionou Akashi sem olhar para a Kise.

“Não é que… Bem, foi de momento Sei-kun”, a loura estava de cabeça baixa.

“Você apostou o nosso relacionamento e agora diz que foi algo de momento”, o armador enfim olha para a pequena, ele estava bravo e decepcionado, sem contar que a inconsequência de Lise tinha passado dos limites.

“Mas vocês não perderão, não tem por que ter medo não é?” ela tentava intermediar, apesar de todo o orgulho e se recusar a pedir um simples perdão seu olhar era de súplica, tinha caído a ficha do que tinha feito.

“Não iremos, não iremos”, Akashi abraça a menina, a loirinha que não via o rosto de seu namorado não podia ver o quanto seu olhar estava desconfiado, contudo não era pelo jogo.

“Eu vou surtar a qualquer momento”, pensou Seijuurou.

“Você já está surtando, cuidado, fará besteira assim, eu sei, ela fez algo muito ruim, está difícil, porém ela sempre foi assim, se você fizer algo eu não vou revolver de novo”, disse sua outra parte em seu interior.

Já em sua casa, as coisas estavam indo boas, boas até demais, Akashi beijava sua namorada em sua cama, a garota estava só de sutiã enquanto o ruivo estava sem camisa, estavam entretidos demais no que faziam que não notavam para onde estava levando aquilo, só pararam a hora que Lise sentiu o ruivinho tocar seu seio e o mesmo estar somente de cueca.

“O que estamos fazendo?”, questionou Lise retoricamente, mas, ainda assim, o capitão respondeu.

“Quase transando?”, ele olhou para ela com indiferença e mexeu em seus cabelos.

“Você, está bem?”, perguntou a garota ao olhar nos olhos do armador, desde quando aquele Akashi tinha esse tipo de atitude?

“Eu fiz coisa ruim, todavia não é para tanto não é?”, pensou Lise enquanto analisava seu próprio namorado.

Akashi POV

Estou tão estranho e pensando em coisas demais, não sou assim, por que estou desconfiando tanto dela? Por que quero tanto fazer isso? Estou irritado, deve ser por causa do Nash, ver ele falar daquele jeito da minha mulher me deu vontade de fazê-la minha, chega disso! Estou ficando pior que minha parte mais obscura.

“Está bem pior que eu”, falando na praga, olha ela aí.

Lise ainda me encarava, eu estava somente de cueca e olhando para a loirinha de modo frio, já a menina me olhava assustada, se ela não estivesse parado será que tínhamos feito?

“Não, Lise respeita minha decisão, ou eu mesmo teria parado vocês dois”, lá vem ela me perturbar de novo.

“Seu ciúme é estranho, estou com um mal pressentimento em relação a isso” por que não cala a boca logo?

Suavizei meu rosto, coloquei minha roupa e fui até a baixinha.

“Está tudo bem sim amor, eu te amo”, abracei ela, ela tremia, está com medo? Não fique, eu estou aqui para você.

“Por quanto tempo?”, inquiriu a Kise sem me olhar.

“Como assim?”, devolvi a pergunta, realmente não havia entendido.

“Por quanto tempo estará aqui para mim?”, Ok, ela leu minha mente, antes de eu responder ela me olhou e sorriu docemente, não posso negar o quanto isso aquece meu coração.

“Você é bem mais fácil de ler do que o Sei-kun”, indagou a loirinha que me levou de volta até a cama, sentou-se na mesma e colocou minha cabeça em seu colo.

“Isso não tem graça”, fiz bico e minha namorada sorriu, eu quero assim, ela só para mim, desde quando fiquei tão possessivo quanto ele.

Os dedos pequenos da Kise passavam pelos meus cabelos em um carinho gostoso, ela me olhava e como sempre dizia que eu era lindo, eu amava receber elogios dela, aquela voz tranquila que ela entonava só para mim, aquele sorriso verdadeiro que ela dava só para mim, os beijos amorosos e até mesmo os mais quentes que ela dava só para mim, como eu amo essa menina, ela está me deixando louco, eu não vou deixar ninguém tirá-la de mim, nem mesmo aquele Nash.

Narrador POV

Chegado o dia do jogo e quando a Geração dos Milagres chegou no local já tinha muita gente para assisti-los, assim como a partida anterior essa será mostrada ao vivo na TV, a plateia já se mostrava afoita e ansiosa pelo jogo.

“Aquele namorado da Lise é doido, desde quando se dá uma aliança de ouro branco e brilhantes para alguém?”, disse Nash que olhava o anel em seu colar.

“Como você sabe que é de tudo isso aí?”, questionou Silver.

“Eu mandei avaliar ontem, poderemos ganhar uma ótima grana, tudo aqui é original”, proferiu o capitão com um sorriso no rosto.

Lise POV

Eu sentia falta da aliança no meu dedo, contudo, não é isso que me incomoda, quem era aquele Akashi na noite passada? Eu conhecia muito bem o Sei-kun do início do meu relacionamento e estava conhecendo melhor o Uke-chan, porém o homem de ontem não tinha nada de uke, e ainda estava frio, como que se naquele momento não se importasse comigo, isso me assusta, eu me sinto muito mal pelo que fiz, apostar meu namoro, eu sei que eles não vão perder, eu nunca erro, mas fiz errado, não se pode descartar essa hipótese, eu quero ficar com o Sei.

Narrador POV.

Enfim começara o jogo, na quadra a Geração dos Milagres ia muito bem, marcando seus adversários e fazendo muitos pontos, no banco, Kagetora olhava calmo os rapazes jogarem, Momoi sempre concentrada assim como Riko, só uma pessoa que não era comum estar concentrada durante um jogo, Lise, a pequena estava com seus fones que nem que se gritasse ela lhe escutaria, seus olhos corriam não somente por onde a bola passava e sim analisava jogador por jogador, seu corpo não mostrava tranquilidade, com seu tablet em mãos anotava com uma caneta magnética tudo o que achava necessário, até mesmo se precisasse desenhar, contudo ela obtinha um aplicativo criado por ela mesma para estudos mais profundos dos jogadores. Qual mesmo que fora a última vez que a nanica ficou tão concentrada em algum jogo? Seijuurou se perguntava isso toda vez que olhava para ela.

“Você deveria estar dormindo Lise”, pensou o ruivo quando a viu escrever no iPad, ele mesmo tinha dado o aparelho para ela, a baixinha gostou tanto que usava aquilo para tudo, a tela grande a ajudava com seus estudos e pesquisas, até mesmo o aplicativo que ela fez não podia ser passado a outro, ela deu um jeito de invadir o sistema e colocar lá, se fosse antigamente a loura estaria sentada no chão cheia de folhas a seu redor, Akashi sorriu ao lembrar do começo do namoro, todavia logo voltou a seu jogo.

Na metade do quarto a Jabberwock pegou totalmente o controle deixando os meninos de cabelos coloridos sem reação, Silver parou todos, os deixou sem escapatória, ele era tão arrogante quanto Nash, porém ele irritava mais ainda na visão de uma certa loirinha, que quando estava na América só não meteu umas boas facas na cara daquele homem por que fora segurada por Luke.

Toda a vantagem que a Vorpal tinha ganhado Jason acabou com ela, enquanto as duas gerentes e o outro treinador pensava em várias maneiras de parar o pivô, a outra treinadora nem se quer sua expressão mudou.

O primeiro quarto acabou com a equipe rival na frente, Gold saiu rindo e dizendo que eles eram uns macacos que nem deveriam estar ali, segurava a aliança em seu pescoço já contando que poderia vendê-la, a sua garantia da aposta com a garota que ele levará junto dele.

“Finalmente eu vou ter aquela pirralha só para mim”, apertou o anel.

A Geração dos Milagres estava mais cansada que o normal para um começo de jogo, arfavam e tomavam muita água sem contar do quanto que suavam.

“Estou contando com você Ryouta”, disse a pequena fazendo uma breve massagem no irmão.

“Lise-nee, você já sabia que nós não iriamos deixar assim não é?”, disse o louro aproveitando o carinho da irmã.

“Claro, nada passa pelos meus olhos, nada”, olhou para Nash.

O segundo quarto inicia e não demora muito para Daiki e Kise mostrem para que vieram, e já com Kuroko e Kagami em quadra as coisas ficam um pouco melhor.

Akashi prestava mais atenção no que sua namorada escrevia do que no jogo, não adiantava nada falar com ela, não ouviria mesmo.

“Sugiro que preste mais atenção no jogo Seijuurou”, proferiu a Kise sentindo o olhar do ruivo em si.

“É muito mais fácil de entender o jogo por aqui, tirando essas fórmulas estranhas que você usa aí”, indagou o capitão quando notou que a loirinha conseguiria lhe ouvir sem problemas.

Como um certo alguém previu o segundo quarto começou e terminou como ela queria, Taiga foi uma ajuda e tanto, esse seu método de jogo explosivo resultava em bastante pontos, Kuroko nem se conta, como Jabberwock nunca tinha jogado ou visto um jogador fantasma o azulado foi mais que eficiente, Ryouta apesar de todo seu drama por querer atenção estava jogando com mais seriedade, Aomine já decidiu se destravar um pouco, tudo isso gerou que Vorpal Swords saíra na frente naquele quarto, mesmo que seja somente por 4 pontos.

O intervalo começou e Lise foi para fora, ela precisava tomar um ar, não estava bem desde o início de tudo aquilo, sua pressão não estava legal, sem contar que Akashi estava estranho com ela, sim, conversava, mas tentava se manter mais longe que o comum, estava mais frio, aquilo a machucava.

A loirinha ficou encarando a paisagem enquanto o vento fresco se aliviava a dor de cabeça, ela esperava que seu namorado viesse atrás dela como ele sempre fazia, contudo não, quem chegou até ela naquele instante fora Nash.

“O que quer?”, perguntou Lise com a voz fraca.

“Você não me parece bem”, disse o louro colocando a mão na testa dela.

“É só a pressão...”, respondeu sem olhá-lo.

“O que aconteceu? Foi com aquele macaco que você chama de namorado?”, ele escora no pequeno muro que a Kise estava.

“Seijuurou está estranho, eu sei que ele é meio louco, mas… desde quando ficou tão frio? Eu sei que fiz coisa errada, ainda assim ele nunca fica desse modo”, ela começou a chorar.

Nash pediu para que ele explicasse melhor, a loirinha acabou por contar tudo que aconteceu, desde quando ela apostou seu próprio relacionamento até agora que ela sentia o quão falso e artificial ele estava sendo com ela, a menina chorava com aquilo, estava querendo pedir desculpas a ele, mas não achava uma boa hora de pedir, nunca fazia isso, todavia não queria que seu namoro acabasse.

O capitão ouviu cada palavra, porém ele não era um cara bom para deixar assim, teve uma boa oportunidade e a usou, pegou Lise pela cintura e a trouxe devagar para beijá-la, sem reação a pequena ficou, somente o olhou, tentava pelo menos, sua visão estava embaçada e sua pressão cada vez mais baixa.

“Eu não estou nada bem”, pensou a pequena que estava começando a ficar mole.

“Lise, então é assim, eu deixou você sozinha um minuto e você já está com outro”, Seijuurou aparece.

“Oe cara, ela não teve tanta culpa assim, eu quem estava prestes a beijar ela, cabia a ela aceitar ou não, mas nem chegou a ocorrer, não tire conclusões, Lise não é esse tipo de mulher”, proferiu Gold a favor da treinadora, não é que ele quisesse que o relacionamento da menina continuasse e sim que não gostou que aquele “macaco tingido” falasse algo assim para ela.

“Culpa? Eu já estou nessa dúvida a algum tempo, a cada mês praticamente aparece alguém atrás dela, o que me garante que o tempo que Lise ficou na América ela não me traiu, Luke não é? Ele parecia ser tão seu amigo, tão íntimo, sabe, agora mesmo me veio outra dúvida, será que você é mesmo virgem? Ou esse seu “medo” é só para tentar esconder de mim? Você anda muito estranha nos últimos dias em relação a isso, talvez quer algum filho meu para que possa ganhar a vida em cima da criança já que tenho dinheiro, eu cansei disso, chega!”, o ruivo disse tudo tão rápido que a garota nem digeriu, antes de ir embora, ele joga sua aliança nos pés de Nash.

“Venda essa também”

Akashi surtou!