POV Akashi

Depois daquela maldita partida de xadrez não sei o que faço, aquela garota certamente irá se aproveitar de mim e eu não consigo permitir, por que eu fui inventar de lhe fazer uma aposta nunca imaginei que um dia eu perderia. Eu não quero receber ordens de uma baixinha de 1,40 de altura, bem não sou tão alto também, mas isso é somente para o basquete por que em relação de saúde estou muito bem.

Passei o final de semana treinado na quadra da minha "casa", aquilo não era uma casa e sim uma mansão era grande demais, quando eu era pequeno me perdia no próprio local onde morava pode isso? E minha mãe sempre corria pelos enormes corredores atrás de mim com um sorriso doce em seu rosto, e quando me encontrava me abraçava e sempre me dizia " Se perdeu de novo Sei-kun", pois sempre me perdia quando decidia ir em outro lugar da mansão. Sinto muita falta de minha mãe, ela morreu muito cedo e com isso minha vida virou um verdadeiro inferno com as cobranças enormes do meu pai.

Infelizmente chegou segunda-feira, pela primeira vez na minha vida eu não queria ir para o colégio, lá era o único lugar onde eu tinha liberdade, mas pelo jeito não a terei mais pois agora sou escravo de Kise Lise.

Chego no colégio e por uma infeliz coincidência me esbarro em um ser baixinho que cai no chão, quando vi a uma longa cabeleira loura já sabia quem era e não sei por que mas eu me arrepiei so de vê-la.

"Quem raios já ta me empurrando a essa hora da manhã?"

Eu ajudei a garota a se levantar e ela me olhou com aqueles seus olhos verdes intensos que se fosse um mangá shoujo o mocinho se apaixonaria, mas para mim aqueles eram olhos de uma pessoa que espalharia meus órgãos pela Teiko.

Quando ela verificou quem era mudou imediatamente a expressão de irritada para surpresa e irritada de novo.

"Já querendo matar sua mestra em plena manha?"

"Claro que não Kise", decidi chama-la pelo seu segundo nome, uma vez que quero manter minha sanidade e meus órgãos dentro de mim.
"Não me chame assim! ", ela disse exasperada.

"Ki-kise-sa-ma", me recuso a dizer isso, mas não quero morrer.
Vocês devem estar pensando do por que de eu estar com esse medo dessa pequena garota, mas uns dias atras conversando com Ryouta ele me mostrou uma cicatriz em sua perna e eu curioso perguntei o que ele fez e ele disse que em sua infância irritou Lise e ela simplesmente cortou sua perna com um compasso, agora eu entendo por que ele falou para mim não duvidar dela.

"Não, assim também não mas que coisa", ela parecia mais irritada, mas como raios ela quer que eu a chame, já que agora ela é minha "mestra".

"Como então?"

"Me chame de Lise, Sei-kun", ela me deu um sorrisinho.

Oi? Eu entendi direito, ela me chamou de Sei-kun, e deu um sorriso fofo, perae ela é violenta, agressiva e pode me matar então ela não pode ser fofa.

"Sei-kun eu quero um cappuccino", ela me olhou igual a Unohana de Bleach.

"Claro, eu vou comprar"

Aquilo era ridículo, como eu Akashi Seijuurou capitão da Geração dos Milagres estava sendo ordenado por uma garota, quem da as ordens sou eu. MALDITA APOSTA!

Quando fui comprar o cappuccino para a madame ela me seguiu.

"Por que esta me seguindo ?", perguntei realmente curioso ja que era para mim comprar a bebida.

"Sabe, eu não sou tão má assim, podemos ser amigos contando que você me obedeça sim Sei-chan", ela disse calma e com um sorriso doce.
Como ela sabia que eu estava pensando coisas más dela, a inteligencia dessa loura me assusta.

"Não quero que sua reputação de capitão se acabe, você tem sua vida e não quero destruí-la, terá sim que cumprir com sua parte na aposta, mas quero que seja só entre nós" continuou Lise.

"Ok Lise", eu sorri, uma coisa que não fazia a muito tempo.

Comprei a bebida para a pequena e lhe entreguei que agarrou como se fosse uma criança, eu ri daquilo, ela me olhou e corou vendo que eu estava rindo dela e se virou.

"Não ria entendeu", ela disse, eu não via seu rosto mas conseguia imaginar claramente ela dizendo isso fazendo bico.

"Claro mestra", eu disse descontraidamente.

"Vamos nos sentar, ainda falta um tempinho para começar as aulas"

Realmente faltava, eu estava tão nervoso em casa que vim até mais cedo.

"Lise, você sempre vem mais cedo?" perguntei a ela, pois não sabia seu motivo de estar lá aquele horário.

"Sim, eu não gosto de comer em casa e amo o cappuccino daqui, digamos que sou viciada e sempre venho mais cedo para toma-lo tranquilamente", ela me disse logo apos dar uma golada em sua bebida.

Quando ia começar um novo assunto Lise se adiantou e começou a falar em minha frente.

"Hoje não tem treino não e? Vai fazer algo de tarde?", ela me perguntou me fitando nos olhos.

Sem querer desviei de seu olhar, não era acostumado com isso já que todos nunca me olhavam diretamente no olhos por muito tempo. Pensei um pouco no que iria fazer, havia esquecido que não tinha treino e não iria fazer nada.

"Acho que não irei fazer nada", lhe respondi.

"Bem, mesmo se fosse fazer algo você iria sair comigo, pois isso é uma ordem, só perguntei por costume", ela me olhou com os olhos frios.
Aquilo me assustou já que ate agora pouco ela estava normal digamos assim.

"Quero que saiba Seijuurou, que apesar de eu estar te tratando bem não se esqueça que você é meu escravo e posso fazer o que quiser contigo e por mais que não queria afetar sua vida se me irritar irá sentir a verdadeira dor", ela disse cautelosa.

Era como Ryouta disse, ela parecia duas pessoas ao mesmo tempo, não é muito diferente de mim, mas ela era mais perigosa que eu, teria que tomar cuidado.