Era uma vez um final feliz escrita por Just be it


Capítulo 3
Capítulo 3 - Tu és o meu final feliz


Notas iniciais do capítulo

Alô!
Bem, cá estou novamente e trago interação entre as nossas personagens favoritas.
Este capítulo é exclusivamente Emma e Regina.
Espero que gostem! Viva La Swanqueen!

Boa leitura!



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Capítulo 3 – Tu és o meu final feliz

O vento que se fazia sentir teimava em despentear o cabelo que Emma teve tanto cuidado a cuidar. Isto não é um encontro! Pára de te preocupar! Pensou a loira enquanto se dirigia ao banco onde tinha estado anteriormente com Henry. Este vento!!! O meu cabelo está uma bagunça! Que nervos… será que estou bem? Eu sabia… eu devia ter trazido o blusão vermelho e não o castanho! Continuava a Emma a pensar até repetir na sua cabeça inúmeras vezes: Isto não é um encontro! É uma conversa de amigas e o que eu visto não interessa!

Por mais que a loira se tentasse acalmar era praticamente impossível. Ela podia sentir as mão a se desfazerem em suor o seu coração a correr desenfreado em direcção à sua garganta. A pergunta mais lógica que passava na sua cabeça era O que é que eu vou dizer?! Dizer que ela estava em pânico pode ser tido como eufemismo.

O pânico foi crescendo gradualmente conforme ia andando em direcção ao banco e cresceu em pique quando viu aquela forma tão familiar sentada tão calma e serena a contemplar o horizonte. O cabelo negro esvoaçava com o vento, de forma tão elegante, tão graciosa. Uma expressão séria adornava a sua face e por vários minutos a sheriff parou apenas para absorver cada segundo daquela imagem. Ela queria gravar tudo na sua mente. As imagens de Regina armazenadas na sua memória nunca eram demais.

De forma calma a loira começou a aproximar-se um pouco mais de Regina. O vento soprava cada vez mais forte e bem no momento que Emma ia para dizer um ‘oi’ à brunete, grande parte do seu cabelo foi trazido até à sua cara entrando na boca e levando a que uma gargalhada saísse da boca da rainha. Porquê, meu Deus?! Claro que o meu cabelo não podia mover-se com a suavidade do dela!... Tinha que mexer-se com a delicadeza de um elefante numa loja de cristais!

“Boa tarde, sheriff. O seu novo look é diferente… arrojado até.” Disse Regina entre gargalhadas.

Emma sentou-se desajeitadamente ao lado da brunete. Era a primeira vez que estava tão perto da mãe do seu filho em bastante tempo. Perto o suficiente para sentir o aroma de maçãs, para sentir o calor dela… perto para ver todos os detalhes dela. Como eu sentia saudades disto! O barulho de outra gargalhada ecoou na mente de Emma e ela foi trazida de volta ao momento. Fechou os olhos e ajeito o seu cabelo.

“Peço desculpa se não sou tão charming como o meu pai ou tão regal como tu.” Continuou a ajeitar o cabelo. “Gosto de pensar que o meu cabelo é selvagem e livre! Por isso sim… talvez possa adotar este penteado.” Disse a sheriff séria só para um grande sorriso lhe decorar a cara rapidamente.

Regina não disse mais nada, apenas sorriu. E aquele sorriso derreteu todo o interior da salvadora. Pararam durantes uns minutos apenas a olhar para o horizonte. Emma tinha que dizer algo. Ela sabia que sim. Não podia apenas ficar ali sentada a olhar para uma mulher linda… bem, poder podia mas naquele momento havia coisas mais importantes em causa. Eu tenho que falar, é para isso que cá estamos…

“Estás feliz?” Regina foi apanhada de surpresa. Dava para perceber. Surpresa estava estampada na cara dela ou talvez fosse choque… de qualquer das formas ela foi apanhada desprevenida. E aí aconteceu algo que a sheriff pensou nunca testemunhar na sua vida… Regina gaguejou.

“Hum… feliz… humnh… que raio de pergunta é esta, miss Swan?!”

Emma estremeceu com a utilização daquele título. Aquilo mexia com o físico dela e certamente que ela não podia dar liberdade às manifestações do seu corpo. Apenas tinha que as reprimir e isso era difícil. E estava a ser cada vez mais difícil! Concentra-te, Swan!

“Sabes bem que me podes chamar Emma. Temos um filho e eu já te salvei vezes suficientes para que houvesse confiança para me tratares pelo meu nome. É uma pergunta normal. És feliz?”

Regina que antes estava com uma pose mais defensiva, altiva até voltou os seus olhos para o vazio. “Acho que sim.”

Emma tinha que olhar nos olhos de Regina só assim poderia ver a verdade e ela queria ver… ela tinha que ver. Gentilmente levou a sua mão ao queixo de Regina, segurou-o nas suas mãos e dirigiu o olhar da brunete ao seu. No entretanto deixou os seus dedos tocarem na pele de Regina. A loira estremeceu quando as suas peles tocaram e conseguiu perceber que a mãe do seu filho também tremeu. EU provoquei o tremor dela?!?

“Eu gosto quando me olhas nos olhos. O meu super poder funciona melhor quando te olho nos olhos mas desta vez não precisava dele para saber que me estás a mentir.”

A tensão era clara. Nenhuma queria que aquele contacto terminasse. De uma forma totalmente desconhecida às duas ele parecia tão certo, tão perfeito. E então limitaram-se a não o destruir. Instintivamente, a sheriff abriu a mão e levou-a até à lateral da face da mayor e admirou-se quando o seu toque não foi recusado.

Regina fechou os olhos, inspirou e então decidiu responder. “Só sinto que estou a viver uma vida que não é minha. É como se nada encaixasse… eu sinto-me grata pela minha segunda chance. Eu gosto do Robin, adoro o Roland mas…”

“mas não o amas.” Não foi uma pergunta. Foi uma afirmação da sheriff e ela sabia que não estava enganada. E no seu íntimo um alívio enorme cresceu quando Regina não a contradisse.

“Apenas estou presa a uma vida que me foi designada e que eu não escolhi.”

Não era preciso dizer mais nada. Emma conhecia bem a sensação. Ela nunca escolheu a vida que tinha. Ela nunca pediu nada daquilo. No entanto a sua vida toda foi escrita com base numa profecia. Mas mais que ninguém ela sabia que era possível escrever o seu próprio destino. Fazer as suas escolhas e não ia permitir que Regina se limitasse aos mínimos. Não! Regina tinha direito a viver uma vida plena… uma vida com amor. Quando Emma ia para abrir a boca foi interrompida por uma voz tão calma, tão doce mas também preocupada.

“E tu estás feliz? A salvadora também tem direito a um final feliz seu, certo?”

Não houve hesitação. A salvadora sabia bem a resposta aquela pergunta, para quê mentir? “ Não, não estou feliz, Regina.” A sheriff viu confusão nos olhos da rainha e continuou, a sua voz embargada pelas lágrimas que se formaram. “Eu tenho direito a um final feliz sim, mas digamos que o vi desaparecer como grãos de areia a passar por entre os meus dedos…”

Inconscientemente, uma mão da ex-rainha má pousou na mão da salvadora. Emma sentiu o contacto e percebeu que queria poder fazer aquilo sem medo. Ela queria tentar dar a Regina todo o amor que ela merecia, queria ser uma família… ela, Regina e Henry. Porque por mais estranho que parecesse era a única coisa que lhe enchia o coração… era a única coisa que parecia correcta e natural em toda a sua vida.

Os seus pensamentos mais uma vez foram interrompidos por Regina. Desta vez quando Emma abriu os olhos percebeu que a brunete estava muito mais perto que no começo da conversa. “Como assim?”

Um sorriso triste tomou conta dos lábios de Emma. Como é que ela podia responder a esta questão sem assustar a outra mulher? Bem, acho que não há uma forma certa ou errada de fazer isto… Cá vai!

“Tu és o meu final feliz, Regina.”


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Notas finais do capítulo

Um capítulo com revelações importantes... vamos agora ver reações.
Já sabem, o vosso feedback é muito importante e desde já agradeço!
Até breve!